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Q3059544 Engenharia Ambiental e Sanitária
A coleta e o tratamento de esgoto fazem parte dos serviços de saneamento. A finalidade da coleta é levar o esgoto para longe das residências, enquanto a do tratamento é diminuir a carga poluidora para que ele retorne à natureza sem causar prejuízos ao meio ambiente. A etapa do tratamento em que o esgoto segue para a caixa de areia, onde é realizada a remoção de todos os detritos sólidos presentes nele e que possam ter escapado ao processo anterior, mediante sedimentação, é a: 
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Q3059543 Engenharia Ambiental e Sanitária
O Sistema Estadual de Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR), também denominado Sistema MTR-MG, é um sistema online, de uso gratuito, mantido e operado pela Semad, que permite a rastreabilidade dos resíduos gerados e/ou recebidos no estado de Minas Gerais, com base na emissão de três documentos na plataforma, pelos usuários: Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR), Certificado de Destinação Final (CDF) e Declaração de Movimentação de Resíduos (DMR). São resíduos e rejeitos sujeitos apenas à DMR (Art. 11 da DN 232/2019): 
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Q3059542 Engenharia Ambiental e Sanitária
A Outorga é o instrumento legal que garante ao usuário o efetivo direito de acesso à água, pois tem por objetivo assegurar os controles quantitativos e qualitativos dos usos de recursos hídricos. Sobre esse importante instrumento, é CORRETO afirmar que: 
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Q3059541 Engenharia Ambiental e Sanitária
As pastagens representam a base da alimentação para a pecuária de corte e leiteira e ocupam dois terços da área agricultável no mundo.
A exploração da pastagem sem manejo causa um grave problema de degradação e compromete o desempenho animal e a rentabilidade do sistema de produção. Assinale a alternativa que indica fatores que originam ou intensificam os processos de degradação. 
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Q3059540 Engenharia Ambiental e Sanitária
O enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água, é um dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e corresponde ao estabelecimento da meta ou objetivo de qualidade da água a ser, obrigatoriamente, alcançado ou mantido em um segmento de corpo de água, de acordo com os usos preponderantes pretendidos, ao longo do tempo. Assinale a alternativa CORRETA com relação ao enquadramento das águas doces. 
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Q3059539 Engenharia Ambiental e Sanitária
A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) é unidade de conservação de domínio privado, com o objetivo de conservar a diversidade biológica, gravada com perpetuidade, por intermédio de Termo de Compromisso averbado à margem da inscrição no Registro Público de Imóveis. Sobre esse tipo de Unidade de Conservação, é CORRETO afirmar que: 
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Q3059538 Engenharia Ambiental e Sanitária
A LEI nº 9.985, de 18 de julho de 2000, regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. De acordo com a referida Lei, são exemplos de Unidades de Uso Sustentável: 
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Q3059537 Engenharia Ambiental e Sanitária
Os resíduos de serviços em saúde podem ser classificados em cinco grupos de acordo com o risco que apresentam para o meio ambiente e o homem. A qual grupo pertencem os resíduos de material de assistência ao paciente, como por exemplo, gaze, algodão, chumaço, atadura, compressa inviável para lavagem, fita adesiva (esparadrapo, micropore, fita crepe), restos alimentares e sanitários de paciente com doença infectocontagiosa? 
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Q3059536 Engenharia Ambiental e Sanitária
A classificação de resíduos envolve a identificação do processo ou atividade que lhes deu origem e de seus constituintes e características, e a comparação desses constituintes com listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido.
Um resíduo é caracterizado como reativo (código de identificação D003) se uma amostra representativa dele, obtida segundo a ABNT NBR 10007, apresentar uma das seguintes propriedades: 
Alternativas
Q3059535 Engenharia Ambiental e Sanitária
A Política Nacional de Resíduos Sólidos é instituída pela Lei Federal n.º 12305 de 2010. Sobre a Lei, marque a alternativa CORRETA
Alternativas
Q3059534 Engenharia Ambiental e Sanitária
Sobre os processos de tratamento aeróbio e anaeróbio de efluentes, marque a alternativa CORRETA
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Q3059533 Engenharia Ambiental e Sanitária
A Resolução Conama n.º 1, de 1986, considera “impacto ambiental como qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente”. Essas atividades são autorizadas mediante o licenciamento ambiental. A Resolução Conama n.º 237, de 1997, dispõe sobre os procedimentos e critérios utilizados para o licenciamento ambiental. Sendo assim, o poder público poderá expedir as licenças (marque a alternativa CORRETA): 
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Q3059532 Engenharia Ambiental e Sanitária
A Lei Federal n.º 14026, de 2020, refere-se ao Novo Marco Regulatório do Saneamento Básico. Considerando a referida lei, marque a alternativa CORRETA
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Q3059531 Engenharia Ambiental e Sanitária
Um loteamento possui 400 lotes (uma economia por lote) e considera-se 3 pessoas por economia. A captação de água tem o funcionamento de 16h por dia. Sendo o consumo per capita 150L/hab.dia, e os coeficientes do dia de maior consumo (k1) e da hora de maior consumo (k2) iguais a 1,2 e 1,5, respectivamente, a vazão de distribuição é apresentada com a fração: 
Alternativas
Q3059376 Português
Leia, com atenção, o texto e, a seguir, responda à questão.


