Questões de Concurso
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Leia o texto e responda à questão.
SONETO
Pálida à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar, na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d'alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!
Era a mais bela! Seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!
AZEVEDO, Álvares de. 1853. Disponível em:
https://www.escritas.org/pt/t/11434/soneto-palida-a-luz-da-lampada-sombria..
A digestão desse manjar funéreo Tornado sangue transformou-me o instinto De humanas impressões visuais que eu sinto, Nas divinas visões do íncola¹ etéreo²!
Vestido de hidrogênio incandescente, Vaguei um século, improficuamente³, Pelas monotonias siderais...
Subi talvez às máximas alturas, Mas, se hoje volto assim, com a alma às escuras, É necessário que ainda eu suba mais!
(“Solilóquio de um Visionário”, de Augusto dos Anjos, Eu e Outras Poesias)
¹íncola: habitante
²etéreo: referente ao céu ³improficuamente: inutilmente
Augusto dos Anjos é um poeta contextualizado no Pré-Modernismo, época literária em que houve um entrecruzamento de várias posturas artísticas. Assinale a opção que traz um aspecto de estilo não incorporado no poema acima.
Leia o excerto poético e observe a imagem para responder à questão.
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado,
De tosco trato, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela
Graças à minha estrela.
GONZAGA, Tomás Antônio. Lira I. In: A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 7
( ) O poeta compartilhava com os intelectuais de sua época um sentimento humanitário em relação aos negros escravizados, tema que abordou em poemas célebres. ( ) A sua poesia lírico-amorosa, outra vertente de sua obra, propunha uma concepção de amor diferente daquela defendida pelos românticos das fases anteriores, já que os poemas de Castro Alves apresentam mulheres sensuais, dotadas de erotismo e de sentimentos intensos. ( ) O tom grandiloquente dos versos de Castro Alves é marcado por figuras de linguagem que remetem a uma natureza impressionante: astros, oceano, tufão, condor, águia, etc. ( ) Castro Alves usa uma grande dramaticidade em Navio negreiro, a fim de expressar o horror do eu-lírico diante da crueldade humana: “Senhor Deus dos desgraçados! //Dizei-me vós, Senhor Deus! //Se é loucura... se é verdade //Tanto horror perante os céus?!”
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é