O tratamento para a amiloidose cardíaca por cadeias comumen...

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Q1674051 Medicina
Um paciente de 76 anos de idade apresenta, há seis meses, queixa de dispneia progressiva, atualmente a pequenos esforços menores do que habituais, associada a episódios de ortopneia. Tem passado de duas cirurgias ortopédicas em punhos, das quais não sabe muitos detalhes, sem outras comorbidades, tabagismo ou história familiar de doenças cardíacas. Ao exame físico, FC = 78 bpm, FR = 16 irpm, SatO2 = 98%, com crepitações pulmonares em bases pulmonares, ritmo cardíaco regular, bulhas normofonéticas em dois tempos e ausência de sopros, além de discreto edema de membros inferiores. Não está em uso de nenhuma medicação contínua. Os exames iniciais do paciente, realizados com radiografia de tórax, demonstram congestão pulmonar, mas ausência de cardiomegalia; eletrocardiograma em ritmo sinusal, com baixa voltagem em derivações dos membros, sem outras alterações. O ecocardiograma transtorácico evidencia átrio esquerdo de 42 mm de diâmetro, ventrículo esquerdo com espessura do septo de 17 mm e parede posterior de 13 mm, com diâmetros diastólicos e sistólicos da cavidade normais e fração de ejeção de 55% pelo método de Simpson, sem alterações valvares.


A respeito desse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir.
O tratamento para a amiloidose cardíaca por cadeias comumente envolve quimioterapia.
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Vamos analisar a questão proposta sobre o tratamento da amiloidose cardíaca. O tema central dessa questão é o manejo terapêutico da amiloidose cardíaca, especificamente aquela causada por proteína de cadeia leve (AL).

**Alternativa Correta: C - certo**

A amiloidose cardíaca é uma condição em que proteínas anormais, chamadas amiloides, se acumulam no tecido cardíaco, levando à disfunção do coração. No caso da amiloidose por cadeias leves de imunoglobulina, o tratamento mais comum envolve quimioterapia. Isso ocorre porque essa forma de amiloidose é frequentemente associada a distúrbios de células plasmáticas, como o mieloma múltiplo, que produzem em excesso essas cadeias leves. A quimioterapia ajuda a reduzir a produção dessas proteínas anormais.

**Justificativa:** O uso de quimioterapia em casos de amiloidose AL visa tratar a causa subjacente, que é a produção excessiva de cadeias leves por células plasmáticas anormais. Controlando essa produção, é possível diminuir a deposição de amiloide nos tecidos, incluindo o cardíaco.

**Alternativas Incorretas:**

Caso a alternativa fosse "E - errado", isso indicaria um equívoco na compreensão do tratamento da amiloidose cardíaca AL. A terapia para esse tipo de amiloidose realmente envolve regimes quimioterápicos, como aqueles baseados em agentes como bortezomibe, ciclofosfamida e dexametasona, com o objetivo de tratar a doença subjacente.

Para interpretar questões como essa, é importante lembrar que a amiloidose AL é uma condição sistêmica e que seu tratamento muitas vezes segue protocolos oncológicos devido à sua natureza hematológica. Reconhecer as características clínicas, como insuficiência cardíaca e hipertrofia ventricular não explicada, também é crucial para suspeitar dessa condição.

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A afirmação é verdadeira. A amiloidose cardíaca por cadeias é uma condição onde proteínas anormais, chamadas amiloides, se acumulam no coração, afetando seu funcionamento. Este tipo de amiloidose é muitas vezes ligado a outras doenças, como o mieloma múltiplo, onde a produção de proteínas anormais é alta. Portanto, a quimioterapia, que é um tratamento que combate essas células cancerosas produtoras de proteínas, é muitas vezes usada. Nesse caso clínico, embora a amiloidose cardíaca não seja mencionada explicitamente, a combinação da idade do paciente, a dispneia progressiva, a ortopneia, as crepitações pulmonares, a ausência de cardiomegalia no raio-x, a baixa voltagem no EKG, e a espessura aumentada do septo e parede posterior no ecocardiograma são todas sugestivas de amiloidose cardíaca. Portanto, é razoável inferir que o tratamento envolveria quimioterapia.

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