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Q3069739 Pedagogia
Para Candau (2012, p. 14), “o objeto de estudo da didática é o processo de ensino aprendizagem. Toda proposta didática está impregnada, implícita ou explicitamente, de uma concepção de ensino-aprendizagem”. A multidimensionalidade da didática, ocorre porque para pensarmos em um processo efetivo é necessária a articulação dos três elementos: o humano, o técnico, e o político-social. Imagine o Supervisor Pedagógico de determinada escola. Em seu cotidiano, observa que um professor mais antigo tem tido problemas de relacionamento com os alunos, pois sua única estratégia de ensino são aulas expositivas dentro de um modelo tradicional. Esse problema de relacionamento está prejudicando a construção do conhecimento e os alunos, em sua maioria, estão apresentando baixo rendimento. Os pais procuraram a escola e reclamaram que os filhos se sentem desmotivados e que as atividades propostas são cansativas e repetitivas, bem como não estimulam a reflexão e a criatividade, dificultando a aprendizagem. Em conversa com o professor para exposição do ocorrido, também são apresentadas discussões sobre aprendizagem, estratégias de ensino e novas metodologias; entretanto, observa-se que ele se mostra resistente e permanece alheio às reflexões e atividades propostas. O professor sinaliza que os alunos estão com baixo rendimento e que sabe os motivos: são dispersos, apáticos, não gostam de estudar e não realizam as atividades propostas de fixação do conteúdo. E, ainda, afirma que realiza um trabalho comprometido, pois segue o planejamento, não atrasa o conteúdo planejado, entrega todas as avaliações e atividades solicitadas com pontualidade, é assíduo e, por fim, indica que já está na escola há muitos anos, é um profissional sério e disciplinado e entende que os alunos devem se esforçar mais, pois isso significa que ele exige o melhor de cada um deles. Sobre a situação hipotética descrita, pode-se afirmar que o professor, no processo efetivo do ensino-aprendizagem, considera necessária(s) a(s) dimensão(ões): 
Alternativas
Q3069738 Pedagogia
Segundo Malcolm Knowles, andragogia é a arte e a ciência destinada a auxiliar os adultos a aprenderem e compreenderem o seu processo de aprendizagem dos adultos. O caráter voluntário da educação de adultos é um pressuposto fundamental da andragogia. (Holmes; Abington-Cooper, 2000). O exposto, é possível afirmar que a andragogia é baseada nos seguintes princípios, EXCETO:
Alternativas
Q3069712 Pedagogia
O conceito de transposição didática é uma tendência na prática do ensino da matemática cujo objeto de estudo é a compatibilização de conceitos e teorias muitas vezes complexas com a especificidade dos saberes escolares. Sendo assim, pode-se definir a transposição didática como:
Alternativas
Q3069711 Pedagogia
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a área da matemática está pautada por princípios decorrentes de estudos, pesquisas, práticas e debates desenvolvidos nos últimos anos. Dentre esses princípios, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q3069710 Matemática
O proprietário de um salão de festas resolveu trocar o piso de sua área, que totaliza 378 m². Para isso, contratou um pedreiro que, em 6 horas de serviço no primeiro dia, assentou 18 m² de piso. Como o processo estava demorando muito, o proprietário decidiu contratar mais dois pedreiros igualmente eficientes para começarem no segundo dia de obra e, ainda, aumentou o tempo de trabalho de todos eles para 8 horas por dia. Quantos dias ao todo serão necessários para a troca de todo o piso?
Alternativas
Q3069709 Matemática
Mateus utiliza em sua residência uma caixa d'água cilíndrica com 500 litros de volume total. No entanto, constantemente há falta d'água em seu bairro. Assim, ele decidiu substituir essa caixa por uma com o dobro do volume. Considerando que a caixa d’água nova também será cilíndrica e terá uma altura 50% maior do que a caixa antiga, qual a relação entre os diâmetros d1 da caixa antiga e d2 da caixa nova? 
Alternativas
Q3069708 Raciocínio Lógico
José empilhou algumas latas formando uma pilha triangular, conforme a imagem a seguir:


Imagem associada para resolução da questão


Sabendo que a camada superior tem apenas uma lata e que cada camada abaixo tem sempre uma lata a mais do que a camada imediatamente acima dela, quantas camadas são necessárias para empilhar 325 latas seguindo esse padrão lógico?
Alternativas
Q3069707 Matemática
Uma pessoa utilizou a mesma medida x para servir de base para a construção de 4 figuras; observe.
Figura 1 – quadrado de lado x. Figura 2 – triângulo equilátero de lado x. Figura 3 – círculo de diâmetro x. Figura 4 – losango de diagonais iguais a x.

