Questões de Concurso Comentadas para uem

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Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Biólogo |
Q837220 Biologia
O microscópio eletrônico de varredura não pode fornecer informações sobre
Alternativas
Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Biólogo |
Q837219 Biologia
Um microscópio eletrônico de varredura (MEV) utiliza um feixe de elétrons para obter imagens, enquanto um microscópio óptico convencional utiliza fótons para esse propósito. O fato de o microscópio eletrônico usar um feixe de elétrons permite
Alternativas
Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Biólogo |
Q837218 Biologia
A imagem formada a partir do sinal captado na varredura eletrônica de uma superfície pode apresentar diferentes características, uma vez que a imagem resulta da amplificação de um sinal obtido de uma interação entre o feixe eletrônico e o material da amostra. Diferentes sinais podem ser emitidos pela amostra. Os tipos de sinais (elétrons) utilizados na formação de imagens por microscopia eletrônica de varredura são
Alternativas
Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Biólogo |
Q837217 Biologia
No microscópio eletrônico de varredura, devido à necessidade de interação do feixe eletrônico com a amostra, alguns elétrons são absorvidos pela amostra. Esses elétrons devem ser conduzidos para o fio terra do microscópio. Por isso, recomenda-se
Alternativas
Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Contador |
Q837201 Português

                  Literatura faz bem para a saúde (Moacyr Scliar)


1 É difícil / extrair novidades de poemas / no entanto, pessoas morrem miseravelmente / pela falta daquilo que ali se encontra.” O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos: além de escritor multitalentoso, tinha formação em medicina e efetivamente trabalhava cuidando da saúde dos outros. A partir de sua afirmativa, a pergunta se impõe: o que existe, nos poemas e na literatura em geral, que pode manter as pessoas vivas e, quem sabe, até ajudar na cura de algumas doenças?

2 Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras. Que são, como costumavam dizer os antigos gregos, um verdadeiro remédio para as mentes sofredoras. Não se tratava só de uma metáfora engenhosa e sedutora: no século 1 d.C., o médico romano Soranus prescrevia poemas e peças teatrais para seus pacientes. O teatro, aliás, era considerado uma válvula de escape para aquelas emoções reprimidas que todos têm, através da catarse (alívio) que proporciona.

3 A palavra tem um efeito terapêutico. Verbalizar ajuda os pacientes, e esse é o fundamento da psicoterapia – ou talk therapy, como dizem os americanos. E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas. E não apenas elas, claro. Todos nós gostamos de escutar causos e de nos identificarmos com alguns deles. Dizia Bruno Bettelheim (1903- 1990), psicólogo americano de origem austríaca, sobrevivente dos campos de concentração nazistas: “Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade. Os contos de fadas mostram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa, apesar das adversidades”.

4 Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos. No primeiro hospital para doentes mentais dos Estados Unidos, o Pennsylvania Hospital (fundado em 1751 por Benjamin Franklin), na Filadélfia, os pacientes não apenas liam como escreviam e publicavam seus textos em um jornal muito sugestivamente chamado The Illuminator (“O Iluminador”, em inglês). Nos anos 60 e 70 do século 20, o termo “biblioterapia” passou a designar essas atividades. Logo surgiu a “poematerapia”, desenvolvida em instituições como o Instituto de Terapia Poética de Los Angeles, no estado americano da Califórnia. Aliás, nos Estados Unidos, existe até uma Associação Nacional pela Terapia Poética.  

5 Aqui no Brasil, já temos várias experiências na área. No livro O Terapeuta e o Lobo – A Utilização do Conto na Psicoterapia da Criança, o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind, destaca a enorme importância terapêutica do conto, como forma de reforço à identidade infantil e como antídoto contra o medo que aflige tantas crianças. Também é de destacar o Projeto Biblioteca Viva em Hospitais, realizado no Rio de Janeiro e mantido pelo Ministério da Saúde, pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e por um grande banco. A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença, terrível para todos, mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.

