Questões de Concurso Comentadas sobre português

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Q2448843 Português



Fonte: https://www.livrosvikings.com.br/noticia/uma-introducao-as-fontes-da-mitologia-nordica. (adaptado)

Leia as sentenças a seguir:

“Em nossa concepção, os mitos devem ser percebidos em um referencial histórico e ao mesmo tempo, cultural.” (Linhas 15 e 16)

“[...] e o The Norse Mythology Blog – outro site com arquivos e seções interessantes”. (Linha 30)

A fim de manter seus significados originais, os termos destacados podem ser substituídos, respectivamente, por:
Alternativas
Q2448835 Português



Fonte: https://www.livrosvikings.com.br/noticia/uma-introducao-as-fontes-da-mitologia-nordica. (adaptado)

Na perspectiva do texto, os mitos aguçam o imaginário social por serem
Alternativas
Q2448450 Português
Não se pode bloquear o progresso,
diz neurocientista sobre implantes da Neuralink












(Salvador Nogueira. https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2024/03/nao-se-pode-bloquear-oprogresso-diz-neurocientista-sobre-implantes-da-neuralink.shtml. 2.mar.2024)
Aprendemos muito recentemente principalmente sobre a ligação entre a nossa inabilidade de controlar, regular, nossa resposta ao estresse (1), seja estresse traumático, seja estresse leve, mas crônico, e o surgimento de vários tipos de patologias (2), e não é só de saúde mental. (L.51-55)

As funções sintáticas desempenhadas pelos termos (1) e (2) no período acima são, respectivamente,
Alternativas
Ano: 2024 Banca: IBADE Órgão: CRMV-ES Prova: IBADE - 2024 - CRMV-ES - Agente Fiscal |
Q2448249 Português
TEXTO PARA A QUESTÃO.

Os guaranis e a fundação de São Paulo

Tenho ouvido muitas memórias guaranis, especialmente sobre a cidade de São Paulo
Txai Suruí | 15.mar.2024

Que a história foi contada pelo outro lado e que nós sofremos um apagamento histórico vocês já sabem, por isso falo tanto da importância das nossas narrativas e de recontar essa história. E a memória é essencial para todos nós, sociedade indígena e não indígena.
[Ela] é condutora para entendermos o presente e construirmos o futuro que queremos. Por isso sempre atento às histórias que são recontadas pelos mais velhos e por outros povos de Abya Yala. Ultimamente, por causa do meu amado, ando ouvindo muitas memórias guaranis, especialmente de São Paulo.
O Pátio do Colégio é um local emblemático e de grande importância histórica para a cidade de São Paulo e para o Brasil como um todo. Ele marca o local onde os jesuítas José de Anchieta e Manuel da Nóbrega fundaram o colégio que viria a ser o ponto inicial da cidade, em 25 de janeiro de 1554.
Originalmente criado como um núcleo de educação religiosa e de CONVERÇÃO/CONVERSÃO dos indígenas ao catolicismo, o Pátio do Colégio desempenhou papel central no processo da colonização portuguesa no Brasil e nas dinâmicas de interações com os povos indígenas, particularmente os guaranis.
Os jesuítas buscavam CATEQUIZAR/CATEQUISAR os guaranis, ensinando-[lhes] a língua portuguesa e a religião católica, e com eles aprendiam habilidades em agricultura e artesanato. Mas essa interação não foi isenta de violência e exploração. Na verdade, houve um complexo panorama de relações, que inclui resistência, ADAPTAÇÃO/ADAPITAÇÃO e, infelizmente, muito abuso.
Os jesuítas [os] organizavam em aldeias, conhecidas como "reduções", onde os guaranis deveriam seguir as regras e os modos de vida europeus. Essa abordagem missionária resultou na perda de aspectos significativos das culturas indígenas, incluindo crenças, línguas e maneiras tradicionais de vida.
Além disso, os europeus trouxeram doenças contra as quais os guaranis não tinham imunidade, provocando drástica redução populacional. Enquanto isso, no âmbito da colonização mais ampla, os guaranis enfrentavam outras formas severas de exploração. Muitos foram mortos e muitos foram capturados nas expedições chamadas "bandeiras", organizadas por colonos de origem portuguesa para escravizá-los. 
É essencial reconhecer que a fundação de São Paulo, representada simbolicamente pelo Pátio do Colégio, marca não apenas o início de uma cidade, mas também uma era de encontros culturais complexos que têm implicações até hoje.
O legado dos guaranis e a violência que eles sofreram e sofrem é uma parte integral da história de São Paulo e do Brasil que precisa estar na memória, para a história, a reparação e a justiça.

