Como a paciente ainda se mantém fora da meta de pressão art...
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Ano: 2020
Banca:
IADES
Órgão:
SES-DF
Prova:
IADES - 2020 - SES-DF - Ecocardiografia e Eletrofisiologia Clinica Invasiva |
Q1674012
Medicina
Texto associado
Uma paciente de 65 anos de idade, com obesidade grau 1
(peso = 85 kg, altura = 1,65 m), hipertensa há 20 anos, com
adequado controle da pressão arterial, no período, utilizando
diariamente anlodipino 10 mg e clortalidona 25 mg,
comparece à consulta ambulatorial demonstrando pressão
arterial de 170 mmHg x 95 mmHg, confirmada em duas
medidas em ambos os membros superiores. Opta-se por
introdução de enalapril 10 mg duas vezes ao dia. Ela retorna
em duas semanas apresentando pressão arterial de
150 mmHg x 85 mmHg, com exames laboratoriais novos
revelando um aumento de creatinina sérica de
0,9 mg/dL para 1,9 mg/dL, sem outras alterações
laboratoriais.
Considerando esse caso clínico e os conhecimentos médicos
correlatos, julgue os itens a seguir.
Como a paciente ainda se mantém fora da meta de
pressão arterial, o enalapril deve ser aumentado para
20 mg duas vezes ao dia.
A afirmativa está incorreta. Embora a pressão arterial da paciente ainda esteja acima da meta (que geralmente é menor que 140/90 mmHg para a maioria dos adultos), não seria aconselhável aumentar a dose de enalapril, uma vez que a paciente mostrou um aumento significativo nos níveis de creatinina sérica após a introdução da medicação, o que é um indicativo de prejuízo da função renal. O enalapril é um inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA) e, embora possa ser benéfico para pacientes hipertensos, pode, paradoxalmente, causar insuficiência renal em alguns casos, especialmente se a dose for muito alta. Portanto, em vez de aumentar a dose de enalapril, seria mais apropriado reavaliar o regime de tratamento desta paciente, considerando a mudança para outro anti-hipertensivo que seja menos provável de impactar negativamente a função renal.