Questões de Concurso Comentadas para fumarc

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Q2002225 Português
Há marcas que vivem da inclusão, e outras que vivem da exclusão
Contardo Calligaris
   

   Meu telefone, um iPhone 6, estava cada vez mais lento. Não era por nenhuma das causas apontadas nas inúmeras salas de conversa entre usuários de iPhones vagarosos.
   Era mesmo o processador que estava se tornando exasperadamente lento, ao ponto em que havia um intervalo sensível de tempo entre digitar e a letra aparecer na tela.
   Deixei para resolver quando chegasse a Nova York, onde, aliás, a coisa piorou: era suficiente eu tirar o celular do bolso ou deixá-lo num bolso externo (que não estivesse em contato com o calor do corpo) para que a carga da bateria baixasse, de repente, de 60% a zero.
    Pensei que três anos é mesmo o tempo de vida útil para uma bateria. E lá fui à loja da Apple na Broadway.
   Esperei duas horas para enfim ter acesso a alguém que me explicou que testaria minha bateria. Depois de contemplarmos os gráficos lindos e coloridos deixados no tablet pelo meu telefone, anunciou que minha bateria ainda não justificava uma troca – no tom pernóstico de um plantonista que sabe que não tem leitos disponíveis e manda você para casa com aquela dor no peito e a "certeza" de que "você não está enfartando, deve ser só digestão".
  O mesmo jovem propôs uma reinstalação do sistema operacional, – que é uma trivialidade, mas foi anunciada como se fosse um cateterismo das coronárias. Passei a noite me recuperando, ou seja, reinstalando aplicativos. Resultado: telefone lento como antes.
    Voltei para a Apple (loja da Quinta Avenida), onde descobri que, como na história do hospital sem leitos, de fato, a Apple não dispunha mais de baterias para substituir a minha: muitos usuários estavam com o mesmo problema. Por coincidência, tudo conjurava para que eu comprasse um telefone novo.
     Nos EUA, a Apple está sendo processada (15 casos coletivos, em diferentes Estados) por piorar propositalmente a experiência dos usuários de iPhone sem lhes oferecer alternativas –salvo, obviamente, a de adquirir um telefone novo.
     A companhia pediu desculpas públicas, mas a humildade não é o forte do treinamento Apple. Basta se lembrar que o atendimento pós-venda da companhia se chama (o ridículo não mata ninguém) "genius bar", o balcão dos gênios.
    Já pensou: você poderia ligar para seu serviço de TV a cabo porque a recepção está péssima e alguém diria: "Sim, senhor, pode marcar consulta com o balcão dos gênios".
     A maioria dos usuários não acham isso cômico e despropositado. Por que será?
    Há marcas que vivem de seu poder de inclusão, do tipo "nós fabricamos o carro que todos podem dirigir". E há marcas que vivem de seu poder de exclusão: tipo, será que você merece o que estou vendendo?
   Você já entrou alguma vez numa loja cara onde os vendedores, envaidecidos pela aura do próprio produto que vendem, olham para você com desprezo, como se você não fosse um consumidor à altura da loja?
    É uma estratégia básica de marketing: primeiro, espera-se que você inveje (e portanto deseje) o mundo do qual se sente excluído.
    Você perguntará: de que adianta, se não poderei adquirir os produtos da marca? Em geral, nesses casos o projeto é vender os acessórios da casa. Pouquíssimos comprarão o casaco de R$ 15 mil, mas milhares comprarão um lencinho (com monograma) para se sentirem, assim, membros do clube.
   A Apple mantém sua presença no mercado pela ideia de sua superioridade tecnológica - e pelo design elegante, claro.
  Seriamente, alguém que usa processador de texto não deveria escolher um computador em que não dá para apagar letras da esquerda para a direita. Mas é como os carros ingleses dos anos 1950: havia a glória de viver perigosamente e dirigir sem suspensões posteriores independentes (sem capotar a cada curva).
    Pouco importam as críticas. A Apple conseguiu convencer seus usuários de que eles mesmos, por serem usuários, fazem parte de uma arrojada elite tecnológica. Numa loja da Apple, todos, os usuários e os "gênios" vestem (real ou metaforicamente) a camiseta da marca.
     Quer saber o que aconteceu com meu iPhone? Está ótimo. Fui ao Device Shop, em Times Square, no mesmo prédio do Hard Rock Cafe: atendimento imediato, troca de bateria em dez minutos, conversa agradável. Não havia gênios, só pessoas competentes. E custou menos de dois terços do que pagaria na Apple.

Disponível em:https://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2018/01/1949427- ha-marcas-que-vivem-da-inclusao-e-outras-que-vivem-da-exclusao.shtml Acesso em 20 mar. 2018
Em: “E há marcas que vivem de seu poder de exclusão: tipo, será que você merece o que estou vendendo?”, o é:
Alternativas
Q2002212 Segurança e Saúde no Trabalho
“Representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho.” Essa definição refere-se ao:
Alternativas
Q2002211 Física
Um autotransformador ideal rebaixa a tensão de 13,8 kV para 345 V. Com uma potência entregue de 6,9 kVA, determine o valor da corrente I1.

