Questões de Concurso Para colégio pedro ii

Segundo Oliveira, Correa e Mousinho (2019), antes de ser um bom leitor, deve-se minimamente conseguir transformar sinais gráficos em sons e compreendê-los. A pessoa precisa ler as palavras escritas no texto de forma fluida/ágil/fácil (fluência) e correta (precisão), e é necessário compreender a mensagem que está sendo transmitida no texto. Um dos fatores que auxiliam a boa leitura e compreensão de textos refere-se ao vocabulário.
OLIVEIRA, R.; CORREA, J.; MOUSINHO, R. Fluência e compreensão de leitura: linguagem escrita dos 7 aos 10 anos para educadores e pais. São Paulo: Instituto ABCD, 2019. p. 22.
Acerca do exposto pelas autoras, é correto afirmar que

No DSM – V (APA, 2014), a dislexia está inserida em uma categoria denominada “transtornos do neurodesenvolvimento”, sendo chamada de “transtorno específico da aprendizagem”, e é caracterizado pelas dificuldades apresentadas no início da alfabetização, que comprometem a aquisição da leitura, da escrita e da ortografia, podendo ocorrer falhas nos processos cognitivos, fonológicos e/ou visuais.
REID (2016) apud SANTOS, B. Compreendendo os transtornos específicos de aprendizagem: compreendendo a dislexia. Ribeirão Preto: Book Toy, 2020. v. 4, p. 25 (adaptado).
Sobre a dislexia, é correto afirmar que

Ler não é uma tarefa totalmente linear. Muitas vezes precisamos ir e voltar no texto para verificar se de fato estamos compreendendo corretamente. A leitura e a compreensão de um texto estão associadas a diferentes operações mentais.
Com relação ao papel das funções executivas na leitura e compreensão de textos, correlacione corretamente os itens a seguir:
1. Resolução de problemas 2. Memória 3. Controle inibitório 4. Flexibilidade
( ) Relação entre o que lemos e o sentido que vamos construindo e entre o que lemos com aquilo que já sabíamos antes. ( ) Levantamento de outra hipótese diferente, caso uma anterior falhe. ( ) Foco na leitura, deixando de lado os distratores. ( ) Entendimento do texto. 
A sequência correta é 

A disfonia infantil é uma das desordens mais frequentes dentre os distúrbios de comunicação e resulta em forte impacto na vida social. Essa patologia de voz decorre da interação entre fatores anatômicos, fisiológicos, sociais, emocionais e ambientais, estando presente em aproximadamente 12% (doze por cento) das crianças entre 2 (dois) e 16 (dezesseis) anos de idade.
Com relação à disfonia infantil, é correto afirmar que

O procedimento utilizado na avaliação audiológica clínica, quando os limiares de via aérea ou via óssea não são simétricos (como nos casos de perdas unilaterais ou assimétricas, ou quando exista a suspeita da participação da orelha não testada no exame da orelha sob teste) é o(a) 

A cadeia ossicular é constituída por três ossículos, que são considerados os menores ossos do corpo humano. Esse conjunto encontra-se suspenso e mantido em posição, dentro da cavidade timpânica, por uma série de ligamentos muito delgados e por dois músculos, funcionando como uma ponte que liga a membrana timpânica à orelha interna.
Os ossículos que compõem essa cadeia são

O transtorno específico de aprendizagem é um transtorno do neurodesenvolvimento com uma origem biológica, que é a base das anormalidades no nível cognitivo, as quais são associadas com as manifestações comportamentais.
A esse respeito foram feitas as afirmativas a seguir:
I. As dificuldades de aprendizagem iniciam-se antes dos anos escolares e se manifestam completamente no início da alfabetização. As habilidades acadêmicas afetadas estão acima do esperado para a idade cronológica do indivíduo, permitindo que este não necessite de adaptações ou serviços de apoio adequados, especialmente durante os anos escolares.
II. Dificuldade de aprender a correlacionar letras a sons do próprio idioma, a ler palavras impressas, frequentemente chamada de dislexia, é uma das manifestações mais comuns do transtorno específico da aprendizagem.
III. Uma característica diagnóstica fundamental é a de que, no transtorno específico de aprendizagem, as dificuldades de aprendizagem não são atribuíveis a deficiência intelectual, atraso global do desenvolvimento, a deficiências auditivas ou visuais não corrigidos, ou a problemas neurológicos ou motores.
IV. Diferentemente de andar ou falar, que são marcos adquiridos do desenvolvimento que emergem com a maturação cerebral, as habilidades acadêmicas (como leitura, ortografia, escrita e matemática) precisam ser ensinadas e aprendidas de forma explícita.
Estão corretas 

