Questões de Concurso
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( ) Educação bilíngue envolve, pelo menos, duas línguas no contexto educacional.
( ) Nas escolas bilíngues para surdos, a língua de instrução é a língua portuguesa, e a de sinais é ensinada como 2ª língua.
( ) No caso do aluno surdo, a educação bilíngue vai apresentar diferentes contextos, dependendo das ações de cada munícipio e de cada estado brasileiro.
( ) Libras é língua de instrução, e o português é ensinado como primeira língua nas salas de aula das turmas das séries iniciais do ensino fundamental.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.
A perspectiva apresentada caracteriza o
Com relação ao que incumbe ao poder público sobre o Direito à Educação, disposto na Lei 13.146/2015, analise as afirmativas abaixo e coloque (V) nas Verdadeiras e (F) nas Falsas.
( ) Incentivar adoção de medidas de apoio que favoreçam o desenvolvimento dos aspectos linguísticos, culturais, econômicos, vocacionais e profissionais, levando-se em conta o talento, a criatividade, as habilidades e os interesses do estudante com deficiência.
( ) Promover formação e disponibilização de professores para o atendimento educacional especializado, de tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais de apoio.
( ) Implementar oferta de educação bilíngue; em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.
A definição de Libras apresentada consta na(no)
A avaliação tradicional deve ser substituída por uma dinâmica de avaliação capaz de trazer para a escola elementos da crítica, da transformação e da inclusão. Sobre essa avaliação, analise os itens abaixo:
I. A concepção de avaliação dos professores interfere no desempenho dos alunos, uma vez que eles são influenciados pelo contexto escolar.
II. Toda a equipe da instituição escolar é objeto e sujeito da avaliação: devem-se analisar os fatores internos da escola, reconhecendo as práticas que levam à evasão dos alunos.
III. Nos anos iniciais do ensino fundamental, a avaliação é prescindível, uma vez que o currículo se organiza em torno dos interesses dos professores e alunos.
IV. A avaliação classificatória tem importância social e política no fazer educativo, porque contribui para a permanência do aluno na escola.
V. Na avaliação formativa, o aluno é considerado o centro do processo do ensino e de aprendizagem.
Estão CORRETOS
O currículo escolar organizado na perspectiva da pedagogia de projetos tem alguns objetivos e critérios prioritários em termos da aprendizagem a serem alcançados pelos alunos, tais como:
I. Construir o seu próprio conhecimento, desenvolvendo investigação ampla sobre os temas estudados.
II. Levantar problematizações de questões com professores e colegas, consultando diversas mídias.
III. Integrar os saberes adquiridos com atitudes participativas na escola e na comunidade.
IV. Sistematizar os conhecimentos com base nas informações trazidas e compartilhadas entre alunos-alunos e alunosprofessor.
V. Partir da exposição do assunto pelo professor, seguida de exercícios de fixação e pesquisas na internet.
Estão CORRETOS, apenas, os itens
A Resolução nº 4, de 13 de julho de 2010, define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. No Art. 2º, estabelece alguns objetivos. Sobre eles, analise as afirmativas abaixo:
I. Sistematizar os princípios e as diretrizes gerais da Educação Básica contidos na Constituição, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e demais dispositivos legais, traduzindo-os em orientações que contribuam para assegurar a formação básica comum nacional, tendo como foco os sujeitos que dão vida ao currículo e à escola.
II. Estimular a reflexão crítica e propositiva que deve subsidiar a formulação, a execução e a avaliação do projeto político-pedagógico da escola de Educação Básica.
III. Definir os conteúdos de todos os currículos dos estados e municípios, definindo os conteúdos adequados aos alunos
para sua formação cidadã.
IV. Orientar os cursos de formação inicial e continuada de docentes e demais profissionais da Educação Básica, os
sistemas educativos dos diferentes entes federados e as escolas que os integram, indistintamente da rede a que
pertençam.
V. Realizar cursos de atualização para os professores que não concluíram o ensino médio, a fim de atuarem na educação básica.
Estão CORRETAS, apenas
I. Formação do professor numa perspectiva que favoreça o desenvolvimento de uma proposta que permita transformar o processo de ensino em algo dinâmico e desafiador com o suporte das tecnologias.
II. Apropriação do domínio nas diversas áreas do conhecimento, permitindo aos professores construírem e partilharem conhecimentos, tornando-os seres que aprendam a valorizar as competências e o trabalho interdisciplinar.
