Questões de Concurso Comentadas para amauc
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Nesse contexto, marque a palavra que, com melhor propriedade, se pode relacionar às necessidades da pessoa deficiente, com vistas ao seu desempenho nos espaços disponíveis para ela.
(Por: Cristina Borsari é mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP, com título de especialista em Psicologi a Clínica Hospitalar pelo InCor, e Neuropsicologia pelo Hosp ital Israelita Albert Einstein.)
Assim sendo, desde cedo (a criança de idade tenra) a experiência com manifestações de carinho torna-se fundamental para o desenvolvimento infantil, impactando na personalidade da criança e também no seu crescimento cognitivo - mecanismos mentais necessários para a construção do/a:
I.Percepção. II.Pensamento. III.Memória e resolução de problemas. IV.Socialização e autonomia.
Marque a alternativa com a opção que está coerente com o contexto enunciado.
(GÓES, F. A. B., Um Encontro Inesperado: Os pais e Seus Filhos com Deficiência Mental. Psicologia Ciência e Profissão. 2006, v. 26 (3), p. 450 - 461.) - (Adaptado)
Julgue as assertivas com V(Verdadeiro) ou F(Falso):
(__)A criança com deficiência interfere diretamente no cotidiano, nas relações e nas estruturas da família, a partir do momento em que se tem o diagnóstico de algum tipo de deficiência.
(__)No apoio à família que tem um filho deficiente, o profissional da área da Psicologia tem como viés reavivar e estabelecer a relevância da família, pois possui um papel fundamental no desenvolvimento da sociabilidade, do bem estar, bem como da afetividade de apoio.
(__)A intervenção da Psicologia pela atuação do Psicólogo, a partir do momento em que se confirma a deficiência de um filho, além do apoio à família fragilizada, também visa propiciar a qualidade de vida da criança com deficiência.
(__)Através da mediação da psicoterapia familiar, o psicólogo intervém, por exemplo, nas questões referentes à: situação da criança com a patologia e à culpabilização dos pais, situações que geralmente ocorrem, portanto, o profissional trabalha com a orientação, apoiando e acolhendo os sofrimentos da família em questão, pois nesse momento as relações familiares são conduzidas por redes de fantasias, ansiedades e conflitos.
Marque a alternativa com a opção correta.
I.Dinamiza o raciocínio. II.Oferece conhecimentos. III.Desenvolve a capacidade cognitiva. IV.Permite apropriação abrangente de qualquer tipo de acervo poético.
Marque a alternativa com a opção coerente com o enunciado.
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
'Odeio a palavra inclusão. Já estou aqui, não quero que me incluam em lugar nenhum'
Julia Risso fala com clareza e pausadamente. Sua voz demonstra seus anos de treinamento antes de se tornar locutora.
Ela diz que sempre se desvia do assunto durante as conversas e escolhe com cuidado cada uma de suas frases. E está convencida de que odeia a palavra 'inclusão'; ela prefere a palavra 'socializar'.
Risso tem 28 anos de idade, nasceu com uma má formação genética na coluna que a transformou em uma pessoa baixinha, como ela diz, com ternura.
Ela mora em San Miguel del Monte, a cerca de 110 km da capital argentina, Buenos Aires. Lá, trabalha como professora de teatro.
A jovem se autodefine como ativista deficiente. Ela apresenta o podcast Les otres, está prestes a publicar um livro de ficção autobiográfico e, no mês de abril, apresentou uma palestra na 47ª Feira Internacional do Livro de Buenos Aires sobre como romper as barreiras sociais que aprofundam a desigualdade.
Acho que sou uma pessoa incapacitada pela sociedade. Não sou eu que tenho deficiência. Incapacitam-me quando instalam um banheiro e eu não entro ou o vaso sanitário é alto para mim. Ou quando vou ao supermercado, a gôndola mede 1,80 metro e a erva-mate que eu gosto está em cima de tudo.
E a sociedade não incapacita somente a mim, mas também a uma pessoa mais alta que não consegue levantar seus braços ou outra que carrega uma criança e não alcança alguma coisa.
Sou uma mulher, sou branca e também sou deficiente. De qualquer forma, acredito que o mais difícil é que a sociedade entenda que o problema, na verdade, são os outros, não somos nós.
Para falar de forma mais teórica, o modelo social da deficiência entende que a deficiência é uma construção social, não é um tema individual, não é um problema que exige que se cure uma pessoa.
O entorno é que precisa se adaptar para que essa pessoa possa viver com a maior autonomia possível. Mesmo assim, acho que este conceito não encerra a discussão sobre a ideologia da normalidade.
Uma mulher de 42 anos me escreveu no Instagram para contar que tentava ter um filho ou uma filha e seu médico advertiu que, se decidisse ter um bebê, ele poderia ter risco de nascer com deficiência. Ela se assustou muito.
E eu disse: "Que forma de assustar uma pessoa que decide ter um filho, e o medo seja que ele tenha deficiência!" Depois achei que o médico talvez tivesse razão... mas, logo lembrei que minha mãe me teve com 32 anos, não tinha mais de 40.
Quem tem risco de ter deficiência? Até certo ponto, todos nós temos risco. Talvez todos nós cheguemos a ser velhos e, se isso acontecer, o corpo se deteriore. Existem pessoas que, do nada, têm uma doença incapacitante e passam a usar cadeira de rodas. A vida tem uma porção de circunstâncias que fazem você ficar deficiente em algum momento.
Quem tem medo de ser deficiente não deve nascer, pois a condição humana é frágil. Existe um medo de que discriminem esse filho ou filha. Penso no meu pai, que tinha pavor de que me tratassem mal, que me enganassem. Antes me aborrecia, mas agora entendo o que ele sentia. Minha mãe precisou educar não só a mim, mas também ao meu pai e a todos os demais para que percebessem que estavam criando uma menina autônoma.
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cz4nved839eo. Adaptado.
Assinale a expressão que contenha um SUBSTANTIVO e dois ADJETIVOS.