Questões de Concurso
Para cesgranrio
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Empregados |
Desempregados |
Total |
|
Homens |
33% |
45% |
|
Mulheres |
|||
Total |
71% |
100% |
A tabela acima classifica um grupo de adultos por sexo e por situação empregatícia. Ainda que a tabela esteja incompleta, é possível afirmar corretamente, com relação a esse grupo, que há
Ana administra um site cuja estrutura permite a atualização rápida a partir de acréscimos dos chamados artigos, ou posts, que são organizados de forma cronológica inversa, tendo como foco uma temática proposta pelo site, podendo ser escritos por um número variável de pessoas, de acordo com uma política definida. Assim, o tipo de site que Ana administra é um
Analise a planilha a seguir, que representa a venda de produtos por mês.
A |
B |
C |
D |
E |
F |
|
1 |
Vendas |
Mês 1 |
Mês 2 |
Mês 3 |
Mês 4 |
Média |
2 |
Arroz |
10 |
4 |
6 |
12 |
8 |
3 |
Feijão |
11 |
8 |
3 |
6 |
7 |
4 |
Batata |
5 |
9 |
14 |
8 |
9 |
5 |
Cebola |
8 |
6 |
16 |
6 |
9 |
6 |
Frango |
14 |
10 |
7 |
1 |
8 |
Se a célula F2 calcula a média dos valores para as Vendas de Arroz relativas aos meses de 1 a 4, qual é a fórmula que essa célula contém?
Marcos deseja modificar o padrão de preenchimento de uma célula em uma tabela no Word 2000. Para isso, qual recurso ele deve utilizar para a elaboração de tabelas?
Considere os itens de um material sobre noções de primeiros socorros no trânsito, a ser utilizado em uma campanha divulgada por um órgão responsável por trânsito.
I - Procure garantir a segurança inicial no local do acidente.
II - Na maioria das regiões do Brasil podem ser chamados os telefones 193 (Bombeiros); 192 (SAMU) e 190 (PM).
III - Ao medir a distância para sinalizar o local de um acidente, se houver uma curva antes de completar a medida necessária, iniciar novamente a contagem a partir da curva.
IV - Ao utilizar o extintor de incêndio de um veículo, o jato de seu conteúdo deve ser dirigido para a base das chamas, com movimentos horizontais em forma de leque.
Estão corretos APENAS os itens
Um dos itens mais importantes a serem lembrados em campanhas de Educação para o Trânsito é o que se refere à utilização de cintos de segurança. Em uma campanha, foram sugeridos os cartazes apresentados a seguir, referentes a cintos de segurança.
I - Cinto Diagonal – preso atrás do ombro e ao lado do quadril, é o mais seguro.
II - Cinto de Três Pontos – oferece maior proteção porque a força do impacto é por ele absorvida em toda a área de contato com o corpo.
III - Cinto de Dois Pontos ou Subabdominal - é seguro porque, colocado nos quadris, impede que o corpo se dobre e seja jogado para a frente.
IV - Crianças com até dez anos de idade devem viajar sentadas no banco traseiro do veículo, em cadeiras ou utilizando o cinto diagonal, que é mais adequado para elas.
Por estar(em) correto(s), deverá(ão) ser confeccionado(s) o(s) cartaz(es)
Em caso de acidente com vítima, deve-se procurar um telefone e chamar serviço médico especializado. Enquanto o socorro não chega, é INCORRETO
Os responsáveis por campanhas de Educação para o Trânsito devem orientar os motociclistas quanto ao uso de equipamentos de segurança.
Com relação ao capacete, é INCORRETO afirmar que
Dirija procurando evitar acidentes, apesar de ações equivocadas de outros motoristas e de condições adversas encontradas em muitas vias de trânsito.
O cartaz acima apresenta uma mensagem que poderia ter como título
Um assistente técnico relacionou os seguintes fatores, a serem considerados por quem dirige:
I - utilização do cinto de segurança;
II - condições do tempo;
III - inexperiência para estacionar o veículo;
IV - condições do sistema de frenagem e dos pneus;
V - capacidade de o motorista reagir rapidamente.
Um motorista que pratica a direção defensiva sabe que a distância segura dos outros veículos, para evitar colisão, vai depender, entre outros, dos fatores
Considere o texto apresentado a seguir, para responder às questões de nos 12 e 13.
