A formação dos professores e das professoras devia insistir ...

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Q1372057 Pedagogia
A formação dos professores e das professoras devia insistir na constituição deste saber necessário e que me faz certo desta coisa óbvia, que é a importância inegável que tem sobre nós o contorno ecológico, social e econômico em que vivemos. E ao saber teórico desta influência teríamos que juntar o saber teórico-prático da realidade concreta em que os professores trabalham. Já sei, não há dúvida, que as condições materiais em que e sob que vivem os educandos lhes condicionam a compreensão do próprio mundo, sua capacidade de aprender, de responder aos desafios. Preciso, agora, saber ou abrir-me à realidade desses alunos com quem partilho a minha atividade pedagógica. Preciso tornar-me , se não absolutamente íntimo de sua forma de estar sendo, no mínimo, menos estranho e distante dela. E a diminuição de minha estranheza ou de minha distância da realidade hostil em que vivem meus alunos não é uma questão de pura geografia. Minha abertura à realidade negadora de seu projeto de gente é uma questão de real adesão de minha parte a eles e a elas, a seu direito de ser.
  Paulo Freire defendia que problematizar as causas da opressão e reconhecer as pessoas como seres condicionados, mas não determinados, é um imperativo ético na relação educador-educando.
Sendo assim, a prática docente  
Alternativas

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A alternativa correta é a B, que diz que a prática docente exige uma tomada de posição crítica frente ao mundo, visto que a educação é um ato político, uma forma de intervenção no mundo que só se afirma na relação entre sujeitos. Essa concepção está em consonância com as ideias de Paulo Freire, que é citado no enunciado da questão.

Paulo Freire foi um educador e filósofo brasileiro conhecido mundialmente por sua abordagem crítica da educação. Ele defendia que a educação deveria ser um processo de libertação, no qual os educadores e educandos trabalham juntos em um diálogo para desenvolver o pensamento crítico e a consciência sobre a realidade em que vivem. Essa abordagem é conhecida como pedagogia crítica e busca não somente transmitir conhecimentos, mas também transformar a realidade social.

Para Paulo Freire, a educação não pode ser vista como uma transferência de conhecimento do professor para o aluno de forma bancária, onde o aluno é apenas um recipiente a ser preenchido com informações. Pelo contrário, ele argumenta que a educação deve ser um processo dialógico em que o educador e o educando aprendem juntos, reconhecendo suas realidades e buscando transformá-las. Ele acredita que a educação tem um papel fundamental no desenvolvimento do indivíduo como um "ser mais", ou seja, um ser capaz de intervir em sua realidade e transformá-la em algo melhor para todos.

O trecho citado na questão enfatiza a necessidade dos professores compreenderem a realidade de seus alunos e trabalharem de forma a diminuir a distância entre suas próprias experiências e as vivências dos estudantes. Nesse sentido, o educador deve estar aberto e aderir à realidade dos alunos, reconhecendo que as condições materiais e sociais em que vivem influenciam diretamente sua compreensão do mundo e sua capacidade de aprender. O educador deve, portanto, posicionar-se de forma crítica e atuante frente às injustiças e opressões que afetam seus alunos.

A resposta correta reflete esses princípios de Freire ao afirmar que a prática docente é um ato político e uma forma de intervenção no mundo, que se realiza na relação entre sujeitos, e não na mera transmissão de conteúdos. A ênfase em uma postura crítica do educador diante das desigualdades e da realidade social é fundamental para a transformação social e está no cerne da pedagogia freireana.

Essa compreensão é vital para educadores que se preparam para concursos públicos, pois a filosofia de Paulo Freire frequentemente permeia as diretrizes educacionais e os valores que são esperados de professores em escolas públicas e outros ambientes educacionais.

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Gabarito B

Analisando as alternativas:

A

compreende a figura do professor como centro das relações educacionais, uma vez que este é uma autoridade intelectual frente a seus educandos podendo, assim, superar as desigualdades sociais.

O aluno deve ser o centro das relações educacionais.

B

exige uma tomada de posição crítica frente ao mundo, visto que a educação é um ato político, uma forma de intervenção no mundo que só se afirma na relação entre sujeitos.

C

é uma atividade remunerada como qualquer outra, portanto, insere-se no sistema capitalista em que vivemos e, se tiver êxito, traduz os seus interesses.

Paulo Freire defende o reconhecimento e a formação para a transformação da realidade.

D

deve tomar como referência a literatura e os conhecimentos sistematizados da área de atuação, dispensando uma aproximação com a cultura popular e os modos de viver dos alunos.

Um dos aspectos da tendência Libertadora de Paulo Freire são os temas geradores, que nascem da realidade de vida dos alunos.

E

precisa reafirmar o direito de ser dos educandos, sendo fundamental lhes transferir o máximo de conhecimentos possíveis, em especial os conteúdos estabelecidos nos currículos nacionais, como forma de superar a opressão da classe social.

A mera transmissão de conteúdos não garante a superação da opressão da classe social. É necessário diálogo, consideração com as realidades de vida.

        Estude com dedicação e nada no mundo poderá afastar você dos seus sonhos! ♥☺☻

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