Questões de Concurso Para uftm

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Ano: 2016 Banca: UFTM Órgão: UFTM Prova: UFTM - 2016 - UFTM - Tecnólogo - Química |
Q762532 Química

Solventes polares apróticos são solventes que apresentam altas constantes dielétricas e são amplamente empregados em síntese orgânica. A estrutura dos solventes polares apróticos está relacionada à sua constante dielétrica. Considere os seguintes solventes:

Imagem associada para resolução da questão

A ordem crescente de constante dielétrica dos solventes apresentados é:

Alternativas
Q762515 Português

    Ao assistir as agressões verbais sofridas por Eduardo Cunha por manifestantes na sede da Polícia Federal em Curitiba, lembrei-me de Etorre Perrone, militar e político que empresta seu nome a uma via em Turim. Uma rua classicamente italiana como tantas outras, com construções centenárias cinza-amareladas, varandas e floreiras, não fosse uma pequena placa ao lado da porta de entrada do prédio de número 5, com o nome de Fulvio Croce.

    Corria, em 1977, com grande repercussão pública, o processo criminal contra os líderes das brigadas vermelhas, que adotaram uma estratégia para deslegitimar o sistema judicial, considerado, por eles, aliado ao regime e por isso despido da imparcialidade necessária: não constituíam advogados. Mais do que isso. Proibiam com ameaças de morte os defensores nomeados pela justiça de os defenderem em juízo.

    Para superar esse impasse, um grupo de advogados decidiu aceitar a convocação da Justiça, com a condição de simplesmente zelar pela observância do devido processo legal, sem apresentação de teses de mérito, para não criar um conflito com a postura dos representados. O principal símbolo desses defensores era o então presidente da “Ordem dos advogados” de Turim.

    Croce atuava contra a sua vontade, mas realizava um sacrifício profissional de alto relevo em nome de um dos valores mais caros ao sistema jurídico: a imprescindibilidade do advogado, especialmente no âmbito de um processo criminal, que não concebe a realização da justiça, sem o direito de defesa. E possivelmente também imaginasse o risco que representava aquela decisão, que tragicamente acabou se concretizando. Em 28 de abril, o presidente da Ordine de Torino foi vítima de um atentado das “Brigatti Rossi”, tombando em frente ao número 5 da via Ettore Perrone, após ser atingido por disparos de uma pistola 7.62.

    Esse episódio demonstra bem que o direito de defesa serve a propósitos muito superiores ao auxílio jurídico de um cidadão, encargo que por certo já se reveste de alta significação pública, um direito constitucionalmente assegurado como fundamental. O direito de defesa é garantia que transcende o interesse individual de quem ele circunstancialmente protege.

    O direito de defesa interessa ao juiz indevidamente acusado de absolver ou condenar alguém por motivação pessoal ou política; tutela quem acusa para se defender de uma imputação de denunciação caluniosa improcedente, e para que os seus erros e excessos, que não raramente ocorrem, possam ser evitados; resguarda o jornalista, injustamente perseguido com violação ao sigilo da fonte; abriga o manifestante, que não pode ter seu legítimo direito de expressão criminalizado.

    O direito de defesa é irrenunciável. Não por outro motivo, o Estado tem o dever de oferecer assistência jurídica a quem não possui condições financeiras. E, claro, interessa aos culpados, para que suas responsabilidades e punições sejam corretamente decididas pelo Poder Judiciário, pois essa é uma exigência indeclinável do Estado de Direito. É, portanto, um pressuposto de integridade do sistema judicial.

    Deve-se, por isso, rechaçar qualquer forma de estigmatização da atuação legítima dos advogados criminais, pois o leigo em direito deve ter a perfeita compreensão de que a absolvição de uma pessoa culpada ou a prescrição de um crime não são produtos do direito de defesa, mas certamente da atuação precária das agências de investigação ou da negligência do sistema judicial.

