Questões de Concurso Comentadas por alunos sobre sintaxe em português

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Ano: 2023 Banca: IDIB Órgão: Prefeitura de Trindade - GO
Q2646725 Português

Texto para as questões de 1 a 20.


Drogas e tratamentos


Antônio Carlos Prado


1 Existem três modalidades no campo da institucionalização de dependentes

químicos. A internação compulsória é aquela determinada pela Justiça e ocorre, sobretudo,

quando o usuário de substância psicoativa comete algum grave ato dissocial – homicídio,

por exemplo. Nesse caso, se comprovado cientificamente que o delito aconteceu devido à

5dependência que retirou do autor a capacidade de crítica e _________¹, o juiz pode

considerar o indivíduo irresponsável pelo crime — ou seja, o delito lhe é inimputável.

Em vez de sentença penal condenatória é aplicada, então, medida de segurança

com encaminhamento a hospital de custódia.

Quanto à internação involuntária: o dependente químico, mesmo já colocando em

10risco a sua vida e a de outras pessoas, recusa-se a ser internado. Nesse caso, basta

autorização de um médico e de um parente direto para a institucionalização se consumar.

Finalmente, existe a voluntária: o usuário concorda em ir para uma instituição com

a finalidade de ser tratado e largar definitivamente o uso nocivo e abusivo.

Embora seja a mais discutida no País, a chamada Cracolândia, na cidade de São

15Paulo, onde dependentes químicos se drogam dia e noite a céu aberto, não é a única do

Brasil — o assunto aqui abordado tem, portanto, interesse nacional. Ao que se assiste na

capital paulista, porém, é a Prefeitura tomar atitudes com boas intenções (afinal, quer

salvar vidas), mas que terão poucos resultados. Circulam pela Cracolândia traficantes que

deveriam ser presos — basta uma semana de operações e o tráfico acaba. Seria possível,

20então, cuidar dos dependentes que perambulam perdidos em um mundo no qual não mais

percebem o quanto aceleram o próprio passo para a morte.

A Prefeitura defende a internação involuntária de usuários que usam drogas há mais

de cinco anos – nesse espaço de tempo, em se falando de crack, os pulmões estão

lesados.

25 É sabido, no entanto, que internações involuntárias podem ou não surtirem bons

efeitos, e não devem elas estar fundamentadas somente em doenças pulmonares.

A internação não voluntária, importante repetir, vale em situações em que o usuário

coloca em risco a sua vida ou a de terceiros. Esse aspecto registra-se em não mais que

6% dos cerca de seis mil atendimentos feitos anualmente pela Unifesp.

30 É preciso, isso sim, que se enviem médicos especializados diariamente ao local e

que se prendam os traficantes. São necessárias ações de convencimento para tratamentos

ambulatoriais ou internações voluntárias. O problema é de dificílima solução, a Prefeitura

paulistana está empenhada com seriedade e boa vontade em encontrar soluções, mas o

caminho seguido não é o mais adequado.


Disponível em: https://istoe.com.br/drogas-e-tratamentos/. Acesso em 09/02/2023

Na oração “Os traficantes atuam na Cracolândia, em São Paulo, sem que as autoridades façam nada para ___________.”


O espaço vazio no trecho acima é completado com correta colocação pronominal e regência verbal em


I. deter-lhes

II. detê-los

III. os deter

IV. lhes deter

Alternativas
Ano: 2023 Banca: IDIB Órgão: Prefeitura de Trindade - GO
Q2646724 Português

Texto para as questões de 1 a 20.


Drogas e tratamentos


Antônio Carlos Prado


1 Existem três modalidades no campo da institucionalização de dependentes

químicos. A internação compulsória é aquela determinada pela Justiça e ocorre, sobretudo,

quando o usuário de substância psicoativa comete algum grave ato dissocial – homicídio,

por exemplo. Nesse caso, se comprovado cientificamente que o delito aconteceu devido à

5dependência que retirou do autor a capacidade de crítica e _________¹, o juiz pode

considerar o indivíduo irresponsável pelo crime — ou seja, o delito lhe é inimputável.

Em vez de sentença penal condenatória é aplicada, então, medida de segurança

com encaminhamento a hospital de custódia.

