Acerca desse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos ...

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Q1674191 Medicina

Um paciente de 46 anos de idade, com 82 kg, procura atendimento de urgência por causa de lombociatalgia à esquerda, iniciada pela manhã após esforço físico (o paciente é trabalhador braçal). Relata dificuldade para deambular desde então, principalmente em razão de dor em perna e  calcâneo esquerdos. Nega alteração de sensibilidade ou de controle de esfíncteres. Relata lombalgia crônica, porém nega episódios de crises como o atual. Nega outras queixas e alergias. Ao exame neurológico, verificaram-se motricidade, sensibilidade e reflexos aparentemente preservados – limitação da mobilização em MIE pelo quadro álgico, Lasegue positivo a 15 graus à esquerda. O paciente refere dor discreta à palpação da musculatura paravertebral e realizou a ressonância magnética (RM) da coluna lombossacra, conforme se observa na imagem.

Acerca desse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir.
O tratamento conservador pode ser uma opção, visto que o paciente não possui sinais de alarme, e a patologia em si tende a evoluir, em longo prazo, de forma semelhante, independentemente do tratamento escolhido.
Alternativas

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Lombalgia e Lasegue positivo a 15 graus à esquerda já evidencia chance de ou lesão no nervo ciático, ou ainda hérnia discal lombar.

A RM é determinante para o diagnóstico, que mostra claramente presença de hérnia nos discos intervertebrais lombares.

O tratamento cirúrgico é indicado nos casos considerados de urgência como na síndrome da cauda equina e na presença de déficit motor progressivo (fraqueza motora). A síndrome da cauda equina engloba a disfunção de várias raízes nervosas lombares e sacrais, resultando em alterações como: retenção ou incontinência urinária, diminuição do esfíncter anal, anestesia em sela, ou seja, região do períneo, nádegas, parte posterosuperior da coxa e órgãos genitais, fraqueza motora podendo evoluir para paraplegia e dor ciática. Outra indicação para a cirurgia é a falha do tratamento clínico no manejo da dor depois de 1 a 2 meses.

Como o paciente não apresenta "motricidade, sensibilidade e reflexos aparentemente preservados", além de "negar alteração de sensibilidade ou de controle de esfíncteres", o tratamento conservador é o ideal.

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