Questões de Concurso Comentadas por alunos sobre interpretação de textos em português

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Q2724142 Português

PENSAR É TRANSGREDIR



Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos – para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.

Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.

Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.

Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: “Parar pra pensar, nem pensar! ”

[...]



LUFT, Lya. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2005. p. 21.

Disponível em: <http://pensador.uol.com.br/frase/MjgzMzA0/>. Acesso em: 23 set. 2016.



No segundo parágrafo, a conjunção “mas”, que inicia o período, exerce uma função importante na estrutura textual, pois estabelece relação de sentido (oposição ou contraste) entre dois enunciados. Isso significa dizer que a autora

Alternativas
Q2723694 Português

TEXTO 2

Disponível em: https://br.pinterest.com/nerianagg/sexo-frágil-_- onde. Acesso em 03/05/18.

Para compreendermos o Texto 2, temos que perceber que o trecho final (“A vida vai exigir de nós equilíbrio, esforço, graça e encanto.”) é:

Alternativas
Q2721994 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.


As máquinas inteligentes e suas regras


01---------Em 1950, o cientista Alan Turing (1912-1954) criava um experimento que entraria para a

02--história. No famoso Teste de Turing, descrito no artigo Computing Machinery and Intelligence, o

03--britânico propunha que um computador e um humano respondessem ____ mesmas perguntas.

04--Caso o interrogador não conseguisse diferenciá-los, a máquina passava no teste, provando a sua

05--inteligência. Com sua validade questionada pela comunidade científica de hoje, o experimento

06--trouxe ____ tona uma indagação perturbadora: a máquina superará o ser humano? Passadas

07--mais de cinco décadas, a questão ainda ressoa na esfera pública, principalmente devido à

08--automação de atividades cotidianas, do transporte ao cuidado de idosos e crianças.

09---------Entu__iasta dos avanços tecnológicos, o docente do Instituto de Informática da

10--Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Edson Prestes, defende que a revolução robótica em

11--curso trará muitos benefícios. Porém, a sociedade civil precisa estar atenta, zelando pela

12--manutenção dos direitos humanos. É consenso que robôs coe__istirão com os homens nos mais

13--variados ambientes, com as mais variadas funções. Eles impactarão certamente as nossas vidas.

14--A questão que é necessária responder é: de que forma? Se desenvolvermos robôs sem qualquer

15noção ética, certamente o impacto será negativo, ressalta.

16---------O pesquisador integra a Global Initiative for Ethical Considerations in Artificial Intelligence

17--and Autonomous Systems, iniciativa que reúne especialistas de todo o globo para debater os

18--desafios da inteligência artificial. Essa discussão já toma forma com o desenvolvimento dos carros

19--autônomos, que não necessitam de motorista. Nos últimos dez anos, empresas de tecnologia,

20--como o Google e a Apple, e as tradicionais montadoras têm investido no setor, em uma corrida

21--para chegar ao mercado. Mais do que um benefício para quem não gosta de guiar, a promessa é

22--que esses veículos sejam mais seguros. Segundo estudo da consultoria McKinsey & Company, os

23--carros autônomos poderiam reduzir em 90% o número de acidentes, os quais são causados nos

24--dias de hoje principalmente por falhas humanas como e__esso de velocidade, consumo de álcool

25--e fadiga.

26---------Imune _____ distrações, os novos automóveis trariam benefícios inegáveis. No entanto, há

27--um fator que torna a equação um pouco mais complexa: o acaso. Como o veículo agirá se, por

28--exemplo, um pedestre aparecer de repente em seu percurso? Atropelará ____ pessoa ou desviará

29--para outro local pondo a vida do passageiro em risco? Segundo o gerente de estratégia da Ford,

30--Luciano Driemeier, situações como essas exigiriam a criação de normas de conduta. “O código de

31--ética é uma questão de toda a indústria. Precisamos de abordagens e discussões consistentes, e

32--de todas as partes interessadas – incluindo governo, indústria automobilística, suprimentos,

33--companhias de seguros e grupos de defesa dos consumidores”, afirma.

34---------O físico, astrônomo e docente da universidade norte-americana Dartmouth College,

35--Marcelo Gleiser, concorda que o padrão de conduta dos veículos autônomos deve ser discutido por

36--grupos multidisciplinares, incluindo filósofos especializados em ética. “A boa notícia é que, dada a

37--imparcialidade da máquina, muito provavelmente a melhor decisão será salvar o maior número de

38--vidas possível”, comenta. Esse fator também é ressaltado pelo gerente de projetos da BMW,

39--Henrique Miranda. Ele argumenta que, ao contrário do motorista, a máquina não age “por instinto

40--de sobrevivência”. “O objetivo da tecnologia não é escolher entre vidas, mas proteger todas as

41--vidas”, afirma.

42---------Para que esses carros possam ser inseridos no mercado, também será necessário criar

43--novas leis. Atualmente, por exemplo, ainda não há uma definição clara de quem seria

44--responsabilizado a empresa ou o passageiro caso o veículo provoque um acidente.

45--Recentemente, o governo alemão deu o primeiro passo nesse sentido, anunciando uma série de

46--diretrizes relacionadas ao uso de carros autônomos. Outras nações devem seguir o exemplo,

47--e__pandindo a regulamentação para outras áreas. “Diversos grupos em universidades já estão

48--discutindo que regras deveriam guiar o trabalho dos robôs. Afinal, se conseguirmos de fato

49--construir máquinas inteligentes, como garantir que elas seguirão nossas regras e não as delas?”,

50--indaga Gleiser.


