Questões de Concurso Sobre pronomes relativos em português
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PRÁTICAS DE MENTORIA NA EDUCAÇÃO
José Manuel Moran
O papel docente mais relevante é ajudar os estudantes a aprender de forma profunda, ampla, experiencial, reflexiva. O docente será cada vez mais um orientador, um tutor e um mentor. Um orientador dos caminhos mais interessantes para aprender, das estratégias que fazem mais sentido para cada estudante e para os diversos grupos. Ele será um tutor que ajudará nas dúvidas mais significativas (as básicas a tecnologia o fará), a problematizar, a trazer outros pontos de vista. Os estudantes podem caminhar sozinhos por roteiros básicos de aprendizagem, podem aprender entre si, mas para um desenvolvimento de competências cognitivas, pessoais e sociais precisam de um acompanhamento mais amplo, entender para que aprendem, o que fazer para ter uma vida com propósito. O foco em mentoria-tutoria é um tema que precisa ser mais discutido, experimentado, institucionalizado e que abre novas perspectivas de atuação profissional para os docentes, dentro e fora das instituições de Ensino.
Mentoria é a prática de ajudar ou de aconselhar uma pessoa menos experiente, durante um período de tempo. Sua finalidade é apoiar e incentivar as pessoas a melhorar seu próprio aprendizado para maximizar seu potencial, desenvolver suas habilidades e melhorar seus desempenhos para se tornarem quem desejam se tornar.
É uma prática bem enraizada no mundo profissional e que agora ganha atenção nesta fase de transformações profundas pelas que a educação está passando.
Num sentido amplo os docentes serão cada vez mais mentores para que os estudantes consigam desenvolver as competências necessárias em cada área de conhecimento, em cada etapa do processo de aprendizagem, para sua vida profissional e pessoal. Num sentido mais estrito, alguns docentes mais experientes começam a desempenhar novos papéis tanto em instituições educativas inovadoras como em formas de ensinar e de aprender mais abertas, informais, híbridas na educação continuada.
A tutoria é uma orientação mais prática, dirigida a áreas de conhecimento específicas (como acontece nos cursos on-line) e que pode combinar-se com processos de orientação mais amplos, que envolvem carreira, competências e vida, que são os de mentoria.
Todas as escolas e universidades estão se transformando de forma mais rápida ou com mais lentidão, mas todas estão buscando modelos que façam sentido para o mundo de hoje e de amanhã. Isso está abrindo um horizonte riquíssimo de possibilidades profissionais de mentoria para ajudar a desenhar esses modelos de transformação, para acelerar os processos de mudança, para orientar esses processos, para alinhar os diferentes grupos com visões diferentes, para acompanhar de perto gestores, docentes e organizações parceiras, para que a visão se transforme mais rapidamente em ação. A mentoria na educação é uma tendência que faz sentido, vai ser cada vez mais significativa, diversificada e de importância crescente na educação formal e informal e em novos nichos ainda pouco explorados. Mentoria não é um tema novo, mas a ênfase e possibilidades de atuação hoje começam a ampliar-se de forma significativa.
Mentoria faz sentido como o papel mais relevante na docência tanto na forma mais ampla como mais específica. É um tema que precisa ser mais discutido na comunidade acadêmica, divulgando as melhores práticas, as novas oportunidades que o processo de transformação de escolas e universidades está trazendo para a Educação formal e informal, presencial e on-line em todas as etapas e níveis. É um grande campo profissional que se desenha, amplia e consolida.
Fonte: http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2019/08/mentoria_ Moran.pdf. acesso em 23/12/19.
Os pronomes fazem parte da categoria variável dentro das classes de palavras. Analise as afirmativas e acrescente V para a afirmativa correta e F para a errada:
– Em “Ele será um tutor que ajudará nas dúvidas mais significativas” denomina-se pronome relativo o vocábulo destacado.
– Em “a trazer outros pontos de vista” denomina-se pronome indefinido o vocábulo destacado.
– Em “podem aprender entre si” denomina-se pronome pessoal oblíquo o vocábulo destacado.
– Em “para sua vida profissional e pessoal” denomina-se pronome demonstrativo o vocábulo destacado.
– Em “agora ganha atenção nesta fase” denomina-se contração da preposição ‘em’ mais pronome possessivo o vocábulo destacado.
Assinale a alternativa correta, considerando o preenchimento de cima para baixo:
Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item seguinte.
Sem prejuízo para a correção gramatical e para os sentidos
originais do texto, o trecho “em que se incluem a palavra
escrita, as peças teatrais, os filmes, os vídeos, as fotografias, os
cartuns, as pinturas, entre outros” (l. 5 a 7) poderia ser
reescrito da seguinte forma: onde se incluem a palavra escrita,
as peças teatrais, os filmes, os vídeos, as fotografias, os
cartuns, as pinturas e entre outros.
Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o próximo item.
