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Q1674185
Medicina
Texto associado
Uma paciente de 32 anos de idade, com 68 kg, previamente
hígida e em uso regular de contraceptivo oral combinado,
procura atendimento no pronto-socorro com quadro de
cefaleia não localizada, iniciada há quatro dias, contínua,
progressiva e sem fotofonofobia associadas. No momento,
relata dor de intensidade 8 (escala visual da dor), refratária
ao paracetamol e dipirona. Nega outras queixas e alergias.
Ao exame físico, observaram-se AC = RC2T com BNF;
FC = 96 bpm; AP = MVF sem RA; FR = 16 irpm; PA = 160
mmHg x 80 mmHg; e SatO2 = 98%. O exame neurológico
mostra-se normal. É realizada tomográfica computadorizada
(TC) de crânio (sem contraste) com urgência, que evidencia
uma hiperdensidade espontânea em topografia do seio sagital
superior, que se encontra um pouco aumentado de tamanho,
e em veia cortical adjacente a ele, à esquerda.
Com relação a esse caso clínico e considerando os conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir.
O atraso no diagnóstico e no início do tratamento pode fazer com que a paciente evolua para algum grau de paresia em hemicorpo esquerdo, alteração visual, coma ou, até mesmo, óbito.
O atraso no diagnóstico e no início do tratamento pode fazer com que a paciente evolua para algum grau de paresia em hemicorpo esquerdo, alteração visual, coma ou, até mesmo, óbito.
A resposta para a questão é verdadeira, pois o texto sugere fortemente que a paciente está sofrendo de trombose venosa cerebral, uma condição rara, em que um coágulo de sangue bloqueia uma das veias do cérebro. As principais causas são desidratação, problemas de coagulação do sangue e o uso de contraceptivos orais, assim como mencionado no texto. Os principais sintomas são cefaleia severa, déficits neurológicos focais, convulsões e sinais de hipertensão intracraniana, como é o caso da paciente com dor de cabeça, hipertensão e um exame de imagem que mostra hiperdensidade na região do seio sagital superior. Caso não tratada prontamente, a trombose venosa cerebral pode levar a graves complicações, como danos neurológicos, hemiparesia (fraqueza em um lado do corpo), alterações visuais, coma e até mesmo a morte.