    O trabalho de todo advogado de defesa serve fundamentalmente para que o Estado, ao processar e punir quem comete um crime, exerça esse poder sem se desviar da legalidade, equiparando-se ao criminoso. Como diz o grande português Rui Cunha Martins, é falsa a ideia de que o Estado de direito seja salvo cada vez que o sistema penal pune um poderoso ou um convicto corrupto; por mais que custe à chamada “opinião”, o Estado de direito só é salvo se um poderoso ou um convicto corrupto são punidos no decurso de um devido processo legal; o contrário disso é populismo puro.

    E não há devido processo legal sem respeito efetivo à plenitude do direito de defesa. O contrário disso é, sempre, injustiça.

(BREDA, J. Direito de defesa, como o de cunha, transcende interesse pessoal. Opinião. Folha de São Paulo, 01/11/2016)

Observe as afirmações a respeito dos elementos linguísticos empregados no texto e julgue se estão certas ou erradas, de acordo com a norma culta: I – No trecho “... para deslegitimar o sistema judicial, considerado, por eles, aliado ao regime e por isso despido da imparcialidade necessária...”, a palavra destacada está empregada conotativamente. II – No fragmento “essa é uma exigência indeclinável do Estado de Direito. É, portanto, um pressuposto de integridade do sistema judicial.”, a conjunção sublinhada tem valor semântico de explicação. III – A concordância do verbo haver, em “E não devido processo legal sem respeito efetivo à plenitude do direito de defesa.” se justifica pelo mesmo motivo que em “Houve momentos de pânico durante a apresentação”. IV- A regência do verbo “oferecer” em “O direito de defesa é irrenunciável. Não por outro motivo, o Estado tem o dever de oferecer assistência jurídica a quem não possui condições financeiras.”, é a mesma do verbo “ensinar” em “Se lhe ensinassem um ofício, o rapaz poderia trabalhar e ajudar no sustento da família”. V – A colocação pronominal em próclise, no trecho “Esse episódio demonstra bem que o direito de defesa serve a propósitos muito superiores ao auxílio jurídico de um cidadão, encargo que por certo já se reveste de alta significação pública...” é facultativa, pois o pronome poderia também ser colocado depois do verbo. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
Alternativas
Q762511 Português

    Ao assistir as agressões verbais sofridas por Eduardo Cunha por manifestantes na sede da Polícia Federal em Curitiba, lembrei-me de Etorre Perrone, militar e político que empresta seu nome a uma via em Turim. Uma rua classicamente italiana como tantas outras, com construções centenárias cinza-amareladas, varandas e floreiras, não fosse uma pequena placa ao lado da porta de entrada do prédio de número 5, com o nome de Fulvio Croce.

    Corria, em 1977, com grande repercussão pública, o processo criminal contra os líderes das brigadas vermelhas, que adotaram uma estratégia para deslegitimar o sistema judicial, considerado, por eles, aliado ao regime e por isso despido da imparcialidade necessária: não constituíam advogados. Mais do que isso. Proibiam com ameaças de morte os defensores nomeados pela justiça de os defenderem em juízo.

    Para superar esse impasse, um grupo de advogados decidiu aceitar a convocação da Justiça, com a condição de simplesmente zelar pela observância do devido processo legal, sem apresentação de teses de mérito, para não criar um conflito com a postura dos representados. O principal símbolo desses defensores era o então presidente da “Ordem dos advogados” de Turim.

    Croce atuava contra a sua vontade, mas realizava um sacrifício profissional de alto relevo em nome de um dos valores mais caros ao sistema jurídico: a imprescindibilidade do advogado, especialmente no âmbito de um processo criminal, que não concebe a realização da justiça, sem o direito de defesa. E possivelmente também imaginasse o risco que representava aquela decisão, que tragicamente acabou se concretizando. Em 28 de abril, o presidente da Ordine de Torino foi vítima de um atentado das “Brigatti Rossi”, tombando em frente ao número 5 da via Ettore Perrone, após ser atingido por disparos de uma pistola 7.62.

