Questões de Concurso

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Q2829216 Português

Não, senhora, não se enganou, disse afinal com um tom frio e inflexível. Vendi-me; pertenço-lhe. A senhora teve o mau gosto de comprar um marido aviltado; aqui o tem como desejou. Podia ter feito de um caráter, talvez gasto pela educação, um homem de bem, que se enobrece com sua afeição; preferiu um escravo branco; estava em seu direito, pagava generosamente. Tem aqui esse escravo; é seu marido, porém nada mais do que seu marido.

ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 75.

Dos termos sublinhados, qual se classifica como objeto indireto?

Alternativas
Q2828205 Português

No trecho abaixo, propositalmente, alterou-se a grafia de alguns vocábulos, de modo que passaram a não estar registrados de acordo com a gramática normativa e o vocabulário ortográfico da Língua Portuguesa.


"Existe um forte concenso quanto à importância do papel dos pais para o modo como seus filhos se desenvolvem e funcionam. Muitas das abilidades da criança dependem fundamentalmente de suas interassões com seus cuidadores e com seu hambiente social mais amplo. Na verdade, entre os fatores de risco envolvidos no desenvolvimento de problemas comportamentais e afetivos da criança, a qualidade das práticas parentais é o mais importante entre os que podem ser modificados."

Texto original disponível em: http://www.ebc.com.brlinfantillpara-pais/2015/08/ crianca-agressiva-e-irritada-problema-pode-estar-nos-pais


Para que o texto esteja em consonância com a norma culta da língua, deverá ser modificada a grafia de:


Alternativas
Q2828201 Português

CRIANÇAS, CRUELDADE E JUSTIÇA


Bullying é o comportamento agressivo, intencional e repetido contra alguém por conta de alguma característica ou situação peculiar. É um desequilíbrio de poder que afeta, sobretudo crianças e adolescentes em escolas e em outros ambientes de convivência, mas que também inferniza a vida de adultos.


Por alguma razão psicológica, pessoas sentem prazer em humilhar, provocar sofrimento. Reunidas, multiplicam agressões verbais ou físicas contra quem se destaca pela diferença: obesidade, altura, pele, nariz, timidez, roupa. Filiação, raça, falta de habilidade para o esporte, aplicação nos estudos ou dificuldade de aprendizado também dão origem a maus-tratos, isolamento e depressão.


A internet amplia seus efeitos.


Aprendemos a nos defender de ondas de perseguição, mas traumas emocionais mais ou menos graves podem surgir, o que justifica a preocupação de pais e educadores com essa crueldade latente e estranha.


Pesquisas do IBGE revelam que 20,8% de alunos do ensino fundamental no Brasil, a maioria na faixa etária entre 13 e 15 anos, já praticaram ou praticam bulfying nas escolas, mas a maioria (51% dos entrevistados) não consegue nem explicar suas atitudes. Entre os motivos mais citados para as perseguições está a aparência do corpo e do rosto. Declaram-se vítimas frequentes de zombaria e esculachas capazes de aborrecer 5,4% dos entrevistados. Os esporadicamente atingidos são 25.4%.


A solução para a vulnerabilidade infantil é familiar e educacional, não legislativa, mas diversos Estados e municípios já editaram_ leis supostamente redentoras sobre o assunto. Em vez de políticas púqlicas concretas e preventivas, nós nos empenhamos em criar diplomas legais ineficazes.


No Congresso, diversos projetos são discutidos para a superação mágica e formal do problema. "Intimidação sistemática", "intimidação escolar", "intimidação vexatória", "perseguição obsessiva ou insidiosa" são algumas das designações encontradas em português para a palavra inglesa.


Há projetos que sugerem campanhas nacionais de combate, orientação e esclarecimento. Outros pretendem criminalizar a conduta, estabelecendo penas que chegam a cinco anos de prisão.


Em tempos de redução da maioridade penal, é importante ter em vista que a patologia do bullying escolar só é caso de polícia em situações absolutamente extremas. O envolvimento da máquina judicial, burocrática, insensível e sem preparo pedagógico, é o caminho mais improdutivo e temerário.

Compilado de artigo de Luís Francisco CaNalho Filho, jornal Folha de São Paulo, edição de 01/0812015.


No que se refere à concordância, assinale a alternativa que apresenta a frase incorreta.

Alternativas
Q2826674 Português

Analise as seguintes abreviaturas e assinale C, se corretas, ou I, se incorretas.


( ) Decreto – Dec.

( ) Resolução – Re.

( ) Maio – Mai.

( ) Pagamento – Pgto.

( ) Conselheiro – Con.


A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

Alternativas
Q2825040 Português

Leia o texto para responder às questões de números 05 a 07.


Em busca do tempo perdido


Houve um tempo, já um pouco distante, em que fui perseguido tenazmente por uma mesma pergunta. Nas dezenas de entrevistas a que fui submetido, tive de responder que rodava mil e quinhentos quilômetros por semana. Isso não pareceria nada estranho aos repórteres se eu fosse um motorista profissional, mas era professor.

O significado que a pergunta começou a formular em minha consciência, contudo, eclodiu passado algum tempo, quando uma repórter, com ar meio incrédulo, acrescentou: “Mas então quantas horas o senhor passa dentro do carro a cada semana?” Pronto, estava estabelecido o conflito íntimo. A partir de então comecei a fazer cálculos, a estabelecer porcentagens, comecei a me torturar. Quanto tempo da minha vida estava jogando fora por semana, por mês, por ano?

Torturei-me durante algumas semanas com essa ideia. Pensei até em mudar de profissão. Jogar fora nas estradas meu precioso tempo pareceu-me de uma irresponsabilidade sem perdão.

Dias depois me lembrei de um poema de Mario Quintana, lido há muitos anos e nunca mais encontrado. Era sobre a passagem do trem por uma estaçãozinha. Havia os que chegavam e havia os que partiam. Além deles havia os que não chegavam nem partiam, apenas ficavam olhando as pessoas nas janelas do trem e sonhando com o mundo além, o mundo possível se houvesse a coragem de partir. E ele arrematava com uns poucos versos em que dizia não importar a estação de partida nem a de chegada. O que vale mesmo, dizia o mago do Caderno H, é a viagem.

O poema de Mario Quintana devolveu-me a paz. Sem me sentir culpado por estar jogando fora a vida pela janela do carro, voltei a usar o tempo das travessias, em que o corpo estava preso e condicionado a uns poucos movimentos mecânicos, para soltar a imaginação. Assim foi que, no azul do céu, quase sempre muito azul, debaixo do qual costumava viajar, começaram a surgir revoadas de palavras que aos poucos e aos bandos se combinavam, pintavam cores e formas, botavam algumas ideias respirando e de pé.


(Menalton Braff. www.cartacapital.com.br/sociedade/ em-busca-do-tempo-perdido-8754.html, 03.05.2014. Adaptado)

A frase redigida corretamente, quanto à concordância padrão, é:

Alternativas
Respostas
31: B
32: B
33: D
34: D
35: A