Mulher de 87 anos é portadora de Doença de Alzheimer há 9 a...

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Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: SES-DF Prova: IBFC - 2022 - SES-DF - Médico - Geriatria |
Q1940908 Medicina
Mulher de 87 anos é portadora de Doença de Alzheimer há 9 anos e que está acamado há 2 anos, dependente para todas atividades básicas de vida diária. Teve nos últimos 3 meses 2 internações hospitalares por pneumonia, sendo última alta há 14 dias. Há dois dias apresenta tosse, com secreção que não consegue expelir, sonolência e não consegue comer nada. Diante desta situação, assinale a alternativa que apresenta a conduta mais apropriada.
Alternativas

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A alternativa correta é a letra A, que apresenta a conduta mais apropriada para essa paciente. Mulher de 87 anos, portadora de Doença de Alzheimer, acamada há 2 anos e com dependência para todas atividades básicas de vida diária. Ela teve duas internações hospitalares recentes por pneumonia. Agora ela apresenta tosse, com secreção que não consegue expelir, sonolência e não consegue comer nada. A opção A é a mais apropriada porque a paciente tem indicação de cuidados paliativos, pois está no final de sua vida e apresenta um quadro clínico que sugere sofrimento. A conduta consiste em manter a paciente no domicílio, oferecendo hidratação por via subcutânea para evitar desconforto e sobrecarga de líquidos, além de analgesia e conforto, evitando intervenções invasivas desnecessárias. As outras alternativas implicam em internação hospitalar e/ou procedimentos invasivos, que podem trazer riscos adicionais e não são indicados para esse caso.

A ALTERNATIVA CORRETA É: A - Manter a paciente no domicílio, iniciar hidratação por hipodermóclise, analgesia e conforto.

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS INCORRETAS:

  • B. Internar a paciente, proteger as vias aéreas de aspiração, coletar exames subsidiários e estabelecer as etiologias e tratamentos necessários.
  • Justificativa: Embora a internação possa parecer uma opção, a paciente é muito idosa, com demência avançada e já apresentando um histórico de internações, o que pode não trazer benefício significativo. A abordagem deve priorizar o conforto e a qualidade de vida.
  • C. Internar a paciente, iniciar oxigenioterapia e morfina, passar sonda nasoentérica, realizar os exames subsidiários e a correção das alterações.
  • Justificativa: A internação e a sonda nasoentérica podem ser desnecessárias em um quadro avançado de demência e incapacidade funcional, além de que o uso de morfina deve ser reservado para controle de dor em situações específicas.
  • D. Manter a paciente no domicílio, iniciar antibioticoterapia, passar sonda nasoentérica para alimentação e proteção de vias aéreas.
  • Justificativa: Iniciar a sonda nasoentérica pode ser invasivo e desnecessário, considerando a condição da paciente e a falta de efetividade em situações de prognóstico avançado.
  • E. Manter a paciente no domicílio, iniciar hidratação e antibioticoterapia endovenosa e orientar para instalar gastrostomia.
  • Justificativa: A instalação de gastrostomia é uma intervenção invasiva que pode não ser apropriada neste estágio da doença, e a paciente deve ter uma abordagem focada em cuidados paliativos.

EM RESUMO: A abordagem mais adequada para esta paciente é a de manter o conforto e a qualidade de vida, priorizando a hidratação e analgesia no ambiente domiciliar, ao invés de intervenções invasivas ou hospitalização.

PONTOS CHAVE:

  • Paciente com Doença de Alzheimer avançada e condições debilitantes exigem cuidados paliativos.
  • O foco deve ser no conforto, evitando procedimentos invasivos que não trazem benefícios significativos.

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