Txai Suruí - Coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental - Kanindé e do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia


SURUÍ, Txai. Os guaranis e a fundação de São Paulo. Folha de São Paulo, 15 de março de 2024. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/txaisurui/2024/03/a-historia-e-seus-narradores.shtml. Acesso em: 16 mar. 2024. Adaptado.
Em qual dos trechos abaixo a preposição sublinhada veicula um sentido agentivo no contexto em que foi empregada?
Alternativas
Ano: 2024 Banca: IBADE Órgão: CRMV-ES Prova: IBADE - 2024 - CRMV-ES - Agente Fiscal |
Q2448247 Português
TEXTO PARA A QUESTÃO.

Os guaranis e a fundação de São Paulo

Tenho ouvido muitas memórias guaranis, especialmente sobre a cidade de São Paulo
Txai Suruí | 15.mar.2024

Que a história foi contada pelo outro lado e que nós sofremos um apagamento histórico vocês já sabem, por isso falo tanto da importância das nossas narrativas e de recontar essa história. E a memória é essencial para todos nós, sociedade indígena e não indígena.
[Ela] é condutora para entendermos o presente e construirmos o futuro que queremos. Por isso sempre atento às histórias que são recontadas pelos mais velhos e por outros povos de Abya Yala. Ultimamente, por causa do meu amado, ando ouvindo muitas memórias guaranis, especialmente de São Paulo.
O Pátio do Colégio é um local emblemático e de grande importância histórica para a cidade de São Paulo e para o Brasil como um todo. Ele marca o local onde os jesuítas José de Anchieta e Manuel da Nóbrega fundaram o colégio que viria a ser o ponto inicial da cidade, em 25 de janeiro de 1554.
Originalmente criado como um núcleo de educação religiosa e de CONVERÇÃO/CONVERSÃO dos indígenas ao catolicismo, o Pátio do Colégio desempenhou papel central no processo da colonização portuguesa no Brasil e nas dinâmicas de interações com os povos indígenas, particularmente os guaranis.
Os jesuítas buscavam CATEQUIZAR/CATEQUISAR os guaranis, ensinando-[lhes] a língua portuguesa e a religião católica, e com eles aprendiam habilidades em agricultura e artesanato. Mas essa interação não foi isenta de violência e exploração. Na verdade, houve um complexo panorama de relações, que inclui resistência, ADAPTAÇÃO/ADAPITAÇÃO e, infelizmente, muito abuso.
Os jesuítas [os] organizavam em aldeias, conhecidas como "reduções", onde os guaranis deveriam seguir as regras e os modos de vida europeus. Essa abordagem missionária resultou na perda de aspectos significativos das culturas indígenas, incluindo crenças, línguas e maneiras tradicionais de vida.
Além disso, os europeus trouxeram doenças contra as quais os guaranis não tinham imunidade, provocando drástica redução populacional. Enquanto isso, no âmbito da colonização mais ampla, os guaranis enfrentavam outras formas severas de exploração. Muitos foram mortos e muitos foram capturados nas expedições chamadas "bandeiras", organizadas por colonos de origem portuguesa para escravizá-los. 
É essencial reconhecer que a fundação de São Paulo, representada simbolicamente pelo Pátio do Colégio, marca não apenas o início de uma cidade, mas também uma era de encontros culturais complexos que têm implicações até hoje.
O legado dos guaranis e a violência que eles sofreram e sofrem é uma parte integral da história de São Paulo e do Brasil que precisa estar na memória, para a história, a reparação e a justiça.

Txai Suruí - Coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental - Kanindé e do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia


SURUÍ, Txai. Os guaranis e a fundação de São Paulo. Folha de São Paulo, 15 de março de 2024. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/txaisurui/2024/03/a-historia-e-seus-narradores.shtml. Acesso em: 16 mar. 2024. Adaptado.
As palavras “apagamento”, “especialmente” e “missionária” são formadas por:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: IBADE Órgão: CRMV-ES Prova: IBADE - 2024 - CRMV-ES - Agente Fiscal |
Q2448245 Português
TEXTO PARA A QUESTÃO.

Os guaranis e a fundação de São Paulo

Tenho ouvido muitas memórias guaranis, especialmente sobre a cidade de São Paulo
Txai Suruí | 15.mar.2024

Que a história foi contada pelo outro lado e que nós sofremos um apagamento histórico vocês já sabem, por isso falo tanto da importância das nossas narrativas e de recontar essa história. E a memória é essencial para todos nós, sociedade indígena e não indígena.
[Ela] é condutora para entendermos o presente e construirmos o futuro que queremos. Por isso sempre atento às histórias que são recontadas pelos mais velhos e por outros povos de Abya Yala. Ultimamente, por causa do meu amado, ando ouvindo muitas memórias guaranis, especialmente de São Paulo.
O Pátio do Colégio é um local emblemático e de grande importância histórica para a cidade de São Paulo e para o Brasil como um todo. Ele marca o local onde os jesuítas José de Anchieta e Manuel da Nóbrega fundaram o colégio que viria a ser o ponto inicial da cidade, em 25 de janeiro de 1554.
Originalmente criado como um núcleo de educação religiosa e de CONVERÇÃO/CONVERSÃO dos indígenas ao catolicismo, o Pátio do Colégio desempenhou papel central no processo da colonização portuguesa no Brasil e nas dinâmicas de interações com os povos indígenas, particularmente os guaranis.
Os jesuítas buscavam CATEQUIZAR/CATEQUISAR os guaranis, ensinando-[lhes] a língua portuguesa e a religião católica, e com eles aprendiam habilidades em agricultura e artesanato. Mas essa interação não foi isenta de violência e exploração. Na verdade, houve um complexo panorama de relações, que inclui resistência, ADAPTAÇÃO/ADAPITAÇÃO e, infelizmente, muito abuso.
Os jesuítas [os] organizavam em aldeias, conhecidas como "reduções", onde os guaranis deveriam seguir as regras e os modos de vida europeus. Essa abordagem missionária resultou na perda de aspectos significativos das culturas indígenas, incluindo crenças, línguas e maneiras tradicionais de vida.
Além disso, os europeus trouxeram doenças contra as quais os guaranis não tinham imunidade, provocando drástica redução populacional. Enquanto isso, no âmbito da colonização mais ampla, os guaranis enfrentavam outras formas severas de exploração. Muitos foram mortos e muitos foram capturados nas expedições chamadas "bandeiras", organizadas por colonos de origem portuguesa para escravizá-los. 
É essencial reconhecer que a fundação de São Paulo, representada simbolicamente pelo Pátio do Colégio, marca não apenas o início de uma cidade, mas também uma era de encontros culturais complexos que têm implicações até hoje.
O legado dos guaranis e a violência que eles sofreram e sofrem é uma parte integral da história de São Paulo e do Brasil que precisa estar na memória, para a história, a reparação e a justiça.

Txai Suruí - Coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental - Kanindé e do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia


SURUÍ, Txai. Os guaranis e a fundação de São Paulo. Folha de São Paulo, 15 de março de 2024. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/txaisurui/2024/03/a-historia-e-seus-narradores.shtml. Acesso em: 16 mar. 2024. Adaptado.
Tendo em vista seus usos no enunciado, qual é a classe gramatical, respectivamente, dos vocábulos grifados no sétimo parágrafo do texto?
Alternativas
Q2448189 Português
Leia o texto a seguir.
Imagem associada para resolução da questão

Disponível em: <https://www.gironews.com/farma-cosmeticos/onde-tem-amortem-beleza-53049/>. Acesso em: 04 fev. 2024.

