Questões de Concurso Comentadas sobre português

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Q2009224 Português
Leia as frases a seguir, atribuídas ao filósofo francês Voltaire, para responder à questão.

I. “Não estou de acordo com aquilo que dizeis, mas lutarei até o fim para que vos seja possível dizê-lo.”
II. “Todas as riquezas do mundo não valem um bom amigo.”
Assinale a alternativa que apresenta SOMENTE termos com sentidos equivalentes ao adjetivo “bom”, presente no trecho da frase II “um bom amigo”.
Alternativas
Q2009223 Português
Leia as frases a seguir, atribuídas ao filósofo francês Voltaire, para responder à questão.

I. “Não estou de acordo com aquilo que dizeis, mas lutarei até o fim para que vos seja possível dizê-lo.”
II. “Todas as riquezas do mundo não valem um bom amigo.”
Na frase (II) “Todas as riquezas do mundo não valem um bom amigo”, o sujeito da frase está no plural. Assinale a alternativa que apresenta corretamente a mesma frase, agora no singular, de acordo com a norma padrão. 
Alternativas
Q2009216 Português

       As pessoas vêm ao Google para procurar por informações que possam confiar, e essa informação costuma vir de matérias de jornalistas e veículos de notícias em todo o mundo. Ao passo que a demanda pelo jornalismo de qualidade está mais alta do que nunca, os negócios no jornalismo estão sob pressão, já que as publicações em todo o mundo encaram os desafios de uma transição do setor para o digital.


    Esse é um assunto muito importante para o Google. Afinal, nossa missão de construir um mundo mais informado está inerentemente vinculada ao que jornalistas e veículos de imprensa produzem. Nossa missão também reflete em interesses dos negócios. Plataformas como a Busca e o YouTube dependem de um ecossistema saudável com jornais e editoras produzindo ótimos conteúdos digitais. Por essa razão é tão importante para nós incentivar receitas e negócios sustentáveis. No último ano, pagamos 12,6 bilhões de dólares a parceiros e direcionamos 10 bilhões de cliques por mês a sites de editoras e jornais, de graça.


    Ao longo dos últimos anos, trabalhamos com editores para elevar conteúdos precisos e de qualidade a fim de impedir a disseminação de informações enganosas. Em nossas próprias plataformas, estamos focados em combater informações enganosas em casos de notícias de última hora. Agentes ruins geralmente segmentam as últimas notícias nas plataformas do Google, aumentando a probabilidade de que as pessoas estejam expostas a conteúdo impreciso. Então, treinamos nossos sistemas para reconhecer esses eventos e ajustar nossos sinais para um conteúdo mais confiável.


Trechos do artigo “Google News: construindo um futuro mais forte para notícias.” Postado por Philipp Schindler, no Blog do Google Brasil. Março de 2018. 

Na frase “pagamos 12,6 bilhões de dólares a parceiros”, o termo “a”:  
Alternativas
Q2009214 Português

       As pessoas vêm ao Google para procurar por informações que possam confiar, e essa informação costuma vir de matérias de jornalistas e veículos de notícias em todo o mundo. Ao passo que a demanda pelo jornalismo de qualidade está mais alta do que nunca, os negócios no jornalismo estão sob pressão, já que as publicações em todo o mundo encaram os desafios de uma transição do setor para o digital.


    Esse é um assunto muito importante para o Google. Afinal, nossa missão de construir um mundo mais informado está inerentemente vinculada ao que jornalistas e veículos de imprensa produzem. Nossa missão também reflete em interesses dos negócios. Plataformas como a Busca e o YouTube dependem de um ecossistema saudável com jornais e editoras produzindo ótimos conteúdos digitais. Por essa razão é tão importante para nós incentivar receitas e negócios sustentáveis. No último ano, pagamos 12,6 bilhões de dólares a parceiros e direcionamos 10 bilhões de cliques por mês a sites de editoras e jornais, de graça.


    Ao longo dos últimos anos, trabalhamos com editores para elevar conteúdos precisos e de qualidade a fim de impedir a disseminação de informações enganosas. Em nossas próprias plataformas, estamos focados em combater informações enganosas em casos de notícias de última hora. Agentes ruins geralmente segmentam as últimas notícias nas plataformas do Google, aumentando a probabilidade de que as pessoas estejam expostas a conteúdo impreciso. Então, treinamos nossos sistemas para reconhecer esses eventos e ajustar nossos sinais para um conteúdo mais confiável.


Trechos do artigo “Google News: construindo um futuro mais forte para notícias.” Postado por Philipp Schindler, no Blog do Google Brasil. Março de 2018. 

Assinale a alternativa que apresenta corretamente o sujeito da frase “As pessoas vêm ao Google para procurar por informações”.
Alternativas
Q2009054 Português
Pneumotórax

Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:
— Diga trinta e três.
— Trinta e três . . . trinta e três . . . trinta e três . . .
— Respire.
...................................................................................................
— O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
— Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
— Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

(Manuel Bandeira. Libertinagem)
No verso: “A vida inteira que podia ter sido e que não foi.”, a conjunção em destaque poderia ser substituída, sem prejuízo semântico, por: 
Alternativas
Q2008910 Português
Assinale a alternativa correta, considerando os períodos: Muitos motoristas e pedestres não seguem as leis, o que pode provocar a ocorrência de vários acidentes de trânsito. Em todos os levantamentos realizados, o fator humano (humano-condutor, humano-pedestre) tem uma participação significativa como agente causador dos acidentes.
Alternativas
Q2008906 Português
“Palavras como, conjunções, pronomes, advérbios, sinônimos são mecanismos de coesão textual porque estabelecem relações com outros termos no interior de um texto, garantindo unidade entre as diversas partes que o compõem. Essa relação entre os elementos do texto recebe o nome de Coesão Textual.”

(www.liceuasabin.br/infantil/files/arquivos/area_profes-sor/14738758850.ppt - Acesso em 05/11/17.)

Em se tratando do emprego dos pronomes como elementos coesivos, analise os pronomes destacados no trecho de entrevista abaixo a fim de marcar a alternativa INADEQUADA.
Como separar a história do conhecimento da história da cultura?
Peter Burke: A história do conhecimento é uma parte substancial da história da cultura, não limitada ao mundo acadêmico, apesar de eu me concentrar nele. Há muitos conhecimentos. Alguns são necessários para pintar quadros, tocar instrumentos, escrever poemas, encenar.
Em outras palavras, há conhecimentos para contribuir e também para apreciar o que chamamos de cultura. Esses conhecimentos não são os mesmos em toda parte do mundo. A história da arte, por exemplo, não diz muito sobre o saber necessário para produzir arte – a história da cultura é maior que a história do conhecimento.

Em qual momento a academia se interessou pela sabedoria popular, o conhecimento do boca a boca e do fazer manual?
Peter Burke: Isso ocorreu no começo do século XIX, quando o folclore se tornou um conteúdo organizado, estudado dentro das universidades. Mas é importante lembrar que, na história humana, o conhecimento acadêmico é relativamente recente – na Grécia Antiga e na China, ele ocorreu somente 2 mil ou 3 mil anos antes que no Ocidente. O conhecimento popular é muito mais antigo. Então, tem havido um longo processo de emprestar, testar e formalizar informações e saberes do folclore para o mundo dos “doutores profissionais”.
Os conhecimentos feminino e masculino sempre foram tratados de forma distinta?
Peter Burke: No domínio do conhecimento popular, há uma especialização entre os conhecimentos femininos – cozinhar, bordar, costurar – e os saberes masculinos – caçar, pescar, plantar. São conhecimentos separados, que são de alguma forma equivalentes. No mundo acadêmico, no entanto, as mulheres foram excluídas do conhecimento até o final do século XIX. Hoje, elas ainda permanecem como minoria nas instituições acadê-micas. A presença feminina tem crescido, mas ainda é muito inferior à masculina.
Ainda há preconceito de intelectuais em relação ao conhecimento popular?
Peter Burke: Acredito que as opiniões variam, não somente entre os intelectuais, mas também em relação aos diferentes tipos de conhecimento popular. Muitas pessoas de classe média apreciam arte popular e folclore. Algumas acreditam em curas folclóricas, por exemplo, entre outras formas de medicina alternativa. É certo que intelectuais de esquerda levam mais a sério o conhecimento popular do que os de direita.

(http://www.fronteiras.com/entrevistas/peter-burke-e-a-historia-do-conhecimento-lvoce-nao-sabe-mais-que-seus-ancestraisr - Acesso em 04/11/17. – Fragmento.)
Alternativas
Q2008845 Português
A abreviatura é um recurso convencional da língua escrita que consiste em representar de forma reduzida certas palavras ou expressões. As abreviaturas foram criadas no século XIX para facilitar a comunicação e se trata de uma forma de utilização incompleta de um termo. Baseado nesse conceito, marque a alternativa que apresenta a associação CORRETA da abreviatura e seu termo: 
Alternativas
Q2008241 Português
Tendo em conta o Acordo Ortográfico de 1990, assinale a afirmativa CORRETA.
Alternativas
Q2007446 Português
Imagem associada para resolução da questão
Biscoito ou Bolacha? Essa famosa discussão dá-se por uma variação linguística tipo:
Alternativas
Q2007322 Português
TEXTO I. Para a questão.