6 Finalmente, é preciso dizer que a literatura pode colaborar para a própria formação médica. Muitas escolas de medicina pelo mundo, inclusive no Brasil, estão incluindo no currículo a disciplina Medicina e Literatura. Através de textos como A Morte de Ivan Illich, do escritor russo Léon Tolstoi (em que o personagem sofre de câncer), A Montanha Mágica, do alemão Thomas Mann (que fala sobre a tuberculose) e O Alienista, do brasileiro Machado de Assis (uma sátira às instituições mentais do século 19), os alunos tomam conhecimento da dimensão humana da doença. E assim, mesmo que muitas vezes indiretamente, a literatura passa a ajudar pacientes de todas as idades.

*Moacyr Scliar foi médico sanitarista e um dos principais escritores brasileiros, autor de, entre outros, A Paixão Transformada, um ensaio sobre as relações entre medicina e literatura.

Adaptado de <http://www.revistaprosaversoearte.com/literatura-faz-bem-para-saude-moacyr-scliar/> . Acessado em 19 de julho de 2017.  

No excerto “A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença [...].” (quinto parágrafo), as quatro ocorrências de “a”, respectivamente, são
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Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Contador |
Q837200 Português

                  Literatura faz bem para a saúde (Moacyr Scliar)


1 É difícil / extrair novidades de poemas / no entanto, pessoas morrem miseravelmente / pela falta daquilo que ali se encontra.” O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos: além de escritor multitalentoso, tinha formação em medicina e efetivamente trabalhava cuidando da saúde dos outros. A partir de sua afirmativa, a pergunta se impõe: o que existe, nos poemas e na literatura em geral, que pode manter as pessoas vivas e, quem sabe, até ajudar na cura de algumas doenças?

2 Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras. Que são, como costumavam dizer os antigos gregos, um verdadeiro remédio para as mentes sofredoras. Não se tratava só de uma metáfora engenhosa e sedutora: no século 1 d.C., o médico romano Soranus prescrevia poemas e peças teatrais para seus pacientes. O teatro, aliás, era considerado uma válvula de escape para aquelas emoções reprimidas que todos têm, através da catarse (alívio) que proporciona.

3 A palavra tem um efeito terapêutico. Verbalizar ajuda os pacientes, e esse é o fundamento da psicoterapia – ou talk therapy, como dizem os americanos. E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas. E não apenas elas, claro. Todos nós gostamos de escutar causos e de nos identificarmos com alguns deles. Dizia Bruno Bettelheim (1903- 1990), psicólogo americano de origem austríaca, sobrevivente dos campos de concentração nazistas: “Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade. Os contos de fadas mostram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa, apesar das adversidades”.

4 Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos. No primeiro hospital para doentes mentais dos Estados Unidos, o Pennsylvania Hospital (fundado em 1751 por Benjamin Franklin), na Filadélfia, os pacientes não apenas liam como escreviam e publicavam seus textos em um jornal muito sugestivamente chamado The Illuminator (“O Iluminador”, em inglês). Nos anos 60 e 70 do século 20, o termo “biblioterapia” passou a designar essas atividades. Logo surgiu a “poematerapia”, desenvolvida em instituições como o Instituto de Terapia Poética de Los Angeles, no estado americano da Califórnia. Aliás, nos Estados Unidos, existe até uma Associação Nacional pela Terapia Poética.  

5 Aqui no Brasil, já temos várias experiências na área. No livro O Terapeuta e o Lobo – A Utilização do Conto na Psicoterapia da Criança, o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind, destaca a enorme importância terapêutica do conto, como forma de reforço à identidade infantil e como antídoto contra o medo que aflige tantas crianças. Também é de destacar o Projeto Biblioteca Viva em Hospitais, realizado no Rio de Janeiro e mantido pelo Ministério da Saúde, pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e por um grande banco. A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença, terrível para todos, mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.

