Questões de Concurso

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Q1316622 Literatura
Texto 1
Meus oito anos
“Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!”
 (Casimiro de Abreu, “Meus oito anos”)

 Texto 2
 Meus oito anos
“Oh que saudades que eu tenho
Da aurora de minha vida
Das horas
De minha infância
Que os anos não trazem mais
Naquele quintal de terra!
Da rua de Santo Antônio
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais”
 (Oswald de Andrade)

Os dois poemas são classificados como:
Alternativas
Q1306239 Literatura
Leia o texto e responda a questão.

A MÁQUINA DO MUNDO - CARLOS DRUMMOND DE
ANDRADE

E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco

se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas

lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,

a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.

Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável

pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar

toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.

Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera

e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,

convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas,

assim me disse, embora voz alguma
ou sopro ou eco ou simples percussão
atestasse que alguém, sobre a montanha,

a outro alguém, noturno e miserável,
em colóquio se estava dirigindo:
"O que procuraste em ti ou fora de

teu ser restrito e nunca se mostrou,
mesmo afetando dar-se ou se rendendo,
e a cada instante mais se retraindo,

olha, repara, ausculta: essa riqueza
sobrante a toda pérola, essa ciência
sublime e formidável, mas hermética,

essa total explicação da vida,
esse nexo primeiro e singular,
que nem concebes mais, pois tão esquivo

se revelou ante a pesquisa ardente
em que te consumiste... vê, contempla,
abre teu peito para agasalhá-lo."

As mais soberbas pontes e edifícios,
o que nas oficinas se elabora,
o que pensado foi e logo atinge

distância superior ao pensamento,
os recursos da terra dominados,
e as paixões e os impulsos e os tormentos

e tudo que define o ser terrestre
ou se prolonga até nos animais
e chega às plantas para se embeber

no sono rancoroso dos minérios,
dá volta ao mundo e torna a se engolfar,
na estranha ordem geométrica de tudo,

e o absurdo original e seus enigmas,
suas verdades altas mais que todos
monumentos erguidos à verdade:

e a memória dos deuses, e o solene
sentimento de morte, que floresce
no caule da existência mais gloriosa,

tudo se apresentou nesse relance
e me chamou para seu reino augusto,
afinal submetido à vista humana.

Mas, como eu relutasse em responder
a tal apelo assim maravilhoso,
pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,

a esperança mais mínima — esse anelo
de ver desvanecida a treva espessa
que entre os raios do sol inda se filtra;

como defuntas crenças convocadas
presto e fremente não se produzissem
a de novo tingir a neutra face

que vou pelos caminhos demonstrando,
e como se outro ser, não mais aquele
habitante de mim há tantos anos,

passasse a comandar minha vontade
que, já de si volúvel, se cerrava
semelhante a essas flores reticentes

em si mesmas abertas e fechadas;
como se um dom tardio já não fora
apetecível, antes despiciendo,

baixei os olhos, incurioso, lasso,
desdenhando colher a coisa oferta
que se abria gratuita a meu engenho.

A treva mais estrita já pousara
sobre a estrada de Minas, pedregosa,
e a máquina do mundo, repelida,

se foi miudamente recompondo,
enquanto eu, avaliando o que perdera,
seguia vagaroso, de mãos pensas.

Referência Bibliográfica:
ANDRADE, Carlos Drummond. Claro Enigma. 13ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1998.
A poesia de Carlos Drummond de Andrade enquadra-se no que podemos chamar de gênero literário. Esse tipo de gênero subdividem-se em três categorias. Assinale a alternativa CORRETA que corresponda às subdivisões do gênero literário.
Alternativas
Q1293683 Literatura
Consistia numa concepção de arte baseada na imitação dos clássicos gregos e latinos, considerados modelos de suma perfeição estética, correspondia literariamente ao geral e efêmero complexo de superioridade histórica. Haviam regras apriorísticas, é racionalista por excelência. Assinale a alternativa que apresenta a época literária descrita pelo enunciado.
Alternativas
Q1293132 Literatura
Assinale a alternativa correta com relação à produção poética de diferentes períodos da literatura brasileira.
Alternativas
Q1292225 Literatura
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do seguinte texto.

Para um maior entendimento da literatura, Aristóteles, na obra Arte Poética, definiu os gêneros literários. Cada um deles reúne um conjunto de obras com características análogas ou parecidas de forma e conteúdo. Tais gêneros se dividem, na classificação aristotélica, em épico, lírico e dramático. Atualmente, entretanto, os textos literários são classificados, quanto à forma, em prosa ou em poesia; quanto ao conteúdo, em narrativos, líricos e dramáticos. No gênero ___________ há a presença de um _________, responsável por contar uma história em que os personagens atuam em um determinado espaço e tempo. Já os textos do gênero __________ têm predominância da função poética da linguagem. Os textos classificados como ___________ são próprios para a representação ou encenação teatral e têm __________ como base.
Alternativas
Respostas
66: A
67: A
68: A
69: C
70: B