Questões de Concurso
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1. Acessibilidade comunicacional 2. Desenho Universal 3. Componentes Curriculares Híbridos 4. Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) 5. Tecnologia Assistiva (TA) ou Ajuda Técnica
( ) Disciplinas que trazem uma abordagem pedagógica que combina atividades presenciais e atividades realizadas por meio das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC). Privilegia metodologias ativas (sala de aula invertida, aprendizagem baseada em modelos ou projetos, peer instruction etc.) e adota diversos modelos: de rotação, flex, à la carte ou virtual enriquecido, pois o objetivo fundamental é a centralidade do processo de ensino aprendizagem para a autonomia e o protagonismo do discente.
( ) produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade relacionada à atividade e à participação do sujeito com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.
( ) oferta de recursos, de atividades e de bens culturais que promovam independência e autonomia aos sujeitos que necessitam de serviços específicos para acessar as atividades educacionais propostas. Audiodescrição, legendas, janela de Libras, escrita de sinais, impressões em braille e dublagem são alguns dos exemplos existentes.
( ) ambientes virtuais e suas ferramentas, redes sociais e suas ferramentas, fóruns eletrônicos, blogs, chats, tecnologias de telefonia, teleconferências, videoconferências, TV digital e interativa, programas específicos de computadores (softwares), objetos de aprendizagem, conteúdos disponibilizados em suportes eletrônicos (CD, DVD, memória flash etc.), entre outros.
( ) concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas os sujeitos, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva.
A relação CORRETA é:
(...) E os amigos que riem dela todo dia Riem mais e a humilham mais O que você faria? Ela cansou da humilhação e não quer mais escola E no natal ela chorou, porque não ganhou uma bola O tempo foi passando e ela foi crescendo Agora lá na rua ela é a preta do suvaco fedorento Que alisa o cabelo pra se sentir aceita Mas não adianta nada, todo mundo a rejeita Agora ela cresceu, quer muito estudar Termina a escola, a apostila, ainda tem vestibular E a boca seca, seca, nem um cuspe Vai pagar a faculdade, porque preto e pobre não vai pra USP Foi o que disse a professora que ensinava lá na escola Que todos são iguais e que cota é esmola Cansada de esmolas e sem o dim da faculdade Ela ainda acorda cedo e limpa três apê no centro da cidade Experimenta nascer preto, pobre na comunidade Cê vai ver como são diferentes as oportunidades E nem venha me dizer que isso é vitimismo Não bota a culpa em mim pra encobrir o seu racismo!
(Fonte: https://www.letras.mus.br/bia-ferreira/cota-nao-esmola/)
Uma das conquistas da luta dos povos negros e indígenas no Brasil foi a alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional pela Lei nº 11.645, de 2008, que estabeleceu a inclusão no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro Brasileira e Indígena”. Com base nessa alteração, analise as afirmativas a seguir para responder à questão.
I. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
II. O conteúdo programático do estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.
III. Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação religiosa e de língua portuguesa.
Sobre as afirmativas acima:
Escola Sem Partido volta ao Congresso, mas agora pior
Texto coloca como direito dos alunos gravar as aulas, denunciar e constranger professores, e proíbe grêmios estudantis de fazerem ‘atividade político-partidária’
Fonte: Fepesp (06/02/2019)
Escola sem partido: BH é a primeira capital a aprovar projeto na Câmara Municipal
Depois de longa obstrução, projeto foi aprovado em primeiro turno na reunião ordinária desta segunda-feira
Fonte: Estado de Minas (16/10/2019)
STF julga inconstitucional lei de Alagoas inspirada no movimento Escola Sem Partido
Por nove votos a um, a corte decidiu pela inconstitucionalidade do texto que determinava “princípio da neutralidade política e ideológica” em sala de aula e lembrou que a Constituição prevê a “liberdade de ensinar e o pluralismo de ideias”
Fonte: O Globo (22/08/2020)
O Escola Sem Partido nasceu em 2004, e, de acordo com a definição constante na página do movimento, trata-se de “[…] uma iniciativa conjunta de estudantes e pais preocupados com o grau de contaminação político-ideológica das escolas brasileiras, em todos os níveis: do ensino básico ao superior”. Ao longo dos anos, em todo o país, despontaram esforços na tentativa de legitimar os anseios do movimento por meio de aprovação de leis tanto na esfera federal, quanto estadual e municipal. Nesse contexto, qual fragmento abaixo sintetizaria o posicionamento freiriano, especificamente acerca da abordagem política dentro das escolas?
