Questões de Concurso Comentadas para agente educacional

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Q456901 Português
Remédios e Venenos

No início do século XX, a indústria farmacêutica propagandeava as virtudes do ópio e da cocaína, puros e em vários remédios, para diversas finalidades, que eram consumidos livremente pela população, de crianças a idosos. Mas assim como não há registros da eficácia curativa dos remédios, também não há notícias de intoxicações e overdoses, e a ideia de "dependente de drogas" não existia.

Aracy de Almeida contava que, nos anos 30, se reunia com Noel Rosa, Mário Reis e outros artistas na Taberna da Glória e, quando a noite avançava e o cansaço chegava, mandavam um moleque à farmácia buscar "um bujãozinho de cocaína da Merck suíça", que era vendido legalmente no Brasil até 1937.

(....) Drogas sempre existiram, mas quando e como o consumo abusivo virou uma epidemia comportamental? Talvez nos anos 60, quando os hippies promoveram a cultura do LSD e da maconha, que eram associados ao ócio e à improdutividade, ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã. A reação conservadora veio, nos Estados Unidos, com Nixon e a "guerra às drogas", que Reagan transformou em política de Estado, com os resultados desastrosos que se conhece e que fizeram tantos países repensar essa estratégia. Hoje a venda de maconha "medicinal" é livre em vinte estados americanos. Como no início do século XX.

No Uruguai, ela será comercializada pelo Estado, a preços populares (um terço da cotação atual na rua), mas sujeita a inúmeras, e inúteis, restrições. Estrangeiros não podem comprar, só fumar, e os usuários locais têm cota mensal de 40 gramas, mas podem vender a um amigo. Só 30% da população apoiam, mas o tabu foi quebrado e a experiência deles será uma pesquisa valiosa para nós.

(MOTTA, Nelson. O GLOBO, 13/12/2013)
O autor do texto colocou a expressão "dependente de drogas" entre aspas porque essa expressão
Alternativas
Q456898 Português
Remédios e Venenos

No início do século XX, a indústria farmacêutica propagandeava as virtudes do ópio e da cocaína, puros e em vários remédios, para diversas finalidades, que eram consumidos livremente pela população, de crianças a idosos. Mas assim como não há registros da eficácia curativa dos remédios, também não há notícias de intoxicações e overdoses, e a ideia de "dependente de drogas" não existia.

Aracy de Almeida contava que, nos anos 30, se reunia com Noel Rosa, Mário Reis e outros artistas na Taberna da Glória e, quando a noite avançava e o cansaço chegava, mandavam um moleque à farmácia buscar "um bujãozinho de cocaína da Merck suíça", que era vendido legalmente no Brasil até 1937.

(....) Drogas sempre existiram, mas quando e como o consumo abusivo virou uma epidemia comportamental? Talvez nos anos 60, quando os hippies promoveram a cultura do LSD e da maconha, que eram associados ao ócio e à improdutividade, ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã. A reação conservadora veio, nos Estados Unidos, com Nixon e a "guerra às drogas", que Reagan transformou em política de Estado, com os resultados desastrosos que se conhece e que fizeram tantos países repensar essa estratégia. Hoje a venda de maconha "medicinal" é livre em vinte estados americanos. Como no início do século XX.

No Uruguai, ela será comercializada pelo Estado, a preços populares (um terço da cotação atual na rua), mas sujeita a inúmeras, e inúteis, restrições. Estrangeiros não podem comprar, só fumar, e os usuários locais têm cota mensal de 40 gramas, mas podem vender a um amigo. Só 30% da população apoiam, mas o tabu foi quebrado e a experiência deles será uma pesquisa valiosa para nós.

(MOTTA, Nelson. O GLOBO, 13/12/2013)
No primeiro período do texto há duas formas verbais no pretérito imperfeito: propagandeava, eram consumidos.

O uso desse tempo verbal mostra as ações como
Alternativas
Q456380 Português
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à ortografia, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q456379 Português
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à concordância verbal, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q456378 Português
Todos os países que reduziram a maioridade penal não diminuíram a violência 

Por Frei Betto 

Voltou à pauta do Congresso, por insistência do PSDB, a proposta de criminalizar menores de 18 anos via redução da maioridade penal.

De que adianta? Nossa legislação já responsabiliza toda pessoa acima de 12 anos por atos ilegais. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, o menor infrator deve merecer medidas socioeducativas, como advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviço à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação. A medida é aplicada segundo a gravidade da infração.

Nos 54 países que reduziram a maioridade penal, não se registrou redução da violência. A Espanha e a Alemanha voltaram atrás na decisão de criminalizar menores de 18 anos. Hoje, 70% dos países estabelecem 18 anos como idade penal mínima.

