Questões de Concurso
Para nucepe
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Leia as sequências I, II e III.
I - Há quem acredite que a família está ameaçada de ser destruída ou que já se encontra em estado de falência.
II - Não há dúvida de que algumas famílias, ou integrantes delas, recusam a convivência com o grupo, afastam-se para sempre, buscam apagar da memória a existência desse laço primordial.
III - ... há também recasamentos, e as mulheres
que muito precisam ou querem se dedicar
ao trabalho remunerado vivem se
martirizando pela culpa de estar longe da
família por tanto tempo
Leia as sequências I, II e III.
I - Há quem acredite que a família está ameaçada de ser destruída ou que já se encontra em estado de falência.
II - Não há dúvida de que algumas famílias, ou integrantes delas, recusam a convivência com o grupo, afastam-se para sempre, buscam apagar da memória a existência desse laço primordial.
III - ... há também recasamentos, e as mulheres
que muito precisam ou querem se dedicar
ao trabalho remunerado vivem se
martirizando pela culpa de estar longe da
família por tanto tempo
Uma estratégia aproxima os países que deixaram a rabeira da educação para estrelar no topo dos rankings de ensino: todos formularam um plano de longo prazo para avançar, com metas claras e realistas, e se aferraram a elas com louvável disciplina, sem cair na tentação de recomeçar do zero ao sabor da política. Nesse sentido, a existência do Plano Nacional de Educação (PNE) é uma iniciativa a celebrar no Brasil. Veio com atraso, mas veio. A fragilidade está justamente naquilo que outros fizeram tão bem – ele se desgarra da realidade. Valendo desde junho de 2014, o PNE projeta um país que, dali a dez anos, sairia do pelotão de trás para alcançar a excelência empurrado por um caminhão de dinheiro. Nesse enredo, de fantasia e puro luxo, o Brasil se tornaria a nação que mais investe em educação. [...] Em resumo, o plano nasceu inexequível – e já há sinais claros disso. Se o PNE fosse levado a sério, em 2014 suas metas consumiriam 16,8% do PIB, o triplo do que efetivamente foi gasto. Essa bolada toda sai em porções diferentes dos cofres da União, de estados e municípios. De acordo com a lei em vigor, cada prefeitura é obrigada a despejar na educação 25% do que arrecada, uma dureza em tempos de caixa curto. Pois, caso o script do PNE tivesse deixado o papel no ritmo previsto, nesse mesmo 2014 os municípios deveriam ter separado 60% de todo o bolo arrecadado para a educação, conforme o IDados.
O carnaval de incongruências financeiras impõe uma questão anterior: o Brasil precisa mesmo destinar tanta verba para o ensino? Uma conta clássica mostra que o gasto por aluno aqui, de 6670 reais por ano, de fato ainda é baixo na comparação internacional. Mais dinheiro, portanto, poderia ser bem-vindo. Poderia, assim mesmo, no condicional. A experiência revela que o quinhão brasileiro só vem aumentando – na última década, a fatia do PIB para o setor expandiu-se 57%, perdendo apenas para a Rússia -, mas o nível do ensino continua entre os piores do mundo, e até retrocede em certas métricas. “Acho um erro gastar mais onde se gasta mal”, alerta o economista Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas. Está aí um quesito em que o Brasil é lembrado – a ineficácia na gestão de recursos públicos. Aos programas vistosos faltam objetivos claros, vigilância permanente e cobrança de resultados. Por questões políticas, muito dinheiro é empatado em obras grandiloquentes, e não no que faz a diferença: o bom professor.
Adaptado de BUSTAMANTE, Luísa. VEJA, n.6, ano 50, ed.2516, 08 fev.2017, p.82-83.
Na frase “Mais dinheiro, portanto, poderia ser bem-vindo.”, o elemento destacado introduz
[...] Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações só acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e de uma dureza assombrosas. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, sofrimentos cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: pum! – e ela aparece como uma outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.
[...] Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. [...] Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito de elas serem. Ignoram o dito de Jesus: “Quem preservar a sua vida perdê-la-á”. A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. [...]
Adaptado de ALVES, Rubem. As melhores crônicas de Rubem Alves.4.ed.Campinas-SP:Papirus, 2014, p.18-21.,
Assinale a alternativa cujo vocábulo obedece à mesma regra de acentuação gráfica da palavra remédios
Eu te amo porque te amo, Não precisas ser amante, e nem sempre sabes sê-lo. Eu te amo porque te amo. Amor é estado de graça e com amor não se paga. Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários. Eu te amo porque não amo bastante ou demais a mim. Porque amor não se troca, não se conjuga nem se ama. Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo. Amor é primo da morte, e da morte vencedor, por mais que o matem (e matam) a cada instante de amor.
Carlos Drummond In: https://pensador.uol.com.br/livro_sapato_florido_texto/
Considere as seguintes afirmações e escolha a alternativa CORRETA:
I - No verso “e nem sempre sabes sê-lo”, o elemento coesivo tem como referente a palavra amante. II - No verso “Porque amor não se troca” o elemento destacado é pronome apassivador. III - O verso “por mais que o matem (e matam)” as formas verbais estão no modo subjuntivo. IV - O verso “a cada instante de amor” exerce a função de adjunto adverbial.
Após ser demitido do emprego, um homem de 45 anos de idade, divorciado há dez anos, desaparece da sua cidade, sem comunicar a familiares e amigos. Três semanas depois é encontrado residindo em outra cidade, distante quinhentos quilômetros de onde morava, trabalhando como garçom e identificando-se com outro nome e história pessoal e familiar completamente distinta da sua real, sem recordar quaisquer informações pessoais anteriores.
Assinale a alternativa que melhor caracteriza a situação descrita acima.