6 Finalmente, é preciso dizer que a literatura pode colaborar para a própria formação médica. Muitas escolas de medicina pelo mundo, inclusive no Brasil, estão incluindo no currículo a disciplina Medicina e Literatura. Através de textos como A Morte de Ivan Illich, do escritor russo Léon Tolstoi (em que o personagem sofre de câncer), A Montanha Mágica, do alemão Thomas Mann (que fala sobre a tuberculose) e O Alienista, do brasileiro Machado de Assis (uma sátira às instituições mentais do século 19), os alunos tomam conhecimento da dimensão humana da doença. E assim, mesmo que muitas vezes indiretamente, a literatura passa a ajudar pacientes de todas as idades.

*Moacyr Scliar foi médico sanitarista e um dos principais escritores brasileiros, autor de, entre outros, A Paixão Transformada, um ensaio sobre as relações entre medicina e literatura.

Adaptado de <http://www.revistaprosaversoearte.com/literatura-faz-bem-para-saude-moacyr-scliar/> . Acessado em 19 de julho de 2017.  

Considere as seguintes afirmações sobre a pontuação empregada no texto.


I) No excerto “Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras.” (segundo parágrafo), o ponto final foi empregado para encerrar uma frase declarativa.

II) No excerto “E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas.” (terceiro parágrafo), os dois-pontos foram empregados para introduzir uma explicação.

III) No excerto “[...] o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind, destaca a enorme importância terapêutica do conto [...]” (quinto parágrafo), as vírgulas foram empregadas para destacar um aposto.


Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Contador |
Q837199 Português

                  Literatura faz bem para a saúde (Moacyr Scliar)


1 É difícil / extrair novidades de poemas / no entanto, pessoas morrem miseravelmente / pela falta daquilo que ali se encontra.” O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos: além de escritor multitalentoso, tinha formação em medicina e efetivamente trabalhava cuidando da saúde dos outros. A partir de sua afirmativa, a pergunta se impõe: o que existe, nos poemas e na literatura em geral, que pode manter as pessoas vivas e, quem sabe, até ajudar na cura de algumas doenças?

2 Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras. Que são, como costumavam dizer os antigos gregos, um verdadeiro remédio para as mentes sofredoras. Não se tratava só de uma metáfora engenhosa e sedutora: no século 1 d.C., o médico romano Soranus prescrevia poemas e peças teatrais para seus pacientes. O teatro, aliás, era considerado uma válvula de escape para aquelas emoções reprimidas que todos têm, através da catarse (alívio) que proporciona.

3 A palavra tem um efeito terapêutico. Verbalizar ajuda os pacientes, e esse é o fundamento da psicoterapia – ou talk therapy, como dizem os americanos. E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas. E não apenas elas, claro. Todos nós gostamos de escutar causos e de nos identificarmos com alguns deles. Dizia Bruno Bettelheim (1903- 1990), psicólogo americano de origem austríaca, sobrevivente dos campos de concentração nazistas: “Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade. Os contos de fadas mostram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa, apesar das adversidades”.

4 Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos. No primeiro hospital para doentes mentais dos Estados Unidos, o Pennsylvania Hospital (fundado em 1751 por Benjamin Franklin), na Filadélfia, os pacientes não apenas liam como escreviam e publicavam seus textos em um jornal muito sugestivamente chamado The Illuminator (“O Iluminador”, em inglês). Nos anos 60 e 70 do século 20, o termo “biblioterapia” passou a designar essas atividades. Logo surgiu a “poematerapia”, desenvolvida em instituições como o Instituto de Terapia Poética de Los Angeles, no estado americano da Califórnia. Aliás, nos Estados Unidos, existe até uma Associação Nacional pela Terapia Poética.  

5 Aqui no Brasil, já temos várias experiências na área. No livro O Terapeuta e o Lobo – A Utilização do Conto na Psicoterapia da Criança, o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind, destaca a enorme importância terapêutica do conto, como forma de reforço à identidade infantil e como antídoto contra o medo que aflige tantas crianças. Também é de destacar o Projeto Biblioteca Viva em Hospitais, realizado no Rio de Janeiro e mantido pelo Ministério da Saúde, pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e por um grande banco. A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença, terrível para todos, mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.

