Questões de Concurso Para if-mt
Foram encontradas 2.360 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
Lino Castellani Filho (1991), no seu livro Educação Física no Brasil: a história que não se conta, aponta que a Educação Física esteve presente nos documentos legais de 1942, o que ficou conhecido como a “Reforma Capanema", sendo matéria obrigatória a ser oferecida pelos estabelecimentos de ensino e cumprida por todos os alunos até os 21 anos de idade. Neste contexto a Educação Física desempenhava um papel fundamental na formação da classe trabalhadora, dentro e fora dos espaços oficiais de ensino. C
ASTELLANI FILHO, L. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. 3a ed. Campinas: Papirus, 1991.
A esse respeito, de acordo com Castellani Filho (1991), analise as afirmações abaixo:
I-A formação de mão de obra fisicamente adestrada era um dos objetivos de Educação Física naquele período.
II - A Educação Física, fora do espaço de ensino, colaborou para a extensão do controle sobre o trabalhador.
III - Pretendia-se orientar a ocupação do tempo de não trabalho do trabalhador, a fim de que, mesmo que indiretamente, aumentasse a sua capacidade de produção.
IV - Pretendia-se estabelecer um processo de Educação da Classe trabalhadora, pautada nos valores burgueses dominantes, de forma a descaracterizá-la enquanto classe social, diluindo os antagonismos de classe presentes na relação Capital-Trabalho.
Assinale a alternativa que contém as assertivas CORRETAS:
De acordo com Bracht (2005, p. 99), a utilização do termo "Cultura" permite estabelecer uma nova relação entre a Educação Física e a Natureza e auxilia na superação do “naturalismo” presente historicamente na área. Nas palavras do autor: “tudo na nossa área era (em parte ainda é) considerado natural: o corpo é algo da natureza, as ciências que nos fundamentam são as da natureza, a própria existência e/ou necessidade da Educação Física é natural. Entender nosso saber como uma dimensão da cultura não elimina sua dimensão natural mas a redimensiona e abre nossa área para outros saberes, outras ciências (outras interpretações) e amplia nossa visão dos saberes a serem tratados”.
BRACHT, V. Cultura Corporal, Cultura de Movimento ou Cultura Corporal de Movimento? In: SOUZA JÚNIOR, M. Educação Física Escolar: teoria e política curricular, saberes escolares e proposta pedagógica. Recife: EDUPE, 2005. p. 97-106.
A partir da análise apresentada pelo autor, pode-se afirmar que:
A década de 1980 foi um período de intensa discussão sobre os objetivos e o objeto de estudos da Educação Física escolar. Atualmente conceitos como Cultura Corporal, Cultura de movimento ou Cultura corporal de movimento são utilizados para delimitar o rol de conhecimentos da Educação Física Escolar. Para Bracht (2005), o conceito de Cultura indica uma construção nova do objeto de estudos da área e melhor reflete a sua contextualização sócio-histórica. Frizzo (2013, p. 195) ressalta que não se pode considerar esses conceitos como um simples jogo de palavras entre cultura, movimento e corpo, pois “são formas divergentes de explicação do real”.
BRACHT, V. Cultura Corporal, Cultura de Movimento ou Cultura Corporal de Movimento? In: SOUZA JÚNIOR, M. Educação Física Escolar: teoria e política curricular, saberes escolares e proposta pedagógica. Recife: EDUPE, 2005. p. 97-106.
FRIZZO, G. Objeto de estudo da educação física: as concepções materialistas e idealistas na produção do conhecimento. Motrivivência (Florianópolis), v. 40, p. 192-206, 2013.
Assinale a alternativa CORRETA sobre os autores que utilizam os conceitos de Cultura Corporal, Cultura de Movimento e Cultura Corporal de Movimento, respectivamente:
Para Marcassa (2004, p. 173), “quando nos referimos ao corpo e às práticas corporais, estamos falando de uma linguagem muda, porém carregada de sons, imagens, palavras, cores, odores, sensações, percepções, valores, conhecimentos, sentidos e significados. Estamos pensando um tipo de gramática que emana do corpo, uma narrativa composta de movimentos, gestos, posturas e expressões não verbais que, articuladas e sequenciadas, configuram o que podemos chamar de linguagem corporal, intimamente vinculada ao corpo e às suas possibilidades de comunicação (MARCASSA, 2004, p. 173). Nesse sentido, Ayoub (2003, p. 95) acrescenta que a Ginástica Geral na escola pode ser um “(...) importante momento avaliativo em que os alunos sintetizam e organizam as suas experiências e reflexões acerca da Ginástica Geral, de forma criativa e com liberdade de expressão, apresentando-as para apreciação de seus pares e do professor (...)”.
AYOUSB, Eliana. Ginástica geral e educação física escolar. Campinas, SP: Unicamp, 2003.
MARCASSA, Luciana. Metodologia do ensino da ginástica: novos olhares, novas perspectivas. Revista Pensar a Prática, Goiânia: Universidade Federal de Goiás, v. 7, n. 2, p. 171- 186, jul./dez. 2004.
Baseado em Marcassa (2004), assinale a opção que não se relaciona com o momento “revelação e reconstrução das narrativas corporais” durante a prática de Ginática Geral:
Para Soares (2007, p. 51), “A partir do ano de 1800 vão surgindo na Europa, em diferentes regiões, formas distintas de encarar os exercícios físicos. Essas 'formas' receberão o nome de 'métodos ginásticos' (ou escolas) e correspondem aos quatro países que deram origem às primeiras sistematizações sobre a ginástica nas sociedades burguesas: a Alemanha, a Suécia, a França e a Inglaterra (que teve um caráter muito particular, desenvolvendo de modo mais acentuado o esporte). Essas mesmas sistematizações serão transplantadas para outros países fora do continente europeu”.
SOARES, Carmem Lúcia. Educação Física: raízes européias e Brasil. 4. ed. Campinas: Autores Associados, 2007.
Marque a alternativa que, de acordo com Soares (2007), NÃO corresponde às principais características de escolas de ginástica que historicamente tiveram influência no Brasil: