Nos anos 1970, a farmacologia entrou em uma nova fase, quand...
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Para resolver a questão proposta, é essencial ter um bom entendimento sobre os diferentes tipos de receptores celulares e suas funções na farmacologia. Esses receptores são fundamentais no mecanismo de ação de muitos medicamentos e são classificados em quatro superfamílias principais: canais iônicos controlados por ligantes, receptores acoplados à proteína G, receptores acoplados a quinases e receptores nucleares.
Alternativa correta: B - Os receptores acoplados à proteína G desempenham um papel crucial na sinalização celular. Quando ativados, eles podem aumentar ou diminuir a formação de AMPc (adenosina monofosfato cíclico), ativar a fosfolipase C e, em alguns casos, interagir indiretamente com canais iônicos, embora não diretamente com receptores ionotrópicos. Essa descrição está correta, pois descreve algumas das funções clássicas desses receptores na transdução de sinais.
Análise das alternativas incorretas:
A: Os receptores nucleares não possuem sete alfa-hélices transmembrana. Eles são receptores intracelulares que, ao se ligarem a hormônios lipofílicos, como esteroides, atuam como fatores de transcrição, regulando a expressão gênica. Insulina, citocinas e fatores do crescimento não se ligam a receptores nucleares, mas sim a outros tipos de receptores.
C: Os canais iônicos controlados por ligante são ativados por neurotransmissores, não por hormônios, e geralmente mediam efeitos rápidos, ao contrário do que afirma a alternativa.
D: Os receptores acoplados a quinases não se abrem para permitir o influxo de íons. Sua ativação está relacionada à fosforilação de proteínas, não à despolarização direta da membrana celular.
E: Os canais iônicos controlados por ligantes são conhecidos como receptores ionotrópicos, e não como receptores metabotrópicos. Os receptores metabotrópicos referem-se àqueles que estão acoplados a proteínas G.
Essa análise ajuda a consolidar o entendimento sobre a função e características de cada tipo de receptor, além de proporcionar uma visão mais clara de como essas estruturas são essenciais na farmacologia.
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Comentários
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A) os receptores aclopados a proteina G que possuem a estrutura de sete alfa-hélice transmembrana.
B)correta
C)ativados por íons, medeiam efeitos rápidos (ionotrópicos), questão de segundos;
D)O neurotransmissor liga-se ao receptor e abre canais iônicos na membrana plasmática da outra célula, propagando assim o sinal. Ativação e desativação de proteínas G quando ligado GTP. A hidrólise de GTP para GDP torna a proteina G inativa. Esse mecanismo regula a sinalização de receptores acoplados a proteína G.
E) ionotópicos
Ajudem a corrigir galera, fiz uma tentativa, mas estou aqui para aprender.
Os receptores acoplados à proteína G, quando ativados, promovem aumento ou diminuição da formação de AMPc (adenosina – monosfosfato – cíclico), ativação da fosfolipase C e ativação de receptores ionotrópicos.???? COMO ASSIM? Os acoplados a proteína G não são metabotrópicos?
Os receptores acoplados à proteína G, quando ativados, promovem aumento ou diminuição da formação de AMPc (adenosina – monosfosfato – cíclico), ativação da fosfolipase C e ativação de receptores ionotrópicos.???? COMO ASSIM? Os acoplados a proteína G não são metabotrópicos?
A proteína G é um receptor colinérgico metabotrópico. Essa proteína atravessa a membrana plasmática da célula e possui 7 alças. A sua forma de atuação pode ser de 2 formas:
Primeiro- a acetilcolina se liga ao receptor acoplado na parte externa da MP. Na parte interna da MP, esse receptor tem acoplado da proteína G, essa ativa a fosfolipase C , que remove lipídios que ativam um segundo mensageiro e permite a o influxo de Ca2+ para dentro da célula.
OU
Segundo - a proteína G ativa diretamente a abertura dos canais inotrópicos Ca2+ .
Observem que em ambos os casos a ACH não está atuando diretamente nos canais inotrópicos de Ca2+, ela atua nos receptores metabotrópicos e esses por um mecanismo de ativação de cascata vai permitir a abertura dos canais de Ca2+
Sim, os receptores acoplados à proteína G podem realizar todas essas funções quando ativados:
- Aumento ou diminuição da formação de AMPc (adenosina monofosfato cíclico): Dependendo do tipo de receptor acoplado à proteína G, a ativação pode levar à estimulação (aumento) ou inibição (diminuição) da formação de AMPc. Por exemplo, receptores beta-adrenérgicos ativam a adenilato ciclase, levando ao aumento de AMPc, enquanto receptores M2 muscarínicos inibem a adenilato ciclase, resultando na diminuição de AMPc.
- Ativação da fosfolipase C: Certos tipos de receptores acoplados à proteína G podem ativar a fosfolipase C quando ativados. Isso resulta na clivagem de fosfolipídios da membrana celular, produzindo diacilglicerol (DAG) e inositol 1,4,5-trifosfato (IP3), que desencadeiam a liberação de cálcio intracelular e a ativação de vias de sinalização celular específicas.
- Ativação de receptores ionotrópicos: Embora a maioria dos receptores ionotrópicos seja ativada diretamente pela ligação de neurotransmissores ou outros ligantes, alguns tipos de receptores acoplados à proteína G podem influenciar indiretamente a atividade de receptores ionotrópicos através de vias de sinalização secundárias. Por exemplo, através da ativação de segundos mensageiros como o AMPc ou o cálcio intracelular, receptores acoplados à proteína G podem modular a atividade de canais iônicos controlados por receptores ionotrópicos.
Portanto, receptores acoplados à proteína G são capazes de desencadear uma ampla variedade de respostas celulares através de diferentes vias de sinalização, incluindo modulação da formação de AMPc, ativação da fosfolipase C e influência na atividade de receptores ionotrópicos
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