No pós-operatório dessa paciente, o uso de heparina para pr...

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Q1673987 Medicina
Uma paciente de 71 anos de idade está em avaliação pré-operatória para a realização de colectomia esquerda por carcinoma de cólon. Nega qualquer sintoma cardiovascular, mantendo boa capacidade funcional e conseguindo subir dois lances de escada seguidos sem sintomas. Já apresentou acidente vascular encefálico de provável etiologia aterosclerótica há dois anos, sem sequelas motoras após reabilitação; utilizava diariamente AAS 100 mg e atorvastatina 40 mg. O exame físico, o eletrocardiograma, a radiografia de tórax e os exames laboratoriais encontram-se sem alterações séricas. 


Com relação a esse caso clínico e com base nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 
No pós-operatório dessa paciente, o uso de heparina para profilaxia de tromboembolismo venoso deveria ser indicado, mesmo com a manutenção do AAS.
Alternativas

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A alternativa correta é: C - certo.

Esta questão aborda um tema crucial na avaliação e no manejo de pacientes em período pré e pós-operatório: a profilaxia do tromboembolismo venoso (TEV). É importante que os alunos compreendam a necessidade de prevenção de eventos tromboembólicos em pacientes cirúrgicos, especialmente em procedimentos de grande porte, como uma colectomia.

A justificativa para a alternativa correta: Mesmo que a paciente utilize ácido acetilsalicílico (AAS), que tem um efeito antiplaquetário, este medicamento não é adequado para a profilaxia de tromboembolismo venoso. O AAS atua principalmente na inibição da agregação plaquetária, enquanto o TEV está relacionado à formação de coágulos no sistema venoso profundo. A heparina, por sua vez, é um anticoagulante que age na cascata de coagulação, sendo mais eficaz para a profilaxia de tromboembolismo venoso. Por isso, é indicada no pós-operatório, independentemente do uso de AAS.

Além disso, a paciente possui um histórico de acidente vascular encefálico (AVE) de etiologia aterosclerótica, o que a coloca em um grupo de maior risco para eventos tromboembólicos. A profilaxia com heparina é uma prática recomendada em diretrizes médicas para minimizar riscos de TEV em pacientes cirúrgicos de risco moderado a alto.

Por que as alternativas incorretas estariam erradas: Se a questão sugerisse que a heparina não deveria ser usada por causa do uso simultâneo de AAS, tal alternativa estaria incorreta. A profilaxia de TEV é indicada justamente para evitar complicações potencialmente fatais e o AAS não substitui o uso de anticoagulantes como a heparina nesse contexto.

Espero que esta explicação ajude a esclarecer a importância da profilaxia de TEV em contextos cirúrgicos e a diferenciação entre a ação dos antiplaquetários e anticoagulantes. Esse conhecimento é fundamental para a prática clínica segura e eficaz.

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Comentários

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A questão está correta. O uso de heparina para profilaxia de tromboembolismo venoso (TEV) no pós-operatório é indicado mesmo com a manutenção do AAS (ácido acetilsalicílico). Embora o AAS seja um antiplaquetário e possa prevenir eventos trombóticos, ele não é suficiente para a prevenção de TEV em pacientes cirúrgicos, especialmente em casos de alto risco como este, onde a paciente é idosa, tem câncer (fator de risco para TEV) e já teve um acidente vascular encefálico aterosclerótico. A heparina, por sua vez, é um anticoagulante que impede a formação de coágulos no sistema venoso profundo, que são a principal causa de TEV. Portanto, o uso de heparina, além do AAS, é indicado para maximizar a prevenção de eventos trombóticos nesta paciente.

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