A sabedoria de ouvir

        (...)
       Tudo que se move faz barulho, então todos os sons são testemunhas de acontecimentos. Se o tato é o mais pessoal dos sentidos, então a audição – que é uma espécie de toque a distância – é o mais social deles.
        Ele também é o sentido cão de guarda. Sons nos avisam dos acontecimentos. Mesmo quando estamos dormindo, o cérebro é alertado por determinados sons. Uma mãe acorda com o choramingar de seu bebê. A pessoa comum é rapidamente despertada pelo som do próprio nome. Não é de surpreender que o homem moderno urbano tenha rejeitado e até mutilado o mais interessante dos sentidos. Mas a audição também pode acalmar e confortar. O estalar das toras de madeira na lareira, o sussurro comum de uma vassoura, o chiado curioso de uma gaveta abrindo – todos esses são sons reconfortantes.
        Em um lar cheio de amor, toda cadeira produz um ranger diferente e reconhecível, toda janela, um clique, gemido ou rangido diferente. A própria cozinha é uma fonte de muitos sons agradáveis – o som ritmado de massa sendo batida em uma tigela de louça, o borbulhar de uma sopa fervendo.
        Muitas pessoas ficariam surpresas em descobrir em que escala o sentido da audição pode ser cultivado.         (...)

(Seleções Reader’sDigest. Por John KordLagemann,
janeiro/2019, p. 63-67). 
As palavras da Língua Portuguesa podem ser formadas a partir de um ou de mais de um processo. Nas opções abaixo, as palavras em destaque apresentam um processo de formação que é comum a todas elas, EXCETO aquela que está disposta na sequência da opção
Alternativas
Q2007319 Português
TEXTO I. Para a questão.

A sabedoria de ouvir

        (...)
       Tudo que se move faz barulho, então todos os sons são testemunhas de acontecimentos. Se o tato é o mais pessoal dos sentidos, então a audição – que é uma espécie de toque a distância – é o mais social deles.
        Ele também é o sentido cão de guarda. Sons nos avisam dos acontecimentos. Mesmo quando estamos dormindo, o cérebro é alertado por determinados sons. Uma mãe acorda com o choramingar de seu bebê. A pessoa comum é rapidamente despertada pelo som do próprio nome. Não é de surpreender que o homem moderno urbano tenha rejeitado e até mutilado o mais interessante dos sentidos. Mas a audição também pode acalmar e confortar. O estalar das toras de madeira na lareira, o sussurro comum de uma vassoura, o chiado curioso de uma gaveta abrindo – todos esses são sons reconfortantes.
        Em um lar cheio de amor, toda cadeira produz um ranger diferente e reconhecível, toda janela, um clique, gemido ou rangido diferente. A própria cozinha é uma fonte de muitos sons agradáveis – o som ritmado de massa sendo batida em uma tigela de louça, o borbulhar de uma sopa fervendo.
        Muitas pessoas ficariam surpresas em descobrir em que escala o sentido da audição pode ser cultivado.         (...)

(Seleções Reader’sDigest. Por John KordLagemann,
janeiro/2019, p. 63-67). 

Trecho para a questão.

Tudo que se move faz barulho, então todos os sons são testemunhas de acontecimentos. Se o tato é o mais pessoal dos sentidos, então a audição – que é uma espécie de toque a distância – é o mais social deles.  


No trecho destacado no excerto, contextualmente, o adjetivo encontra-se numa relação

Alternativas
Q2007281 Português
Leia o texto e responda às questões de 11 a 20.      

Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização.
     
Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso. Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.
     
Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz. Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o
   
Acorda, donzela...
    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.
    Aqui se estrepou...
   Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências: Anjo adorado! Amo-lhe!
   
Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou. Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse:
   
- A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.
     
Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.
     - É sua esta peça de flagrante delito?
   
O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.
     
- Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…
   
O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica. - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai. O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante: - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

     - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

     O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

     - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

     Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.
     
- Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!
     E voltando-se para dentro, gritou:
     - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!
     O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.
     - Laurinha, quer o coronel dizer…
     
O velho fechou de novo a carranca.
     - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).

(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.)
Marque a alternativa que descreve o emprego do termo destacado em “Aqui se estrepou.”
Alternativas
Q2007275 Português
Leia o texto e responda às questões de 01 a 10. 

As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo.

A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.
   
Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos.
     
O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados.

SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações).
A propósito do emprego das vírgulas no trecho “Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo.” do texto, é CORRETO afirmar que:
Alternativas
Q2007186 Português

Leia o texto e responda à questão.


    Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização.

   Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

   Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

   Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

   Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

   Acorda, donzela...

   Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

 Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

  Anjo adorado!

   Amo-lhe!

   Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse:

   - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

   Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

  - É sua esta peça de flagrante delito?

  O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

  - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

   O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

   - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

   - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

   E voltando-se para dentro, gritou:

  - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

  O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

  - Laurinha, quer o coronel dizer…

  O velho fechou de novo a carranca.

  - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).

              (LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.)

Marque a alternativa que descreve o emprego do termo destacado em “Aqui se estrepou.”
Alternativas
Q2007180 Português
Leia o texto e responda à questão.

   As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.
   Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos. 
   O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados.

SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações).
A propósito do emprego das vírgulas no trecho “Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo.” do texto, é CORRETO afirmar que:
Alternativas
Q2007178 Português
Leia o texto e responda à questão.

   As instituições sociedades se configuram em padrões econômicos, culturais e ético-políticos. Esses padrões são correlatos de uma ordem historicamente construída. A ordem social pode ser chamada de “autogerada” somente no sentido em que ela resulta da atividade dos seres humanos, que são seres sociais, não sendo, portanto, definida por um ser supremo fora de nosso mundo, nem muito menos resultante meramente de nossas tendências biológicas, tais como se verificaria numa colmeia ou num formigueiro. A ordem social é autogerada coletivamente a partir da produção e reprodução coletiva da existência humana. Essa empreita, transformando-se constantemente de acordo com as reconfigurações da correlação de forças econômicas e ético-políticas, possui uma dimensão histórica radical, pois tudo está em um processo, em um “devir” contínuo. A história não dá saltos, nada acontece sem ter sido preparado, sem que condições específicas não tivessem possibilitado o advento do novo. A ordem social é construída historicamente e só é criticamente compreensível segundo a configuração das forças sociais em dado momento, o que pode ser investigado a partir da pergunta sobre a quem ela serve. Essas forças expressam o entrelaçamento das relações de poder econômico, político, técnico-científico, comunicativo e bélico.
   Devido ao caráter instável da configuração e constituição social, nenhuma ordem, padrão de reconhecimento entre as pessoas, em relação ao qual se estabelece o que cabe a cada uma fazer, ceder, oferecer e receber, deve ser entendida fora do processo contraditório de destruição e criação de padrões, da desordem que lhe é correlata, das ações que não se enquadram nos padrões de reconhecimento estabelecidos num determinado momento, mas que os tornam relativos. 
   O poder público tem-se definido como esquema de constrangimento, capacidade de definir prioridades para a coletividade, controle dos meios de produção e reprodução da existência social e dos meios de persuasão e de repressão. A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade. Assim, a desigualdade de poder de consumo é apenas a ponta do iceberg da configuração das forças sociais, do processo histórico segundo o qual uma sociedade se constitui. A ordem expressa nas leis constitucionais que modulam juridicamente uma sociedade reflete e justifica a configuração de forças históricas, que define como os frutos da cooperação social são diferentemente apropriados.

SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com adaptações).
A conjunção presente na frase “A sociedade é desigual porque a partilha do poder econômico gera diferenças históricas definidas pela divisão social do trabalho e da propriedade” estabelece entre as orações que liga uma relação semântica de:
Alternativas
Q2006978 Português
Plantas tóxicas: lindas e perigosas 