Quanto à internação involuntária: o dependente químico, mesmo já colocando em

10risco a sua vida e a de outras pessoas, recusa-se a ser internado. Nesse caso, basta

autorização de um médico e de um parente direto para a institucionalização se consumar.

Finalmente, existe a voluntária: o usuário concorda em ir para uma instituição com

a finalidade de ser tratado e largar definitivamente o uso nocivo e abusivo.

Embora seja a mais discutida no País, a chamada Cracolândia, na cidade de São

15Paulo, onde dependentes químicos se drogam dia e noite a céu aberto, não é a única do

Brasil — o assunto aqui abordado tem, portanto, interesse nacional. Ao que se assiste na

capital paulista, porém, é a Prefeitura tomar atitudes com boas intenções (afinal, quer

salvar vidas), mas que terão poucos resultados. Circulam pela Cracolândia traficantes que

deveriam ser presos — basta uma semana de operações e o tráfico acaba. Seria possível,

20então, cuidar dos dependentes que perambulam perdidos em um mundo no qual não mais

percebem o quanto aceleram o próprio passo para a morte.

A Prefeitura defende a internação involuntária de usuários que usam drogas há mais

de cinco anos – nesse espaço de tempo, em se falando de crack, os pulmões estão

lesados.

25 É sabido, no entanto, que internações involuntárias podem ou não surtirem bons

efeitos, e não devem elas estar fundamentadas somente em doenças pulmonares.

A internação não voluntária, importante repetir, vale em situações em que o usuário

coloca em risco a sua vida ou a de terceiros. Esse aspecto registra-se em não mais que

6% dos cerca de seis mil atendimentos feitos anualmente pela Unifesp.

30 É preciso, isso sim, que se enviem médicos especializados diariamente ao local e

que se prendam os traficantes. São necessárias ações de convencimento para tratamentos

ambulatoriais ou internações voluntárias. O problema é de dificílima solução, a Prefeitura

paulistana está empenhada com seriedade e boa vontade em encontrar soluções, mas o

caminho seguido não é o mais adequado.


Disponível em: https://istoe.com.br/drogas-e-tratamentos/. Acesso em 09/02/2023

Na oração “O dependente químico faz uso de substâncias entorpecentes ___________ as consequências deste uso para sua saúde física e mental.” O espaço vazio no trecho acima é completado com correta colocação pronominal e regência verbal apenas em

Alternativas
Q2646667 Português

Assinale a alternativa que não contém erro quanto à concordância verbal:

Alternativas
Q2646062 Português

TEXTO 1


Formação histórica de São Bento do Uma


A história da formação de São Bento do Una encontra sua origem, bem como suas semelhanças, na história das inúmeras cidades de nosso país, dando foco especial às da Região Nordeste. Especial, pois desde o advento da economia mineradora – início do século XVIII – na região Sul (hoje correspondente ao Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste) o Norte (hoje as Regiões Norte e Nordeste) não fora o mesmo no campo político e econômico, este por sua vez já abalado desde a crise oriunda da expulsão dos holandeses da região.

O Brasil ainda era colônia portuguesa quando Antônio Alves Soares e sua família chegou à região do Vale do Una em 1777, fugindo de uma grande e terrível seca que assolava inúmeras regiões, principalmente o Nordeste Brasileiro, geradora de inúmeros estragos em produtos provenientes da atividade agro-pastoril, como também, diversas perdas humanas. A seca, neste caso, foi um dos fatores que fizeram com que, alguns anos depois, outras pessoas chegassem às proximidades dos rios Una, Ipojuca e Riachão. A chegada destas, por sua vez, foi facilitada pela existência de rotas que ligavam o litoral pernambucano ao interior do Estado. Próximo ao Una, rio que posteriormente complementaria o nome da cidade de São Bento, as pessoas empreenderam uma dinâmica habitacional, comercial e econômica, fazendo com que estas ações contribuíssem com o desenvolvimento do futuro povoado.

Quanto ao nome do povoado, a escolha São Bento deriva de uma antiga história do lugar onde as pessoas preocupadas com o súbito aparecimento de cobras peçonhentas naquelas terras, e aquelas por sua vez ligadas às tradições religiosas, começaram a invocar as proteções daquele que “livra de todas as peçonhas”, neste caso, mérito atribuído ao “senhor São Bento”, como é chamado o santo até os dias atuais pelos devotos católicos da cidade.