Para além das fases de aquisição e desenvolvimento da leitura e da escrita, a abordagem do processamento da informação conta com o reconhecido modelo de dupla-rota.
Sobre esse modelo, é INCORRETO afirmar que 

O transtorno do neurodesenvolvimento é caracterizado por déficits em capacidades mentais genéricas, como raciocínio, solução de problemas, planejamento, pensamento abstrato, juízo, aprendizagem acadêmica e aprendizagem pela experiência. Os déficits resultam em prejuízos no funcionamento adaptativo, de modo que o indivíduo não consegue atingir padrões de independência pessoal e responsabilidade social em um ou mais aspectos da vida diária.
Corresponde a esse transtorno do neurodesenvolvimento o(a)

As teorias de aquisição e processamento da escrita estão relacionadas fortemente às da leitura, pois, sendo processos interdependentes, para escrever é preciso ler. Frith (1985) foi a pioneira na descrição do vínculo entre o desenvolvimento da leitura e o da escrita, descrevendo-o em três fases.
FRITH (1985) apud BATISTA, A. O. Compreendendo os transtornos específicos de aprendizagem: compreendendo a disortografia. Ribeirão Preto: Book Toy, 2019. v. 2, p. 54.
Sobre essas fases, é correto afirmar que

Os críticos à atual Reforma do Ensino Médio, institucionalizada pela Lei nº 13.415/2017, apontam velhos problemas nas respostas das políticas educacionais que visam a enfrentar a estagnação da juventude das frações mais empobrecidas da população brasileira. Tais pesquisadores situam os retrocessos da Reforma do Ensino Médio como equivalentes aos fracassos históricos de políticas para esse nível de ensino, que aprofundaram os abismos sociais e educacionais no Brasil.
São políticas pregressas para o ensino médio, cujos sentidos a atual reforma atualiza,

Diante da crise contemporânea do capital, uma das principais estratégias para retomada da valorização é a reestruturação produtiva. O rígido regime de acumulação fordista-keynesiano dá lugar a uma reestruturação produtiva que tem como imperativo a flexibilização.
Com a expansão das tecnologias de informação e comunicação, ampliam-se as formas de organização do trabalho mediadas por plataformas digitais. Nesse contexto, surge a discussão sobre o processo de uberização do trabalho, um neologismo que visa definir uma modalidade de trabalho pautada no trabalho por demanda, na qual os trabalhadores fazem uso de recursos próprios para oferecer seus serviços, por intermédio de um aplicativo ou plataforma digital.

Legenda:Toni D'Agostinho: www.acaricaturadobrasil.com.br Disponível em: https://1.bp.blogspot.com/. Acesso em: 14.abr.2022


Antunes e Filgueiras (2020), citam a posição da Uber, segundo a qual “o/as motoristas não são empregados, nem prestam serviço à empresa, mas sim aos consumidores, de modo que são o/as trabalhadores/as considerados independentes que contratam os serviços do aplicativo e não o contrário.”
ANTUNES, Ricardo; FILGUEIRAS, Vitor. Plataformas Digitais, Uberização do trabalho e regulação no Capitalismo contemporâneo. In: ANTUNES, Ricardo (org.). Uberização, trabalho digital e indústria 4.0. São Paulo: Boitempo, 2020.
À luz das análises de Antunes e Filgueiras sobre o processo de uberização do trabalho, é correto afirmar que

João, 11 anos, está matriculado no 6º ano do Colégio Pedro II. Nos últimos dois meses, passou a apresentar faltas frequentes e queda no rendimento escolar. Por diversas vezes, a instituição tentou contato com a família do estudante, mas não obteve sucesso. Recentemente, descobriu-se que ele passou a vender balas no sinal como forma de complementar a renda familiar, visto que sua mãe perdeu o emprego no período da pandemia e atualmente a família conta apenas com o Renda Brasil e doações de cesta básica. Os vizinhos denunciaram a família, alegando que a responsável não tem condições de prover o sustento das crianças. O Conselho Tutelar foi acionado e encaminhou o caso à Vara, recomendando a destituição do poder familiar.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990), é correto afirmar que

No artigo intitulado “A questão étnico-racial no processo de formação em Serviço Social” (2009), Roseli Rocha sistematiza estudos que apontam indicadores alarmantes sobre as condições de vida da população negra no país, evidenciando mecanismos diversos para seleção de acesso a direitos dessa população.
ROCHA, R. F. A questão étnico-racial no processo de formação em Serviço Social. Revista Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 99, jul./set. 2009.
Nesse contexto, assistentes sociais podem relacionar a questão étnico-racial no planejamento do seu exercício profissional, sendo necessária a

Analise os seguintes dados, publicados no jornal Folha de S. Paulo:
 8 de setembro de 2021: o Enem 2021 foi o mais branco e elitista em uma década, devido aos menores índices de inscrição de pretos e pobres no período;  8 de fevereiro de 2022: o percentual de crianças de 6 a 7 anos que não sabem ler e escrever no Brasil atingiu o índice de 41% em 2022, o maior patamar desde 2012, que era de 28%, tendo impacto mais significativo para crianças pretas, pardas e pobres.
Os dados expressam um fenômeno que caracteriza a política educacional brasileira, amplamente discutido pelos teóricos do campo trabalho e educação.
A categoria teórica a que esse fenômeno se refere é

Segundo Almeida (2020), a inserção de assistentes sociais no campo da educação não é recente, dado que sua emergência responde aos processos de controle social sobre a família proletária e de ampliação da educação no contexto de expansão capitalista da Era Vargas. No entanto, o destaque à essa inserção desde a década de 1980, responde a tendências do desenho das políticas sociais observadas a partir desse marco temporal.
ALMEIDA, N. L. T.; RODRIGUES, M. C. P. O campo da educação na formação profissional em Serviço Social. In: PEREIRA, L. D.; ALMEIDA, N. L. T. (Org.). Serviço Social e Educação. Uberlândia: Navegando, 2020.
Duas dessas tendências são

As atuais pesquisas sobre o trabalho de assistentes sociais na política de educação brasileira apontam o crescimento do mercado profissional na área, a partir da oferta de concursos públicos nas Universidades e na Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica nas duas últimas décadas.
Os elementos justificadores da inserção profissional dos assistentes sociais nas instituições federais de educação são 

As discussões acumuladas pela categoria no que se refere à perspectiva crítica acerca das requisições profissionais na área de Educação apontam dimensões que devem balizar as ações interventivas no interior desta política setorial.
As dimensões que devem balizar as ações interventivas dos assistentes sociais na Educação são o(a)

Joana, estudante de Serviço Social do 6º período, iniciou seu estágio em uma instituição de ensino. A graduanda é acompanhada por mais duas estagiárias, sob supervisão direta da assistente social Marcela, que tem a carga horária de 30 horas semanais. Quando Marcela saiu de licença médica, foi acordado que as estagiárias ficariam sob supervisão da assistente social Lígia, que atuava em outra unidade, mas se comprometeu a se reunir duas vezes na semana com as estudantes de forma a acompanhar e orientar o processo de aprendizagem teórico-prática.
Em conformidade com as Diretrizes Curriculares do Serviço Social (ABESS, 1996) e com a Resolução CFESS nº 533/2008, é INCORRETO afirmar que

Para Behring (2008), o fundo público constitui-se em um elemento fundamental na garantia das condições gerais para a produção e reprodução do capital e da força de trabalho, cuja tensão e desigualdade se expressam em sua repartição.
BEHRING, E. R. Acumulação capitalista, fundo público e política social. In: BOSCHETTI, I. et al. Política social no capitalismo: tendências contemporâneas. São Paulo: Cortez, 2008.
Com base nessa consideração, a tendência do financiamento da seguridade social, no capitalismo contemporâneo, é