    Esse episódio demonstra bem que o direito de defesa serve a propósitos muito superiores ao auxílio jurídico de um cidadão, encargo que por certo já se reveste de alta significação pública, um direito constitucionalmente assegurado como fundamental. O direito de defesa é garantia que transcende o interesse individual de quem ele circunstancialmente protege.

    O direito de defesa interessa ao juiz indevidamente acusado de absolver ou condenar alguém por motivação pessoal ou política; tutela quem acusa para se defender de uma imputação de denunciação caluniosa improcedente, e para que os seus erros e excessos, que não raramente ocorrem, possam ser evitados; resguarda o jornalista, injustamente perseguido com violação ao sigilo da fonte; abriga o manifestante, que não pode ter seu legítimo direito de expressão criminalizado.

    O direito de defesa é irrenunciável. Não por outro motivo, o Estado tem o dever de oferecer assistência jurídica a quem não possui condições financeiras. E, claro, interessa aos culpados, para que suas responsabilidades e punições sejam corretamente decididas pelo Poder Judiciário, pois essa é uma exigência indeclinável do Estado de Direito. É, portanto, um pressuposto de integridade do sistema judicial.

    Deve-se, por isso, rechaçar qualquer forma de estigmatização da atuação legítima dos advogados criminais, pois o leigo em direito deve ter a perfeita compreensão de que a absolvição de uma pessoa culpada ou a prescrição de um crime não são produtos do direito de defesa, mas certamente da atuação precária das agências de investigação ou da negligência do sistema judicial.

    O trabalho de todo advogado de defesa serve fundamentalmente para que o Estado, ao processar e punir quem comete um crime, exerça esse poder sem se desviar da legalidade, equiparando-se ao criminoso. Como diz o grande português Rui Cunha Martins, é falsa a ideia de que o Estado de direito seja salvo cada vez que o sistema penal pune um poderoso ou um convicto corrupto; por mais que custe à chamada “opinião”, o Estado de direito só é salvo se um poderoso ou um convicto corrupto são punidos no decurso de um devido processo legal; o contrário disso é populismo puro.

    E não há devido processo legal sem respeito efetivo à plenitude do direito de defesa. O contrário disso é, sempre, injustiça.

(BREDA, J. Direito de defesa, como o de cunha, transcende interesse pessoal. Opinião. Folha de São Paulo, 01/11/2016)

A partir da leitura do texto, pode-se afirmar que o autor:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: UFTM Órgão: UFTM Prova: UFTM - 2016 - UFTM - Tradutor Intérprete |
Q2757748 Não definido

Acerca da proposta de categorização dos procedimentos técnicos da tradução de Barbosa (2004), relacione o nome do procedimento à sua descrição e em seguida marque a alternativa CORRETA.


1: Modulação

2: Transposição

3: Tradução literal

4: Equivalência


(_) Consiste em substituir um segmento de texto original por um outro que não o traduz literalmente, mas que lhe é funcionalmente equivalente;

(_) Consiste na mudança de categoria gramatical de elementos que constituem o segmento a traduzir;

(_) Consiste em reproduzir a mensagem do texto da língua de origem no texto da língua da tradução sob um ponto de vista diverso;

(_) Objetiva manter a fidelidade semântica, adequando, porém, a morfossintaxe às normas gramaticais da língua da tradução.

Alternativas
Ano: 2016 Banca: UFTM Órgão: UFTM Prova: UFTM - 2016 - UFTM - Tradutor Intérprete |
Q2757747 Não definido

Tendo em vista as peculiaridades que regem o processo de interpretação e o de tradução, relacione abaixo as características relativas ao ofício do intérprete e aquelas relacionadas ao ofício do tradutor:


1 – Intérprete ________2 - Tradutor


(_) Deve exercer sua função segundo um ritmo que lhe é externo, e não o seu próprio, o que lhe impõe uma maior velocidade de raciocínio;

(_) Enfrenta maior dificuldade para prever o ambiente cognitivo de seu público, o que torna mais difícil identificar o perfil desse público;

(_) Exige-se dele uma maior habilidade e eficiência no reconhecimento e uso de recursos pragmáticos;

(_) Dispõe de maior tempo para consultar fontes externas e avaliar estratégias.

