Questões de Concurso Sobre grafia e emprego de iniciais maiúsculas em português

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Q2053048 Português
Considerando as ocorrências de termos homônimos e parônimos, indique a sequência que completa corretamente as assertivas que seguem: 
I - .............. de Direitos é o instrumento através do qual se opera a transmissão de direitos sobre determinado bem, que poderá ser móvel ou imóvel.  II - O IBGE divulgou ontem os resultados do .............. demográfico de 2017.  III - .............. é uma característica que qualifica a pessoa que é recatada, reservada, modesta e delicada em suas ações.  IV - A defesa civil alertou para o perigo .............. de deslizamentos de encostas durante as chuvas.  V - Em 2013, a embaixada italiana no Brasil divulgou que 30 milhões de brasileiros são descendentes de .............. italianos. 
Alternativas
Q2052844 Português
Sabemos que as normas ortográficas variam, de tempos em tempos. Assinale a alternativa cujo par de palavras está grafado segundo as normas que vigoram atualmente. 
Alternativas
Q2052457 Português
Ordem, progresso e desenrascanço
Gregório Duvivier*

Os portugueses, levaram pro Brasil, por exemplo, pelo menos 100 mil palavras. Tenho pena que tenham esquecido em casa algumas das minhas preferidas. Talvez não tenha sido esquecimento, mas ciúmes: gostavam tanto delas que não queriam vê-las em nossas bocas. Há, definitivamente, todo um rol de palavras que nunca atravessaram o Atlântico.

Gosto em especial da palavra ronha – e de praticá-la. A palavra parece outra coisa, e de fato já foi: uma espécie de sarna, e, também, uma doença de plantas. Ninguém mais usa nesse sentido. A expressão "ficar na ronha" se refere à prática de abrir os olhos, mas permanecer na cama. Não imaginam minha excitação ao descobrir que existe uma palavra pro meu esporte preferido.

A arte da ronha consiste em acordar sem, no entanto, se levantar. Trata-se do primeiro trambique do dia: a procrastinada inaugural de todas as manhãs. "Dormi pouco", dizem, "mas fiquei duas horas na ronha" – e pode parecer que ronha equivale à função soneca. Não, durante a soneca voltamos a dormir. E na ronha permanecemos naquele meio termo que Proust demorou dez páginas pra descrever, mas aos portugueses bastaram cinco letras.

Tenho muita pena de não usarmos a palavra javardo. Trata-se de um sinônimo pra javali, mas que nunca será usado pra designar o animal propriamente dito. Chamam de javardo alguém que se comporta como um javali, ou melhor, que se comporta como imaginamos que um javali se comportaria: de forma grosseira, estúpida, abjeta. Gosto porque a palavra soa precisamente o que ela significa.

Da mesma forma, não há xingamentos bons como "aldrabão", termo que designa com especial precisão um farsante muito específico, algo entre o trapaceiro e o impostor, que comete aldrabices, pequenas fraudes – não confundir com batotas, outra palavra que não viajou, que se refere às trapaças vultosas quando cometidas dentro de um jogo, por exemplo, embora algumas sem grande importância.

De todas as palavras esquecidas, tenho uma predileta, aquela que designa a solução que resolve um problema de maneira temporária, mas não em definitivo: desenrascanço. Trata-se de uma gambiarra, mas não necessariamente mecânica – pode ser qualquer coisa que nos safe, como um papelão que faz às vezes de guarda-chuva. Gambiarra é um achado importante e gambiarra se aceita nesse contexto.

Nunca ouvi essa palavra em nossas bandas, e ao mesmo tempo nunca uma palavra definiu tão bem a atividade diária do brasileiro, esse desenrascado. Queria essa palavra em nossa bandeira: ordem, progresso e desenrascanço.

* É ator e escritor. Também é um dos criadores do portal de humor Porta dos Fundos.
Folha de São Paulo, Ilustrada, 01 dez. 2021. Adaptado
Para se falar de texto é preciso considerar vários fatores que o complementam. Entre os vários aspectos mobilizados na sua construção, os linguísticos se voltam para o funcionamento da língua quanto a sua sistematização, conforme se aponta nos textos a seguir.
Texto I
“Da mesma forma, não há xingamentos bons como 'aldrabão', termo que designa com especial precisão um farsante muito específico, algo entre o trapaceiro e o impostor, que comete aldrabices, pequenas fraudes – não confundir com batotas, outra palavra que não viajou, que se refere às trapaças vultosas quando cometidas dentro de um jogo, por exemplo, embora algumas sem grande importância”.
Texto II Imagem associada para resolução da questão
Isto É, n. 2715, 09 fev. 2022, p. 12
A esse respeito, avalie as afirmações seguintes.
I - Na expressão “trapaças vultosas” (Texto I), o adjetivo pode ser substituído por “vultuosas” sem prejuízo para o sentido do texto.
II - No Texto II há uma inadequação quanto à grafia de uma das palavras usadas para reproduzir, na escrita, a fala do tenista Rafael Nadal.
III - Em “que se refere às trapaças” (Texto I), o sinal indicativo de crase foi indevidamente assinalado, pois não se verifica a contração da preposição “as” com o artigo feminino “as”.
IV - Na frase “... não há xingamentos bons como "aldrabão" (Texto I), o verbo “haver” pode ser trocado por “existir”, sem prejuízo de sentido e de acordo com a norma-padrão, assim: “... não existe xingamentos bons como 'aldrabão'...”
V - No Texto II se identifica a presença de monossílabos tônicos, acentuados por terminarem em vogais, e de monossílabos átonos, assim considerados pelo fato de não possuírem autonomia fonética e por dispensarem acentuação.