Flagrada dirigindo a 180 km/h, mulher não aceita multa
Três mulheres foram paradas pela polícia italiana quando estavam a 180 km/h. A motorista disse que dirigia em alta velocidade porque ela e suas colegas estavam com pressa. Por ter sido flagrada dirigindo em alta velocidade, a mulher foi multada em 375 euros (R$ 1.016,00) e teve a carteira de motorista suspensa por um mês.
A motorista, absurdamente, alegou, ainda, que tinha uma missão mais importante do que respeitar a legislação do país.
Jornal Il Messaggero, jul. 2009 (Adaptado).
Se a mulher estivesse trafegando em rodovia brasileira, respeitada a sinalização existente, de quantos quilômetros seria a velocidade máxima que seu automóvel poderia atingir, segundo o Código de Trânsito Brasileiro?
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, a educação para o trânsito é
A vida dos outros
Almoço fora todos os dias. Isso não é problema,
porque meu escritório fica em local muito movimenta-
do e com grande variedade de restaurantes. Em ge-
ral, prefiro aqueles que oferecem comida a quilo, essa
5 maravilhosa invenção moderna (há quem garanta ser
invenção brasileira) que permite comer na medida cer-
ta, sem desperdícios, e observar os pratos antes de
fazer a escolha.
Mas gosto dos restaurantes a quilo também por
10 outra razão: são feitos sob medida para os solitários.
Neles, reinam os introvertidos, os retraídos, os tími-
dos. Você entra, escolhe, pesa, se senta, come, paga
e vai embora. Se não quiser, não precisa conversar
com ninguém, emitir um som, pronunciar uma só pa-
15 lavra.
Talvez por isso, os restaurantes a quilo vivam api-
nhados de pessoas sozinhas. Neles, elas não têm
qualquer pudor de se sentar à mesa sem ter compa-
nhia, nem nos fins de semana, que é tempo de famí-
20 lia, amigos, congregação. Os restaurantes a quilo são
também muito frequentados por turistas, pois é um
conforto para eles entrar e comer num lugar em que
não precisam tentar se entender com pessoas que só
falam essa língua secreta chamada português.
25___O restaurante a quilo é o lugar onde a palavra é
supérflua e onde deveria reinar o silêncio. Pois é –
deveria. Mas o que ocorre é justamente o contrário. E
por quê? Por culpa do telefone celular.
Por alguma razão, as pessoas precisam falar ao
30 celular quando se sentam para comer. Resolvem as-
suntos pendentes, pedem informações, fazem enco-
mendas, fecham negócios ou mesmo batem papo com
o amigo ou amiga que não vêem há tempos – e tudo
isso enquanto mastigam e engolem o almoço. Pobres
35 estômagos.
E pobre de mim. Não consigo ficar indiferente ao
que está sendo dito nos celulares à minha volta. As-
sim que a conversa se estabelece, começo a prestar
atenção ao que está sendo dito e, daqui a pouco, qua-
40 se sem perceber, me vejo vivendo a vida dos outros.
Sofro, brigo, peço ou dou informação, falo de traba-
lho, marco reuniões, fico estressada com a mercado-
ria que não chegou – e tudo sem ter nada a ver com
isso.
45___Outro dia, durante um almoço, participei de duas
conversas inquietantes. A primeira foi quando uma jo-
vem na mesa à minha esquerda atendeu um telefone-
ma a respeito de uma encomenda. Do outro lado do
fio, alguém tinha dúvidas e queria que ela confirmas-
50 se certas coisas. Não consegui entender a que produ-
to se referiam, mas sei que a moça parou de comer e,
segurando o celular entre a orelha e o ombro, catou
na bolsa um caderninho e repetiu, aos gritos (a liga-
ção parecia estar ruim), números de série do artigo
55 encomendado. Enquanto isso, a comida em seu prato
esfriava. E a minha também. Como eu poderia comer
sem ver aquele assunto resolvido?
Mal ela desligou e já tocava o celular de outra
senhora, duas ou três mesas à minha frente. Estava
60 encoberta e não pude ver-lhe o rosto. Mas acompa-
nhei, acabrunhada, sua conversa sobre a amiga inter-
nada, que acabara de ser operada. Perdi a fome de
vez.
Com o advento do celular, minha vida ficou as-
65 sim. Já não tenho noção dos limites (onde acaba a
minha vida e começa a do outro?). Ou talvez tenham
sido as pessoas que perderam esses limites. Porque
a tecnologia transformou o mundo, mas não surgiram
novas regras para acompanhar as transformações.