Alternativas
Ano: 2016 Banca: UFTM Órgão: UFTM Prova: UFTM - 2016 - UFTM - Tradutor Intérprete |
Q2757736 Não definido

Na obra “Relevância em Tradução”, p. 38, lemos:


“Uma das características básicas dos seres humanos é a necessidade de relacionar informações novas com o que já sabem: somente então tais informações passam a fazer sentido. Essa tendência funciona não só na comunicação, mas, supõe-se, é uma característica dominante da cognição humana em geral.


Na Teoria da Relevância (TR), essa necessidade de relacionar novas informações com as já conhecidas é denominada busca por relevância. Para que uma informação seja experimentada como relevante, deve ligar-se, de um modo específico, a outras informações que o indivíduo já tem. Quando tais ligações ocorrem, as pessoas experimentam-nas como efeitos cognitivos. E essas ligações são sempre o resultado de processos inferenciais”. ALVES e GONÇALVES, Orgs. Relevância em Tradução, p. 38


O autor, mais à frente, apresenta as implicações dessas ideias para o empreendimento de tradução da Bíblia. Em vários casos, o ambiente cognitivo do público da língua alvo apresenta muito pouca semelhança com aquele do público original, de forma que lacunas no conhecimento prévio podem significar grandes problemas de compreensão para o leitor moderno.


Nesse sentido, considerando uma tradução que tenha como propósito possibilitar a compreensão mais eficaz do texto bíblico, qual das seguintes alternativas NÃO se apresenta como possível opção para ajustar o ambiente cognitivo dos leitores?

Alternativas
Ano: 2016 Banca: UFTM Órgão: UFTM Prova: UFTM - 2016 - UFTM - Tradutor Intérprete |
Q2757735 Não definido

Na mesma obra citada na questão anterior, Azenha Jr. expõe as implicações dos aspectos culturais à prática da tradução. Ele cita o que Schmitt chama de “incongruências conceituais condicionadas por problemas de interculturalidade”, que se referem aos “casos em que as denominações não são equivalentes, pois os conceitos por ela designados não coincidem, já que são culturalmente condicionados” (p. 78)


Dentre as seguintes categorias de condicionantes, selecione a alternativa que traz exemplos dessas incongruências condicionadas por diferenças culturais.

Alternativas
Ano: 2016 Banca: UFTM Órgão: UFTM Prova: UFTM - 2016 - UFTM - Tradutor Intérprete |
Q2757734 Não definido

Em “Tradução técnica e condicionantes culturais: primeiros passos para um estudo integrado” (p.10), Azenha Jr. discorre:


“Ao percorrer o caminho da prática para a teoria [...], pude constatar o predomínio de uma visão largamente difundida [...] segundo a qual os textos técnicos, diferentemente dos textos sagrados e de literatura, constituiriam um universo à parte, sujeito aos ditames do mercado e marcado pela estabilidade de sentido dos termos técnicos. Em outras palavras, admitia-se para a tradução técnica algo que, de resto, era veementemente condenado para a tradução como um todo: a noção de sentidos estáveis e, como consequência, uma noção de tradução centrada eminentemente numa operação de transcodificação, processada à margem de um enquadramento cultural.”


O autor, com base em sua experiência enquanto tradutor, segue contestando essa visão de estabilidade dos textos técnicos. Abaixo estão diversos argumentos que contrariam essa noção de sentidos estáveis, com a EXCEÇÃO de:

Alternativas
Respostas
217: X
218: A
219: A
220: D
221: A
222: B
223: D
224: B