Nesse anúncio publicitário, o texto verbal não segue as prescrições da gramática normativa, pois se emprega o verbo “ter” para substituir o verbo “haver”. Essa reprodução da linguagem oral na escrita, considerando o gênero anúncio, objetiva
Alternativas
Q2448184 Português
Leia o Texto 3 para responder à questão.

Texto 3

A característica da relação do adulto com o velho é a falta de reciprocidade que se pode traduzir numa tolerância sem o calor da sinceridade. Não se discute com o velho, não se confrontam opiniões com as dele, negando-lhe a oportunidade de desenvolver o que só se permite aos amigos: a alteridade, a contradição, o afrontamento e mesmo o conflito. Quantas relações humanas são pobres e banais porque deixamos que o outro se expresse de modo repetitivo e porque nos desviamos das áreas de atrito, dos pontos vitais, de tudo o que em nosso confronto pudesse causar o crescimento e a dor! Se a tolerância com os velhos é entendida assim, como uma abdicação do diálogo, melhor seria dar-lhe o nome de banimento ou discriminação.

BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. 1994. 
No período “Se a tolerância com os velhos é entendida assim, como uma abdicação do diálogo, melhor seria darlhe o nome de banimento ou discriminação”, a vírgula utilizada depois da palavra “assim” justifica-se pelo mesmo fenômeno sintático que exige o emprego da(s) vírgula(s) que ocorre(m) em: 
Alternativas
Q2448091 Português
A epidemia da exaustão


A sensação prolongada de cansaço que acomete tanta gente prejudica a vida pessoal, dificulta
relacionamentos, minando a criatividade e o desenvolvimento de projetos pessoais.


         Como acontece com qualquer situação endêmica, a exaustão e o estresse não influenciam apenas os indivíduos - também têm consequências culturais, sociais e econômicas. De forma geral, acredita-se que o prejuízo anual decorrente de faltas ao trabalho, baixa produtividade, acidentes e doenças causadas pelo problema ultrapasse US$ 300 bilhões nos Estados Unidos e US$ 265 bilhões na Europa.
        “No Brasil estimamos que poderia haver uma economia de até 34% dos gastos com saúde se fossem diminuídos os índices de estresse ocupacional”, acredita a psicóloga Ana Maria Rossi, especialista no estudo do estresse e presidente da Isma-Brasil.
       O investimento nessa área por parte dos serviços de saúde, entretanto, é pouco expressivo. De acordo com Rossi, entre as razões para isso destaca-se a ausência de um diagnóstico correto que levante prioridades e necessidades dos funcionários.
         Nos primeiros estudos sobre estresse no trabalho, realizados na década de 50, o indivíduo era considerado de forma passiva, como se estivesse apenas exposto ao desgaste. Hoje em dia, entretanto, algumas organizações tendem a ir para o extremo oposto, acreditando que o estresse ocupacional deve ser preocupação exclusiva do trabalhador.
       Novos modelos propostos na década de 80 partem da ideia de que o ser humano lida ativamente com as situações estressantes, o que implica a necessidade de avaliação da própria rotina, mas também requer o comprometimento das empresas, como oferecer grupos de conversa e apoio, orientados por psicólogos, em que as pessoas tenham a oportunidade de falar sobre seus receios e angústias.
       Um recurso bastante eficiente é a participação em cursos e workshops de meditação, que favorece a capacidade de lidar com o estresse, fortalecer o sistema imunológico e a capacidade de concentração.
          Da parte do profissional, cabe cuidar de si mesmo. “Tirar férias apenas a cada 11 meses, por exemplo, costuma ser prejudicial; nesse intervalo o nível de estresse acumulado atinge patamares muito altos”, afirma Rossi. Segundo a especialista, períodos menores de descanso, divididos ao longo do ano, podem ser mais benéficos à saúde.
          Não é só o trabalho que faz mal à saúde da mente. A ausência de uma fonte de renda também é extremamente prejudicial. A maioria das pessoas que perderam seus postos de trabalho sofre com sintomas de angústia, baixa autoestima, ansiedade e medo.
        Segundo uma pesquisa desenvolvida em 2018 pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) nas capitais brasileiras, a ansiedade afeta 70%; o estresse, 64% e o desânimo, 60% dos entrevistados. Vale lembrar que no Brasil existem hoje mais de 12 milhões de desempregados, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
        A pesquisa revela que a falta de emprego afeta diretamente a saúde física: 47% das pessoas relatam alteração de apetite e 35%, desequilíbrio da pressão arterial. É fundamental que esse momento da vida seja encarado como transitório e, apesar das dificuldades, a pessoa aproveite o tempo livre de forma construtiva, por exemplo para fazer atividade física, reavivar sua rede de contatos, ler e estudar.
      Centrar-se no aqui e no agora usando técnicas simples e eficazes de meditação atenção plena ajuda a afastar o estresse. Simples e sem contraindicações, a prática pode ser feita por alguns minutos, várias vezes ao dia.