Está correto apenas o que se afirma em
Alternativas
Q2052382 Português
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.

Um remédio eficaz contra covid-19?

Desde que a covid-19 assolou o mundo no início de 2020, a busca por alternativas eficazes para combater a pandemia foi intensa. Em tempo recorde, foram desenvolvidas vacinas, responsáveis por tirar o planeta do estado de emergência e salvar milhões de vidas. Esse feito, no entanto, não eliminou a necessidade de um medicamento capaz de tratar as pessoas já acometidas pela doença, como ocorre com tantas outras enfermidades. A química medicinal, finalmente, atingiu o objetivo e criou um antiviral eficaz e sem riscos para os humanos.

A imagem do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tomando o Paxlovid®, medicamento antiviral recentemente aprovado contra a covid-19, foi notícia nos principais meios de comunicação, no final do mês de julho deste ano. O fato, realmente, merece destaque, pois, independentemente do vírus, a ciência é objetiva em enumerar o trio de armas disponíveis para o controle bem-sucedido e a erradicação de doenças pandêmicas: a combinação de medidas de higiene, adesão em massa às campanhas de vacinação e desenvolvimento de antivirais eficientes.

Ao longo da história, antivirais vêm desempenhando um papel fundamental no controle de diferentes doenças, como a hepatite C, enfermidades causadas por herpesvírus e a Aids, para as quais esses fármacos ainda se caracterizam como a única forma de controle da transmissão e a garantia de mais qualidade de vida aos que convivem com a doença.

Em relação à covid-19, é indiscutível a importância das vacinas para a prevenção da doença em sua forma grave e para reduzir o número de mortes. Mas essa outra frente de batalha, o desenvolvimento de antivirais para o tratamento das pessoas já infectadas pelo SARS-CoV-2, vem sendo travada por diferentes grupos de pesquisa desde o início da pandemia.

O que acontece em um organismo infectado?

É preciso explicar o que acontece ao longo do ciclo de replicação do SARS-CoV-2. Uma vez no organismo humano, esse vírus usa sua famosa proteína Spike (S) para se ligar a receptores presentes na superfície das nossas células, conhecidos como enzima conversora de angiotensina tipo 2 (ACE2). Assim, o vírus consegue adentrar a célula, onde libera o seu material genético (no caso do SARS-CoV-2, uma molécula de RNA), o qual é traduzido, ou seja, a informação contida nessa molécula de RNA é utilizada pela célula para a síntese de proteínas, o que possibilita a produção de novas partículas virais. O organismo responde à invasão do vírus produzindo anticorpos, que se ligam à proteína Spike e impedem a infecção de outras células. Além disso, são produzidas células especializadas (linfócitos T citotóxicos) que identificam e destroem células humanas já infectadas pelo vírus.

COTRIM, Bruno Almeida.; GONÇALVES, Raoni Schroeder Borges.; BARROS, José C. Um remédio eficaz contra covid-19? Ciência Hoje. Disponível em: https://cienciahoje.org.br/artigo/um-remedio-eficaz-contra-covid-19/ Acesso em: 04 nov., 2022.
Considerando as relações de sentido e a forma como as palavras são escritas (ortografia), assinale a alternativa na qual há correção ortográfica: 
Alternativas
Q2052096 Português

TEXTO I 


Catavento e girassol

(Guinga - Aldir Blanc)


Meu catavento tem dentro

O que há do lado de fora do teu girassol.

Entre o escancaro e o contido,

E eu te pedi sustenido

E você riu bemol.

Você só pensa no espaço,

Eu exigi duração...

Eu sou um gato de subúrbio,

Você é litorânea.


Quando eu respeito os sinais,

Vejo você de patins vindo na contramão

Mas quando ataco de macho,

Você se faz de capacho

E não quer confusão.

Nenhum dos dois se entrega.

Nós não ouvimos conselho:

E eu sou você que se vai

No sumidouro do espelho. 


Eu sou o Engenho de Dentro

E você vive no vento do Arpoador.

Eu tenho um jeito arredio

E você é expansiva - o inseto e a flor.

Um torce para Mia Farrow

E o outro é Woody Allen...

Quando assovio uma seresta

Você dança havaiana.


Eu vou de tênis e jeans,

Encontro você demais:

Scarpin, soirée.

Quando o pau quebra na esquina,

Você ataca de fina

e me oferece em inglês:

É fuck you, bate-bronha...

E ninguém mete o bedelho,

Você sou eu que me vou

No sumidouro do espelho.


A paz é feita num motel

De alma lavada e passada

Pra descobrir logo depois

Que não serviu pra nada.

Nos dias de carnaval

Aumentam os desenganos:

Você vai pra Parati

E eu pro Cacique de Ramos...


Meu catavento tem dentro

O vento escancarado do Arpoador,

Teu girassol tem de fora

O escondido do Engenho de Dentro da flor.

Eu sinto muita saudade,

Você é contemporânea,

Eu penso em tudo quanto faço,

Você é tão espontânea.

Sei que um depende do outro

Só pra ser diferente,

Pra se completar.

Sei que um se afasta do outro,

No sufoco, somente pra se aproximar.

Cê tem um jeito verde de ser

E eu sou meio vermelho

Mas os dois juntos se vão

No sumidouro do espelho.


http://www.guinga.com/index.php/2015-08-27-03-

18-48/2015-08-27-03-29-50/151-delirio-carioca1993 Acesso em: 05/01/2019.



Assinale a alternativa em que há erro de ortografia. 
Alternativas
Respostas
1086: A
1087: A
1088: B
1089: B
1090: A