A substituição da expressão “metade delas” (l.15) por cuja
metade manteria a correção gramatical e a coesão do texto.
Sobre conjunções, locuções conjuntivas e pronomes relativos, avalie as afirmações a seguir:
I. Conjunção é uma palavra invariável que liga um termo independente a um termo principal, estabelecendo uma relação entre ambos.
II. Locuções conjuntivas são expressões que ligam orações ou palavras da mesma oração; compostas pela união da palavra ‘que’ com uma conjunção, as quais estabelecem uma relação de sentido.
III. Pronomes relativos são aqueles que normalmente se referem a um termo anterior chamado antecedente, desempenhando dois papéis gramaticais: além de sua referência ao antecedente como pronome, funciona também como transpositor de oração originariamente independente a adjetivo.
Quais estão corretas?
Refugiados: enfim, a Europa se curva
No auge da crise migratória, o continente aceita receber mais estrangeiros.
O desafio agora é como integrá‐los à sociedade.
Era abril quando mais de 1.3 mil pessoas haviam morrido na travessia do Mar Mediterrâneo para a Europa, um número recorde, e o filósofo e escritor italiano Umberto Eco foi questionado pelo jornal português Expresso como via a tragédia. “A Europa irá mudar de cor, tal como os Estados Unidos”, disse. Eco se referia à previsão de que, até 2050, os brancos deixarão de ser a maioria da população americana. “Esse é um processo que demorará muito tempo e custará muito sangue.” Diante da atual crise de migrantes e refugiados pela qual passa o continente, que recebeu 350 mil estrangeiros até agosto, o diagnóstico de Eco não poderia ter sido mais preciso. Na semana passada, enquanto cidadãos de diversos países receberam os refugiados com mensagens de boas vindas, alimentos e roupas, as autoridades da União Europeia se curvaram à gravidade da situação, e decidiram abrir as fronteiras para acolher 160 mil pessoas e dividi‐las entre os 22 países do bloco. A maioria vai para Alemanha, França e Espanha. O processo continua sangrento – ao menos 2,5 mil pessoas já desapareceram no Mediterrâneo –, mas pode ser o propulsor de uma nova Europa, talvez mais solidária e certamente mais colorida.
Cada vez mais, a economia do continente precisa de mão‐de‐obra jovem para continuar avançando e, sobretudo, reduzir a pressão sobre o sistema de aposentadorias e pensões. Por isso, além das óbvias razões humanitárias, receber os refugiados é uma questão prática. Nos cálculos da Comissão Europeia, cada mulher tem, em média, 1,5 filho hoje. O mesmo relatório concluiu que, nos próximos anos, a “população europeia se tornará cada vez mais grisalha”. Na Alemanha, onde, desde 1972, morre mais gente do que nasce, o fator de equilíbrio que tem feito a população crescer é justamente o saldo positivo da chegada de imigrantes.
A recente onda de solidariedade começou em Berlim, que suspendeu a Convenção de Dublin e permitiu que refugiados sírios pedissem asilo diretamente à Alemanha, mesmo que esse não fosse o primeiro país aonde chegaram. Mais do que isso, num esforço para ajudá‐los a conseguir emprego e torná‐los produtivos, o governo de Angela Merkel prometeu aumentar a oferta de cursos intensivos de alemão e programas de treinamento a pessoas em busca de asilo. Com capacidade para receber meio milhão de refugiados por ano (em 2015, já foram 450 mil), o país deve empregar 6 bilhões de euros nessa crise.
Enquanto a Europa desperta para a nova realidade, em que a miscigenação ganha importância, a religião
permanece como um dos principais entraves para a integração. Ainda que não existam dados consolidados sobre o
tema, as nações que mais exportam migrantes, Síria e Afeganistão, são de maioria muçulmana e representantes de
países como Hungria, Bulgária e Chipre já disseram preferir os cristãos aos muçulmanos com o argumento de que
aqueles se adaptariam melhor aos costumes locais. Indiferente às críticas sobre discriminação, a Áustria foi além. Em
fevereiro, o governo austríaco, que tem sido dos mais refratários em relação aos migrantes, aprovou uma lei que regula
a prática do islamismo no país. Os muçulmanos de lá tiveram seus feriados religiosos reconhecidos, mas só podem
realizar suas atividades de culto em alemão e as mesquitas não podem receber financiamento estrangeiro. A regra não
serve para outras religiões. Para os austríacos, ela ajuda na integração dos estrangeiros e evita a radicalização. Para os
contrários à lei, o resultado é justamente o oposto. “Por que um muçulmano se torna fundamentalista na França?”,
pergunta Umberto Eco. “Acha que isso aconteceria se vivesse num apartamento perto de Notre Dame?”
(Disponível em: http://www.istoe.com.br/reportagens/436154_ REFUGIADOS+ ENFIM+A+EUROPA+SE+CURVA. Acesso em: 14/09/2015.)