(Gláucia Leal. Disponível em: https://revistaeducacao.com.br/. Acesso em: 05/02/2024.)
A conjunção “entretanto” foi usada no texto em dois parágrafos próximos: “O investimento nessa área por parte dos serviços de saúde, entretanto, é pouco expressivo.” (3º§) e “Hoje em dia, entretanto, algumas organizações tendem a ir para o extremo oposto, [...]” (4º§). Com o intuito de evitar a repetição, a conjunção, em uma das situações, poderia ser substituída, sem alteração de sentido, por:
Alternativas
Q2448086 Português
Mitigar o perigoso desfecho dos jovens nem-nem?


        O fenômeno dos jovens nem-nem, aqueles que nem trabalham nem estudam, é uma preocupação crescente, especialmente em países em desenvolvimento como o Brasil. Estudos recentes, incluindo dados do IBGE de 2022, mostram que cerca de 20% dos jovens entre 15 e 29 anos se enquadram nesta categoria, ressaltando a necessidade urgente de abordagens inovadoras e eficazes.
        Eles representam uma parcela significativa da população jovem, configurando um desafio para o país que aspira prosperar. Diante deste cenário, diversas estratégias têm sido propostas e implementadas, tanto globalmente quanto no contexto brasileiro - apesar de em nosso país ser mais ‘estrutural’ o menor empenho das políticas educacionais voltadas para o adolescente.
      Lembro-me de algumas palestras que ministrei em Brasília a convite de Anna Penido, que estava empenhada no fundamental 2, quando poucas eram as ações relevantes para esta fase. Neste Seminário Internacional Desafios e Oportunidades para os Anos Finais do Ensino Fundamental, de 2017, promovido pelo Ministério da Educação, em parceria com o Banco Mundial, Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e o Instituto Inspirare, o evento reuniu adolescentes, especialistas e gestores educacionais de todo o país para debater os desafios e as possibilidades para os anos finais do ensino fundamental.
       Pena que pouco caminhamos desde então, pois potencializado pela pandemia, está menos provável a chegada do adolescente ao ensino médio, quiçá sua conclusão.
      No entanto, o ensino técnico tem se mostrado uma solução promissora em vários países. Na Alemanha, o sistema de ensino técnico dual tem sido extremamente eficaz na preparação dos jovens para o mercado de trabalho. No Brasil, a valorização e promoção do ensino técnico como uma alternativa viável poderia oferecer caminhos claros para emprego e realização profissional. Programas de qualificação profissional, especialmente para jovens de baixa renda, são essenciais para aumentar a empregabilidade.
      Exemplos como os Centros de Formação Profissional na Coreia do Sul mostram como esses programas podem ser efetivos. No Brasil, a adaptação desses modelos poderia envolver parcerias entre governos, instituições educacionais e setor privado. Além disso, intervenções focadas na juventude, que incluem orientação profissional, desenvolvimento e treinamento de habilidades cognitivas e socioemocionais e apoio no desenvolvimento de projetos de vida, são fundamentais.
       Políticas públicas integradas que combinem educação, saúde, assistência social e desenvolvimento econômico podem atender às necessidades específicas dos jovens nem-nem. Essa abordagem integrativa é essencial para criar um ambiente propício ao desenvolvimento juvenil.
       No Brasil, a implementação de políticas inspiradas em modelos bem-sucedidos de outros países, adaptadas ao contexto local, pode oferecer novas oportunidades para os jovens. Isso inclui a expansão do acesso ao ensino técnico e profissionalizante, bem como a criação de programas de mentorias e estágios que facilitem a transição para o mercado de trabalho.
       Além disso, fortalecer o suporte à saúde mental dos jovens, oferecendo serviços acessíveis e eficazes, pode ajudar a mitigar os fatores que contribuem para a marginalização dessa população. Investir em programas de qualificação profissional e na reformulação do sistema educacional é crucial. Estes programas devem focar em habilidades práticas e técnicas, bem como as soft skills: planejamento, organização e resolução de problemas. O objetivo é equipar os jovens com as ferramentas necessárias para navegar no mercado de trabalho contemporâneo.
     A solução para o desafio dos jovens nem-nem não é simples… e ‘nem’ impossível. Reforço: com abordagens inovadoras e colaborativas, baseadas em modelos bem-sucedidos de outros países e adaptadas à realidade brasileira, é possível criar um caminho para que esses jovens não apenas encontrem seu lugar na sociedade, mas também contribuam ativamente para o crescimento e o desenvolvimento do país.
       Ao investir em educação, suporte psicossocial e oportunidades econômicas, podemos ficar mais perto em garantir que todos os jovens tenham o fundamental: a chance de um futuro mais promissor e equitativo.