6 Finalmente, é preciso dizer que a literatura pode colaborar para a própria formação médica. Muitas escolas de medicina pelo mundo, inclusive no Brasil, estão incluindo no currículo a disciplina Medicina e Literatura. Através de textos como A Morte de Ivan Illich, do escritor russo Léon Tolstoi (em que o personagem sofre de câncer), A Montanha Mágica, do alemão Thomas Mann (que fala sobre a tuberculose) e O Alienista, do brasileiro Machado de Assis (uma sátira às instituições mentais do século 19), os alunos tomam conhecimento da dimensão humana da doença. E assim, mesmo que muitas vezes indiretamente, a literatura passa a ajudar pacientes de todas as idades.

*Moacyr Scliar foi médico sanitarista e um dos principais escritores brasileiros, autor de, entre outros, A Paixão Transformada, um ensaio sobre as relações entre medicina e literatura.

Adaptado de <http://www.revistaprosaversoearte.com/literatura-faz-bem-para-saude-moacyr-scliar/> . Acessado em 19 de julho de 2017.  

No excerto “[...] mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.” (quinto parágrafo), a conjunção em destaque NÃO poderia ser substituída por
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Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Contador |
Q837198 Português

                  Literatura faz bem para a saúde (Moacyr Scliar)


1 É difícil / extrair novidades de poemas / no entanto, pessoas morrem miseravelmente / pela falta daquilo que ali se encontra.” O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos: além de escritor multitalentoso, tinha formação em medicina e efetivamente trabalhava cuidando da saúde dos outros. A partir de sua afirmativa, a pergunta se impõe: o que existe, nos poemas e na literatura em geral, que pode manter as pessoas vivas e, quem sabe, até ajudar na cura de algumas doenças?

2 Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras. Que são, como costumavam dizer os antigos gregos, um verdadeiro remédio para as mentes sofredoras. Não se tratava só de uma metáfora engenhosa e sedutora: no século 1 d.C., o médico romano Soranus prescrevia poemas e peças teatrais para seus pacientes. O teatro, aliás, era considerado uma válvula de escape para aquelas emoções reprimidas que todos têm, através da catarse (alívio) que proporciona.

3 A palavra tem um efeito terapêutico. Verbalizar ajuda os pacientes, e esse é o fundamento da psicoterapia – ou talk therapy, como dizem os americanos. E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas. E não apenas elas, claro. Todos nós gostamos de escutar causos e de nos identificarmos com alguns deles. Dizia Bruno Bettelheim (1903- 1990), psicólogo americano de origem austríaca, sobrevivente dos campos de concentração nazistas: “Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade. Os contos de fadas mostram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa, apesar das adversidades”.

4 Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos. No primeiro hospital para doentes mentais dos Estados Unidos, o Pennsylvania Hospital (fundado em 1751 por Benjamin Franklin), na Filadélfia, os pacientes não apenas liam como escreviam e publicavam seus textos em um jornal muito sugestivamente chamado The Illuminator (“O Iluminador”, em inglês). Nos anos 60 e 70 do século 20, o termo “biblioterapia” passou a designar essas atividades. Logo surgiu a “poematerapia”, desenvolvida em instituições como o Instituto de Terapia Poética de Los Angeles, no estado americano da Califórnia. Aliás, nos Estados Unidos, existe até uma Associação Nacional pela Terapia Poética.  

5 Aqui no Brasil, já temos várias experiências na área. No livro O Terapeuta e o Lobo – A Utilização do Conto na Psicoterapia da Criança, o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind, destaca a enorme importância terapêutica do conto, como forma de reforço à identidade infantil e como antídoto contra o medo que aflige tantas crianças. Também é de destacar o Projeto Biblioteca Viva em Hospitais, realizado no Rio de Janeiro e mantido pelo Ministério da Saúde, pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e por um grande banco. A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença, terrível para todos, mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.