Qual a altura do céu?

Bruna Lauer

      Uma mulher que, no auge dos seus 30 e poucos, carrega em seu currículo uma página no Instagram de sucesso, um podcast de sucesso, um livro de sucesso, inspira milhares de pessoas e, ainda, confessa querer mais. Dizem que o céu é o limite e fico me perguntando qual seria a altura do céu de cada um. O dela me parece ser bem alto e, inclusive, faz sentido.

      Com tanta vida pela frente, é preciso haver espaço para crescimento e conquistas que a motivem a ir além. Mas escutando uma entrevista com a empreendedora, ela confessa ter vivido uma recente crise de pânico devido à sobrecarga de sua agenda de trabalho, além de lidar com uma gastrite crônica. E fico imaginando se não deveria ser o corpo esse tal limite.

      Será que é a hora de discutirmos até onde vai este céu? Estamos cercados de histórias de pessoas que “deram certo”, muitas vezes assistindo a seus voos acrobáticos, desconhecendo as horas de treino e, o pior, o que de mais acontece em terra firme. Como escritora e comunicadora, via naquela carreira cheia de conquistas uma inspiração.

      Queria que a minha voz também chegasse assim, tão longe. Mas, ao ter acesso aos bastidores, após eu mesma ter passado por uma crise de ansiedade, uma infecção hospitalar e um câncer de mama, não senti vontade de experimentar suas asas.

      Acreditamos que sucesso seja este voo alto e bonito que olhamos com os dois pés no chão, apenas imaginando como seria estar ali. Mas hoje, ao pensar nesse tema, quem me vem à mente é meu amigo Carlinhos. Você provavelmente nunca ouviu falar dele, um morador da zona rural de Monteiro Lobato, que trabalha na roça e vive com sua esposa e filho no local em que nasceu.

      Nunca saiu do chão e, mesmo assim, é nele que penso. Me sinto inspirada por sua forma íntegra de agir e viver em harmonia com a natureza, por sua sabedoria aprendida com os mais velhos e sua generosidade em nos ensinar. Carlinhos diz não precisar de mais nada, pois sabe que já tem o bem mais caro: liberdade. Claro que sua vida também não é perfeita, inclusive porque apenas vidas imperfeitas podem ser reais e possíveis de serem sustentadas por anos.

      Ainda assim, se precisasse escolher, preferiria seu par de asas quebrado. Quantos exemplos de uma vida equilibrada e, em certa medida, feliz, estão caminhando anonimamente pelas ruas do seu bairro e você nunca os notou? Pessoas que poderiam nos inspirar, não pela altura de suas conquistas, mas pelo resultado de todos os anos vividos. Histórias desconhecidas que, exatamente pela falta de algo para exibir, sejam plenas na mesma medida em que pareçam desinteressantes para os nossos olhos que se viciaram em olhar para o alto, buscando voos ornamentais sem parar.

      Me lembro de uma citação de Clarice Lispector, de Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres (Rocco), que diz “De algum modo já aprendera que cada dia nunca era comum, era sempre extraordinário. E que a ela cabia sofrer o dia ou ter prazer nele. Ela queria o prazer do extraordinário que era tão simples de encontrar nas coisas comuns: não era necessário que a coisa fosse extraordinária para que nela se sentisse o extraordinário”. Refletindo sobre isso, o céu do Carlinhos pode parecer baixo para muitos. Fico me perguntando se este céu bem baixinho não seja exatamente a melhor forma de estar mais perto do que é divino.

Disponível em: https://vidasimples.co/colunista/. Acesso em: 22 maio 2024. 
Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a estrutura morfossintática da passagem “Fico me perguntando se este céu bem baixinho não seja exatamente a melhor forma de estar mais perto do que é divino.”