O hábito de cultivar plantas em jardins dentro e fora de casa cresceu durante os meses de pandemia de covid-19. As espécies escolhidas são as mais variadas, indo de flores a ervas aromáticas, de plantas ornamentais a árvores frutíferas. Entretanto, além de tornarem os ambientes mais bonitos e os pratos mais aromáticos, as plantas possuem características químicas que podem fazer com que sejam tóxicas para pessoas e animais.
Segundo afirma a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Brasil, a cada dez casos de intoxicação por plantas, seis ocorrem em crianças com menos de 10 anos de idade, mas as vítimas de envenenamento por plantas não são apenas crianças. Animais domésticos, adultos e até mesmo animais de fazenda podem ser expostos a esse tipo de acidente. Ou seja, a convivência com plantas potencialmente tóxicas requer cuidados preventivos.
Conhecer quais são as espécies potencialmente venenosas deve ser o primeiro passo para prevenção de intoxicações. Ainda segundo a Fiocruz, as campeãs de acidentes no Brasil são comigo-ninguém-pode, bico-de-papagaio, espirradeira, taioba-brava, tinhorão, chapéu-deNapoleão, coroa-de-Cristo, saia-branca etc. Saber identificar essas plantas é essencial no caso de um acidente. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fiocruz possuem informação sobre a identificação dessas plantas em seus sites.
Para a prevenção e para a resposta aos acidentes também é importante conhecer quais são as reações causadas pelo contato com plantas venenosas. As respostas do organismo ao contato com as substâncias venenosas são diversas e podem depender de fatores como a idade e tamanho do paciente, questões de saúde (como a presença de alergias) e o tempo e via de exposição ao agente tóxico.
Segundo o Centro de Intoxicações da Califórnia, as plantas tóxicas podem ser classificadas em cinco graus de perigo:
• Nível 1: pertencem ao nível 1 as plantas que causam apenas uma reação alérgica na pele, (vermelhidão, coceira, bolhas etc.);
• Nível 2a: estão as espécies que, por meio do contato de sua seiva com as mucosas, incluindo a boca, ocasionam dor e irritação. O quadro pode se agravar, com a presença de problemas respiratórios;
• Nível 2b: engloba as plantas que possuem oxalato de cálcio em sua seiva. Elas são responsáveis por causar reações tardias nos rins, náuseas, vômitos e diarreias (pertence a esse grupo, por exemplo, a campeã de intoxicações comigo-ninguém-pode);
• Nível 3: nesse nível estão as espécies que, se ingeridas, causam reações moderadas, como náusea, vômito e diarreia, mas não oferecem risco de vida;
• Nível 4: aquelas que podem levar à morte. Sua ingestão pode afetar os rins, o coração, o fígado e o cérebro e requer atendimento médico imediato.

Em caso de acidentes com plantas, contate o centro de intoxicações mais próximo. 

Texto adaptado de:
<https://drauziovarella.uol.com.br/toxicologia/plantas-toxicas-lindase-perigosas/>. Acesso em: 03 nov. 2020.
Em “[...] além de tornarem os ambientes mais bonitos e os pratos mais aromáticos, as plantas possuem características químicas que podem fazer com que sejam tóxicas para pessoas e animais.”, é correto afirmar que
Alternativas
Q2006967 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


AS DINÂMICAS OCORRÊNCIAS DA VIDA


Acontece com todo mundo. Um dia você descobre que não vale a pena revidar ofensas, que elogiar não é se mostrar inferior e que ser humilde faz um bem danado a alma.


E um dia você também aprende a enorme diferença entre amigos e colegas, e você percebe que há colegas que se fazem de amigos. Um dia você compreende que, não importa o que você faça, as pessoas sempre vão criticá-lo. Então, você passa a ignorar as críticas.


E você passa a ser o que é, sem ligar pros sorrisinhos irônicos, olhares reprovadores, ou indiretas medíocres. Tudo se torna pequeno demais para lhe abalar.


E você descobre, no fim das contas, que o fato de você amar demais a si mesmo é o que incomoda os outros.


E você acredita mesmo? Pense e responda!


(Renata Stuart)


Acesso em: (https://www.pensador.com/textos_ felicidade/9/) - (Adaptado)

Marque o que NÃO se comprova na composição do período transcrito a seguir:
"E você descobre¹ , no fim das contas, que o fato de você amar² , demais a si mesmo é o que incomoda³, os outros".
Alternativas
Q2006966 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


AS DINÂMICAS OCORRÊNCIAS DA VIDA


Acontece com todo mundo. Um dia você descobre que não vale a pena revidar ofensas, que elogiar não é se mostrar inferior e que ser humilde faz um bem danado a alma.


E um dia você também aprende a enorme diferença entre amigos e colegas, e você percebe que há colegas que se fazem de amigos. Um dia você compreende que, não importa o que você faça, as pessoas sempre vão criticá-lo. Então, você passa a ignorar as críticas.


E você passa a ser o que é, sem ligar pros sorrisinhos irônicos, olhares reprovadores, ou indiretas medíocres. Tudo se torna pequeno demais para lhe abalar.


E você descobre, no fim das contas, que o fato de você amar demais a si mesmo é o que incomoda os outros.


E você acredita mesmo? Pense e responda!


(Renata Stuart)


Acesso em: (https://www.pensador.com/textos_ felicidade/9/) - (Adaptado)

Marque a alternativa com análise INCORRETA:
Alternativas
Respostas
11861: A
11862: A
11863: A
11864: A
11865: E
11866: C
11867: C
11868: D
11869: A
11870: E
11871: E
11872: B
11873: B
11874: B
11875: B
11876: B
11877: B
11878: C
11879: C
11880: B