6 Finalmente, é preciso dizer que a literatura pode colaborar para a própria formação médica. Muitas escolas de medicina pelo mundo, inclusive no Brasil, estão incluindo no currículo a disciplina Medicina e Literatura. Através de textos como A Morte de Ivan Illich, do escritor russo Léon Tolstoi (em que o personagem sofre de câncer), A Montanha Mágica, do alemão Thomas Mann (que fala sobre a tuberculose) e O Alienista, do brasileiro Machado de Assis (uma sátira às instituições mentais do século 19), os alunos tomam conhecimento da dimensão humana da doença. E assim, mesmo que muitas vezes indiretamente, a literatura passa a ajudar pacientes de todas as idades.

*Moacyr Scliar foi médico sanitarista e um dos principais escritores brasileiros, autor de, entre outros, A Paixão Transformada, um ensaio sobre as relações entre medicina e literatura.

Adaptado de <http://www.revistaprosaversoearte.com/literatura-faz-bem-para-saude-moacyr-scliar/> . Acessado em 19 de julho de 2017.  

No excerto “Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos.” (quarto parágrafo), a conjunção em destaque indica uma
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Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Contador |
Q837196 Português

                  Literatura faz bem para a saúde (Moacyr Scliar)


1 É difícil / extrair novidades de poemas / no entanto, pessoas morrem miseravelmente / pela falta daquilo que ali se encontra.” O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos: além de escritor multitalentoso, tinha formação em medicina e efetivamente trabalhava cuidando da saúde dos outros. A partir de sua afirmativa, a pergunta se impõe: o que existe, nos poemas e na literatura em geral, que pode manter as pessoas vivas e, quem sabe, até ajudar na cura de algumas doenças?

2 Em primeiro lugar, podemos destacar as próprias palavras. Que são, como costumavam dizer os antigos gregos, um verdadeiro remédio para as mentes sofredoras. Não se tratava só de uma metáfora engenhosa e sedutora: no século 1 d.C., o médico romano Soranus prescrevia poemas e peças teatrais para seus pacientes. O teatro, aliás, era considerado uma válvula de escape para aquelas emoções reprimidas que todos têm, através da catarse (alívio) que proporciona.

3 A palavra tem um efeito terapêutico. Verbalizar ajuda os pacientes, e esse é o fundamento da psicoterapia – ou talk therapy, como dizem os americanos. E a inversa é verdadeira: ao ouvir histórias, as crianças sentem-se emocionalmente amparadas. E não apenas elas, claro. Todos nós gostamos de escutar causos e de nos identificarmos com alguns deles. Dizia Bruno Bettelheim (1903- 1990), psicólogo americano de origem austríaca, sobrevivente dos campos de concentração nazistas: “Os contos de fadas, à diferença de qualquer outra forma de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade. Os contos de fadas mostram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa, apesar das adversidades”.

4 Não é de admirar, portanto, que a leitura tenha se transformado em recurso terapêutico ao longo dos tempos. No primeiro hospital para doentes mentais dos Estados Unidos, o Pennsylvania Hospital (fundado em 1751 por Benjamin Franklin), na Filadélfia, os pacientes não apenas liam como escreviam e publicavam seus textos em um jornal muito sugestivamente chamado The Illuminator (“O Iluminador”, em inglês). Nos anos 60 e 70 do século 20, o termo “biblioterapia” passou a designar essas atividades. Logo surgiu a “poematerapia”, desenvolvida em instituições como o Instituto de Terapia Poética de Los Angeles, no estado americano da Califórnia. Aliás, nos Estados Unidos, existe até uma Associação Nacional pela Terapia Poética.  

5 Aqui no Brasil, já temos várias experiências na área. No livro O Terapeuta e o Lobo – A Utilização do Conto na Psicoterapia da Criança, o psiquiatra infantil, poeta e escritor Celso Gutfreind, destaca a enorme importância terapêutica do conto, como forma de reforço à identidade infantil e como antídoto contra o medo que aflige tantas crianças. Também é de destacar o Projeto Biblioteca Viva em Hospitais, realizado no Rio de Janeiro e mantido pelo Ministério da Saúde, pela Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e por um grande banco. A leitura, realizada por voluntários, ajuda a criança a vencer a insegurança do ambiente estranho e da penosa experiência da doença, terrível para todos, mas ainda mais amedrontadora para os pequenos.

