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O problema da ocupação e do uso do espaço pelos homens, que tão bem caracterizou o mundo ocidental nos tempos finais da Idade Média e que será utilizado para iniciar este livro, assumiu dimensões planetárias quando os europeus, barrados nas rotas tradicionais do Mediterrâneo fechadas pelos turcos, avançaram pelos espaços atlânticos. Esse largo movimento representa um dos principais sentidos do Renascimento, pois foi por meios de viagens da expansão e da conquista que o velho continente saltou de suas fronteiras para promover o nascimento da “Europa fora da Europa” - na feliz imagem do historiador Jean Delumeau.
(MICELI, Paulo. História Moderna. São Paulo, Contexto, 2013, p. 11.)
A citação acima fala do considerado início da Idade Moderna em que as transformações socioculturais e científicas marcam toda a Europa e os demais continentes. Nesse sentido, Miceli está se referindo ao (à/às):
O mito sobre Rômulo e Remo explica a criação de Roma. Rômulo e Remo eram irmãos gêmeos. Foram abandonados por seus pais e postos em uma cesta que ficou flutuando no Rio Tibre. Os gêmeos foram resgatados por uma loba que os amamentou antes de serem encontrados por um pastor que os educou. Quando cresceram, os gêmeos visitaram o lugar onde foram encontrados pela loba e decidiram construir ali uma cidade. Os irmãos discordaram sobre onde a cidade deveria se originar, e Rômulo, com raiva, matou seu irmão. A cidade fundada por Rômulo recebeu o nome em homenagem ao seu fundador.
(Disponível em: https //www.ehow.com.br/mitos-criacao-antigos-romanos-info_272603/. Acesso em: 15. Junho.2022.)
O Mito de fundação de Roma mostra-nos porquê a cidade se transformou em um grande império. De acordo com a sociedade e a cultura romana, podemos considerar que:
I- O mito de Rômulo e Remo já nos mostra que a cidade foi construída em cima de poder e de autoritarismo, marcando toda a trajetória de dominação violenta e escravista do Império Romano na Europa.
II- O sistema de Toga define o poder e o status do patriarca sobre seus filhos baseada no uso da toga em vários rituais, como o da feitura da primeira barba do filho ter que ser feita pelo pai em obediência.
III- O mito de Rômulo e Remo não participou da construção do Império Romano, tornando distante toda a violência da sociedade romana que se dedicou mais à educação e à arte dos seus cidadãos romanos.
IV- A cultura romana baseia-se em educação e em arte preparatória para a guerra e para a dominação dos povos vizinhos e mais distantes. Suas estratégias de guerra são menos violentas porque são cristãos.
V- O jovem romano mantém devoção e obediência ao pai até sua maior idade e ao Conselho de anciãos, representando o Senado, formado pelos chefes dos clãs que habitavam a cidade romana.
Estão CORRETAS:
A história do tempo presente está na intersecção do presente e da longa duração. Esta coloca o problema de se saber como o presente é construído no tempo. Ela se diferencia, portanto, da história imediata porque impõe um dever de mediação. Alguns historiadores, porém, preferem utilizar a noção de história imediata, como é o caso de Jean-François Soulet, que coordena a revista Cadernos de história imediata, outros preferem a noção de história do mundo contemporâneo, como é o caso de Pierre Laborie. Alguns são ainda mais críticos, como é o caso de Antoine Prost para o qual a história do tempo presente não é nada mais do que a história em si, que nada a singulariza e que é, por conseguinte, um “pseudoconceito sem conteúdo verdadeiro”.
(DOSSE, François. História do tempo presente e historiografia, in: Revista Tempo e Argumento. Junho. V. 4 n. 1 p. 5-22, jan/jun. UDESC 2012.)
François Dosse fala, na citação acima, sobre o conceito de História do tempo presente. Considerando que, no século XIX, a História foi considerada uma ciência do passado, que seria construída pelos arquivos oficiais no século XX, temos uma revolução no método da História, e o “passado” passa a ser questionado, tornando o presente em evidência. Logo, estamos falando de:
A Pré-História é um período da história humana particularmente grande. A sua nomenclatura e larga duração remetem ao século XIX, quando os primeiros vestígios da vida humana pré-histórica começaram a ser encontrados. Isso porque no século XIX existia a noção de que a História só poderia ser feita por meio de documentos escritos e, assim, todos os acontecimentos anteriores ao surgimento da escrita ficaram conhecidos como “Pré-História”.
(Disponível em: https://www.historiadomundo.com.br/pre-historia. Acesso em: 13. Junho. 2022.)
Sobre o período chamado Pré-História e suas transformações, podemos considerar que:
I) A Pré-História foi assim chamada por estar fora dos métodos científicos do século XIX sendo uma incógnita da história do homem por falta de documentos escritos, refletindo uma grande lacuna no ensino de História do ensino básico.
II) O uso dos métodos definia os conceitos de História, os objetos e a fonte de pesquisa, assim a Pré-História só foi mais pesquisada quando a História Cultural foi aceita como método por sua diversidade de fontes, incluindo a pictografia.
III) A Pré-História foi incorporada ao método positivista e, por isso, passou a ser uma história das relações políticas das sociedades primitivas, sendo classificada em grandes eras de transformações - Neolítica e Paleolítica.
IV) A Pré-História ainda é vista como um período sem história por causa da falta da escrita e de outros vestígios da sociedade, como equipamentos de uso, materiais de caça e de pesca, vestimentas e cotidiano doméstico e público.
V) O termo Pré-História é inadequado porque a História Social incluiu os vestígios da passagem do homem como fontes e objeto de estudo, ficando, assim, a história antes da escrita e as artes rupestres como uma fonte de análise.
Estão CORRETAS:
(..) O olho, a evidência da autópsia, deve prevalecer sobre o ouvido. Esse era o valor da história, como busca da verdade. Grande admiradora Tucídides, a história-ciência do século XIX começou a marcar uma clara cisão do passado e do presente. O que sempre fez de Michelet, um transgressor, ele que atravessou e reatravessou tantas vezes o rio dos mortos. A História devia começar exatamente onde a memória parava: nos arquivos escritos.
(HARTOG, François. Regimes de historicidade: Presentismo e Experiências do tempo. Belo Horizonte, Ed. Autentica, 2013, p. 158.)
Sobre o uso da memória feito pela História, Hartog mostra-nos, na citação acima, que ela passou por vários métodos desde que se transformou em ciência. A história feita pela evidência nos arquivos escritos é do método:
Durante séculos o pensamento dominante sempre caracterizou a razão como a dimensão mais importante, sendo a emoção, em vários momentos históricos, considerada o elemento desagregador da racionalidade, responsável pelas reações inadequadas do ser humano. (LEITE, 2006, p. 16).
Apesar de alternarem a dominância, afetividade e cognição não se mantêm como funções exteriores uma à outra. Cada uma, ao reaparecer como atividade predominante num dado estágio, incorpora as conquistas realizadas pela outra, no estágio anterior, construindo-se reciprocamente, num permanente processo de integração e diferenciação. (GALVÃO, 1996, p. 45).
As duas passagens nos remetem a uma compreensão do papel das emoções e da afetividade no processo de ensino e aprendizagem que foram evidenciadas por:
A passagem indica que o exercício da docência envolve, necessariamente:
Nesse contexto, quando as influências pós-modernas entram em contato com a escola:
Nesse sentido, marque a alternativa que não representa uma dessas teses.