Questões de Concurso

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Q2053317 Linguística
Em relação ao conceito de Deslocamento Linguístico, analise as afirmativas a seguir e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
    Calvet (2002 apud MELGUEIRO, 2012, p.61) explica que “o Deslocamento Linguístico ocorre quando uma língua vai sendo substituída pela outra. Sabe-se que nenhuma língua é estável, que ela está sempre mudando, sendo que o contexto sócio-histórico de uso definirá o tipo e a velocidade da mudança. Quando o contato linguístico é muito frequente e as sociedades / comunidades estabelecem relações constantes e duradouras entre si, as línguas / os dialetos em contato sofrem interferência uns dos outros. Como as relações humanas são regularmente assimétricas, ocorre muitas vezes de a língua que é mais valorizada ser imposta e assumida pelos falantes e/ou pela comunidade de menor prestígio. Quando isso ocorre completamente, se dá o que na Sociolinguística se chama de deslocamento linguístico. Esse fenômeno ocorreu e vem ocorrendo com muitas línguas indígenas brasileiras”.
(MELGUEIRO, Zilma Henrique A situação sociolingüística nas escolas indígenas Irmã Inês Penha e Dom Miguel Alagna na cidade de São Gabriel da Cachoeira (AM)– Recife: 2012, p.66). https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11650/1/Disserta%C 3%A7%C3%A3o_Zilma.pdf).
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
( ) A simetria linguística garante o deslocamento entre as línguas, isso ocorre desde a origem da linguística.
( ) As línguas não são estáveis, com contato constante entre sociedades / comunidades, as línguas/os dialetos tendem a sofrer interferência uns dos outros.
( ) As línguas mais valorizadas são as que abrem espaço para as menos prestigiadas no contexto social.
( ) Na Sociolinguística o deslocamento linguístico é um fenômeno que ocorre quando a língua mais valorizada é imposta e assumida pelos falantes e/ou pela comunidade de menor prestígio.
Alternativas
Q2031355 Linguística
Contemporaneamente, no estudo da língua, deve-se considerar erro o que
Alternativas
Q2007237 Linguística
Analise as afirmativas abaixo sobre Concepção de Linguagem.
1. A perspectiva de língua/linguagem concebida na formação do professor interfere diretamente nas suas práticas docentes em sala de aula.
2. A realidade é construída pela linguagem que utilizamos para descrevê-la; nós mesmos somos produtos da linguagem que aprendemos.
3. A linguagem tida como “subjetivismo idealista” considera que o não saber se expressar advém do não saber pensar, uma vez que a linguagem traduz o que se constrói na mente.
4. Na linguagem como meio objetivo para a comunicação, ou como “objetivismo abstrato”, a língua é um processo de evolução constante.
5. A linguagem como forma de interação considera os sujeitos e o funcionamento interno da língua, apoiando-se nos estudos estruturalistas. De modo geral, essa concepção permeou a formação docente por muitos anos e ainda é a mais vista em sala de aula.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Alternativas
Q2006239 Linguística
Erro de português – de onde vem essa ideia?

Marcos Bagno 

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Disponível em: <https://www.parabolablog.com.br/index.php/blogs/erro-de-portugues-de-onde-vemessa-ideia> Acesso em: 26 dez. 2020. Grifos do autor.

No artigo, Bagno critica a norma padrão, por não ser atualizada e condenar certas formas de uso e expressões linguísticas correntes em nossa sociedade. Além disso, apresenta diferentes modos de entender o conceito de erro no português brasileiro, fornecendo importante material para reflexão de professores de língua materna. Tais discussões sobre o conceito do erro de português permeiam diferentes obras, que o analisam tanto do ponto de vista linguístico quanto do pedagógico.
A partir dessas reflexões e de acordo com alguns autores, analise as afirmativas abaixo e marque V, para as verdadeiras, e F, para as falsas.
( ) Othon Garcia (2006) indica que, ao preocupar-se somente com aspectos de correção gramatical no ensino da língua, deixa-se de lado importantes aspectos de construção textual que instrumentalizam os jovens a pensarem com clareza e objetividade, expressando-se, assim, de forma mais eficaz. ( ) Celso Cunha e Lindley Cintra (2006) afirmam que, assim como o comportamento social é regulado por normas, os usos linguísticos também o são, embora de forma mais complexa e coercitiva. Sendo assim, o uso correto do idioma deve acompanhar as exigências da comunidade linguística a que pertence o indivíduo. ( ) Othon Garcia (2006) associa a inteligibilidade de um enunciado exclusivamente à construção gramatical correta segundo a norma. Para o autor, a não observância da gramaticalidade resulta em enunciados que dificilmente seriam compreendidos fora do seu contexto, prejudicando a autossuficiência da comunicação escrita. ( ) Magda Soares (2010) menciona que o fracasso da escola brasileira na alfabetização de crianças das camadas populares deve-se, também, ao fato de que a escola desconsiderou durante décadas as variedades linguísticas dessa população, tratandoas como erro e não as incorporando ao processo de alfabetização.
A sequência correta, de cima para baixo, é
Alternativas
Q1983927 Linguística

O ato de ler


        [...] A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto. Ao ensaiar escrever sobre a importância do ato de ler, eu me senti levado – e até gostosamente – a “reler” momentos fundamentais de minha prática, guardados na memória, desde as experiências mais remotas de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo.

        Ao ir escrevendo este texto, ia “tomando distância” dos diferentes momentos em que o ato de ler se veio dando na minha experiência existencial. Primeiro, a “leitura” do mundo, do pequeno mundo em que me movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo de minha escolarização, foi a leitura da “palavramundo”.

        A retomada da infância distante, buscando a compreensão do meu ato de “ler” o mundo particular em que me movia – e até onde não sou traído pela memória –, me é absolutamente significativa. Neste esforço a que me vou entregando, recrio, e revivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. Me vejo então na casa mediana em que nasci, no Recife, rodeada de árvores, algumas delas como se fossem gente, tal a intimidade entre nós – à sua sombra brincava e em seus galhos mais dóceis à minha altura eu me experimentava em riscos menores que me preparavam para riscos e aventuras maiores.

        A velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço – o sítio das avencas de minha mãe –, o quintal amplo em que se achava, tudo isso foi o meu primeiro mundo. Nele engatinhei, balbuciei, me pus de pé, andei, falei. Na verdade, aquele mundo especial se dava a mim como o mundo de minha atividade perceptiva, por isso mesmo como o mundo de minhas primeiras leituras. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto – em cuja percepção rio experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber – se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão eu ia apreendendo no meu trato com eles nas minhas relações com meus irmãos mais velhos e com meus pais.

(FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 23. ed. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989. Fragmento.)

De modo predominante, pode-se afirmar que as estruturas apresentadas no texto indicam aspectos da estrutura linguística observada pela gramática: 
Alternativas
Respostas
31: B
32: D
33: B
34: B
35: D