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Abaixo você pode observar trechos da versão original e a tradução da canção italiana Bella Ciao.
Bella Ciao
Una mattina mi son' svegliato
O bella ciao, bella ciao, bella ciao, ciao, ciao
Una mattina mi son' svegliato
E ho trovato l'invasor
O partigiano, portami via
O bella ciao, bella ciao, bella ciao, ciao, ciao
O partigiano, portami via
Ché mi sento di morir
[...]
E quest' è il fiore del partigiano
O bella ciao, bella ciao, bella ciao, ciao, ciao
E quest'è il fiore del partigiano
Morto per la libertà
[...]
Querida, Adeus
Uma manhã, eu acordei
Querida, adeus! Querida, adeus! Querida,
adeus, adeus, adeus!
Uma manhã, eu acordei
E encontrei um invasor
Oh, membro da Resistência, leve-me embora
Querida, adeus! Querida, adeus! Querida,
adeus, adeus, adeus!
Oh, membro da Resistência, leve-me embora
Porque sinto que vou morrer
[...]
E essa será a flor da Resistência
Querida, adeus! Querida, adeus! Querida,
adeus, adeus, adeus!
E essa será a flor da Resistência
Daquele que morreu pela liberdade
[...]
Atualmente a indústria cultural tem-se utilizado desta canção de diversas maneiras, como trilha sonora, com releituras e como canção política. Levando em conta o significado desta letra e seu primeiro uso, a utilização fora do contexto original pode contribuir:
"A universalidade e igualdade das normas legais para todos os indivíduos só começou a ter vigência no direito burguês. Nas formações sociais precedentes, organizadas por castas, ordens ou estamentos, o direito era explicitamente não-universal e desigual. A própria lei nomeava os segmentos sociais privilegiados e os segmentos destituídos de privilégios. Renascia a escravidão em grande escala nos tempos modernos, os escravos foram submetidos a estatutos especiais, consolidados nos Códigos Negros de algumas colônias das Américas. No caso do Brasil, é suficiente tomar conhecimento da imensa legislação específica dedicada aos escravos (em parte aos libertos) para evitar a tagarelice sobre igualdade, eqüidade e imparcialidade." GORENDER, Jacob. A escravidão reabilitada, São Paulo: Editora Ática. 1990, p. 30.
Após a leitura do excerto do livro “A Escravidão Reabilitada” do historiador Jacob Gorender, analise as alternativas que versam sobre divergências na discussão historiográfica acerca da escravidão no Brasil.
I- O conceito de “escravidão reabilitada” cunhado pelo historiador estruturalista Jacob Gorender propõe o entendimento do escravismo como sistema de dominação insuperável, no qual os escravos eram vítimas impotentes de um sistema que não deixava brechas para a negociação, devido a sua própria estrutura institucionalizada de opressão, a partir da violência.
II- A teoria do “escravo-coisa” defendia a ideia de que as condições extremas do cotidiano dos cativos teriam destituído os escravos da capacidade de representar o mundo a partir de categorias e significados sociais que não aqueles instituídos pelos próprios senhores.
III- A tese desenvolvida no livro “Casa Grande & Senzala” por Gilberto Freyre é largamente defendida, nas décadas de 1950 e 1960, por intelectuais como Fernando Henrique Cardoso, Emília Viotti da Costa e Florestan Fernandes, que atentavam para o caráter violento do regime escravista, o qual explorava seus trabalhadores ao limite da coisificação.
IV- Teorias como a do “escravo-coisa” foram duramente criticadas na historiografia por teóricos como Silvia Hunold Lara e Sidney Chalhoub, que discorriam sobre como os seres humanos submetidos à escravidão transformavam as próprias relações de dominação a que estavam submetidos no cotidiano do cativeiro. Para estes autores, suas ações e valores só podem ser compreendidos através do estudo das relações sociais tecidas por eles e seus senhores.
V- O trecho acima citado do livro do Gorender aponta para a eficácia dos estatutos legais concernentes aos cativos no Brasil. A aplicabilidade das noções de igualdade, equidade e imparcialidade garantiam a universalidade das normas legais para todos os sujeitos, destruindo o entendimento de que houve uma violência institucionalizada no período escravista no o Brasil.
Estão corretas as alternativas:
Sobre a Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988 assinale a alternativa incorreta.
“Para que o documento se transforme em material didático significativo e facilitador da compreensão de acontecimentos vividos por diferentes sujeitos em diferentes situações, é importante haver sensibilidade ao sentido que lhe conferimos enquanto registro do passado. Nessa condição, convém os alunos perceberem que tais registros e marcas do passado são os mais diversos e encontram-se por toda parte: em livros, revistas, quadros, músicas, filmes e fotografias.” BITTENCOURT, Circe. Ensino de história: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2008, p.331.
O trecho citado faz referência ao uso de fontes históricas em sala de aula. Sobre este assunto é correto afirmar:
“Existe um tipo de experiência vital — experiência de tempo e espaço, de si mesmo e dos outros, das possibilidades e perigos da vida — que é compartilhada por homens e mulheres em todo o mundo, hoje. Designarei esse conjunto de experiências como “modernidade”. Ser moderno é encontrar-se em um ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento, autotransformação e transformação das coisas em redor — mas ao mesmo tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos. A experiência ambiental da modernidade anula todas as fronteiras geográficas e raciais, de classe e nacionalidade, de religião e ideologia: nesse sentido, pode-se dizer que a modernidade une a espécie humana. Porém, é uma unidade paradoxal, uma unidade de desunidade: ela nos despeja a todos num turbilhão de permanente desintegração e mudança, de luta e contradição, de ambigüidade e angústia.” BERMAN, Marshal. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Cia das Letras, 1986, p. 15.
Sobre o conceito de modernidade, leia o exerto do texto e em seguida assinale a alternativa correta: