Questões de Concurso
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A Documentação Museológica é algo que ocupa boa parte das preocupações e do trabalho dos profissionais de museus. Helena Barbuy (2008) pondera que os sistemas de informação nos museus podem ter graus diferenciados de complexidade e sofisticação. No entanto, defende que existiria uma função ideal (um objetivo central) para um sistema desses. Qual?
“Depois de uma tensa reunião do Conselho Consultivo do SPHAN, em Salvador, na tarde de 30 de maio de 1984, o Terreiro Casa Branca foi oficialmente tombado como monumento nacional. Nada similar havia ocorrido até então na história do patrimônio cultural no Brasil, e o caso tornou-se o foco de um intenso debate entre defensores e adversários daquela decisão .Estes últimos questionavam como seria possível o “tombamento" de um espaço que abrigava algo vivo e em permanente mudança, um culto religioso popular com seus diversos rituais. O tombamento de um prédio, uma ruína, ou um objeto pressupõe sua permanência e imutabilidade. Mas como, perguntavam, poderia um terreiro de candomblé ser mantido de forma inalterada?"
(GONÇALVES, José Reginaldo Santos. A retórica da perda. Os discursos do patrimônio cultural no Brasil. Rio de Janeiro: UFRJ; Ministério da Cultura / IPHAN, 2002. p.76-77.)
Sobre o debate descrito por Golçalves no trecho acima citado, podemos afirmar que ele refletia
O trecho da obra de João Ubaldo Ribeiro se refere a manifestações da cultura negra no Brasil, um país construído a partir de dicotomias diversas entre a cultura dita “oficial" e culturas subalternas. A constituição de um patrimônio nacional brasileiro se deu, em diversos momentos da nossa história recente, por meio da disseminação da noção contraditória de que as diferenças são compartilhadas no bojo de uma cultura única e homogênea.
Sobre o processo de legitimação do patrimônio nacional e o reconhecimento da cultura produzida pela diáspora africana no Brasil, é possível afirmar o seguinte:
“Segundo o sentido comum, a musealização designa o tornar-se museu ou, de maneira mais geral, a transformação de um centro de vida, que pode ser um centro de atividade humana ou um sítio natural, em algum tipo de museu. A expressão 'patrimonialização' descreve melhor, sem dúvida, este princípio, que repousa essencialmente sobre a ideia de preservação de um objeto ou de um lugar, mas que não se aplica ao conjunto do processo museológico." (DESVALLÉES, André & MAIRESSE, François. Conceitos-chave de museologia. São Paulo: Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus; Pinacoteca do Estado de São Paulo; Secretaria de Estado da Cultura, 2013. p.56-57).
Sobre a relação entre “musealização" e “patrimonialização", podemos afirmar que
“Aliás, a identidade do próprio museu se torna indefinida quando a museografia das ciências e das artes se serve da instalação ou de outras formas de trabalho plástico, quando a singularidade do olhar ou o paradoxo da atitude se converte no critério de escolha do “conservador convidado" responsável pelo remanejamento do museu e quando o catálogo se transforma, entre tratado de filosofia e livro de artista, em obra original sem nenhum vínculo com a tradição descritiva."
(POULOT, Dominique. Museu e museologia. Belo Horizonte: Autêntica, 2013, p.103).
No trecho descrito acima, a que principais características dos museus na contemporaneidade se refere o autor?