“Deste modo, considerar o desenvolvimento de habilidades
orais como central no ensino de Língua Estrangeira no Brasil não
leva em conta o critério de relevância social para a sua
aprendizagem. Com exceção da situação específica de algumas
regiões turísticas ou de algumas comunidades plurilíngues, o uso
de uma língua estrangeira parece estar, em geral, mais vinculado
à leitura de literatura técnica ou de lazer. Note-se também que os
únicos exames formais em Língua Estrangeira (vestibular e
admissão a cursos de pós-graduação) requerem o domínio da
habilidade de leitura. Portanto, a leitura atende, por um lado, às
necessidades da educação formal, e, por outro, é a habilidade
que o aluno pode usar em seu contexto social imediato. Além
disso, a aprendizagem de leitura em Língua Estrangeira pode
ajudar o desenvolvimento integral do letramento do aluno. A
leitura tem função primordial na escola e aprender a ler em outra
língua pode colaborar no desempenho do aluno como leitor em
sua língua materna”.
(BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto
ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira.
Secretaria de Educação Fundamental. Brasília:
MEC/SEF, 1998, p. 20).