No local conhecido como Fazenda Santa Cruz, nome que fazia alusão a uma velha cruz fincada no local e que depois este se chamaria São Bento, os primeiros habitantes começaram a estabelecer moradia. A religiosidade, muito presente no seio do povo latino, irá definir locais com nomes de santos e santas. No dia 30 de abril de 1860, São Bento emancipa-se da Vila de Santo Antônio de Garanhuns passando a ser, também, uma Vila. Esta autonomia irá gerar transformações no que tange a sua conjuntura política, econômica e estrutural. A Vila de São Bento foi elevada à categoria de cidade 40 anos depois de sua emancipação no dia 8 de junho de 1900 pela Lei Estadual de número 440. Segundo o advogado e são-bentense Orlando de Almeida Calado, na transição de Império para República o que era Vila permanecia Vila e o que era cidade permaneceria cidade, caso peculiar de pouquíssimas cidades, dentre elas São Bento.

A cidade de São Bento recebeu um complemento em seu nome para diferenciá-la de outros locais. Para isso, no dia 31 de dezembro de 1943, por meio do decreto-lei estadual de número 952, foi acrescido o “do Una”, aludindo ao rio que corta a cidade. Atualmente, a cidade de São Bento do Una, localizada no Agreste Meridional, distante 205 km da capital Recife é conhecida no Estado e Região como uma das cidades em que a produção leiteira e a avicultura são atividades econômicas muito fortes. Desde sua emancipação, a cidade vem passando por vários processos de transformações tanto no campo econômico no tocante à avicultura e laticínios, bem como em sua estrutura física, nas construções, praças e ruas que outrora fora inspiração para muitos poetas locais e que hoje pouco de seu passado arquitetônico se encontra em preservação.


Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33836. Acesso em: 11 out. 2023. (adaptado)

Com base no texto “Formação histórica de São Bento do Una”, analise as afirmativas a seguir:


I. No trecho: “A cidade de São Bento recebeu um complemento em seu nome para diferenciá-la de outros locais.”, o complemento do verbo “recebeu” é uma oração subordinada substantiva completiva nominal.

II. Em: “Quanto ao nome do povoado, a escolha São Bento deriva de uma antiga história do lugar [...].”, o verbo “deriva” não está regendo nenhum termo uma vez que ele é intransitivo.


Marque a alternativa correta:

Alternativas
Q2645753 Português

Atenção: Leia o conto “Casos de baleias”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões de números 1 a 5.


A baleia telegrafou ao superintendente da Pesca, queixando-se de que estava sendo caçada demais, e a continuar assim sua espécie desapareceria com prejuízo geral do meio ambiente e dos usuários.

O superintendente, em ofício, respondeu à baleia que não podia fazer nada senão recomendar que de duas baleias uma fosse poupada, e esta ganhasse número de registro para identificar-se.

Em face dessa resolução, todas as baleias providenciaram registro, e o obtiveram pela maneira como se obtêm essas coisas, à margem dos regulamentos. O mar ficou coalhado de números, que rabeavam alegremente, e o esguicho dos cetáceos, formando verdadeiros festivais no alto oceano, dava ideia de imenso jardim explodindo em repuxos, dourados de sol, ou prateados de lua.

Um inspetor da Superintendência, intrigado com o fato de que ninguém mais conseguia caçar baleia, pôs-se a examinar os livros e verificou que havia infinidade de números repetidos. Cancelou-se o registro, e os funcionários responsáveis pela fraude, jogados ao mar, foram devorados pelas baleias, que passaram a ser caçadas indiscriminadamente. A recomendação internacional para suspender a caça por tempo indeterminado só alcançará duas baleias vivas, escondidas e fantasiadas de rochedo, no litoral do Espírito Santo.


(ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)

O elemento sublinhado em “pela maneira como se obtêm essas coisas (3o parágrafo) exerce a mesma função sintática daquele sublinhado em:

Alternativas
Respostas
266: E
267: D
268: D
269: D
270: E