Questões de Concurso
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Iniciado na primeira metade do século XX, com John Dewey, o debate sobre experiência e reflexão laboral promoveu debates sobre a melhor forma da profissionalização no campo da Educação. Com o passar dos anos, em especial dos anos 1990 em diante, a formação profissional docente passou a ser considerada tendo por base uma “epistemologia da prática”. Com isso, há a valorização da construção de conhecimento no momento da prática profissional, por meio da reflexão, análise e problematização da prática na prática.
O teórico da Educação que estrutura a prática reflexiva no campo da formação de professores é
O professor F.V. é iniciante na carreira docente. No momento de atribuição de aulas pela secretaria de Educação, escolheu o 3º ano do Ensino Fundamental. Ao iniciar o ano letivo, pautado pela BNCC buscou ensinar números em matemática, mas sentiu dificuldades de os estudantes compreenderem comparação e ordenação numérica. Nas primeiras aulas, sentiu que os estudantes tinham muitas dificuldades e desinteresse. Alguns estudantes mal sabiam os números. Os colegas professores sugeriram motivar os alunos, mas a coordenadora J.T. pediu para passar alguns exercícios básicos do 2º ano para saber se o conteúdo daquele período poderia delinear pontos de partida no processo de ensino. Feito isso, ele observou alguns aspectos a serem direcionados e passou a utilizar continuamente a avaliação, visando quantificar e qualificar informações para identificar os avanços e retrocessos no processo de aprendizagem para os estudantes.
De acordo com tais informações, o nome desse método é avaliação
Das 20 metas do Plano Nacional de Educação (PNE) para o período 2014-2024, uma delas (a 10ª) previa atingir, ao final do período, o oferecimento de, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas a uma modalidade de ensino específica para o ensino fundamental e médio na forma integrada à educação profissional. Sabe-se que tal previsão provavelmente não será concluída, pois de acordo com o Painel de Monitoramento do Plano Nacional da Educação divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), no ano de 2022, apenas 3,5% da meta foi alcançada.
Com base nessa informação, o PNE faz referência à educação
Em uma escola municipal, recém-construída em Inhumas (GO), a diretora G.P. recebeu o estudante P.B. de 10 anos de idade, que veio transferido de outra instituição/cidade e tem histórico fundamentado em deficiência auditiva com muitas dificuldades de aprendizagem. A gestora nunca teve experiência anterior com um estudante com deficiência, mas, é totalmente favorável à inclusão. Ao conhecer um pouco a história do aluno com a família, verificou que foi transferido de escola por muitas vezes nos últimos anos e que isso impactou a sua aprendizagem. Uma das alternativas para o atendimento ao estudante será solicitar à Secretaria Municipal de Educação um tradutor e intérprete de Libras. Nesse sentido, G.P., inicia a redação de uma carta oficial para solicitar esse profissional.
De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão, para atuar na Educação Básica, esse profissional deve possuir a formação de
A partir de dados obtidos da observação sistemática das aulas de Educação Física, verifica-se que a avaliação tem sido entendida e tratada, predominantemente, por professores e alunos para: a) atender exigências burocráticas expressas em normas da escola; b) atender a legislação vigente: e c) selecionar alunos para competições e apresentações tanto dentro da escola quanto com outras escolas. Geralmente é feita pela consideração da “presença” em aula, sendo este o único critério de aprovação ou, então, reduzindo-se a medidas de ordem biométrica: peso, altura etc. bem como de técnicas: execução de gestos técnicos, "destrezas motor”, "qualidades físicas”, ou simplesmente, não é realizada. Esses entendimentos negligenciam, entre outras coisas, o fato de que a avaliação contém um caráter "formal", aparente, explicitado e assumido pela escola, por exemplo, na determinação de períodos para avaliação e de notas, na seleção dos talentos esportivos etc. Contém, ainda, um caráter “não formal" expresso em todas as condutas e comportamentos que constantemente, durante a aula, o professor utiliza para situar o aluno em relação aos seus conhecimentos, habilidades e valores. (...) Tem prevalecido a "orientação" oficial advinda do sistema esportivo. Essa "orientação oficial" determina as condições organizacionais das escolas, as quais condicionam a prática pedagógica da Educação Física, dando-lhe um significado, uma finalidade, um conteúdo e uma forma.
SOARES, C. L. et al. Metodologia do Ensino da Educação Física. Ed. Cortez, São Paulo, 1992, p. 69.