                                                          Imagem associada para resolução da questão              
Alternativas
Q2002210 Física
A ponte de Wheatstone encontra-se em equilíbrio, ou seja, VA = VB. Para esta situação, qual o valor de R4, se R1 = 2.R2 = 4.R3?
                                                              Imagem associada para resolução da questão                                   
Alternativas
Q2002200 Segurança e Saúde no Trabalho
Conforme a NBR 14093, em uma subestação de transformação que é parte integrante de uma instalação residencial, comercial ou industrial, somente será permitido o emprego de transformadores
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Q2002197 Segurança e Saúde no Trabalho
Conforme a NR 10, nos trabalhos em instalações elétricas, a adoção de equipamentos de proteção individual específicos devem ser adotados quando 
Alternativas
Q2002185 Segurança e Saúde no Trabalho
Segundo a NR 10, somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados listados abaixo, EXCETO:
Alternativas
Q2001727 Direito Constitucional
Normas constitucionais invocadas por titulares de direitos são aplicáveis por Juiz ou Tribunal 
Alternativas
Q2001726 Direito Constitucional
As garantias processuais previstas no Art. 5º da Constituição da República de 1988 são de titularidade e exercitáveis por
Alternativas
Q2001723 Direito Constitucional
A decisão vinculante proferida pelo Supremo Tribunal Federal obriga 
Alternativas
Q2001711 Direito Processual do Trabalho
Observados os termos da legislação vigente, analise as assertivas abaixo e assinale a INCORRETA
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Q2001707 Direito Administrativo
Acerca da advertência no regime do servidor público federal, é CORRETO afirmar: 
Alternativas
Q2001698 Estatuto da Pessoa com Deficiência - Lei nº 13.146 de 2015
Conforme a legislação brasileira, pessoa com deficiência pode ser considerada capaz?
Alternativas
Q2001697 Noções de Informática
Analise as seguintes afirmativas sobre as opções de envio de e-mail da janela de “Nova mensagem” do Gmail, versão português:
I – É possível inserir arquivos do Google Drive em uma mensagem. II – É possível programar o envio de uma mensagem para uma determinada data e hora. III – É possível inserir uma assinatura predefinida em uma mensagem.
Está CORRETO o que se afirma em:
Alternativas
Q2001696 Noções de Informática
Considere o exemplo de planilha do LibreOffice Calc 7.1.6, versão português, abaixo com a célula B1 selecionada.
19.png (489×92)

A opção CORRETA da fórmula contida na célula B1, que faz referência ao conteúdo da célula A1, que irá gerar o valor “MG” na célula B1, conforme exibido na figura é:
Alternativas
Q2001695 Noções de Informática
O LibreOffice Writer 7.1.6, versão português, permite criar malas diretas por meio da opção “Assistente de mala direta...”. Essa opção está disponível por padrão na lista de opções do menu:
Alternativas
Q2001694 Noções de Informática
Em relação às opções disponíveis no menu “Apresentação de Slides” do LibreOffice Impress 7.1.6, versão português, correlacione as colunas a seguir:
Ícone I. 17_i.png (42×35) II. 17_ii.png (40×39) III. 17_iii.png (39×39) IV. 17_iv.png (39×42)
Descrição ( ) Configurações da apresentação de slides... ( ) Iniciar do slide atual ( ) Apresentação de slides personalizada... ( ) Iniciar no primeiro slide   A sequência CORRETA, de cima para baixo, é: 
Alternativas
Q2001693 Noções de Informática
Ao acessar a opção “Personalização” na janela “Configurações” do Microsoft Windows 10, versão português, é possível fazer várias configurações personalizadas referentes ao sistema operacional. 
Analise as afirmativas abaixo sobre as funcionalidades da opção “Personalização” da janela “Configurações” do Microsoft Windows 10:
I – Na opção “Tela de fundo” é possível definir o modo “Apresentação de Slides” e selecionar uma pasta contendo imagens que se alternam em um intervalo de tempo. II – Na opção “Tela de bloqueio”, é possível escolher um aplicativo para mostrar o status detalhado na tela de bloqueio. III – Na opção “Barra de Tarefas”, existe a opção para desativar a lista de aplicativos do “Menu Iniciar”.
Estão CORRETAS as afirmativas:
Alternativas
Q2001687 Português
ASSINALE A RESPOSTA CORRETA.