(Fonte: Mariana Tessitore – Revista da Cultura – Disponível em:

https://www.livrariacultura.com.br/revistadacultura/reportagens/etica-e-tecnologia - adaptação)

Considerando o emprego correto dos nexos linguísticos, na linha 44, em caso de substituição da conjunção “caso” pela conjunção _______, _______ necessidade de alterações no período a fim de mantermos as corretas relações gramaticais no período.


Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.

Alternativas
Q2721701 Português

Educação: reprovada


Há quem diga que sou otimista demais. Há quem diga que sou pessimista. Talvez eu tente apenas ser uma pessoa observadora habitante deste planeta, deste país. Uma colunista com temas repetidos, ah, sim, os que me impactam mais, os que me preocupam mais, às vezes os que me encantam particularmente. Uma das grandes preocupações de qualquer ser pensante por aqui é a educação. Fala-se muito, grita-se muito, escreve-se, haja teorias e reclamações. Ação? Muito pouca, que eu perceba. Os males foram-se acumulando de tal jeito que é difícil reorganizar o caos.

Há coisa de trinta anos, eu ainda professora universitária, recebíamos as primeiras levas de alunos saídos de escolas enfraquecidas pelas providências negativas: tiraram um ano de estudo da meninada, tiraram latim, tiraram francês, foram tirando a seriedade, o trabalho: era a moda do “aprender brincando”. Nada de esforço, punição nem pensar, portanto recompensas perderam o sentido. Contaram-me recentemente que em muitas escolas não se deve mais falar em “reprovação, reprovado”, pois isso pode traumatizar o aluno, marcá-lo desfavoravelmente. Então, por que estudar, por que lutar, por que tentar?

De todos os modos facilitamos a vida dos estudantes, deixando-os cada vez mais despreparados para a vida e o mercado de trabalho. Empresas reclamam da dificuldade de encontrar mão de obra qualificada, médicos e advogados quase não sabem escrever, alunos de universidades têm problemas para articular o pensamento, para argumentar, para escrever o que pensam. São, de certa forma, analfabetos. Aliás, o analfabetismo devasta este país. Não é alfabetizado quem sabe assinar o nome, mas quem o sabe assinar embaixo de um texto que leu e entendeu. Portanto, a porcentagem de alfabetizados é incrivelmente baixa.

Agora sai na imprensa um relatório alarmante. Metade das crianças brasileiras na terceira série do elementar não sabe ler nem escrever. Não entende para o que serve a pontuação num texto. Não sabe ler horas e minutos num relógio, não sabe que centímetro é uma medida de comprimento. Quase a metade dos mais adiantados escreve mal, lê mal, quase 60% têm dificuldades graves com números. Grande contingente de jovens chega às universidades sem saber redigir um texto simples, pois não sabem pensar, muito menos expressar-se por escrito. Parafraseando um especialista, estamos produzindo estudantes analfabetos.

Naturalmente, a boa ou razoável escolarização é muito maior em escolas particulares: professores menos mal pagos, instalações melhores, algum livro na biblioteca, crianças mais bem alimentadas e saudáveis – pois o estado não cumpre o seu papel de garantir a todo cidadão (especialmente a criança) a necessária condição de saúde, moradia e alimentação.

Faxinar a miséria, louvável desejo da nossa presidenta, é essencial para nossa dignidade. Faxinar a ignorância – que é uma outra forma de miséria – exigiria que nos orçamentos da União e dos estados a educação, como a saúde, tivesse uma posição privilegiada. Não há dinheiro, dizem. Mas políticos aumentam seus salários de maneira vergonhosa, a coisa pública gasta nem se sabe direito onde, enquanto preparamos gerações de ignorantes, criados sem limites, nada lhes é exigido, devem aprender brincando. Não lhes impuseram a mais elementar disciplina, como se não soubéssemos que escola, família, a vida, sobretudo, se constroem em parte de erro e acerto, e esforço. Mas, se não podemos reprovar os alunos, se não temos mesas e cadeiras confortáveis e teto sólido sobre nossa cabeça nas salas de aula, como exigir aplicação, esforço, disciplina e limites, para o natural crescimento de cada um?

Cansei de falas grandiloquentes sobre educação, enquanto não se faz quase nada. Falar já gastou, já cansou, já desiludiu, já perdeu a graça. Precisamos de atos e fatos, orçamentos em que educação e saúde (para poder ir a escola, prestar atenção, estudar, render e crescer) tenham um peso considerável: fora isso, não haverá solução. A educação brasileira continuará, como agora, escandalosamente reprovada.


(Lya Luft. Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/feira-livre/educacao-reprovada-um-artigo-de-lya-luft/.)

Fala-se muito, grita-se muito, escreve-se, haja teorias e reclamações.” (1º§) Em relação ao sujeito dos verbos sublinhados no trecho em destaque, é correto afirmar que trata-se de:

Alternativas
Q2720307 Português

Assinale a alternativa que não indica problema de pontuação.

Alternativas
Respostas
511: C
512: D
513: A
514: B
515: B