70 Será que algum dia uma nova etiqueta vai entrar em
vigor, estabelecendo que é falta de educação falar
enquanto se almoça num restaurante (estando ou não
de boca cheia)? Espero que sim. Mas enquanto isso
não acontece, vou vivendo a vida dos outros.
SEIXAS, Heloisa. Disponível em: www.selecoes.com.br.
Acesso em: set. 2008. (Adaptado).
Qual das frases a seguir está corretamente pontuada?
A vida dos outros
Almoço fora todos os dias. Isso não é problema,
porque meu escritório fica em local muito movimenta-
do e com grande variedade de restaurantes. Em ge-
ral, prefiro aqueles que oferecem comida a quilo, essa
5 maravilhosa invenção moderna (há quem garanta ser
invenção brasileira) que permite comer na medida cer-
ta, sem desperdícios, e observar os pratos antes de
fazer a escolha.
Mas gosto dos restaurantes a quilo também por
10 outra razão: são feitos sob medida para os solitários.
Neles, reinam os introvertidos, os retraídos, os tími-
dos. Você entra, escolhe, pesa, se senta, come, paga
e vai embora. Se não quiser, não precisa conversar
com ninguém, emitir um som, pronunciar uma só pa-
15 lavra.
Talvez por isso, os restaurantes a quilo vivam api-
nhados de pessoas sozinhas. Neles, elas não têm
qualquer pudor de se sentar à mesa sem ter compa-
nhia, nem nos fins de semana, que é tempo de famí-
20 lia, amigos, congregação. Os restaurantes a quilo são
também muito frequentados por turistas, pois é um
conforto para eles entrar e comer num lugar em que
não precisam tentar se entender com pessoas que só
falam essa língua secreta chamada português.
25___O restaurante a quilo é o lugar onde a palavra é
supérflua e onde deveria reinar o silêncio. Pois é –
deveria. Mas o que ocorre é justamente o contrário. E
por quê? Por culpa do telefone celular.
Por alguma razão, as pessoas precisam falar ao
30 celular quando se sentam para comer. Resolvem as-
suntos pendentes, pedem informações, fazem enco-
mendas, fecham negócios ou mesmo batem papo com
o amigo ou amiga que não vêem há tempos – e tudo
isso enquanto mastigam e engolem o almoço. Pobres
35 estômagos.
E pobre de mim. Não consigo ficar indiferente ao
que está sendo dito nos celulares à minha volta. As-
sim que a conversa se estabelece, começo a prestar
atenção ao que está sendo dito e, daqui a pouco, qua-
40 se sem perceber, me vejo vivendo a vida dos outros.
Sofro, brigo, peço ou dou informação, falo de traba-
lho, marco reuniões, fico estressada com a mercado-
ria que não chegou – e tudo sem ter nada a ver com
isso.
45___Outro dia, durante um almoço, participei de duas
conversas inquietantes. A primeira foi quando uma jo-
vem na mesa à minha esquerda atendeu um telefone-
ma a respeito de uma encomenda. Do outro lado do
fio, alguém tinha dúvidas e queria que ela confirmas-
50 se certas coisas. Não consegui entender a que produ-
to se referiam, mas sei que a moça parou de comer e,
segurando o celular entre a orelha e o ombro, catou
na bolsa um caderninho e repetiu, aos gritos (a liga-
ção parecia estar ruim), números de série do artigo
55 encomendado. Enquanto isso, a comida em seu prato
esfriava. E a minha também. Como eu poderia comer
sem ver aquele assunto resolvido?
Mal ela desligou e já tocava o celular de outra
senhora, duas ou três mesas à minha frente. Estava
60 encoberta e não pude ver-lhe o rosto. Mas acompa-
nhei, acabrunhada, sua conversa sobre a amiga inter-
nada, que acabara de ser operada. Perdi a fome de
vez.
Com o advento do celular, minha vida ficou as-
65 sim. Já não tenho noção dos limites (onde acaba a
minha vida e começa a do outro?). Ou talvez tenham
sido as pessoas que perderam esses limites. Porque
a tecnologia transformou o mundo, mas não surgiram
novas regras para acompanhar as transformações.
70 Será que algum dia uma nova etiqueta vai entrar em
vigor, estabelecendo que é falta de educação falar
enquanto se almoça num restaurante (estando ou não
de boca cheia)? Espero que sim. Mas enquanto isso
não acontece, vou vivendo a vida dos outros.
