Questões de Concurso Comentadas para funcern

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Q2373013 História
Um professor da escola básica propõe à turma estudar os usos da terra em diferentes tempos e espaços, optando por iniciar a discussão pela antiguidade clássica, a partir da leitura do texto a seguir. 

         A lei agrária nunca foi revogada, mas foi sendo modificada em etapas sucessivas. Apiano descreve brevemente três leis que lhe alteraram o alcance, demolindo a reforma agrária dos Graco.     Os lotes distribuídos eram inalienáveis; esta precaução destinava-se a proteger a pequena propriedade. O primeiro passo contra a reforma foi abolir esse vínculo; os ricos puderam então expulsar os camponeses comprando seus pequenos lotes. Uma segunda lei proibiu novas distribuições de terras; a maior parte do ager publicus consistia de terras ocupadas e estas eram deixadas aos que detinham sua posse desde a lei de Tibério; mas os ocupantes ficavam obrigados a pagar um imposto cujo rendimento seria destinado às distribuições de trigo à plebe. Finalmente, o último passo: este imposto foi suprimido, declarando-se propriedade privada as terras já distribuídas e as ocupadas.         Apenas as terras que não estavam ocupadas continuavam sendo consideradas ager publicus; este foi liberado para o uso como pastagem; com o tempo, provavelmente terminou sendo ilegalmente cercado e apropriado pelos ricos.
CORASSIM, Maria Luiza. A reação senatorial. In: A reforma agrária na Roma Antiga. São Paulo: Brasiliense, 1988. p. 73-74.

Considerando o texto e a finalidade da Lei Agrária, na antiguidade clássica, o professor explica aos alunos que os irmãos Graco
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Q2373012 História
O historiador italiano Alessandro Portelli, ao desenvolver uma pesquisa fundamentada na história oral, realizou uma entrevista com Alfredo Filipponi, antigo operário e secretário da resistência comunista contra o fascismo entre 1943 e 1944. A entrevista ocorreu em 1973, quando Filipponi já se encontrava muito doente e faleceu pouco tempo depois. No decorrer da entrevista ocorreu o seguinte diálogo:

Portelli: Durante a resistência, você pensava apenas na liberdade nacional ou desejava alguma coisa mais?
Filipponi: Pensavámos na libertação nacional do fascismo e, após isso tínhamos esperança de alcançar o socialismo, o qual ainda não havíamos atingido. Depois que a guerra terminou - Terni foi onze meses mais cedo do que o resto do país -, o camarada Palmiro Togliatti [secretário do Partido Comunista italiano no pós-guerra] convocou uma reunião com os líderes do Partido em todas as províncias da Itália. Togliatti fez um discurso e adiantou que haveria eleições e pediu o meu apoio para ganharmos a eleição. Houve aceitação ao discurso feito, mas eu levantei minha mão: “Camarada Togliatti, eu discordo”, porque, como Lenine disse: quando o tordo voa, é o momento de atirar nele. Hoje o tordo está voando: todos os chefes fascistas estão se escondendo ou fugindo, tanto em Terni como em qualquer outro lugar. Este é o momento: nós atacamos e construímos o socialismo. Togliatti colocou a sua moção e a minha em votação e a dele obteve quatro votos a mais do que a minha, e assim foi vencedora.
Adaptado de: PORTELLI, Alessandro. Sonhos Ucrônicos, Memória e Possíveis Mundos dos Trabalhadores. Projeto História, n. 10, São Paulo: Educ, 1993. p. 42-43.


Segundo Portelli, a confrontação entre Filliponi e Togliatti nunca aconteceu. Com base nos estudos atuais sobre a oralidade como fonte de pesquisa, essa constatação indica que a História Oral
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Q2373011 História

O escritor argentino Julio Cortázar (1914-1984) escreveu em O Jornal e suas metamorfoses:


Um senhor pega um bonde depois de comprar o jornal e pô-lo debaixo do braço. Meia hora depois, desce com o mesmo jornal debaixo do mesmo braço.

Mas já não é o mesmo jornal, agora é um monte de folhas impressas que o senhor abandona num banco de praça.

Mal fica sozinho na praça, o monte de folhas impressas se transforma outra vez em jornal, até que um rapaz o descobre, o lê, e o deixa transformado num monte de folhas impressas.

Mal fica sozinho no banco, o monte de folhas impressas se transforma outra vez em jornal, até que uma velha o encontra, o lê e o deixa transformado num monte de folhas impressas. Depois, leva-o para casa e no caminho aproveita-o para embrulhar um molho de acelga, que é para o que servem os jornais depois dessas excitantes metamorfoses.


CORTÁZAR, Julio. Histórias de Cronópios e de Famas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. p. 63.


Um professor leu com os seus alunos esse texto de Cortázar, o que fez com que toda a turma concluísse que, na escola básica, os documentos históricos

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Q2373010 Geografia
As cidades do Seridó Potiguar são resultantes do processo de fragmentação territorial ocorrido na freguesia de Vila Nova do Príncipe (Caicó), a partir do século XIX. Essa freguesia pertencia à jurisdição da Paraíba. Sua emancipação ocorreu em 31 de julho de 1788. Ao ser desmembrada desse estado, a delimitação de seu território foi estabelecida a uma configuração espacial tradicionalmente reconhecida como Seridó norte-rio-grandense. A partir do século XVIII, iniciou-se o processo de desmembramento, o que posteriormente deu origem às cidades atuais. Nesse contexto, o município de Carnaúba dos Dantas foi desmembrado de
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Q2373009 Geografia
No Nordeste, a contribuição da industrialização para o fenômeno da urbanização não teve o mesmo peso constatado em outras regiões do Brasil, principalmente nas cidades do interior sertanejo. No caso das cidades do Seridó Potiguar, a atividade industrial era de pouca expressividade, salvaguardando as usinas de beneficiamento do algodão e fabricação de óleo, que passaram a ser instaladas nessas localidades a partir da década de 1940. Sobre o processo de urbanização do Seridó Potiguar, é correto afirmar: 
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Respostas
1506: C
1507: B
1508: C
1509: A
1510: D