Imagem associada para resolução da questão

Dentre as figuras relacionadas, aquela que tem maior valor de área é a:
Alternativas
Q3069706 Matemática
Um pintor foi contratado para pintar a fachada da casa de número 7.868 e, para facilitar o seu trabalho, retirou os 4 algarismos que representam o número da casa e os guardou em uma caixa. Ao terminar a pintura, ele iria colocar novamente os algarismos na parede, mas não havia anotado a ordem em que eles deveriam ser colocados. Sendo assim, existem quantos números que podem ser formados entre os 4 algarismos que não correspondem ao número da casa? 
Alternativas
Q3069705 Matemática
Alberto e Rafael são colegas que não se viam há décadas e, para celebrar o reencontro deles, foram com suas famílias para uma pizzaria. Alberto levou a esposa e seus três filhos para conhecerem o amigo de longa data e Rafael levou apenas sua filha mais nova. No final do encontro, o valor total gasto foi de R$ 273,00 e mesmo Rafael propondo dividir a conta, Alberto considerou que deveria pagar uma parcela maior da conta por ter levado mais pessoas à pizzaria. Se a conta for dividida de maneira proporcional ao número de integrantes de cada família, o valor total a ser pago por Alberto deverá superar ao valor pago por Rafael em:
Alternativas
Q3069704 Matemática
Joana separou uma caneca de 180 ml para beber, no mínimo, 2 litros de água por dia, conforme estipulado por sua nutricionista. Seu intuito é encher a caneca até sua capacidade máxima e tomar todo o seu conteúdo toda vez que sentir sede. De acordo com essas informações, quando Joana ultrapassar a quantidade mínima diária de água estipulada pela nutricionista, ela excederá os 2 litros de água em, no mínimo:
Alternativas
Q3069703 Matemática

Gustavo irá dedetizar um cômodo retangular de sua residência com as seguintes medidas:



Imagem associada para resolução da questão


Para fazer esse serviço, fez cotação de preços em duas empresas. A empresa A cobra R$ 1,20 por metro quadrado dedetizado e a empresa B cobra R$ 4,00 para cada metro de perímetro do cômodo a ser dedetizado. Ao final da consulta, Gustavo constatou que o preço cobrado pelas duas empresas foi o mesmo. Dessa forma, é correto concluir que o cômodo possui quantos metros quadrados?

Alternativas
Q3069702 Português
Leia o trecho e analise as afirmativas a seguir.

Ninguém sabia donde viera aquele homem. O agente do Correio pudera apenas informar que acudia ao nome de Raimundo Flamel, pois assim era subscrita a correspondência que recebia. E era grande. Quase diariamente, o carteiro lá ia a um dos extremos da cidade, onde morava o desconhecido, sopesando um maço alentado de cartas vindas do mundo inteiro, grossas revistas em línguas arrevesadas, livros, pacotes...

(BARRETO, Lima. A nova Califórnia. Lima Barreto completo II: Contos completos. Amazon, 2016.)

I. O termo “pois” (L2) indica uma explicação para o agente do Correio informar que o homem se chamava Raimundo Flamel.
II. O pronome “que” (L2) se refere à palavra “correspondência”.
III. A palavra “” (L2) remete a “um dos extremos da cidade”, enquanto “onde” se refere ao local onde morava Raimundo Flamel.


Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q3069701 Português
Quando Seixas achava-se ainda sob o império desta nova contrariedade, apareceu na sala a Aurélia Camargo, que chegara naquele instante. Sua entrada foi como sempre um deslumbramento; todos os olhos voltaram-se para ela; pela numerosa e brilhante sociedade ali reunida passou o frêmito das fortes sensações. Parecia que o baile se ajoelhava para recebê-la com o fervor da adoração. Seixas afastou-se. Essa mulher humilhava-o. Desde a noite de sua chegada que sofrera a desagradável impressão. Refugiava-se na indiferença, esforçava-se por combater com o desdém a funesta influência, mas não o conseguia. A presença de Aurélia, sua esplêndida beleza, era uma obsessão que o oprimia. Quando, como agora, a tirava da vista fugindo-lhe, não podia arrancá-la da lembrança, nem escapar à admiração que ela causava e que o perseguia nos elogios proferidos a cada passo em torno de si. No Cassino, Seixas tivera um reduto onde abrigar-se dessa cruel fascinação.

(ALENCAR, José de. Senhora. In: ALENCAR, José de. Obra Completa. Rio de Janeiro: Editora José Aguilar, 1959a, vol. I.)


Considerando o texto apresentado, é possível inferir que Seixas sente-se humilhado por Aurélia Camargo porque:
Alternativas
Q3069700 Português
Haicai tirado de uma falsa lira de Gonzaga
Quis gravar “Amor” No tronco de um velho freixo: “Marília” escrevi.
(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 20 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.)

Assinale a afirmativa que corretamente explicita o conceito de pastiche, utilizado no “Haicai tirado de uma falsa lira de Gonzaga”.
Alternativas
Q3069699 Português
Quanto à escrita do conto, Machado de Assis observa, no famoso ensaio “Instinto de nacionalidade” (1873), que o gênero oferece problemas para aqueles que o querem produzir: é um gênero difícil, a despeito da sua aparente facilidade, e creio que essa mesma aparência lhe faz mal, afastando-se dele os escritores, e não lhe dando, penso eu, o público toda a atenção de que ele é muitas vezes credor. (Assis, 2006, III, p. 806) Mesmo que não tenha formalmente teorizado sobre o conto, em alguns momentos de sua obra, especialmente nas introduções e advertências de suas coletâneas, o escritor brasileiro tece algumas considerações importantes sobre o gênero. Assim diz Machado na advertência de Várias Histórias, de 1896: o tamanho não é o que faz mal a este gênero de histórias, é naturalmente a qualidade; mas há sempre uma qualidade nos contos que os torna superiores aos grandes romances, se uns e outros são medíocres: é serem curtos.

(Assis, 2006, II, p. 476) (SILVA, Tiago Ferreira. A vida apertada numa hora – Machado de Assis: contista e teórico do conto. O conto: O cânone e as margens. Fragmento.)


Assinale a alternativa que melhor explica a função da linguagem presente no texto e a principal característica do gênero conto, segundo Machado de Assis.
Alternativas
Q3069698 Português
Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco até o be-a-bá
Em todos os desenhos coloridos vou estar
A casa, a montanha, duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel

Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas bimestrais, você vai ver
Serei de você confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel

Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo, se você quiser
Quando surgirem seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel

O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado, se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente, o que se há de fazer?
Só peço a você um favor, se puder
Não me esqueça num canto qualquer

Só peço a você um favor, se puder
Não me esqueça num canto qualquer

(Disponível em: LyricFind
Compositores: Antonio Pecci Filho / Lupicinio Morais Rodrigues.)
Considerando o texto, analise os recursos estilísticos nele presentes. A frase “um sol a sorrir no papel” (L5) foi construída por meio de:
Alternativas
Q3069697 Português
Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco até o be-a-bá
Em todos os desenhos coloridos vou estar
A casa, a montanha, duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel

Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas bimestrais, você vai ver
Serei de você confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel

Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo, se você quiser
Quando surgirem seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel

O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado, se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente, o que se há de fazer?
Só peço a você um favor, se puder
Não me esqueça num canto qualquer

Só peço a você um favor, se puder
Não me esqueça num canto qualquer

(Disponível em: LyricFind
Compositores: Antonio Pecci Filho / Lupicinio Morais Rodrigues.)
Tendo em vista o texto, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.

I. “No trecho ‘Sou eu que vou ser seu colega / Seus problemas ajudar a resolver’ (L6 e L7), o eu lírico se apresenta como uma presença constante e disponível para auxiliar nas dificuldades, indicando uma relação de apoio e confiança”.