SEIXAS, Heloisa. Disponível em: www.selecoes.com.br.
Acesso em: set. 2008. (Adaptado).
Assinale a sentença em que há ERRO na concordância nominal.
A vida dos outros
Almoço fora todos os dias. Isso não é problema,
porque meu escritório fica em local muito movimenta-
do e com grande variedade de restaurantes. Em ge-
ral, prefiro aqueles que oferecem comida a quilo, essa
5 maravilhosa invenção moderna (há quem garanta ser
invenção brasileira) que permite comer na medida cer-
ta, sem desperdícios, e observar os pratos antes de
fazer a escolha.
Mas gosto dos restaurantes a quilo também por
10 outra razão: são feitos sob medida para os solitários.
Neles, reinam os introvertidos, os retraídos, os tími-
dos. Você entra, escolhe, pesa, se senta, come, paga
e vai embora. Se não quiser, não precisa conversar
com ninguém, emitir um som, pronunciar uma só pa-
15 lavra.
Talvez por isso, os restaurantes a quilo vivam api-
nhados de pessoas sozinhas. Neles, elas não têm
qualquer pudor de se sentar à mesa sem ter compa-
nhia, nem nos fins de semana, que é tempo de famí-
20 lia, amigos, congregação. Os restaurantes a quilo são
também muito frequentados por turistas, pois é um
conforto para eles entrar e comer num lugar em que
não precisam tentar se entender com pessoas que só
falam essa língua secreta chamada português.
25___O restaurante a quilo é o lugar onde a palavra é
supérflua e onde deveria reinar o silêncio. Pois é –
deveria. Mas o que ocorre é justamente o contrário. E
por quê? Por culpa do telefone celular.
Por alguma razão, as pessoas precisam falar ao
30 celular quando se sentam para comer. Resolvem as-
suntos pendentes, pedem informações, fazem enco-
mendas, fecham negócios ou mesmo batem papo com
o amigo ou amiga que não vêem há tempos – e tudo
isso enquanto mastigam e engolem o almoço. Pobres
35 estômagos.
E pobre de mim. Não consigo ficar indiferente ao
que está sendo dito nos celulares à minha volta. As-
sim que a conversa se estabelece, começo a prestar
atenção ao que está sendo dito e, daqui a pouco, qua-
40 se sem perceber, me vejo vivendo a vida dos outros.
Sofro, brigo, peço ou dou informação, falo de traba-
lho, marco reuniões, fico estressada com a mercado-
ria que não chegou – e tudo sem ter nada a ver com
isso.
45___Outro dia, durante um almoço, participei de duas
conversas inquietantes. A primeira foi quando uma jo-
vem na mesa à minha esquerda atendeu um telefone-
ma a respeito de uma encomenda. Do outro lado do
fio, alguém tinha dúvidas e queria que ela confirmas-
50 se certas coisas. Não consegui entender a que produ-
to se referiam, mas sei que a moça parou de comer e,
segurando o celular entre a orelha e o ombro, catou
na bolsa um caderninho e repetiu, aos gritos (a liga-
ção parecia estar ruim), números de série do artigo
55 encomendado. Enquanto isso, a comida em seu prato
esfriava. E a minha também. Como eu poderia comer
sem ver aquele assunto resolvido?
Mal ela desligou e já tocava o celular de outra
senhora, duas ou três mesas à minha frente. Estava
60 encoberta e não pude ver-lhe o rosto. Mas acompa-
nhei, acabrunhada, sua conversa sobre a amiga inter-
nada, que acabara de ser operada. Perdi a fome de
vez.
Com o advento do celular, minha vida ficou as-
65 sim. Já não tenho noção dos limites (onde acaba a
minha vida e começa a do outro?). Ou talvez tenham
sido as pessoas que perderam esses limites. Porque
a tecnologia transformou o mundo, mas não surgiram
novas regras para acompanhar as transformações.
70 Será que algum dia uma nova etiqueta vai entrar em
vigor, estabelecendo que é falta de educação falar
enquanto se almoça num restaurante (estando ou não
de boca cheia)? Espero que sim. Mas enquanto isso
não acontece, vou vivendo a vida dos outros.
SEIXAS, Heloisa. Disponível em: www.selecoes.com.br.
Acesso em: set. 2008. (Adaptado).