III. Prática formativa e pedagógica que leva em conta os saberes trazidos pelo aluno, associando aos conhecimentos escolares que se tornam essenciais para a construção do conhecimento.
IV. Incorporar as tecnologias no ambiente escolar como um complemento administrativo para realizar as tarefas administrativas e escolares dos funcionários professores.
V. Incorporação das TICs para ajudar gestores, professores, alunos, pais e funcionários a transformar a escola em um lugar democrático e promotor de ações educativas e socializadas.
Estão CORRETAS, apenas,
Conforme o Art. 35 da Lei 9.394/96 – LDB - o ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades
I. a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos.
II. a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores.
III. o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.
IV. a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática no ensino de cada disciplina.
V. a preparação básica para o exercício das atividades técnicas e para o trabalho e a cidadania do educando com o intuito de ele ser capaz de se adaptar às condições de exigências do mercado.
Estão CORRETOS, apenas, os itens
I. conscientizar-se de que sua atividade deve ter por objetivo favorecer a realidade da aprendizagem do educando.
II. estar comprometido com uma visão pedagógica que considere que o ser humano sempre pode aprender e desenvolver-se.
III. ter um plano de ensino consistente e efetiva disposição de investir no educando para aprender.
IV. entender que a atividade de avaliar influencia tecnicamente no planejamento escolar.
V. ter noção clara de que a prática avaliativa, no caso da aprendizagem, precisa, ao mesmo tempo, realizar acompanhamento (processo) e certificação (avaliação somativa).
Estão CORRETOS, apenas, os itens
I. das peculiaridades de seu meio e das características próprias dos seus estudantes, não se restringindo às aulas das várias disciplinas.
II. do percurso formativo que deve, nesse sentido, ser aberto e contextualizado, incluindo não só os componentes curriculares centrais obrigatórios, previstos na legislação educacional, mas também, conforme o que estabelece cada projeto escolar.
III. de outros componentes flexíveis e variáveis que possibilitem percursos formativos que atendam aos interesses e necessidades do mercado de trabalho e características estudantis desejáveis.
IV. do desenvolvimento curricular, dos ambientes físicos, didático-pedagógicos e equipamentos que não se reduzam às salas de aula, incluindo outros espaços da escola, bem como os espaços socioculturais e esportivo-recreativos do entorno, da comunidade escolar.
V. da definição do espaço de heterogeneidade e pluralidade, situada na diversidade em movimento, no processo tornado possível por meio de relações intersubjetivas, fundamentada no princípio emancipador.
Estão CORRETOS apenas, os itens
I. Construir a identidade social e cultural dos alunos.
II. Estimular as competências, o discernimento e a análise crítica dos alunos.
III. Desenvolver uma concepção mais construtiva e participativa do currículo.
IV. Facilitar com conteúdos acessíveis aos alunos que têm condições de serem aprovados.
V. Listar os conteúdos essenciais e os secundários dos cursos instituídos.
Estão CORRETOS
A língua que nos separa
(01) Dia desses, no Facebook, o linguista português Fernando Venâncio desabafou: “Poucas coisas me irritam tanto como o antibrasileirismo primário e militante que encontro por estas paragens”. Referia-se ao antibrasileirismo linguístico, marca bandeirosa da cultura lusitana.
(02) Qualquer escritor brasileiro que tenha lançado livros em Portugal nas últimas décadas (sou um desses) sabe o que Venâncio quer dizer. As portas que Jorge Amado escancarou de par em par no século passado se fecharam em algum momento sobre corredores cada vez mais estreitos e labirínticos.
(03) Sim, é claro que muitos editores, críticos, jornalistas e outros portugueses esclarecidos insistem em furar com brio
essas defesas. Infiltrando-se nas brechas, porém, os brasileiros que se expressam por escrito logo se veem escalados pelos
leitores comuns d’além-mar como representantes de uma versão menor, tosca e corrompida da língua “deles”.
(04) Nas palavras de Venâncio, há em Portugal uma “desavergonhada altanaria perante os pretensos ‘erros’ de que o português brasileiro estaria inçado”. O linguista vê esse sentimento integrado ao senso comum, cultivado por “gente visivelmente de poucas letras, e poucas luzes”. Refere-se a ele como “assustador”.