PORQUE

II. “O eu lírico é representado como uma pessoa real, fisicamente presente, que acompanha o destinatário em todas as etapas de sua vida escolar”.



Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q3069696 Pedagogia
    Posso pensar que os PCNs não inauguram um novo objeto para o ensino de português, eles mesmos se veem como uma espécie de síntese do que foi possível aprender e avançar nessas três últimas décadas a partir de questões do tipo: para que ensino o que ensino? Para quem se ensina? Em que ordem social isto acontece? A quais exigências da sociedade a escola pretende responder?

   A discussão sobre o ensino de língua portuguesa, nos PCNs, como também nas propostas curriculares estaduais produzidas nos anos 80, é orientada por fatores de caráter social, “externo” à própria disciplina como, por exemplo, a presença na escola de uma clientela diferente daquela que veio frequentando os bancos escolares até a década de 60; a questão da ordem social assumida a partir da década de 80 após anos de ditadura; e, pela constatação mais uma vez do fracasso da escola no enfrentamento de problemas relacionados à evasão, repetência e analfabetismo. No bojo das discussões um discurso voltado para uma “pedagogia sociológica”, cuja vertente dialético-marxista enfoca as contradições da escola democrática, seu desejo de transformação e de superação em busca da emancipação das camadas populares da sociedade.

     Por outro lado, o ensino de língua portuguesa passa a ser repensado por razões internas (inerentes ao desenvolvimento de novos paradigmas no campo das ciências e da linguagem) que orientam a discussão a partir de conhecimentos sobre quem ensina e quem aprende; sobre como se ensina e como se aprende; sobre linguagem e língua. Pesquisas na área interdisciplinar, como psicologia, sociologia, linguística, psicolinguística e sociolinguística, desencadeiam um esforço de revisão das práticas de ensino da língua, na direção de orientá-las para a ressignificação das noções de erro construtivo, de conflito cognitivo, de conhecimento prévio que o aluno traz para a escola, de construção do conhecimento de natureza conceitual através da interação com o objeto etc. Por outro lado, o campo das ciências da linguagem (em substituição ao estruturalismo e teoria da comunicação) aponta para a concepção da linguagem como forma de interação mediadora e constitutiva das relações sociais, para a percepção das diferenças dialetais, para a necessidade de se ensinar a partir da diversidade textual, para adoção das práticas de leitura e produção e de análise linguística em suas condições de uso e de reflexão como conteúdo da disciplina.

    Nesse discurso assumido pelos PCNs pode-se ler uma crítica velada e explícita ao ensino tradicional, entendido como aquele que desconsidera a realidade e os interesses dos alunos, a excessiva escolarização das atividades de leitura e de escrita, artificialidade e fragmentação dos trabalhos, a visão de língua como sistema fixo e imutável de regras, o uso do texto como pretexto para o ensino da gramática e para a inculcação de valores morais, a excessiva valorização da gramática normativa e das regras de exceção, o preconceito contra as formas de oralidade e contra as variedades não padrão, o ensino descontextualizado da metalinguagem apoiado em fragmentos linguísticos e frases soltas. Nessa perspectiva a finalidade do ensino de língua portuguesa, segundo o documento, deixa de ser exclusivamente o desenvolvimento de habilidades de leitura e de produção ou o domínio da língua escrita padrão, para passar a ser o domínio da competência textual além dos limites escolares, na solução dos problemas da vida como no acesso aos bens culturais e à participação plena no mundo letrado.


(FERREIRA, Norma Sandra de Almeida. Ainda uma Leitura dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa. Disponível em: https://www.fe.unicamp.br/alle/textos/ Acesso em: agosto de 2024. Fragmento.)
Na escola Viva Educação, os professores de língua portuguesa estão reavaliando os seus métodos de avaliação para alinhar-se melhor aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Eles observam que os alunos têm dificuldades em aplicar habilidades de leitura e produção textual em contextos diversos. Para melhorar a eficácia das avaliações, os professores decidem implementar novos métodos que considerem não apenas a gramática normativa, mas também a capacidade dos alunos de utilizar a linguagem de forma funcional e crítica em situações reais de comunicação. Com base no caso hipotético apresentado, trata-se de ação que os professores podem adotar para alinhar suas avaliações às diretrizes dos PCNs:
Alternativas
Q3069695 Pedagogia
    Posso pensar que os PCNs não inauguram um novo objeto para o ensino de português, eles mesmos se veem como uma espécie de síntese do que foi possível aprender e avançar nessas três últimas décadas a partir de questões do tipo: para que ensino o que ensino? Para quem se ensina? Em que ordem social isto acontece? A quais exigências da sociedade a escola pretende responder?

