Questões de Concurso Comentadas por alunos sobre funções morfossintáticas da palavra como em português
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Leia o texto, para responder às questões de números 05 a 13.
Paz na escola: é possível
A violência é o fator de maior preocupação da população brasileira, de acordo com pesquisas de opinião pública. Embora não seja um evento novo no país, como mostra nossa trajetória, rica em acontecimentos bárbaros, o que parece inusitado são as maneiras como ela vem acontecendo atualmente no Brasil. As inesperadas ações de violência e suas diversas formas de manifestação reforçam na sociedade a ideia de que ela se tornou incontrolável e, por isso, acabamos nos submetendo à imposição do medo e do terror por não ter o que fazer diante da ineficácia dos poderes públicos.
Ainda que tenhamos muita clareza da proporção e das consequências visíveis e sutis do fenômeno violência, podemos facilmente perceber as modificações que ele vem acarretando na maneira de viver e ser das pessoas, no funcionamento das instituições e nos relacionamentos interpessoais: é como se a epidemia de violência infestasse a teia social, colocando em risco a nossa saúde emocional e física.
Por ser tão aguda no cenário atual, a violência atinge, obviamente, a escola, que é a tradução em si mesma dos processos históricos, culturais e econômicos de uma sociedade. Atitudes violentas acontecem de formas variadas no ambiente escolar: nas manifestações de racismo, nas brincadeiras sobre gênero e religião, nas atitudes de intimidação e isolamento, nas pequenas agressões físicas e, na pior de todas, na morte violenta entre os jovens.
A reversão desse quadro é um árduo caminho a ser percorrido. A sociedade, a escola e os governos precisam, juntos, incluir a Cultura de Paz como política de Estado, estendendo a discussão para a sala de aula e além dela. E sem a participação da maior das instituições, a família, essa reversão é muito mais difícil.
A escola sem violência é possível e muito pode fazer ao incentivar nos alunos valores, livres de qualquer pretensão moralista, capazes de evidenciar razões para não se optar pelo uso da violência e viver em uma sociedade mais humana.
(Simone Cristina Succi. Diário da Região, 21.03.2019. Adaptado)
Para responder às questões de números 07 a 09, considere a seguinte passagem:
Embora não seja um evento novo no país, como mostra nossa trajetória, rica em acontecimentos bárbaros, o que parece inusitado são as maneiras como ela vem acontecendo atualmente no Brasil.
Assinale a alternativa em que o termo “como” está empregado com o mesmo sentido que tem no trecho – ... como mostra nossa trajetória.
TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 01 A 05.
Até quando vamos ignorar o alerta da natureza?
Roberto Fonseca | 10/05/2024
Tragédias não devem ser comparadas. São únicas na memória de uma nação. As imagens de cidades interior do Rio Grande do Sul, no entanto, nos fazem recordar de catástrofes que entraram para a história do mundo moderno, como a passagem do furacão Katrina pelos Estados Unidos e os tsunamis da Indonésia e do Japão, e até mesmo cenas de cidades bombardeadas, como ocorreu recentemente na Faixa de Gaza, na Ucrânia e na Síria.
Como as águas do Guaíba ainda não baixaram na Grande Porto Alegre, onde está concentrada a maior parte da população do estado, é impossível se ter a exata dimensão dos danos. E nem é momento de se fazer contas. Agora, a prioridade é salvar vidas, ajudar no resgate de pessoas ilhadas e fazer chegar comida e água potável à população.
É prematuro também se apontarem culpados. O volume que caiu de água na região nunca havia sido medido pelo homem — modelos meteorológicos indicam que a probabilidade é de um caso a cada 10 mil anos. A referência que existia, até então, era a enchente de 1941, que acabou superada com folga. Em Canoas, por exemplo, o sistema de proteção foi feito com base nos números de 83 anos atrás e mais de dois terços da cidade acabaram inundados.
Mas erros nitidamente ocorreram, principalmente, por omissão. Em Porto Alegre, o professor Gean Paulo Michel, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), aponta que a falta de manutenção e a negligência dos entes públicos contribuíram para o colapso no sistema de contenção de água, independentemente dos valores gastos nos últimos anos.
Outro ponto que precisa entrar no radar de toda a sociedade são os alertas dados pela ciência para a mudança climática em andamento. É preciso deixar teorias conspiratórias de lado [...]. As autoridades devem, sim, implementar medidas para prever os extremos ambientais. Eles estão cada vez mais recorrentes.
A tragédia do Rio Grande do Sul nos serve como um lembrete cruel da fúria da natureza e da necessidade de estarmos preparados para o futuro. É fundamental investir em infraestrutura resiliente, aprimorar os sistemas de alerta precoce e implementar políticas públicas que levem a sério as mudanças climáticas. Acima de tudo, é preciso agir com urgência e responsabilidade para evitar que desastres dessa magnitude se repitam.
O caminho para a reconstrução será longo e árduo, deve durar anos, mas a união e a solidariedade do povo gaúcho serão essenciais para superar essa fase difícil.
FONSECA, Roberto. Até quando vamos ignorar o alerta
da natureza? Correio Braziliense, 10 de maio de 2024.
Disponível em:
https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2024/05/6
854195-alerta-para-o-futuro.html. Acesso em: 11 mai.
2024. Adaptado.
O vocábulo “como” que inicia o segundo parágrafo do texto confere ao referido trecho um sentido de:
Texto para o item.
Internet: <www.cfess.org.br> (com adaptações).
Em relação ao texto, julgue o item.
O vocábulo “enquanto” (linha 23) poderia ser
substituído por como sem prejuízo para o sentido
original do texto.