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Sobre português
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Como choveu muito no dia de ontem ____ deixamos de fazer duas tarefas importantíssimas ____ uma foi levar nossos amigos ao museu ____ a outra foi providenciar seus bilhetes para o passeio fluvial.
Assinale e alternativa que preenche, CORRETAMENTE, a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da frase:
A gente tem a tendência de pensar que só o que nós fazemos é difícil e complexo, cheio de sutilezas e complicações invisíveis aos olhos dos “leigos”. Isto, naturalmente, é um engano que a vida desmascara a todo instante, como sabe quem quer que já tenha ouvido com atenção qualquer homem falar de seu trabalho, que sempre, por mais simples, envolve atividades e conhecimentos insuspeitados.
Assim é, por exemplo, roubar galinha. Tenho um amigo aqui na ilha que é ladrão de galinha. Chamemo-lo de Lelé, como naqueles relatos verídicos americanos em que se trocam os nomes para proteger inocentes. Só que, naturalmente, a nossa troca se faz para proteger um culpado, no caso o próprio Lelé. É bem verdade que todo mundo aqui sabe que ele rouba galinha, mas não fica bem botar no jornal, ele pode se ofender.
Pois Lelé me tem demonstrado com eloquência toda a arte e ciência de roubar galinha, que requerem longo, paciente e estoico aprendizado, além, é claro, de vocação e talento, pois sem estes de nada adianta o esforço. Roubar galinha é uma especialização da galinhologia geral, ramo do saber complicadíssimo, como verifico todos os dias, ao visitar o galinheiro de Zé de Honorina e ouvir as novidades do dia. Zé, que utiliza recursos psicológicos sofisticados para induzir as galinhas ao choco, calculou mal a lua, calculou mal os passes lá que ele faz – resultado: todo mundo choco no galinheiro, um có-có que ninguém aguenta e Ferrolho, o galo, indignado com a situação (eis que galinha choca não quer nada com a Hora do Brasil), chegando mesmo a agredir o próprio Zé.
Sobre aspectos linguísticos e de interpretação do texto, podemos afirmar que:
I. A figura de linguagem predominante é a ironia, mas encontramos também exemplo(s) de onomatopeia.
II. O texto procura se afastar da linguagem popular, optando por usar muitos termos eruditos, como “Chamemo-lo” (no segundo parágrafo).
III. O sentido do vocábulo “estoico” (no terceiro parágrafo) é o de se manter impassível e firme diante das adversidades.
IV. O vocábulo “galinhologia” (no terceiro parágrafo) é um neologismo, ou seja, uma palavra inventada pelo narrador.
V. A tipologia do texto nos apresenta uma descrição objetiva e uma precisão informativa dos fatos.
VI. As palavras “qualquer” (primeiro parágrafo) e “ninguém” (terceiro parágrafo) são pronomes demonstrativos.
Assinale a alternativa CORRETA:
A intertextualidade e a literatura
O termo intertextualidade foi cunhado na década de 1960, no ‚âmbito da teoria literária, por Julia Kristeva e referia-se ao universo dos textos literários e do diálogo entre esses textos ao longo da história da literatura. Quando a intertextualidade se dá entre dois textos literários efetivamente escritos e se manifesta de forma direta, clara, explícita, podemos dizer que se trata de intertextualidade em sentido restrito.
Quando um determinado autor recorre a outros textos para compor os próprios, certamente tem um motivo muito claro — fazer uma crítica, uma reflexão ou uma releitura desses textos. Percorrer o caminho inverso, ou seja, buscar esse motivo e reconstruir o processo de produção desses textos leva a desvendar seus significados específicos. Assim, o conhecimento das relações entre os textos é um poderoso recurso de produção e apreensão de significados.
Esse conhecimento, porém, não se d· por acaso nem por obra da intuição, ____ por meio de um trabalho bastante específico: o exercício da leitura. Quanto ____ experiente for o leitor (entenda-se como leitor experiente aquele que leu muito e bem), ____ possibilidades terá de compreender os caminhos percorridos (e os textos visitados) por um outro autor em sua produção e de percorrer o próprio caminho em suas criações.
Portanto, nossos processos de leitura podem ser mais proveitosos devido aos numerosos caminhos de leitura que percorremos. Nossas produções podem aprimorar-se à medida que incorporamos essas leituras a nossos textos. E não é exagero dizer que esses procedimentos se ampliam de tal forma que atingem uma outra área, bem mais ampla – a que diz respeito própria leitura do mundo.
Painel da literatura em língua portuguesa – José de Nicola.
Adaptado.
I. “Portanto, as escolas devem continuar a adaptar seus currículos e métodos de ensino [...]” (10º§) – a palavra “portanto” é invariável e introduz uma conclusão referente ao que foi dito anteriormente.
II. “A ideia é não apenas decodificar as interações comunicativas, mas saber quando e como aplicá-las.” (2º§) – O termo “-las” é um pronome pessoal do caso reto, retoma a expressão “interações comunicativas” e tem a função de objeto direto.
III. “As crianças e adolescentes passam boa parte da vida no ambiente escolar.” (1º§) – “As crianças e adolescentes” é sujeito simples da oração e o verbo “passar” está flexionado na terceira pessoa do plural para concordar com “crianças” e “adolescentes”, que estão no plural.
Está correto o que se afirma em
Haveria prejuízo dos sentidos do texto caso a oração “que focam principalmente o diagnóstico da depressão” (linha 56) estivesse isolada entre vírgulas.
Pelas relações coesivas estabelecidas entre os parágrafos do texto, é correto concluir que o vocábulo “fim” (linha 45) é empregado como sinônimo de finalidade, objetivo.
O termo “absenteísmo” (linha 39), que poderia ser substituído, sem prejuízo dos sentidos do texto, por absentismo, diz respeito à prática habitual de abandonar o cumprimento de deveres e funções de determinado posto ou cargo.
A partir da ideia original do texto, é correto inferir que a falta de concentração e a insegurança dos funcionários são as principais causas do baixo rendimento no trabalho, que, por sua vez, provoca queda da produtividade e prejuízos financeiros às empresas.