Questões de Concurso
Comentadas para médico cirurgião geral
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A Política Nacional de Humanização, também conhecida como PNH, é uma política pública do SUS voltada para ativação de dispositivos que favoreçam ações de humanização no âmbito da atenção e da gestão da saúde no Brasil.
Assinale a alternativa correta acerca dessa temática, quantos aos objetivos, princípios e métodos.
Em relação à síndrome carcinoide maligna associada aos tumores neuroendócrinos (TNE) do intestino delgado, é correto afirmar que:
Paciente do sexo masculino, 45 anos, com quadro de dor torácica, dispneia e tosse, realizou radiografia de tórax que mostrou lesão tumoral expansiva, localizada entre o esterno, o pericárdio e as pleuras viscerais. O diagnóstico mais provável nesse caso é:
Paciente vítima de acidente automobilístico dá entrada no pronto-socorro, confuso e referindo dor abdominal. Ao exame físico, apresenta abdômen difusamente doloroso à palpação, FC = 110bpm, FR = 30irpm e PA = 110 x 80mmHg. Segundo o ATLS, a classificação do choque desse paciente é:
Paciente de 47 anos apresentou lesão melanocítica em coxa esquerda com aproximadamente 1,5cm de extensão. Foi submetida à biópsia excisional, cujo laudo histopatológico indicou melanoma maligno Breslow 2,0mm com áreas de ulceração e índice de mitótico de 3%. As margens de ressecção distavam 5mm da lesão. A conduta adequada, nesse caso, é:
Mulher de 39 anos, assintomática, realizou exame de ultrassonografia pélvica de rotina que identificou tumoração hipoecoica no apêndice vermiforme. Foi realizada investigação com tomografia computadorizada de abdômen e pelve, que identificou lesão hipodensa, de aspecto cístico, com 2cm em seu maior diâmetro, localizada na ponta do apêndice. Nesse caso, a conduta adequada é:
Homem de 21 anos foi admitido na emergência com quadro de febre não aferida e dor abdominal com 4 dias de evolução. Ao exame clínico, foi identificada massa palpável de contornos mal definidos, muito dolorosa à palpação profunda, localizada em fossa ilíaca direita. Os sinais vitais mostraram PA = 130 x 80mmHg, FC = 92bpm, FR = 14irpm e TAx = 37,8ºC. A tomografia computadorizada de abdômen e pelve evidenciou ausência de pneumoperitôneo e uma coleção, com aproximadamente 6cm de diâmetro, em região pericecal, associada à densificação dos tecidos adjacentes. Considerando o diagnóstico mais provável, a conduta inicial adequada é a realização de:
Atualmente, a abordagem cirúrgica da doença ulcerosa péptica ocorre, quase exclusivamente, no tratamento de suas complicações. A complicação que responde pela maioria das indicações de tratamento cirúrgico é:
Na duodenopancreatectomia realizada para o tratamento radical do adenocarcinoma da cabeça do pâncreas, a abordagem inicial da artéria mesentérica superior (artery-first approach), quando indicada, tem como objetivo:
Homem de 59 anos, obeso, relata hipertensão arterial há mais de cinco anos sem qualquer acompanhamento médico nesse período. No momento, está assintomático. Em relação ao manejo e acompanhamento das doenças crônicas na APS, é correto afirmar que:
Os cuidados preventivos são fundamentais para a prática clínica na Atenção Primária. Analise as seguintes práticas:
I. Usar um teste de rastreamento e diagnóstico seguido por tratamento;
II. Usar estratégias de tratamento que limitem consequências adversas da doença;
III. Eliminar fatores de risco, remover causas e realizar campanhas de vacinação;
IV. Otimizar os recursos em saúde e legitimar o potencial terapêutico da demora permitida.
Em relação ao nível de prevenção, essas práticas são classificadas, respectivamente, como:
Durante uma consulta, homem de 73 anos, hipertenso, diabético, obeso e sedentário relata que sente-se muito sozinho. Ele é solteiro, sem filhos e está aposentado. Na última consulta, apresentou PA = 150 x 90mmHg, G = 197mg/dL e HgA1c = 8,4%. Refere uso regular de medicações, mas comenta que toma muitos remédios. Entre as possibilidades de intervenção no cuidado, o que está relacionado a uma melhor resposta terapêutica é:
Um gestor resolve privilegiar a implantação de Unidades de Saúde da Família em áreas de menor índice de desenvolvimento humano (IDH) e determina que a quantidade de equipes básicas, bem como o acesso a equipamentos de saúde nas diferentes áreas devem ser orientados pelos indicadores socioeconômicos e epidemiológicos da população adscrita. Essa decisão do gestor visa promover o conceito do SUS de:
As chamadas portas de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) se constituem de serviços que ofertam atendimento inicial à saúde do usuário. Os serviços do SUS considerados como porta de entrada são os(as):
Texto I
Escrever
Joaquim Ferreira dos Santos
A estudante perguntou como era essa coisa de escrever. Eu fiz o gênero fofo. Moleza, disse.