[...] É impossível falar sobre a história única sem falar sobre poder. Existe uma palavra em igbo na qual sempre penso quando considero as estruturas de poder no mundo: nkali. É um substantivo que, em tradução livre, quer dizer “ser maior do que outro”. Assim como o mundo econômico e político, as histórias também são definidas pelo princípio de nkali: como elas são contadas, quem as conta, quando são contadas e quantas são contadas depende muito de poder.
O poder é a habilidade não apenas de contar a história de outra pessoa, mas de fazer que ela seja sua história definitiva. O poeta palestino Mourid Barghouti escreveu que, se você quiser espoliar um povo, a maneira mais simples é contar a história dele e começar com “em segundo lugar”. Comece a história com as flechas dos indígenas americanos, e não com a chegada dos britânicos, e a história será completamente diferente. Comece a história com o fracasso do Estado africano, e não com a criação colonial do Estado africano, e a história será completamente diferente.
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo de uma história única. Companhia das Letras, 2019.
[...] A pensadora e feminista negra Lélia Gonzalez nos dá uma perspectiva muito interessante sobre esse tema, porque criticava a hierarquização de saberes como produto da classificação racial da população. Ou seja, reconhecendo a equação: quem possuiu o privilégio social possui o privilégio epistêmico, uma vez que o modelo valorizado e universal de ciência é branco. A consequência dessa hierarquização legitimou como superior a explicação epistemológica eurocêntrica conferindo ao pensamento moderno ocidental a exclusividade do que seria conhecimento válido, estruturando-o como dominante e, assim, inviabilizando outras experiências do conhecimento. Segundo a autora, o racismo se constituiu “como a ‘ciência’ da superioridade eurocristã (branca e patriarcal)”. Essa reflexão de Lélia Gonzalez nos dá uma pista sobre quem pode falar ou não, quais vozes são legitimadas e quais não são.
[...] Lélia Gonzalez provoca e desestabiliza a epistemologia dominante, assim como Linda Alcoff. Em uma epistemologia para a próxima revolução, a filósofa panamenha critica a imposição de uma epistemologia universal que desconsidera o saber de parteiras, povos originários, a prática médica de povos colonizados, a escrita de si na primeira pessoa e que se constitui como legítima e com autoridade para protocolar o domínio do regime discursivo [...].
Seria preciso, então, desestabilizar e transcender a autorização discursiva branca, masculina cis e heteronormativa e debater como as identidades foram construídas nesses contextos.
RIBEIRO, Djamila. Lugar de fala. Belo Horizonte, Letramento 2017.
A análise da supremacia narrativa baseada nas relações de poder entre as diferentes nações dominadas e dominadoras, trazida por Chimamanda Adichie, e a proposta de desestabilização e transcendência, apontada por Djamila Ribeiro, poderiam, de acordo com as teorias trazidas por Silva (2007), serem mais bem executadas pela construção de um currículo inspirado em qual base epistemológica?
1. Técnico-científica 2. Autogestionária 3. Interpretativa 4. Democrático-participativa
( ) Decisões coletivas (assembleias, reuniões), eliminação de todas as formas de exercício de autoridade e de poder.
( ) A escola é uma realidade social subjetivamente construída, não dada nem objetiva.
( ) Todos dirigem e são dirigidos, todos avaliam e são avaliados.
( ) A ação organizadora valoriza muito as interpretações, os valores, as percepções e os significados subjetivos, destacando o caráter humano e preterindo o caráter formal, estrutural, normativo.
( ) Poder centralizado no diretor, destacando-se as relações de subordinação, em que uns têm mais autoridade que outros.
( ) Prescrição detalhada de funções e tarefas, acentuando a divisão técnica do trabalho escolar.
( ) Recusa a normas e a sistemas de controles, acentuando a responsabilidade coletiva.
A sequência CORRETA é:
I. Teorias Tradicionais II. Teorias Críticas III. Teorias pós-críticas
( ) Ideologia, reprodução cultural e social, poder, classe social, capitalismo, relações sociais de produção, conscientização, emancipação e libertação, currículo oculto e resistência.
( ) Ensino, aprendizagem, avaliação, metodologia, didática, organização, planejamento, eficiência e objetivos.
( ) Identidade, alteridade, diferença, subjetividade, significação e discurso, saber-poder, representação, cultura, gênero, raça, etnia, sexualidade e multiculturalismo.
Assinale a alternativa que contém a ordem CORRETA da associação de cima para baixo.