I - O termo “me” insere, na passagem, uma ideia de reflexividade.
II - O termo “se” foi utilizado, na passagem, com ideia de condição.
III - O elemento “-inho”, no termo “baixinho”, indica o grau diminutivo.
IV - O elemento “-o” contraído ao “de” corresponde ao pronome “aquilo.”
V - O termo “mais”, advérbio, modifica “perto”, um outro advérbio.

Estão CORRETAS as afirmativas 
Alternativas
Q3059374 Português
Leia, com atenção, o texto e, a seguir, responda à questão.


Qual a altura do céu?

Bruna Lauer

      Uma mulher que, no auge dos seus 30 e poucos, carrega em seu currículo uma página no Instagram de sucesso, um podcast de sucesso, um livro de sucesso, inspira milhares de pessoas e, ainda, confessa querer mais. Dizem que o céu é o limite e fico me perguntando qual seria a altura do céu de cada um. O dela me parece ser bem alto e, inclusive, faz sentido.

      Com tanta vida pela frente, é preciso haver espaço para crescimento e conquistas que a motivem a ir além. Mas escutando uma entrevista com a empreendedora, ela confessa ter vivido uma recente crise de pânico devido à sobrecarga de sua agenda de trabalho, além de lidar com uma gastrite crônica. E fico imaginando se não deveria ser o corpo esse tal limite.

      Será que é a hora de discutirmos até onde vai este céu? Estamos cercados de histórias de pessoas que “deram certo”, muitas vezes assistindo a seus voos acrobáticos, desconhecendo as horas de treino e, o pior, o que de mais acontece em terra firme. Como escritora e comunicadora, via naquela carreira cheia de conquistas uma inspiração.

      Queria que a minha voz também chegasse assim, tão longe. Mas, ao ter acesso aos bastidores, após eu mesma ter passado por uma crise de ansiedade, uma infecção hospitalar e um câncer de mama, não senti vontade de experimentar suas asas.

      Acreditamos que sucesso seja este voo alto e bonito que olhamos com os dois pés no chão, apenas imaginando como seria estar ali. Mas hoje, ao pensar nesse tema, quem me vem à mente é meu amigo Carlinhos. Você provavelmente nunca ouviu falar dele, um morador da zona rural de Monteiro Lobato, que trabalha na roça e vive com sua esposa e filho no local em que nasceu.

      Nunca saiu do chão e, mesmo assim, é nele que penso. Me sinto inspirada por sua forma íntegra de agir e viver em harmonia com a natureza, por sua sabedoria aprendida com os mais velhos e sua generosidade em nos ensinar. Carlinhos diz não precisar de mais nada, pois sabe que já tem o bem mais caro: liberdade. Claro que sua vida também não é perfeita, inclusive porque apenas vidas imperfeitas podem ser reais e possíveis de serem sustentadas por anos.

      Ainda assim, se precisasse escolher, preferiria seu par de asas quebrado. Quantos exemplos de uma vida equilibrada e, em certa medida, feliz, estão caminhando anonimamente pelas ruas do seu bairro e você nunca os notou? Pessoas que poderiam nos inspirar, não pela altura de suas conquistas, mas pelo resultado de todos os anos vividos. Histórias desconhecidas que, exatamente pela falta de algo para exibir, sejam plenas na mesma medida em que pareçam desinteressantes para os nossos olhos que se viciaram em olhar para o alto, buscando voos ornamentais sem parar.

      Me lembro de uma citação de Clarice Lispector, de Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres (Rocco), que diz “De algum modo já aprendera que cada dia nunca era comum, era sempre extraordinário. E que a ela cabia sofrer o dia ou ter prazer nele. Ela queria o prazer do extraordinário que era tão simples de encontrar nas coisas comuns: não era necessário que a coisa fosse extraordinária para que nela se sentisse o extraordinário”. Refletindo sobre isso, o céu do Carlinhos pode parecer baixo para muitos. Fico me perguntando se este céu bem baixinho não seja exatamente a melhor forma de estar mais perto do que é divino.

Disponível em: https://vidasimples.co/colunista/. Acesso em: 22 maio 2024. 
Analise os itens a seguir, tendo em vista os recursos usados na construção do texto.

I - Citação direta.
II - Discurso indireto.
III - Exemplificação.
IV - Conotatividade.
V - Subjetividade.

Estão CORRETOS os itens 
Alternativas
Q3059372 Português
Leia, com atenção, o texto e, a seguir, responda à questão.


Qual a altura do céu?