Primeiro, evite estes coloquialismos de “fofo” e “moleza”, passe longe das gírias ainda não
dicionarizadas e de tudo que soe mais falado do que escrito. Isto aqui não é rádio FM. De vez em
quando, para não acharem que você mora trancado com o Domingos Paschoal Cegalla ou outro
5 gramático de chicote, aplique uma gíria como se fosse um piparote de leve no cangote do texto, mas,
em geral, evite. Fuja dessas rimas bobinhas, desses motes sonoros. O leitor pode se achar diante de
um rapper frustrado e dar cambalhotas. Mas, atenção, se soar muito escrito, reescreva.
Quando quiser aplicar um “mas”, tome fôlego, ligue para o 0800 do Instituto Fernando Pessoa,
peça autorização ao bispo de plantão e, por favor, volte atrás. É um cacoete facilitador.
10 Dele deve ter vindo a expressão “cheio de mas-mas”, ou seja, uma pessoa cheia de “não é bem
assim”, uma chata que usa o truque de afirmar e depois, como se fosse estilo, obtemperar.
Não tergiverse, não diga palavras complicadas, não escreva nas entrelinhas. Seja acima de tudo
afirmativo, reto no assunto. [...]
[...]
Sempre cabe uma linha a menos no texto, é o efeito Rexona aplicado na axila gramatical. Evite
15 metáforas complicadas, passe por cima de expressões como “em geral”, como está no primeiro
parágrafo, pois elas têm a mesma função do paralelepípedo dos parênteses, dos travessões. Chute
para fora da página tudo mais que faça as pessoas tropeçarem na leitura ou darem aquela ré em
busca do verdadeiro sentido da frase que passou.
Deixe tudo em pratos limpos, sem tamanho lugar-comum. Ouça a voz do flanelinha semântico
20 gritando a chave para o bom texto. “Deixa solto”.
É mais ou menos por aí, eu disse para a menina que me perguntou como é essa coisa de
escrever.
Para sinalizar o trânsito das ideias, use apenas o ponto e vírgula, nunca juntos. Faça com que o
primeiro chegue logo, e a outra apareça o mínimo possível. Vista Hemingway, só frases curtas. Ouça
25 João Cabral, nada de perfumar a rosa com adjetivos.
Mergulhe Rubem Braga, palavras, de preferência de até três sílabas. “Pormenorizada”, vista de
cima, é um palavrão absurdo. Dispense, sem pormenores.
O texto deve correr sem obstáculos, interjeições, dois pontos, reticências e sinais que só
confundem os passageiros que quer chegar ao ponto final. Cuidado com o “que quer” da frase
30 anterior, pois da plateia um gaiato pode ecoar um “quequerequé” e estará coberto de razão. A
propósito, eu disse para a menina, perca a razão quando lhe aparecer um clichê desses pela frente.
Você já se livrou do “mas”, agora vai cuidar do “que” e em breve ficará livre da tentação de
sofisticar o texto com uma expressão estrangeira. É out. Escreva em português. Aproveite e diga ao
diagramador para colocar o título da matéria na horizontal e não de cabeça para baixo, como está na
35 moda, como se estivesse em um jornal japonês.
Pode-se escrever baixinho, como faz o Verissimo, que ouviu muito Mario Reis para chegar àquela
perfeição de texto de câmara. Outra opção é desabafar pelos cinco mil alto-falantes o que vai na pena
da alma, como faz o Xico Sá, que aprendeu a escrever com o Waldick Soriano. Escreva com a
sonoridade que lhe aprouver, nunca com cacófatos assim ou verbos que façam o leitor perguntar para
40 o vizinho do lado que maluquice é essa de “aprouver”. Fuja da voz passiva, da forma negativa, do
gerundismo e principalmente da voz dos outros. Se falo fino, se falo grosso, ninguém tem nada com
isso. [...]
De vez em quando, abra um parágrafo para o leitor respirar. Alguns deles têm a mania de pegar o
bonde no meio do caminho e, com mais parágrafos abertos, mais possibilidades de ele embarcar na
45 viagem que o texto oferece. Escrever é dar carona. Eu disse isso e outro tanto do mesmo para a
menina. Jamais afirmei, jamais expliquei, jamais contei ou usei qualquer outro verbo de carregação da
frase que não fosse o dizer. Evitei também qualquer advérbio em seguida, como “enfaticamente”,
“seriamente”, “bem-humoradamente”. Antes do ponto final, eu disse para a menina que tantas regras,
e outras a serem ditas num próximo encontro, serviam apenas de lençol. Elas forram o texto, deixam
50 limpo e dão conforto. Escrever é desarrumar a cama.
Fonte: adaptado por Augusto Nunes Revista Veja, 31 de julho de 2020. Disponível em: https://veja.abril.com.br/blog/augustonunes/8220-escrever-8221-um-texto-de-joaquim-ferreira-dos-santos/
Com base no Texto I, responda às questões de números 1 a 6. |
Nos fragmentos a seguir, há correspondência entre a conjunção e o seu respectivo valor semântico em:
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