6 Finalmente, é preciso dizer que a literatura pode colaborar para a própria formação médica. Muitas escolas de medicina pelo mundo, inclusive no Brasil, estão incluindo no currículo a disciplina Medicina e Literatura. Através de textos como A Morte de Ivan Illich, do escritor russo Léon Tolstoi (em que o personagem sofre de câncer), A Montanha Mágica, do alemão Thomas Mann (que fala sobre a tuberculose) e O Alienista, do brasileiro Machado de Assis (uma sátira às instituições mentais do século 19), os alunos tomam conhecimento da dimensão humana da doença. E assim, mesmo que muitas vezes indiretamente, a literatura passa a ajudar pacientes de todas as idades.

*Moacyr Scliar foi médico sanitarista e um dos principais escritores brasileiros, autor de, entre outros, A Paixão Transformada, um ensaio sobre as relações entre medicina e literatura.

Adaptado de <http://www.revistaprosaversoearte.com/literatura-faz-bem-para-saude-moacyr-scliar/> . Acessado em 19 de julho de 2017.  

Em "O poeta e dramaturgo modernista americano William Carlos Williams (1883-1963) sabia do que estava falando quando escreveu esses versos [...]” (primeiro parágrafo), a palavra em destaque indica
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Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Contador |
Q837191 Administração Financeira e Orçamentária
Qual é a ressalva existente no princípio orçamentário que estabelece que a Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa?
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Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Contador |
Q837186 Administração Financeira e Orçamentária
Um dos estágios da despesa é o empenho. Qual é a modalidade de empenho que deve ser emitida quando se recebe a conta com o valor efetivo do consumo de água na instituição pública.
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Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Contador |
Q837185 Administração Financeira e Orçamentária
O regime de adiantamento é um processamento especial da despesa pública orçamentária. Assinale a alternativa que apresenta o caso que pode ser utilizado esse regime no que se refere às despesas ou aos gastos de material e serviços de limpeza e higiene.
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Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Contador |
Q837184 Administração Financeira e Orçamentária
Assinale a alternativa que apresenta um exemplo de despesa extraorçamentária que deve ser paga pela entidade pública à margem da lei orçamentária.
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Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Contador |
Q837183 Administração Financeira e Orçamentária
Conforme a classificação da despesa pública orçamentária, assinale a alternativa que apresenta a classe de natureza de despesa para atendimento das necessidades de escrituração contábil e controle da execução orçamentária.
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Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Contador |
Q837182 Administração Financeira e Orçamentária
Assinale o estágio da receita pública que corresponde aos valores que a lei do orçamento consignar.
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Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Contador |
Q837180 Administração Financeira e Orçamentária
Assinale a alternativa que apresenta os aspectos que concedem o direito de arrecadar ao governo, presente no conceito de receita pública.
Alternativas
Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Contador |
Q837179 Administração Financeira e Orçamentária
No conceito de receita pública, estão as finalidades pelas quais o Poder Público arrecada. Quais são essas finalidades?
Alternativas
Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Contador |
Q837174 Administração Financeira e Orçamentária
Assinale a alternativa que completa a sentença: Dentre outros aspectos, para os fins da Lei de Responsabilidade Fiscal, considera-se adequada com a Lei Orçamentária Anual a despesa
Alternativas
Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Contador |
Q837173 Administração Financeira e Orçamentária
De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, no que se refere às dívidas e ao endividamento, assinale a alternativa que apresenta em qual definição se enquadram as operações de crédito de prazo inferior a doze meses, cujas receitas tenham constado do orçamento.
Alternativas
Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Contador |
Q837171 Administração Financeira e Orçamentária
O Ciclo Orçamentário é a essência das etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário no setor público. Assinale a alternativa que apresenta a etapa do ciclo orçamentário que implica a mobilização de recursos humanos, materiais e financeiros.
Alternativas
Respostas
161: E
162: D
163: D
164: B
165: A
166: D
167: E
168: C
169: D
170: A
171: E
172: B
173: A
174: E
175: E
176: A
177: C
178: A
179: C
180: D