Analise as frases a seguir, quanto ao uso do acento indicativo de crase.
I – Heloísa não sabe se a comida está à altura dos convidados.
II – Os telefones começaram a tocar à partir daquele momento.
III – Ao sair à rua, percebeu que esquecera o celular.
IV – A moça teria de informar se o pagamento seria feito à vista ou à prazo.
O acento indicativo de crase está empregado de forma totalmente correta APENAS nas frases
A vida dos outros
Almoço fora todos os dias. Isso não é problema,
porque meu escritório fica em local muito movimenta-
do e com grande variedade de restaurantes. Em ge-
ral, prefiro aqueles que oferecem comida a quilo, essa
5 maravilhosa invenção moderna (há quem garanta ser
invenção brasileira) que permite comer na medida cer-
ta, sem desperdícios, e observar os pratos antes de
fazer a escolha.
Mas gosto dos restaurantes a quilo também por
10 outra razão: são feitos sob medida para os solitários.
Neles, reinam os introvertidos, os retraídos, os tími-
dos. Você entra, escolhe, pesa, se senta, come, paga
e vai embora. Se não quiser, não precisa conversar
com ninguém, emitir um som, pronunciar uma só pa-
15 lavra.
Talvez por isso, os restaurantes a quilo vivam api-
nhados de pessoas sozinhas. Neles, elas não têm
qualquer pudor de se sentar à mesa sem ter compa-
nhia, nem nos fins de semana, que é tempo de famí-
20 lia, amigos, congregação. Os restaurantes a quilo são
também muito frequentados por turistas, pois é um
conforto para eles entrar e comer num lugar em que
não precisam tentar se entender com pessoas que só
falam essa língua secreta chamada português.
25___O restaurante a quilo é o lugar onde a palavra é
supérflua e onde deveria reinar o silêncio. Pois é –
deveria. Mas o que ocorre é justamente o contrário. E
por quê? Por culpa do telefone celular.
Por alguma razão, as pessoas precisam falar ao
30 celular quando se sentam para comer. Resolvem as-
suntos pendentes, pedem informações, fazem enco-
mendas, fecham negócios ou mesmo batem papo com
o amigo ou amiga que não vêem há tempos – e tudo
isso enquanto mastigam e engolem o almoço. Pobres
35 estômagos.
E pobre de mim. Não consigo ficar indiferente ao
que está sendo dito nos celulares à minha volta. As-
sim que a conversa se estabelece, começo a prestar
atenção ao que está sendo dito e, daqui a pouco, qua-
40 se sem perceber, me vejo vivendo a vida dos outros.
Sofro, brigo, peço ou dou informação, falo de traba-
lho, marco reuniões, fico estressada com a mercado-
ria que não chegou – e tudo sem ter nada a ver com
isso.
45___Outro dia, durante um almoço, participei de duas
conversas inquietantes. A primeira foi quando uma jo-
vem na mesa à minha esquerda atendeu um telefone-
ma a respeito de uma encomenda. Do outro lado do
fio, alguém tinha dúvidas e queria que ela confirmas-
50 se certas coisas. Não consegui entender a que produ-
to se referiam, mas sei que a moça parou de comer e,
segurando o celular entre a orelha e o ombro, catou
na bolsa um caderninho e repetiu, aos gritos (a liga-
ção parecia estar ruim), números de série do artigo
55 encomendado. Enquanto isso, a comida em seu prato
esfriava. E a minha também. Como eu poderia comer
sem ver aquele assunto resolvido?
Mal ela desligou e já tocava o celular de outra
senhora, duas ou três mesas à minha frente. Estava
60 encoberta e não pude ver-lhe o rosto. Mas acompa-
nhei, acabrunhada, sua conversa sobre a amiga inter-
nada, que acabara de ser operada. Perdi a fome de
vez.
Com o advento do celular, minha vida ficou as-
65 sim. Já não tenho noção dos limites (onde acaba a
minha vida e começa a do outro?). Ou talvez tenham
sido as pessoas que perderam esses limites. Porque
a tecnologia transformou o mundo, mas não surgiram
novas regras para acompanhar as transformações.
70 Será que algum dia uma nova etiqueta vai entrar em
vigor, estabelecendo que é falta de educação falar
enquanto se almoça num restaurante (estando ou não
de boca cheia)? Espero que sim. Mas enquanto isso
não acontece, vou vivendo a vida dos outros.