O índice de reincidência em nossas prisões é de 70%. Não existe, no Brasil, política penitenciária, nem intenção do Estado de recuperar os detentos. Uma reforma prisional seria tão necessária e urgente quanto a reforma política. As delegacias funcionam como escola de ensino fundamental para o crime; os cadeiões, como ensino médio; as penitenciárias, como universidades.

O ingresso precoce de adolescentes em nosso sistema carcerário só faria aumentar o número de bandidos, pois tornaria muitos deles distantes de qualquer medida socioeducativa. Ficariam trancafiados como mortos-vivos, sujeitos à violência, inclusive sexual, das facções que reinam em nossas prisões.

Já no sistema socioeducativo, o índice de reincidência é de 20%, o que indica que 80% dos menores infratores são recuperados.

Nosso sistema prisional já não comporta mais presos. No Brasil, eles são, hoje, 500 mil, a quarta maior população carcerária do mundo. Perdemos apenas para os EUA (2,2 milhões), China (1,6 milhão) e Rússia (740 mil).

Reduzir a maioridade penal é tratar o efeito, e não a causa. Ninguém nasce delinquente ou criminoso. Um jovem ingressa no crime devido à falta de escolaridade, de afeto familiar, e por pressão consumista que o convence de que só terá seu valor reconhecido socialmente se portar determinados produtos de grife.

Enfim, o menor infrator é resultado do descaso do Estado, que não garante a tantas crianças creches e educação de qualidade; áreas de esporte, arte e lazer; e a seus pais trabalho decente ou uma renda mínima para que possam subsistir com dignidade em caso de desemprego.

Portanto, não basta reduzir a maioridade penal e instalar UPPs em áreas consideradas violentas. O traficante não espera que seu filho seja bandido, e sim doutor. Por que, junto com a polícia pacificadora, não ingressam, nas áreas dominadas por bandidos, escolas, oficinas de música, teatro, literatura e praças de esportes?

Punidos deveriam ser aqueles que utilizam menores na prática de crimes. E eles costumam ser hóspedes do Estado que, cego, permite que dentro das cadeias as facções criminosas monitorem, por celulares, todo tipo de violência contra os cidadãos.

Que tal criminalizar o poder público por conivência com o crime organizado? Bem dizia o filósofo Carlito Maia: “O problema do menor é o maior.”

Observe a oração abaixo e, em seguida, assinale a alternativa em que a conjunção destacada estabeleça o mesmo sentido e tenha a mesma classificação que a conjunção destacada na oração abaixo.

Portanto, não basta reduzir a maioridade penal e instalar UPPs em áreas consideradas violentas.”
Alternativas
Q456377 Português
Todos os países que reduziram a maioridade penal não diminuíram a violência 

Por Frei Betto 

Voltou à pauta do Congresso, por insistência do PSDB, a proposta de criminalizar menores de 18 anos via redução da maioridade penal.

De que adianta? Nossa legislação já responsabiliza toda pessoa acima de 12 anos por atos ilegais. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, o menor infrator deve merecer medidas socioeducativas, como advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviço à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação. A medida é aplicada segundo a gravidade da infração.

Nos 54 países que reduziram a maioridade penal, não se registrou redução da violência. A Espanha e a Alemanha voltaram atrás na decisão de criminalizar menores de 18 anos. Hoje, 70% dos países estabelecem 18 anos como idade penal mínima.

O índice de reincidência em nossas prisões é de 70%. Não existe, no Brasil, política penitenciária, nem intenção do Estado de recuperar os detentos. Uma reforma prisional seria tão necessária e urgente quanto a reforma política. As delegacias funcionam como escola de ensino fundamental para o crime; os cadeiões, como ensino médio; as penitenciárias, como universidades.

O ingresso precoce de adolescentes em nosso sistema carcerário só faria aumentar o número de bandidos, pois tornaria muitos deles distantes de qualquer medida socioeducativa. Ficariam trancafiados como mortos-vivos, sujeitos à violência, inclusive sexual, das facções que reinam em nossas prisões.

Já no sistema socioeducativo, o índice de reincidência é de 20%, o que indica que 80% dos menores infratores são recuperados.

Nosso sistema prisional já não comporta mais presos. No Brasil, eles são, hoje, 500 mil, a quarta maior população carcerária do mundo. Perdemos apenas para os EUA (2,2 milhões), China (1,6 milhão) e Rússia (740 mil).

Reduzir a maioridade penal é tratar o efeito, e não a causa. Ninguém nasce delinquente ou criminoso. Um jovem ingressa no crime devido à falta de escolaridade, de afeto familiar, e por pressão consumista que o convence de que só terá seu valor reconhecido socialmente se portar determinados produtos de grife.

Enfim, o menor infrator é resultado do descaso do Estado, que não garante a tantas crianças creches e educação de qualidade; áreas de esporte, arte e lazer; e a seus pais trabalho decente ou uma renda mínima para que possam subsistir com dignidade em caso de desemprego.