(Adriana Fóz. Disponível em: https://revistaeducacao.com.br. Acesso em: 05/02/2024.)
Assinale a alternativa em que as vírgulas separam oração adjetiva explicativa. 
Alternativas
Q2447994 Português
É tempo de pós-amor


       Cansei de amor! Quantos filmes, entrevistas, artigos, livros sobre amor cruzaram seu caminho ultimamente? Em uma semana, assisti a um vídeo, vi um filme, li meio livro e participei de um debate na televisão. Tudo sobre amor. E ouvi as pessoas – provavelmente também eu própria – dizerem coisas pertinentes e bem ditas que, de tão pertinentes e repetidas, já se tornaram chavões comportamentais, e parecem fichas de computador dissecadas de qualquer verdade emocional. E de repente está me dando uma urticária na alma, um desconforto interno que em tudo se assemelha à indigestão.
        Estamos fazendo com o amor o que já fizemos com o sexo. Na década passada parecia que tínhamos reinventado o sexo. Não se pensava, não se falava, não se praticava outro assunto. Toda a nossa energia pensante, todo o nosso esforço vital pareciam concentrados na imensa cama que erguíamos como única justificativa da existência humana. Transformamos o sexo em verdade. Adoramos um novo bezerro de ouro.
            Mas o ouro dos bezerros modernos é de liga baixa, que logo se consome na voracidade da mass media. O sexo não nos deu tudo o que dele esperávamos, porque dele esperávamos tudo. E logo a sociedade começou a olhar em volta, à procura de um outro objeto de adoração. Destronado o sexo, partiu-se para a grande festa de coroação do amor.
          Agora, aqui estamos nós, falando pelos cotovelos, analisando, procurando, destrinchando. E desgastando. Antes, quando eu pensava numa conversa séria, direita, com a pessoa que se ama, sabia a que me referia. Mas agora, quando ouço dizer que “o diálogo é fundamental para a manutenção dos espaços”, não sei o que isso quer dizer, ou melhor, sei que isso não quer dizer mais nada. Antes, quando eu pensava ou dizia que amor é fundamental, tinha a exata noção da diferença entre o fundamental e o absoluto. Mas agora, quando eu ouço repetido de norte a sul, como num gigantesco eco, que “a vida sem amor não tem sentido”, fico com a impressão de estar ouvindo um slogan publicitário e me retraio porque sei que estão querendo me impor um produto.
         A vida sem amor pode fazer sentido, e muito. É bom que a gente recomece a dizer isso. Mesmo porque há milhões de pessoas sem amor, que viveriam bem mais felizes se de repente a voz geral não lhes buzinasse nos ouvidos que isso é impossível. O mundo só andou geometricamente aos pares na Arca de Noé. Fora disso, anda emparelhado quem pode, quando pode. E o resto espera uma chance, sem nem por isso viver na escuridão.
       Antes que se frustrem as expectativas, como aconteceu com o sexo, seria prudente descarregar o amor, tirar-lhe dos ombros a responsabilidade. Ele não pode nos dar tudo. Nada pode nos dar tudo. Porque o tudo não existe. O que existe são parcelas, que, eternamente somadas e subtraídas, multiplicadas e divididas, nos aproximam e afastam do tudo. E a matemática dessas parcelas pode ser surpreendente: quando, como está acontecendo agora, tentamos agrupá-las todas em cima de uma única parcela – o amor –, elas não se somam, pelo contrário, se fracionam, causando o esfacelamento da parcela-suporte.
        Amor criativo é ótimo, dizem todos. E é verdade. Mas melhor ainda é pegar uma parte da criatividade que está concentrada no amor, e jogá-la na vida. Solta, ela terá possibilidades de contaminar o cotidiano, permear a vida toda e voltar a abastecer o amor, sem deixar-se absorver e esgotar por ele. Dedicar-se à relação é importante, dizem todos. E é verdade. Mas qualquer um de nós tem inúmeras relações, de amizade, vizinhança, sociais, e anda me parecendo que concentrar toda a dedicação na relação amorosa pode custar o empobrecimento das outras.
             Sim, o amor é ótimo. Porém acho que vai ficar muito melhor quando sair do foco dos refletores e passar a ser vivido com mais naturalidade. Quando readquirirmos a noção de que não é mais vital do que comer e banhar o corpo em água fria nem mais tranquilizador do que ter amigos e estar de bem com a própria cara. Quando aceitarmos que não é o sal da terra, simplesmente porque a terra é seu próprio sal, e é ela que dá sabor ao amor.


