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Q1674001 Medicina
Um paciente de 55 anos de idade, com histórico de diabetes e hipertensão, iniciou, há seis meses, quadro de dor precordial tipicamente anginosa aos esforços, sendo investigado com ecocardiograma com estresse com dobutamina, o qual confirmou isquemia por aparecimento de hipocinesia transitória dos segmentos inferiores apical e médio no estresse. A fração de ejeção de ventrículo esquerdo no repouso foi de 60%. Iniciou-se tratamento diário com AAS 100 mg, rosuvastatina 20 mg e atenolol 50 mg. A investigação da doença arterial coronariana prosseguiu com a solicitação de uma cineangiocoronariografia. Enquanto aguardava os exames, o paciente tornou-se assintomático com a medicação. Após um mês, retornou com o resultado da cineangiocoronariografia, que demonstrava uma lesão de 90% na porção proximal da coronária direita e uma lesão de 40% em terço distal da descendente anterior. Apresentou também exame laboratorial que revelou colesterol total = 130 mg/dL, LDL-C = 42 mg/dL, HDL-C = 25 mg/dL e triglicérides = 315 mg/dL.


Com relação a esse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir.
Evidências recentes indicam que a utilização de ácido eicosapentaenoico (EPA) em altas doses seria correta nesse paciente para a prevenção secundária de eventos ateroscleróticos.
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Para resolver a questão, é essencial compreender o tema central relacionado ao tratamento de prevenção secundária de eventos ateroscleróticos em pacientes com histórico de doenças coronarianas. O caso clínico descreve um paciente com fatores de risco significativos, como diabetes e hipertensão, e um histórico de angina, confirmando a presença de isquemia miocárdica.

A alternativa correta é: C - certo

A justificativa para essa escolha está nas evidências recentes que mostram que o uso de ácido eicosapentaenoico (EPA) em altas doses pode ser benéfico na prevenção secundária de eventos ateroscleróticos. Isso é particularmente relevante para pacientes com níveis elevados de triglicérides, como o descrito no caso clínico, onde o paciente apresenta triglicérides de 315 mg/dL.

Tratar com EPA pode ajudar a reduzir o risco de novos eventos cardiovasculares, agindo na modulação dos lipídios e na redução da inflamação nas artérias. Assim, a utilização de EPA é uma estratégia adequada como parte do manejo terapêutico global do paciente.

Por que a alternativa "E - errado" não é a correta?

A opção "E - errado" sugere que a utilização de EPA em altas doses não seria recomendada. No entanto, dados clínicos apoiam que, em casos como o do paciente descrito, o uso de EPA é apropriado para a prevenção de eventos cardiovasculares futuros. Portanto, descartar essa opção como incorreta é inadequado diante do contexto atual de evidências científicas.

Estratégia para interpretação:

Para abordar questões como esta com confiança, foque em:

  • Compreender claramente o perfil do paciente e os fatores de risco envolvidos.
  • Estar atualizado sobre diretrizes e evidências recentes em cardiologia, particularmente no tratamento de doenças coronarianas e manejo de dislipidemias.
  • Analisar criticamente as opções de tratamento disponíveis e suas indicações específicas.

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Comentários

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A questão está correta. O Ácido Eicosapentaenoico (EPA) é um tipo de ácido graxo Ômega-3 que tem sido mostrado em estudos recentes para ser benéfico na prevenção secundária de eventos ateroscleróticos, especialmente em pacientes com alto risco cardiovascular, como o do caso descrito. Nesse paciente, com histórico de diabetes, hipertensão e agora com doença arterial coronariana confirmada, a utilização de EPA em altas doses poderia ser uma estratégia adicional para reduzir o risco de eventos cardiovasculares futuros. Isso é porque o EPA tem efeitos anti-inflamatórios e pode ajudar a reduzir os níveis de triglicerídeos, que estão elevados nesse paciente, contribuindo, assim, para a prevenção de aterosclerose e seus eventos relacionados.

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