SEIXAS, Heloisa. Disponível em: www.selecoes.com.br.
Acesso em: set. 2008. (Adaptado).
O barulho no local era tão alto que o homem, coitado, saiu rápido.
Indique o único período que mantém exatamente o mesmo sentido da oração apresentada acima, embora com outra estrutura.
A vida dos outros
Almoço fora todos os dias. Isso não é problema,
porque meu escritório fica em local muito movimenta-
do e com grande variedade de restaurantes. Em ge-
ral, prefiro aqueles que oferecem comida a quilo, essa
5 maravilhosa invenção moderna (há quem garanta ser
invenção brasileira) que permite comer na medida cer-
ta, sem desperdícios, e observar os pratos antes de
fazer a escolha.
Mas gosto dos restaurantes a quilo também por
10 outra razão: são feitos sob medida para os solitários.
Neles, reinam os introvertidos, os retraídos, os tími-
dos. Você entra, escolhe, pesa, se senta, come, paga
e vai embora. Se não quiser, não precisa conversar
com ninguém, emitir um som, pronunciar uma só pa-
15 lavra.
Talvez por isso, os restaurantes a quilo vivam api-
nhados de pessoas sozinhas. Neles, elas não têm
qualquer pudor de se sentar à mesa sem ter compa-
nhia, nem nos fins de semana, que é tempo de famí-
20 lia, amigos, congregação. Os restaurantes a quilo são
também muito frequentados por turistas, pois é um
conforto para eles entrar e comer num lugar em que
não precisam tentar se entender com pessoas que só
falam essa língua secreta chamada português.
25___O restaurante a quilo é o lugar onde a palavra é
supérflua e onde deveria reinar o silêncio. Pois é –
deveria. Mas o que ocorre é justamente o contrário. E
por quê? Por culpa do telefone celular.
Por alguma razão, as pessoas precisam falar ao
30 celular quando se sentam para comer. Resolvem as-
suntos pendentes, pedem informações, fazem enco-
mendas, fecham negócios ou mesmo batem papo com
o amigo ou amiga que não vêem há tempos – e tudo
isso enquanto mastigam e engolem o almoço. Pobres
35 estômagos.
E pobre de mim. Não consigo ficar indiferente ao
que está sendo dito nos celulares à minha volta. As-
sim que a conversa se estabelece, começo a prestar
atenção ao que está sendo dito e, daqui a pouco, qua-
40 se sem perceber, me vejo vivendo a vida dos outros.
Sofro, brigo, peço ou dou informação, falo de traba-
lho, marco reuniões, fico estressada com a mercado-
ria que não chegou – e tudo sem ter nada a ver com
isso.
45___Outro dia, durante um almoço, participei de duas
conversas inquietantes. A primeira foi quando uma jo-
vem na mesa à minha esquerda atendeu um telefone-
ma a respeito de uma encomenda. Do outro lado do
fio, alguém tinha dúvidas e queria que ela confirmas-
50 se certas coisas. Não consegui entender a que produ-
to se referiam, mas sei que a moça parou de comer e,
segurando o celular entre a orelha e o ombro, catou
na bolsa um caderninho e repetiu, aos gritos (a liga-
ção parecia estar ruim), números de série do artigo
55 encomendado. Enquanto isso, a comida em seu prato
esfriava. E a minha também. Como eu poderia comer
sem ver aquele assunto resolvido?
Mal ela desligou e já tocava o celular de outra
senhora, duas ou três mesas à minha frente. Estava
60 encoberta e não pude ver-lhe o rosto. Mas acompa-
nhei, acabrunhada, sua conversa sobre a amiga inter-
nada, que acabara de ser operada. Perdi a fome de
vez.
Com o advento do celular, minha vida ficou as-
65 sim. Já não tenho noção dos limites (onde acaba a
minha vida e começa a do outro?). Ou talvez tenham
sido as pessoas que perderam esses limites. Porque
a tecnologia transformou o mundo, mas não surgiram
novas regras para acompanhar as transformações.
70 Será que algum dia uma nova etiqueta vai entrar em
vigor, estabelecendo que é falta de educação falar
enquanto se almoça num restaurante (estando ou não
de boca cheia)? Espero que sim. Mas enquanto isso
não acontece, vou vivendo a vida dos outros.
SEIXAS, Heloisa. Disponível em: www.selecoes.com.br.
Acesso em: set. 2008. (Adaptado).
