Questões de Concurso
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Texto para responder à questão.
Não são só ladrões os que roubam bolsas ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões, que mais própria ou dignamente merecem este título, são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados; estes furtam e enforcam. Diógenes, que tudo via com mais aguda vista que os outros homens, viu que uma grande tropa de varas e ministros de justiça levavam a enforcar uns ladrões, e começou a bradar: “Lá vão os ladrões grandes enforcar os pequenos..." Ditosa a Grécia, que tinha tal pregador! E mais ditosas as outras nações, se nelas não padecera a justiça as mesmas afrontas. Quantas vezes se viu em Roma ir a enforcar um ladrão por ter furtado um carneiro, e no mesmo dia ser levado em triunfo um cônsul, um ditador por ter roubado uma província! E quantos ladrões teriam enforcado estes mesmos ladrões triunfantes? De um chamado Seronato disse com discreta contraposição Sidônio Apolinar: Non cessat simul furta, vel punire, vel facere. Seronato está sempre ocupado em duas coisas: em castigar furtos, e em os fazer. Isto não era zelo de justiça, senão inveja. Queria tirar os ladrões do mundo, para roubar ele só.
VIEIRA, Antônio. Sermões. In: MOTTA, Dantas. Primeira epistola
de Jm. Jzé. da Sva. Xer. - o Tiradentes - aos ladrões ricos.
Rio: Civilização Brasileira, 1967, p. s/n°
Considerem-se as seguintes orações:
1. se nelas não padecera A JUSTIÇA as mesmas afrontas
2. ...QUANTOS LADRÕES teriam enforcado estes mesmos ladrões triunfantes?
3. De um chamado Seronato disse com discreta contraposição SIDÔNIO APOLINAR
Nessas orações, a função de sujeito é exercida pelos
termos destacados em:
Texto para responder à questão.
Não são só ladrões os que roubam bolsas ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões, que mais própria ou dignamente merecem este título, são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados; estes furtam e enforcam. Diógenes, que tudo via com mais aguda vista que os outros homens, viu que uma grande tropa de varas e ministros de justiça levavam a enforcar uns ladrões, e começou a bradar: “Lá vão os ladrões grandes enforcar os pequenos..." Ditosa a Grécia, que tinha tal pregador! E mais ditosas as outras nações, se nelas não padecera a justiça as mesmas afrontas. Quantas vezes se viu em Roma ir a enforcar um ladrão por ter furtado um carneiro, e no mesmo dia ser levado em triunfo um cônsul, um ditador por ter roubado uma província! E quantos ladrões teriam enforcado estes mesmos ladrões triunfantes? De um chamado Seronato disse com discreta contraposição Sidônio Apolinar: Non cessat simul furta, vel punire, vel facere. Seronato está sempre ocupado em duas coisas: em castigar furtos, e em os fazer. Isto não era zelo de justiça, senão inveja. Queria tirar os ladrões do mundo, para roubar ele só.
VIEIRA, Antônio. Sermões. In: MOTTA, Dantas. Primeira epistola
de Jm. Jzé. da Sva. Xer. - o Tiradentes - aos ladrões ricos.
Rio: Civilização Brasileira, 1967, p. s/n°
Releia-se a seguinte passagem:
Diógenes, que tudo via com mais aguda vista que os outros homens, VIU que uma grande tropa de varas e ministros de justiça LEVAVAM a ENFORCAR uns ladrões, e COMEÇOU a bradar: “Lá vão os ladrões grandes enforcar os pequenos..." Ditosa a Grécia, que tinha tal pregador! E mais ditosas as outras nações, se nelas não PADECERA a justiça as mesmas afrontas.
Em relação às formas verbais em destaque, carece de sustentação o comentário feito em:
Texto para responder à questão.
Não são só ladrões os que roubam bolsas ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões, que mais própria ou dignamente merecem este título, são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados; estes furtam e enforcam. Diógenes, que tudo via com mais aguda vista que os outros homens, viu que uma grande tropa de varas e ministros de justiça levavam a enforcar uns ladrões, e começou a bradar: “Lá vão os ladrões grandes enforcar os pequenos..." Ditosa a Grécia, que tinha tal pregador! E mais ditosas as outras nações, se nelas não padecera a justiça as mesmas afrontas. Quantas vezes se viu em Roma ir a enforcar um ladrão por ter furtado um carneiro, e no mesmo dia ser levado em triunfo um cônsul, um ditador por ter roubado uma província! E quantos ladrões teriam enforcado estes mesmos ladrões triunfantes? De um chamado Seronato disse com discreta contraposição Sidônio Apolinar: Non cessat simul furta, vel punire, vel facere. Seronato está sempre ocupado em duas coisas: em castigar furtos, e em os fazer. Isto não era zelo de justiça, senão inveja. Queria tirar os ladrões do mundo, para roubar ele só.
VIEIRA, Antônio. Sermões. In: MOTTA, Dantas. Primeira epistola
de Jm. Jzé. da Sva. Xer. - o Tiradentes - aos ladrões ricos.
Rio: Civilização Brasileira, 1967, p. s/n°