De acordo com Soares et. al., (1992), o significado, a finalidade o conteúdo e a forma da avaliação orientada pela instituição esportiva são respectivamente
Estudos, no entanto, verificaram que, além do foco de atenção externo não produzir melhores efeitos na aprendizagem de novas habilidades motoras de crianças com Transtorno do Espectro Autista, o foco de atenção interno tende a ser mais adequado para essa população. Uma possível explicação reside no fato de que indivíduos com TEA confiam menos no feedback visual que indivíduos com desenvolvimento típico na aprendizagem de uma sequência motor e constroem uma associação mais forte que o esperado entre o comando motor voluntário e o feedback proprioceptivo. Depositando, dessa forma, uma maior confiança na propriocepção em comparação ao controle visual para o desempenho de habilidades motoras. Ou seja, ao ensinar, a habilidade de chutar a bola ao gol aos seus alunos nas aulas de educação física ou nas escolinhas de futebol, o professor poderia utilizar a instrução geral de foco externo (“prestar atenção na posição da bola”) para os alunos com desenvolvimento típico e utilizar a instrução específica de foco interno (“prestar atenção na posição do pé”) para os alunos com TEA.
Justapor, portanto, conceitos de aprendizagem motora às características cognitivas, sensório-motoras, sociais e comportamentais peculiares do TEA capacita os professores de educação física a elaborar soluções para os principais desafios, aumentando sua autoeficácia e consequente atitude em relação à inclusão desses indivíduos nas atividades físicas e esportivas.
SCHLIEMANN, A.; ALVES, M. L. T; DUARTE, E. Educação Física Inclusiva e Autismo: perspectivas de pais, alunos, professores e seus desafios. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, 2020 Jul;34 nesp:77-86, p.83.
De acordo com o texto, o objetivo do trabalho pedagógico com crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista deve centrar-se em
Na roda de capoeira, os praticantes são potenciais jogadores, instrumentistas e cantadores, e se revezam nessas três ocupações durante o seu desenrolar. Ela constitui-se no momento mais importante das atividades da capoeira. Trata-se de uma festa que os capoeiras dão a si mesmos. Nela, eles brincam, jogam, lutam e dançam. Essa particularidade faz da roda de capoeira um universo empolgante e empolgador, capaz de fazer emergir as mais diferenciadas emoções.
FALCÃO, J. L. S. Do Brasil para o mundo: a prática corporal da capoeira na articulação de processos formais e não-formais de educação. In.: Revista Tempos e Espaços em Educação, São Cristóvão, Sergipe, Brasil, v. 11, n. 24, p. 73-86, jan./mar. 2018, p.79.
No trabalho com a capoeira, o autor postula a articulação entre a cultura escolar (educação formal) e a cultura popular (educação não-formal), numa perspectiva de cooperação e complementaridade, para o enfrentamento aos princípios de
Na Educação Física, a orientação da formação por uma perspectiva pragmática, que valoriza os saberes tácitos, tende a ser ainda mais regressiva, face à histórica aversão da área à teoria, ao debate acadêmico e político (Castellani Filho, 1983). Trata-se de um campo acadêmico e profissional cuja histórica prática social ainda está vinculada ao aprender fazendo. Portanto, o pragmatismo, mesmo que atualmente fundamente as políticas educacionais como um todo, proporciona um retrocesso particular na educação física, reposicionando a formação a partir da centralidade da instrumentalização para a intervenção profissional. O que é nuclear nas instituições formativas de caráter escolar (a universidade aí incluída) é o conhecimento sistematizado, clássico ou fundamental para a formação, nesse caso, o acúmulo científico da educação física e de áreas de conhecimentos que estabelecem diálogos fundamentais com este campo acadêmico e profissional. A atual resolução CNE/CES secundariza a concepção de conhecimentos clássicos e fundamentais no processo de formação profissional, especialmente porque o documento ignora os desenvolvimentos epistemológicos da área e superestima todo tipo de flexibilização da formação, induzindo uma orientação curricular que determina que o núcleo formativo não seja constituído pelos conhecimentos acumulados pelo campo, mas sim pelos saberes oriundos das interações práticas cotidianas dos estudantes.
SILVA, H. L. F.; FURTADO, R. P. Reação conservadora neoliberal e políticas curriculares: as novas diretrizes curriculares nacionais da educação física. In.: Revista Currículo sem Fronteiras, v.22, e2150, 2022 p. 13.
Destacam-se os seguintes documentos pertinentes à análise dos autores: a Resolução CNE/CES nº 6/2018, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Educação Física; a Resolução CNE/CP nº2/2019, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNCFormação). Ao analisar o conjunto desses documentos, os autores concluíram que possuem os princípios comuns de
O esporte é uma construção histórico-social humana em constante transformação e fruto de múltiplas determinações. Assim, críticas ao esporte só podem ser endereçadas ao seu sendo, a como ele se apresenta historicamente. E, no caso da pedagogia crítica da EF, com vistas à sua superação, o que significa buscar colaborar para que esse esporte assuma outras características, estas, então, mais adequadas a uma outra (alternativa à hegemônica hoje) concepção de homem e sociedade. A negação do esporte não vai no sentido de abolilo ou fazê-lo desaparecer ou então, negá-lo como conteúdo das aulas de EF. Ao contrário, se pretendemos modificá-lo, é preciso exatamente o oposto, é preciso tratá-lo pedagogicamente. É claro que, quando se adota uma perspectiva pedagógica crítica, esse "tratá-lo pedagogicamente" será diferente do trato pedagógico dado ao esporte a partir de uma perspectiva conservadora de educação.