A autora considera que vive a vida dos outros nos momentos em que
A vida dos outros
Almoço fora todos os dias. Isso não é problema,
porque meu escritório fica em local muito movimenta-
do e com grande variedade de restaurantes. Em ge-
ral, prefiro aqueles que oferecem comida a quilo, essa
5 maravilhosa invenção moderna (há quem garanta ser
invenção brasileira) que permite comer na medida cer-
ta, sem desperdícios, e observar os pratos antes de
fazer a escolha.
Mas gosto dos restaurantes a quilo também por
10 outra razão: são feitos sob medida para os solitários.
Neles, reinam os introvertidos, os retraídos, os tími-
dos. Você entra, escolhe, pesa, se senta, come, paga
e vai embora. Se não quiser, não precisa conversar
com ninguém, emitir um som, pronunciar uma só pa-
15 lavra.
Talvez por isso, os restaurantes a quilo vivam api-
nhados de pessoas sozinhas. Neles, elas não têm
qualquer pudor de se sentar à mesa sem ter compa-
nhia, nem nos fins de semana, que é tempo de famí-
20 lia, amigos, congregação. Os restaurantes a quilo são
também muito frequentados por turistas, pois é um
conforto para eles entrar e comer num lugar em que
não precisam tentar se entender com pessoas que só
falam essa língua secreta chamada português.
25___O restaurante a quilo é o lugar onde a palavra é
supérflua e onde deveria reinar o silêncio. Pois é –
deveria. Mas o que ocorre é justamente o contrário. E
por quê? Por culpa do telefone celular.
Por alguma razão, as pessoas precisam falar ao
30 celular quando se sentam para comer. Resolvem as-
suntos pendentes, pedem informações, fazem enco-
mendas, fecham negócios ou mesmo batem papo com
o amigo ou amiga que não vêem há tempos – e tudo
isso enquanto mastigam e engolem o almoço. Pobres
35 estômagos.
E pobre de mim. Não consigo ficar indiferente ao
que está sendo dito nos celulares à minha volta. As-
sim que a conversa se estabelece, começo a prestar
atenção ao que está sendo dito e, daqui a pouco, qua-
40 se sem perceber, me vejo vivendo a vida dos outros.
Sofro, brigo, peço ou dou informação, falo de traba-
lho, marco reuniões, fico estressada com a mercado-
ria que não chegou – e tudo sem ter nada a ver com
isso.
45___Outro dia, durante um almoço, participei de duas
conversas inquietantes. A primeira foi quando uma jo-
vem na mesa à minha esquerda atendeu um telefone-
ma a respeito de uma encomenda. Do outro lado do
fio, alguém tinha dúvidas e queria que ela confirmas-
50 se certas coisas. Não consegui entender a que produ-
to se referiam, mas sei que a moça parou de comer e,
segurando o celular entre a orelha e o ombro, catou
na bolsa um caderninho e repetiu, aos gritos (a liga-
ção parecia estar ruim), números de série do artigo
55 encomendado. Enquanto isso, a comida em seu prato
esfriava. E a minha também. Como eu poderia comer
sem ver aquele assunto resolvido?
Mal ela desligou e já tocava o celular de outra
senhora, duas ou três mesas à minha frente. Estava
60 encoberta e não pude ver-lhe o rosto. Mas acompa-
nhei, acabrunhada, sua conversa sobre a amiga inter-
nada, que acabara de ser operada. Perdi a fome de
vez.
Com o advento do celular, minha vida ficou as-
65 sim. Já não tenho noção dos limites (onde acaba a
minha vida e começa a do outro?). Ou talvez tenham
sido as pessoas que perderam esses limites. Porque
a tecnologia transformou o mundo, mas não surgiram
novas regras para acompanhar as transformações.
70 Será que algum dia uma nova etiqueta vai entrar em
vigor, estabelecendo que é falta de educação falar
enquanto se almoça num restaurante (estando ou não
de boca cheia)? Espero que sim. Mas enquanto isso
não acontece, vou vivendo a vida dos outros.
SEIXAS, Heloisa. Disponível em: www.selecoes.com.br.
Acesso em: set. 2008. (Adaptado).