   A discussão sobre o ensino de língua portuguesa, nos PCNs, como também nas propostas curriculares estaduais produzidas nos anos 80, é orientada por fatores de caráter social, “externo” à própria disciplina como, por exemplo, a presença na escola de uma clientela diferente daquela que veio frequentando os bancos escolares até a década de 60; a questão da ordem social assumida a partir da década de 80 após anos de ditadura; e, pela constatação mais uma vez do fracasso da escola no enfrentamento de problemas relacionados à evasão, repetência e analfabetismo. No bojo das discussões um discurso voltado para uma “pedagogia sociológica”, cuja vertente dialético-marxista enfoca as contradições da escola democrática, seu desejo de transformação e de superação em busca da emancipação das camadas populares da sociedade.

     Por outro lado, o ensino de língua portuguesa passa a ser repensado por razões internas (inerentes ao desenvolvimento de novos paradigmas no campo das ciências e da linguagem) que orientam a discussão a partir de conhecimentos sobre quem ensina e quem aprende; sobre como se ensina e como se aprende; sobre linguagem e língua. Pesquisas na área interdisciplinar, como psicologia, sociologia, linguística, psicolinguística e sociolinguística, desencadeiam um esforço de revisão das práticas de ensino da língua, na direção de orientá-las para a ressignificação das noções de erro construtivo, de conflito cognitivo, de conhecimento prévio que o aluno traz para a escola, de construção do conhecimento de natureza conceitual através da interação com o objeto etc. Por outro lado, o campo das ciências da linguagem (em substituição ao estruturalismo e teoria da comunicação) aponta para a concepção da linguagem como forma de interação mediadora e constitutiva das relações sociais, para a percepção das diferenças dialetais, para a necessidade de se ensinar a partir da diversidade textual, para adoção das práticas de leitura e produção e de análise linguística em suas condições de uso e de reflexão como conteúdo da disciplina.

    Nesse discurso assumido pelos PCNs pode-se ler uma crítica velada e explícita ao ensino tradicional, entendido como aquele que desconsidera a realidade e os interesses dos alunos, a excessiva escolarização das atividades de leitura e de escrita, artificialidade e fragmentação dos trabalhos, a visão de língua como sistema fixo e imutável de regras, o uso do texto como pretexto para o ensino da gramática e para a inculcação de valores morais, a excessiva valorização da gramática normativa e das regras de exceção, o preconceito contra as formas de oralidade e contra as variedades não padrão, o ensino descontextualizado da metalinguagem apoiado em fragmentos linguísticos e frases soltas. Nessa perspectiva a finalidade do ensino de língua portuguesa, segundo o documento, deixa de ser exclusivamente o desenvolvimento de habilidades de leitura e de produção ou o domínio da língua escrita padrão, para passar a ser o domínio da competência textual além dos limites escolares, na solução dos problemas da vida como no acesso aos bens culturais e à participação plena no mundo letrado.


(FERREIRA, Norma Sandra de Almeida. Ainda uma Leitura dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa. Disponível em: https://www.fe.unicamp.br/alle/textos/ Acesso em: agosto de 2024. Fragmento.)
Em uma turma do 9º ano, os alunos estão com dificuldades em aplicar corretamente as regras de concordância verbal e nominal. O professor de língua portuguesa decide implementar atividades que envolvem análise de textos, exercícios de reescrita e criação de frases que exigem atenção à concordância. De acordo com essa situação hipotética e com base nos PCNs, trata-se de competência que o professor está priorizando ao planejar as atividades: 
Alternativas
Respostas
161: A
162: B
163: D
164: D
165: B
166: A
167: A
168: A
169: B
170: B
171: D
172: D
173: C
174: C
175: B
176: C
177: A
178: B
179: D
180: A