Mulher de 86 anos, com diagnóstico de D. Alzheimer há 9 ano...
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A alternativa correta é a B: A paciente apresenta critérios para terminalidade e devemos abordar este tema durante a conversa com familiares.
Justificativa:
O caso apresentado descreve uma paciente com Doença de Alzheimer em estágio avançado, com múltiplas comorbidades e dependência total de cuidados. A presença de contraturas, lesões por pressão, necessidade de sonda nasoenteral e recorrentes internações por pneumonia são indicadores de fragilidade e de uma doença progressiva e irreversível.
Análise das demais alternativas:
- Alternativa A: Os medicamentos utilizados podem não apresentar os mesmos benefícios em estágios avançados da doença. A avaliação da necessidade de continuar com todos os medicamentos deve ser individualizada e discutida com a equipe médica.
- Alternativa C: A gastrostomia pode não ser a melhor opção neste caso, pois a paciente já apresenta múltiplas comorbidades e a expectativa de vida é limitada. Além disso, a gastrostomia não previne a broncoaspiração, que é um dos principais problemas desta paciente.
- Alternativa D: A síndrome de imobilidade está presente, mas não é a principal questão a ser abordada neste momento.
- Alternativa E: O aducanumab é um medicamento recente e ainda com indicações restritas. Não é indicado para pacientes em estágio avançado da doença.
Por que a alternativa B é a mais adequada?
- Critérios de terminalidade: A paciente apresenta múltiplas comorbidades, dependência total de cuidados e qualidade de vida significativamente comprometida. Esses são critérios que indicam a possibilidade de se estar diante de uma situação de terminalidade.
- Abordagem com a família: É fundamental conversar com a família sobre a progressão da doença, as expectativas de vida e as opções de cuidados. A abordagem deve ser humanizada e respeitosa, permitindo que a família expresse seus sentimentos e dúvidas.
Considerações importantes:
- Cuidados paliativos: A paciente deve receber cuidados paliativos para garantir o conforto e a melhor qualidade de vida possível.
- Decisões compartilhadas: As decisões sobre o tratamento devem ser tomadas em conjunto com a família, respeitando os valores e as preferências da paciente.
- Suporte multidisciplinar: A equipe de saúde deve oferecer suporte multidisciplinar à paciente e à família, incluindo médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos.
Em resumo:
O caso apresentado exige uma abordagem cuidadosa e humanizada, com foco na qualidade de vida da paciente e no apoio à família. A discussão sobre a terminalidade é fundamental para que a família possa se preparar para essa fase e tomar decisões informadas sobre os cuidados.
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