No final do quinto parágrafo, a expressão “Pobres estômagos” dá a entender que
A vida dos outros
Almoço fora todos os dias. Isso não é problema,
porque meu escritório fica em local muito movimenta-
do e com grande variedade de restaurantes. Em ge-
ral, prefiro aqueles que oferecem comida a quilo, essa
5 maravilhosa invenção moderna (há quem garanta ser
invenção brasileira) que permite comer na medida cer-
ta, sem desperdícios, e observar os pratos antes de
fazer a escolha.
Mas gosto dos restaurantes a quilo também por
10 outra razão: são feitos sob medida para os solitários.
Neles, reinam os introvertidos, os retraídos, os tími-
dos. Você entra, escolhe, pesa, se senta, come, paga
e vai embora. Se não quiser, não precisa conversar
com ninguém, emitir um som, pronunciar uma só pa-
15 lavra.
Talvez por isso, os restaurantes a quilo vivam api-
nhados de pessoas sozinhas. Neles, elas não têm
qualquer pudor de se sentar à mesa sem ter compa-
nhia, nem nos fins de semana, que é tempo de famí-
20 lia, amigos, congregação. Os restaurantes a quilo são
também muito frequentados por turistas, pois é um
conforto para eles entrar e comer num lugar em que
não precisam tentar se entender com pessoas que só
falam essa língua secreta chamada português.
25___O restaurante a quilo é o lugar onde a palavra é
supérflua e onde deveria reinar o silêncio. Pois é –
deveria. Mas o que ocorre é justamente o contrário. E
por quê? Por culpa do telefone celular.
Por alguma razão, as pessoas precisam falar ao
30 celular quando se sentam para comer. Resolvem as-
suntos pendentes, pedem informações, fazem enco-
mendas, fecham negócios ou mesmo batem papo com
o amigo ou amiga que não vêem há tempos – e tudo
isso enquanto mastigam e engolem o almoço. Pobres
35 estômagos.
E pobre de mim. Não consigo ficar indiferente ao
que está sendo dito nos celulares à minha volta. As-
sim que a conversa se estabelece, começo a prestar
atenção ao que está sendo dito e, daqui a pouco, qua-
40 se sem perceber, me vejo vivendo a vida dos outros.
Sofro, brigo, peço ou dou informação, falo de traba-
lho, marco reuniões, fico estressada com a mercado-
ria que não chegou – e tudo sem ter nada a ver com
isso.
45___Outro dia, durante um almoço, participei de duas
conversas inquietantes. A primeira foi quando uma jo-
vem na mesa à minha esquerda atendeu um telefone-
ma a respeito de uma encomenda. Do outro lado do
fio, alguém tinha dúvidas e queria que ela confirmas-
50 se certas coisas. Não consegui entender a que produ-
to se referiam, mas sei que a moça parou de comer e,
segurando o celular entre a orelha e o ombro, catou
na bolsa um caderninho e repetiu, aos gritos (a liga-
ção parecia estar ruim), números de série do artigo
55 encomendado. Enquanto isso, a comida em seu prato
esfriava. E a minha também. Como eu poderia comer
sem ver aquele assunto resolvido?
Mal ela desligou e já tocava o celular de outra
senhora, duas ou três mesas à minha frente. Estava
60 encoberta e não pude ver-lhe o rosto. Mas acompa-
nhei, acabrunhada, sua conversa sobre a amiga inter-
nada, que acabara de ser operada. Perdi a fome de
vez.
Com o advento do celular, minha vida ficou as-
65 sim. Já não tenho noção dos limites (onde acaba a
minha vida e começa a do outro?). Ou talvez tenham
sido as pessoas que perderam esses limites. Porque
a tecnologia transformou o mundo, mas não surgiram
novas regras para acompanhar as transformações.
70 Será que algum dia uma nova etiqueta vai entrar em
vigor, estabelecendo que é falta de educação falar
enquanto se almoça num restaurante (estando ou não
de boca cheia)? Espero que sim. Mas enquanto isso
não acontece, vou vivendo a vida dos outros.
SEIXAS, Heloisa. Disponível em: www.selecoes.com.br.
Acesso em: set. 2008. (Adaptado).
Nos restaurantes a quilo, “...a palavra é supérflua...” (l. 25-26) porque
O sistema de aterramento de uma subestação é formado por uma malha de terra, composta somente por condutores. As dimensões da malha são 20 m de comprimento e 10 m de largura, sendo as submalhas quadrados de lado 1 m. Desconsiderando-se qualquer acréscimo de condutor referente às conexões entre os equipamentos e a malha, então o comprimento total dos condutores que formam a malha de terra, em metros, é