Bruna Lauer

      Uma mulher que, no auge dos seus 30 e poucos, carrega em seu currículo uma página no Instagram de sucesso, um podcast de sucesso, um livro de sucesso, inspira milhares de pessoas e, ainda, confessa querer mais. Dizem que o céu é o limite e fico me perguntando qual seria a altura do céu de cada um. O dela me parece ser bem alto e, inclusive, faz sentido.

      Com tanta vida pela frente, é preciso haver espaço para crescimento e conquistas que a motivem a ir além. Mas escutando uma entrevista com a empreendedora, ela confessa ter vivido uma recente crise de pânico devido à sobrecarga de sua agenda de trabalho, além de lidar com uma gastrite crônica. E fico imaginando se não deveria ser o corpo esse tal limite.

      Será que é a hora de discutirmos até onde vai este céu? Estamos cercados de histórias de pessoas que “deram certo”, muitas vezes assistindo a seus voos acrobáticos, desconhecendo as horas de treino e, o pior, o que de mais acontece em terra firme. Como escritora e comunicadora, via naquela carreira cheia de conquistas uma inspiração.

      Queria que a minha voz também chegasse assim, tão longe. Mas, ao ter acesso aos bastidores, após eu mesma ter passado por uma crise de ansiedade, uma infecção hospitalar e um câncer de mama, não senti vontade de experimentar suas asas.

      Acreditamos que sucesso seja este voo alto e bonito que olhamos com os dois pés no chão, apenas imaginando como seria estar ali. Mas hoje, ao pensar nesse tema, quem me vem à mente é meu amigo Carlinhos. Você provavelmente nunca ouviu falar dele, um morador da zona rural de Monteiro Lobato, que trabalha na roça e vive com sua esposa e filho no local em que nasceu.

      Nunca saiu do chão e, mesmo assim, é nele que penso. Me sinto inspirada por sua forma íntegra de agir e viver em harmonia com a natureza, por sua sabedoria aprendida com os mais velhos e sua generosidade em nos ensinar. Carlinhos diz não precisar de mais nada, pois sabe que já tem o bem mais caro: liberdade. Claro que sua vida também não é perfeita, inclusive porque apenas vidas imperfeitas podem ser reais e possíveis de serem sustentadas por anos.

      Ainda assim, se precisasse escolher, preferiria seu par de asas quebrado. Quantos exemplos de uma vida equilibrada e, em certa medida, feliz, estão caminhando anonimamente pelas ruas do seu bairro e você nunca os notou? Pessoas que poderiam nos inspirar, não pela altura de suas conquistas, mas pelo resultado de todos os anos vividos. Histórias desconhecidas que, exatamente pela falta de algo para exibir, sejam plenas na mesma medida em que pareçam desinteressantes para os nossos olhos que se viciaram em olhar para o alto, buscando voos ornamentais sem parar.

      Me lembro de uma citação de Clarice Lispector, de Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres (Rocco), que diz “De algum modo já aprendera que cada dia nunca era comum, era sempre extraordinário. E que a ela cabia sofrer o dia ou ter prazer nele. Ela queria o prazer do extraordinário que era tão simples de encontrar nas coisas comuns: não era necessário que a coisa fosse extraordinária para que nela se sentisse o extraordinário”. Refletindo sobre isso, o céu do Carlinhos pode parecer baixo para muitos. Fico me perguntando se este céu bem baixinho não seja exatamente a melhor forma de estar mais perto do que é divino.

Disponível em: https://vidasimples.co/colunista/. Acesso em: 22 maio 2024. 
Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista as ideias veiculadas pelo texto.

I - O que é ordinário para alguns pode ser extraordinário para outros.
II - Os voos baixos podem ser mais salutares que os voos acrobáticos.
III - A espiritualidade pode ser melhor alcançada na simplicidade da vida.
IV - O equilíbrio alcançado por muitos reside na escolha pelo anonimato.
V - A busca por voos ornamentais é um empecilho para uma vida plena.

Estão CORRETAS as afirmativas 
Alternativas
Q3059360 Engenharia Civil
A viga em balanço a seguir apresenta um carregamento distribuído e uma carga pontual.
Sobre o momento fletor e a força cortante é possível afirmar que: 
15.png (363×188)
Alternativas
Q3059348 Engenharia Civil
Para elaboração de projetos de edificações deve ser executada campanha de investigação geotécnica preliminar, constituída no mínimo por sondagem a percussão (SPT), em função do tipo da estrutura, de suas características especiais e das condições geotécnicas do subsolo. Em relação ao número mínimo de furos de sondagens (SPT) a ser realizada em uma determinada obra, pode-se afirmar que: 
Alternativas
Q3059331 Português
Leia, com atenção, o texto e, a seguir, responda à questão.