As palavras e as coisas

                                                        Antônio Prata                  
                
     Entre as sugestões que vieram da editora sobre meu novo livro, havia a de trocar "índios" por "indígenas". Sempre fui um defensor do politicamente correto. Algumas mudanças na ética verbal, porém, me parecem contraproducentes.
    Em certo momento dos anos 90, "favela" virou "comunidade". "Favelado" era um termo pejorativo e é compreensível que os moradores destas áreas não quisessem ser chamados assim, mas mudar para "morador de comunidade", embora amacie na semântica, não leva água encanada, esgoto e luz para ninguém. Pelo contrário. 
     A gente ouve "comunidade" e dá a impressão de que aquelas pessoas estão todas de mãos dadas fazendo uma ciranda em torno da horta orgânica, não apinhando-se em condições sub-humanas, sem esgoto, asfalto, educação, saúde.
   Talvez fosse bom deixarmos o incômodo nos tomar toda vez que disséssemos ou ouvíssemos "favela" ou "favelados". Nosso objetivo deveria ser dar condições de vida decente praquela gente, não nos sentirmos confortáveis ao mencioná-la.
     O mesmo vale para "morador em situação de rua". Parece que o cara teve um problema pra voltar pra casa numa terça, dormiu "em situação de rua" num 4 ponto de ônibus e na quarta vai retornar ao conforto do lar. É mentira. A pessoa que mora na rua tá ferrada, é alguém que perdeu tudo na vida, até virar "mendigo".
     "Mendigo" é um termo horrível não porque as vogais e consoantes se juntem de forma deselegante, mas pelo que ele nomeia: gente que dorme na calçada, revira lixo pra comer, não tem sequer acesso a um banheiro. Mas quando a gente fala "morador em situação de rua" vem junto o mesmo morninho no coração de "comunidade": essa situação, pensamos, é temporária. Vai mudar. Logo, logo, ele estará em outra.
     Não, não estará se não nos indignarmos com a indigência e agirmos. Algumas palavras têm que doer, porque a realidade dói. Do contrário, a linguagem deixa de ser uma ferramenta que busca representar a vida como ela é e se torna um tapume nos impedindo de enxergá-la.
     Sobre "índios" e "indígenas", li alguns textos. Os argumentos giram em torno do fato de "índio" ter se tornado um termo pejorativo, ligado aos preconceitos que os brancos sempre tiveram com os povos originários da América: preguiçosos, atrasados, primitivos.
   Tá certo. Mas o problema, pensei, não tá no termo "índio", tá no preconceito do branco. Outro dia ouvi num podcast americano um escritor judeu indignado porque ele, que sempre chamou os de sua religião de "jews" (judeus), agora tinha que dizer "jewish people" (pessoas judias). Como se houvesse algo de errado em ser judeu, ele disse. Como se a mudança na nomenclatura incorporasse o preconceito, quando deveria ser justamente o contrário, feito os negros americanos dos anos 70 dizendo "say it loud, I’m black and I’m proud!" ("diga alto, sou preto e tenho orgulho!").  
   Eu estava errado. Fui salvo da ignorância por minha querida prima antropóloga, Florência Ferrari, e pelo mestre Sérgio Rodrigues. "Indígena" vem de "endógeno", aquele que pertence a um lugar. Ou seja: "povos indígenas" dão uma ideia da multiplicidade de etnias que aqui estavam. "Índio" é uma generalização preconceituosa, tipo "paraíba", no Rio, para se referir a qualquer nordestino ou nortista. Maravilha. Sai "índio". Entra "indígena". Viva a Paraíba.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2022/07/aspalavras-e-as-coisas.shtml (Adaptado) Acesso em: 22 set. 2022,
Em: “Outro dia ouvi num podcast americano um escritor judeu indignado porque ele, que sempre chamou os de sua religião de "jews" (judeus) agora tinha que dizer "jewish people" (pessoas judias).”, os é: 
Alternativas
Q1998085 Biologia
A condição dos países em desenvolvimento na busca da sustentabilidade, particularmente aqueles com grande diversidade ecológica, como o Brasil, depende da habilidade em proteger seus ecossistemas, economias e a saúde pública. Infortunadamente, invasões de espécies exóticas (plantas, animais e microrganismos) trazem uma significante ameaça aos recursos desses países. De acordo com a Convenção sobre Diversidade Biológica, a "espécie exótica" é toda espécie que se encontra fora de sua área de distribuição natural. Por sua vez, uma "Espécie Exótica Invasora" é definida como sendo aquela que ameaça ecossistemas, hábitats ou espécies naturais.

Fonte: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. BIODIVERSIDADE>BIOSSEGURANÇA> Espécies Exóticas Invasoras. Disponível em: www.mma.gov.br/biodiversidade/biosseguranca/especies-exoticas-invasoras Acesso em: 12/03/2018.
Sobre o assunto, NÃO é correto afirmar: 
Alternativas
Respostas
1781: C
1782: C
1783: D
1784: C
1785: B
1786: B
1787: B
1788: D
1789: D
1790: B
1791: C
1792: A
1793: B
1794: B
1795: C
1796: E
1797: D
1798: B
1799: C
1800: C