(05) Eu prefiro o adjetivo “triste”. Assustador é constatar que um antibrasileirismo tão pimpão e ignorante quanto o luso viceja aqui também. Como reclamar do insulto de nos negarem em terra estrangeira o direito de gozar livremente de algo tão pessoal e profundo quanto a língua materna, sem ouvir sermões abestalhados sobre algum ideal platônico de gramática? Negamos a mesma coisa por conta própria, o que é bem pior.
(06) Parte dessa dissonância é comum às línguas imperiais. A relação de amor e ódio entre o inglês britânico e o americano é tema do recém-lançado “The Prodigal Tongue” (A língua pródiga), de Lynne Murphy, linguista americana que mora e leciona na Inglaterra. Ela identifica em seus compatriotas um “complexo de inferioridade verbal” e, nos britânicos, o que chama de “amerilexofobia”, a versão esnobe a americanismos.
(07) Nada tão diferente assim do que se vê no universo da língua portuguesa ou da espanhola. Ex-colônias crescidinhas e ex-impérios em queda vão sempre se emaranhar em teias complicadas de amor e ódio, admiração e desprezo. Contudo, vale atentar para a diferença que Venâncio, repetindo no post-desabafo o que já defendeu em livros, aponta entre os projetos linguístico-coloniais de Lisboa e de Madri.
(08) “No Brasil, Portugal abandonou a língua portuguesa à sua sorte. E ainda bem! Pense-se na uniformidade lexical,
gramatical e ortográfica que a Espanha impõe como ideal à América de fala espanhola”, escreve o linguista, concluindo que
“o Português Brasileiro pôde desenvolver em invejável liberdade a sua norma, e vive bem nela”.
(09) O texto termina exigindo, ainda que de forma jocosa, gratidão: “E venha daí um ‘obrigadinho’ a este Portugal que, oh felicidade, nunca teve um projecto linguístico, nem cultural, para o seu Império”.
(10) Muito bem, mas não estou tão certo de que o deus-dará cultural seja algo que devemos agradecer. Seria necessário
investigar primeiro até que ponto se funda nele a ridícula autoestima linguística que leva o brasileiro médio a situar nosso
português três degraus abaixo do português europeu, e este, pelo menos sete palmos abaixo do inglês.
Sérgio Rodrigues
Escritor e jornalista, autor de “O Drible” e “Viva a Língua Brasileira”.
Sérgio Rodrigues
Escritor e jornalista, autor de “O Drible” e “Viva a Língua Brasileira”.
COMENTÁRIOS
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1. O brasileiro está cada vez mais distante da língua portuguesa (ou do português brasileiro); basta ler o que se escreve
nos jornais, revistas e em qualquer outro meio que se utiliza da língua escrita. Lê-se pouco, fala-se muito e agride-se
demais a Última Flor do Lácio. (José Pucci)
2. Como defender o idioma português usando termos como "fake news"? (Jose Campos)
3. Recentemente vi o Paul McCartney num vídeo dizendo da reação de seu pai, ao ouvir o refrão ie, ie, ie em uma de
suas músicas, quando ainda iniciava sua carreira. O velho achou que havia muitos "americanismos" desse tipo e
aconselhou mudar para yes, yes, yes, pronunciando bem o "s". Nunca saberemos o que seriam dos Beatles se o
conselho tivesse sido obedecido.
(José Cláudio)
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/sergio-rodrigues/2018/07/a-lingua-que-nos-separa.shtml Acesso em:
10/11/2018. Adaptado.
Acerca dos efeitos de sentido promovidos por recursos morfossintáticos do Texto 1, analise as afirmativas a seguir.
1. Na formulação do título – A língua que nos separa – o segmento destacado qualifica e restringe o termo que o antecede (a língua).
2. Em “antibrasileirismo primário”, o adjetivo ‘primário’ serve para acentuar um posicionamento de menosprezo a ‘antibrasileirismo’.
3. Na expressão “marca bandeirosa”, o emprego do sufixo “osa” (bandeira + osa), mais do que denotar ‘excesso’, imprime valor um tanto pejorativo à palavra “bandeirosa”.
4. A expressão: “As portas que Jorge Amado escancarou de par em par” denota certo grau de exagero, de demasia, um efeito obtido pelo concurso de mais de um recurso expressivo, e que inclui a seleção lexical de “escancarou”.