BRACHT, V. Esporte na escola e esporte de rendimento. Revista Movimento - Ano VI - nº 12 - 2000/1, p. 16.
O autor propõe que o ensino da técnica, necessária à prática dos esportes, seja realizada de forma
A Europa de fins do século XVIII e início do século XIX constituise em palco da construção e consolidação de uma nova sociedade - a sociedade capitalista -, onde os exercícios físicos terão um papel destacado. Para essa nova sociedade, tornavase necessário "construir" um novo homem: mais forte, mais ágil, mais empreendedor. Como a riqueza produzida por essa nova sociedade "pertencia" a poucos, a miséria como seu avesso "pertencia" a muitos: exatamente àqueles que produziam a riqueza exaurindo as forças de seu próprio corpo. Isso mesmo, a força física, a energia física, transformava-se em força de trabalho e era vendida como mais uma mercadoria, pois era a única coisa que o trabalhador dispunha para oferecer no "mercado" dessa chamada "sociedade livre". Os exercícios físicos, então, passaram a ser entendidos como "receita" ê "remédio". Julgava-se que, através deles, e sem mudar as condições materiais de vida a que estava sujeito o trabalhador daquela época, seria possível adquirir o corpo saudável, ágil e disciplinado exigido pela nova sociedade capitalista. É preciso ressaltar que, em relação às condições de vida e de trabalho, passados mais de um século, esse quadro pouco se alterou em países como o Brasil.
SOARES, C. L. et al. Metodologia do Ensino da Educação Física. Ed. Cortez, São Paulo, 1992, p. 34.
Esse tensionamento acima mencionado permanece como um desafio atual no trabalho escolar. Por isso é necessário definir um posicionamento científico sobre a Educação Física. Ao conceituar a Educação Física, Soares et. al, (1992), postulam que ela seja
A figura que reinava no imaginário da intelectualidade brasileira e que tem sua síntese no Jeca Tatu, personagem criado por Monteiro Lobato, em 1918, como meio de descrever o típico homem do interior, mobiliza imagens de um país assolado pela doença e pela vermina, decorrente da falta de saneamento, de nutrição e de instrução, mas também fruto do descaso dos governantes. Para os explicadores do Brasil da década de 1910 e 1920, o problema estava em como sanear as imensas populações de jecas-tatus espalhadas pelo território nacional, moralizar seus corpos e desmistificar “[...] o mobiliário cerebral do Jeca [...] [e] o suculento recheio de superstições [...]” (LOBATO, 1918, p. 286) que povoavam a sua mente. (...) O melhor caminho seria a imigração, modo mais simples de melhorar as características raciais do brasileiro. (...) Conforme Leite (1992), vários ensaístas, como Silvio Romero e Euclides da Cunha, acreditavam que somente o branqueamento da população poderia salvar o Brasil da degenerescência. Lugarcomum nos estudos ditos científicos do final do século XIX, que procuravam provar a desigualdade das raças, das quais a branca e a europeia seriam superiores, o tema da degeneração, de acordo com Blanckaert (2001, p. 149), mobilizava outras questões como “[...] os efeitos da mestiçagem entre raças diferentes, a limitação da imigração de variada extração, a parte do inato e do adquirido nas gerações, os problemas de aclimatação nas colônias, a detecção das frações ‘degeneradas’ da humanidade (alcoólicos, epilépticos, loucos, pervertidos e criminosos”. As ideias de tornar o Brasil um país livre dos seus “males de origem”, utilizando o expediente da imigração, são bem localizadas na historiografia. (...) O corpo era o alvo a ser atingido pela educação física, a melhoria das condições biotipológicas pela adoção de regras de higiene, nas quais estavam inclusos o amor pelo esporte, a exercitação diária, o aprendizado na escola das regras de saúde, o culto ao padrão grego de estética corporal, o amor à pátria e a moralização dos hábitos que poderiam levar à degenerescência.
SCHNEIDER, O.; NETO, A. F. Intelectuais, educação e educação física um olhar historiográfico sobre saúde e escolarização no Brasil. Revista Brasileira de Ciências dos Esporte, Campinas, v. 27, n. 3, p. 73- 92, maio, 2006, p. 76. [Adaptado].
O texto refere-se ao preconceito como forma de razão científica, que apontava desde então, o corpo como alvo e os objetivos da Educação Física como sendo