Qual a altura do céu?

Bruna Lauer

      Uma mulher que, no auge dos seus 30 e poucos, carrega em seu currículo uma página no Instagram de sucesso, um podcast de sucesso, um livro de sucesso, inspira milhares de pessoas e, ainda, confessa querer mais. Dizem que o céu é o limite e fico me perguntando qual seria a altura do céu de cada um. O dela me parece ser bem alto e, inclusive, faz sentido.

      Com tanta vida pela frente, é preciso haver espaço para crescimento e conquistas que a motivem a ir além. Mas escutando uma entrevista com a empreendedora, ela confessa ter vivido uma recente crise de pânico devido à sobrecarga de sua agenda de trabalho, além de lidar com uma gastrite crônica. E fico imaginando se não deveria ser o corpo esse tal limite.

      Será que é a hora de discutirmos até onde vai este céu? Estamos cercados de histórias de pessoas que “deram certo”, muitas vezes assistindo a seus voos acrobáticos, desconhecendo as horas de treino e, o pior, o que de mais acontece em terra firme. Como escritora e comunicadora, via naquela carreira cheia de conquistas uma inspiração.

      Queria que a minha voz também chegasse assim, tão longe. Mas, ao ter acesso aos bastidores, após eu mesma ter passado por uma crise de ansiedade, uma infecção hospitalar e um câncer de mama, não senti vontade de experimentar suas asas.

      Acreditamos que sucesso seja este voo alto e bonito que olhamos com os dois pés no chão, apenas imaginando como seria estar ali. Mas hoje, ao pensar nesse tema, quem me vem à mente é meu amigo Carlinhos. Você provavelmente nunca ouviu falar dele, um morador da zona rural de Monteiro Lobato, que trabalha na roça e vive com sua esposa e filho no local em que nasceu.

      Nunca saiu do chão e, mesmo assim, é nele que penso. Me sinto inspirada por sua forma íntegra de agir e viver em harmonia com a natureza, por sua sabedoria aprendida com os mais velhos e sua generosidade em nos ensinar. Carlinhos diz não precisar de mais nada, pois sabe que já tem o bem mais caro: liberdade. Claro que sua vida também não é perfeita, inclusive porque apenas vidas imperfeitas podem ser reais e possíveis de serem sustentadas por anos.

      Ainda assim, se precisasse escolher, preferiria seu par de asas quebrado. Quantos exemplos de uma vida equilibrada e, em certa medida, feliz, estão caminhando anonimamente pelas ruas do seu bairro e você nunca os notou? Pessoas que poderiam nos inspirar, não pela altura de suas conquistas, mas pelo resultado de todos os anos vividos. Histórias desconhecidas que, exatamente pela falta de algo para exibir, sejam plenas na mesma medida em que pareçam desinteressantes para os nossos olhos que se viciaram em olhar para o alto, buscando voos ornamentais sem parar.

      Me lembro de uma citação de Clarice Lispector, de Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres (Rocco), que diz “De algum modo já aprendera que cada dia nunca era comum, era sempre extraordinário. E que a ela cabia sofrer o dia ou ter prazer nele. Ela queria o prazer do extraordinário que era tão simples de encontrar nas coisas comuns: não era necessário que a coisa fosse extraordinária para que nela se sentisse o extraordinário”. Refletindo sobre isso, o céu do Carlinhos pode parecer baixo para muitos. Fico me perguntando se este céu bem baixinho não seja exatamente a melhor forma de estar mais perto do que é divino.

Disponível em: https://vidasimples.co/colunista/. Acesso em: 22 maio 2024. 
Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista as ideias que se podem inferir do texto.

I - O sucesso normalmente é admirado sem que se percebam os sacrifícios que se tem de fazer para alcançá-lo.
II - A busca pelo sucesso ilimitado traz como consequências não só doenças físicas como também emocionais.
III - O sucesso sempre compensa, mesmo com todos os sofrimentos que se passa para obtê-lo.
IV - A vida simples e tranquila pode ser boa, mas somente é plena e extraordinária se se obtém o sucesso desejado.
V - O contentamento com a mediocridade de uma vida simples representa a acomodação e o medo dos desafios que uma vida de sucesso impõe.

Estão CORRETAS as afirmativas 
Alternativas
Respostas
421: D
422: C
423: C
424: B
425: A
426: D
427: E
428: A
429: C
430: B
431: D
432: E
433: D
434: A
435: B
436: E
437: E
438: D
439: B
440: A