(COLASANTI, Marina. 1937- Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996.)
Levando-se em consideração o valor semântico especificado pelas expressões sublinhadas, assinale a opção correta.
Alternativas
Q2447956 Português
Leia o texto para responder a questão de Língua portuguesa

“UMA VELA PARA DARIO” 

Dalton Trevisan

    Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque. Ele reclinou-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abriu-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe retiraram os sapatos, Dario roncou feio e bolhas de espuma surgiram no canto da boca. Cada pessoa que chegava erguia-se na ponta dos pés, embora não o pudesse ver. Os moradores da rua conversavam de uma porta à outra, as crianças foram despertadas e de pijama acudiram à janela. O senhor gordo repetia que Dario sentara-se na calçada, soprando ainda a fumaça do cachimbo e encostando o guarda-chuva na parede. Mas não se via guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado. A velhinha de cabeça grisalha gritou que ele estava morrendo. Um grupo o arrastou para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protestou o motorista: quem pagaria a corrida? Concordaram em chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede não tinha os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata. Alguém informou da farmácia na outra rua. Não carregaram Dario além da esquina; a farmácia no fim do quarteirão e, além do mais, muito pesado. Foi largado na porta de uma peixaria. Um enxame de moscas lhe cobriu o rosto, sem que fizesse um gesto para espantá-las. Ocupado o café próximo pelas pessoas que vieram apreciar o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozavam as delícias da noite. Dario ficou torto como o deixaram, no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso. Um terceiro sugeriu que lhe examinassem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficaram sabendo do nome, idade e sinal de nascença. O endereço na carteira era de outra cidade. Registrou-se correria de mais de duzentos curiosos que, a essa hora, ocupavam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investiu a multidão. Várias pessoas tropeçaram no corpo de Dario, que foi pisoteado dezessete vezes. O guarda aproximou-se do cadáver e não pôde identificá-lo — os bolsos vazios. Restava a aliança de ouro na mão esquerda, que ele próprio quando vivo - só podia destacar umedecida com sabonete. Ficou decidido que o caso era com o rabecão. A última boca repetiu: 
    - Ele morreu, ele morreu. A gente começou a se dispersar. Dario levara duas horas para morrer, ninguém acreditou que estivesse no fim. Agora, aos que podiam vê-lo, tinha todo o ar de um defunto. Um senhor piedoso despiu o paletó de Dario para lhe sustentar a cabeça. Cruzou as suas mãos no peito. Não pôde fechar os olhos nem a boca, onde a espuma tinha desaparecido. Apenas um homem morto e a multidão se espalhou, as mesas do café ficaram vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos. Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acendeu ao lado do cadáver. Parecia morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva. Fecharam-se uma a uma as janelas e, três horas depois, lá estava Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó, e o dedo sem a aliança. A vela tinha queimado até a metade e apagou-se às primeiras gotas da chuva, que voltava a cair. 