Durante a reunião pedagógica intermediária – que acontece próximo à metade de cada semestre – de um curso superior, discutia-se a situação de Arturo, um aluno atendido pelo Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (Napne). Arturo possui perda auditiva de 60% e ficou reprovado em quase todas as disciplinas nos dois primeiros semestres. Neste terceiro semestre, os professores temem que seu desempenho resulte ainda pior.
A professora de Comunicação e Expressão assinalou a dificuldade do aluno tanto na compreensão auditiva quanto na interpretação de texto. O professor de Sistemas Pneumáticos compartilhou as respostas que o aluno deu na prova, evidenciando a desconexão que havia entre o que era perguntado e o que era respondido. O professor de Eletrônica Digital fez o seguinte comentário:
“mas o problema dele não é só o ouvido. Tem uma desigualdade muito grande entre ele e o restante dos nossos alunos. É a terceira vez que ele faz a minha disciplina e pelo visto vai reprovar de novo. Já dei aula para aluno 100% surdo que dava de 10 a 0 nos outros colegas da turma. Mas sabe qual a diferença? Ele tinha base. Vinha de família boa, de escola boa. Arturo chegou aqui sem base nenhuma. Veja só: eu escuto de colegas dele que ele mora em um lugar que chega a dar pena, que só a mãe trabalha o dia inteiro pra ganhar salário mínimo, e o pai fica pela rua afora jogando baralho e falam ainda que é chegado numa pinga. Ele tem 2 irmãos e 1 irmã mais novos, e ela, inclusive, está com 14 anos e já está grávida. Então ele já vem de uma família desestruturada. É difícil a gente fazer alguma coisa por ele aqui. Eu acho que o melhor é orientar ele a procurar outra coisa que ele gosta de fazer. Encaminhar pra psicóloga, fazer uma orientação vocacional, mandar pra assistência social, qualquer coisa nesse sentido. Curso superior não é pra todo mundo, é pra quem tem condições de fazer. Sugestão de encaminhamento: o setor pedagógico chamar ele pra uma conversa e provocar nele esse senso crítico que Paulo Freire tanto fala, né, pra ele poder enxergar onde ele cabe e onde ele não cabe, onde é pra ele estar e onde não é. Não vou ficar aqui dando murro em ponta de faca”.
De acordo com Patto (1999), a interpretação equivocada que esse professor faz da reprovação do aluno se alinha com mais afinco:
Fragmento 01:
De quando em quando, ao menos uma vez por mês, assista às aulas dos professores; leia também, por vezes, os apontamentos dos alunos. Se observar ou ouvir de outrem alguma cousa que mereça advertência, uma vez averiguada, chame a atenção do professor com delicadeza e afabilidade, e, se for mister, leve tudo ao conhecimento do P. Reitor.
Fragmento 02:
Fundada no espírito de liberdade e no respeito da pessoa humana, procurará por tôdas as formas criar na escola as condições de uma disciplina consciente, despertar e fortalecer o amor à pátria, o sentimento democrático, a consciência de responsabilidade profissional e cívica, a amizade e, a união entre os povos. A formação de homens harmoniosamente desenvolvidos, que sejam de seu país e de seu tempo, capazes e empreendedores, aptos a servir no campo que escolherem, das atividades humanas, será, num vasto plano de educação democrática, o cuidado comum, metódico e pertinaz, da família, da escola e da sociedade, todo o conjunto de suas instituições.
Assinale a alternativa que corresponde à sequência CORRETA dos fragmentos.
( ) A concepção de omnilateralidade sustenta a base para a formação do estudante da Educação Profissional Técnica Integrada ao Ensino Médio, uma vez que se contrapõe aos pressupostos da formação unilateral.
( ) Práticas interdisciplinares e integradoras não devem ser incluídas nas metodologias de aprendizagem da Educação Profissional Técnica Integrada ao Ensino Médio.
( ) O objetivo principal da oferta da Educação Profissional Técnica Integrada ao Ensino Médio consiste em preparar o estudante para obter êxito no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
( ) Conceitos como o trabalho como princípio educativo e a pesquisa como princípio pedagógico direcionam as concepções teóricas acerca da atuação como cidadão e a formação para a leitura de mundo que a Educação Profissional Técnica Integrada ao Ensino Médio visa promover.
( ) O perfil do egresso dos cursos de Educação Profissional Técnica Integrada ao Ensino Médio contempla a necessidade do estudante exercer a profissão para a qual se formou, de modo a cumprir com sua autonomia profissional.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.