    Texto extraído do livro "Vinte Contos Menores", Editora Record – Rio de Janeiro, 1979, pág. 20. Este texto faz parte dos 100 melhores contos brasileiros do século, seleção de Ítalo Moriconi para a Editora Objetiva.
“Cada pessoa que chegava erguia-se na ponta dos pés, embora não o pudesse ver.” De acordo com o contexto em que estão inseridos os vocábulos sublinhados, assinale a alternativa que especifica a classe gramatical de cada termo respectivamente.
Alternativas
Q2447763 Português
Relacione as duas colunas, de acordo com a classificação dos substantivos, e assinale a alternativa correspondente:

(1) Planeta. (2) Abraço. (3) Júri. (4) Arvoredo.
( ) Comum. ( ) Derivado. ( ) Abstrato. ( ) Coletivo. 
Alternativas
Q2447653 Português

Julgue o item a seguir.


As aspas são usadas, geralmente, para indicar o início e o fim do discurso alheio, mas também podem ser usadas para: enfatizar um termo, uma palavra ou uma expressão dentro da estrutura oracional; salientar palavras de outras línguas (estrangeirismos) usadas dentro de um período; isolar o discurso de um personagem em textos narrativos; salientar gírias, arcaísmos e formas populares que fogem do nível da fala usada pelo autor do texto; indicar – algumas vezes de forma irônica – o emprego de palavras em sentido diverso do que lhe é habitual. 

Alternativas
Q2447283 Português

Assinale a frase na qual há um adjetivo na função de predicativo do objeto direto.


Alternativas
Q2447282 Português

Assinale a frase correta quanto à pontuação.


Alternativas
Q2446879 Português

Julgue o item que se segue. 


Os parênteses são empregados para intercalar, em um texto, explicações, indicações, comentários, observações, como indicar uma data, uma referência bibliográfica, uma sigla, a exemplo de: Na última reunião (10 de novembro de 2018), tomou-se a decisão. 

Alternativas
Q2446782 Português

Julgue o item que se segue. 


Na concordância nominal, adjetivos (nomes ou pronomes), artigos e numerais concordam em gênero e número com os substantivos de que dependem. Exemplos: Todos os outros duzentos processos examinados foram aprovados. Todas as outras duzentas causas examinadas foram aprovadas.

Alternativas
Q2446772 Português

Julgue o item que se segue. 


O uso de conjunções para estabelecer ligação entre orações, períodos ou parágrafos não é uma estratégia para proporcionar coesão e coerência ao texto. Pelo contrário, esse recurso deixa o texto mais poluído porque insere vocábulos desnecessários à construção.

Alternativas
Q2446682 Português

Julgue o item subsequente.


Na concordância nominal, adjetivos (nomes ou pronomes), artigos e numerais concordam em gênero e número com os substantivos de que dependem. Exemplos: Todos os outros duzentos processos examinados foram aprovados. Todas as outras duzentas causas examinadas foram aprovadas. 

Alternativas
Respostas
4081: A
4082: D
4083: B
4084: A
4085: E
4086: B
4087: D
4088: A
4089: C
4090: A
4091: A
4092: A
4093: B
4094: C
4095: A
4096: E
4097: C
4098: C
4099: E
4100: C