Portanto, não basta reduzir a maioridade penal e instalar UPPs em áreas consideradas violentas. O traficante não espera que seu filho seja bandido, e sim doutor. Por que, junto com a polícia pacificadora, não ingressam, nas áreas dominadas por bandidos, escolas, oficinas de música, teatro, literatura e praças de esportes?

Punidos deveriam ser aqueles que utilizam menores na prática de crimes. E eles costumam ser hóspedes do Estado que, cego, permite que dentro das cadeias as facções criminosas monitorem, por celulares, todo tipo de violência contra os cidadãos.

Que tal criminalizar o poder público por conivência com o crime organizado? Bem dizia o filósofo Carlito Maia: “O problema do menor é o maior.”

Observe o trecho transcrito do texto e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta um sinônimo da palavra destacada de acordo com o contexto.

“(...) a seus pais trabalho decente ou uma renda mínima para que possam subsistir com dignidade em caso de desemprego.”
Alternativas
Q438269 Pedagogia
A participação da família na experiência socioeducativa deve ser compreendida como
Alternativas
Q438268 Pedagogia
As práticas sociais devem oferecer condições reais, por meio de ações e atividades programáticas, para a participação ativa e qualitativa da família no processo socioeducativo, porque
Alternativas
Q438267 Pedagogia
A formação continuada e de aperfeiçoamento profissional para a qualificação da ação docente de modo geral é discutida e justificada pelos especialistas como
Alternativas
Q438266 Pedagogia
A respeito do processo de formação continuada dos atores sociais envolvidos no atendimento socioeducativo, a orientação oficial é que devem se voltar a uma conduta profissional
Alternativas
Q438265 Pedagogia
As pessoas não nascem boas ou ruins; é a sociedade, quer queira ou não, que educa moralmente seus membros, embora a família, os meios de comunicação e o convívio com outras pessoas tenham influência marcante no comportamento da criança. O tema Ética deve estar presente nas preocupações da educação. Nesse sentido, os documentos oficiais orientam que
Alternativas
Q438264 Pedagogia
A Declaração Mundial sobre Educação para Todos destaca que toda pessoa, criança, adolescente ou adulto deve poder beneficiar-se de uma formação concebida para responder às suas necessidades educativas fundamentais. Essas necessidades compreendem tanto os instrumentos de aprendizagens essenciais, como conteúdos educativos, dos quais o ser humano tem necessidade para viver e trabalhar com dignidade, participar plenamente do desenvolvimento, melhorar a qualidade de sua existência, tomar decisões de forma esclarecida e continuar a aprender.

Os instrumentos de aprendizagens essenciais são
Alternativas
Q438263 Pedagogia
As sociedades, mesmo envolvidas cotidianamente com as questões materiais, desejam alcançar valores que podem ser chamados morais e espirituais, de acordo com os documentos oficiais. Suscitar em cada um tais valores, segundo as tradições e convicções de cada sociedade, é uma das tarefas para a educação. Para cumprir esse papel, as instituições oficiais responsáveis pela educação, no Brasil, precisam
Alternativas
Q438262 Pedagogia
A exigência e a compreensão, enquanto elementos primordiais de reconhecimento e respeito ao adolescente durante o atendimento socioeducativo implicam que o educador
Alternativas
Q438261 Pedagogia
Analise as proposições a seguir.

I. O desenvolvimento da espécie humana e do indivíduo dessa espécie está baseado no aprendizado que sempre envolve a interferência, direta ou indireta, de outros indivíduos e a reconstrução pessoal da experiência e dos significados. Nesse sentido, as experiências de aprendizagens que as instituições educacionais oferecem para os seus jovens podem fazer muita diferença.

II. De acordo com a concepção sociointeracionista de aprendizagem, a construção das funções psicológicas superiores, que envolvem a capacidade de planejar, memorizar e imaginar, é típica dos seres humanos.

Analisada a primeira proposição frente à segunda, é correto afirmar que a construção das funções psicológicas superiores
Alternativas
Q438260 Pedagogia
De acordo com a literatura pedagógica atual, o processo ensino-aprendizagem não se resume a um único processo, envolve, de fato, dois processos distintos: o de ensino, pelo professor, e o de aprendizagem, desenvolvido pelo aluno. Os especialistas na área incluem, nessa discussão, algumas propostas didático-pedagógicas, que são consideradas como boas situações para promover a aprendizagem do aluno, dentre as quais encontra-se:
Alternativas
Q438259 Pedagogia
O educador Paulo Freire afirma que o educador será tanto melhor, quanto mais eficazmente consiga provocar o educando no sentido de que prepare ou refine sua curiosidade, e que o aluno deve trabalhar com a ajuda do educador, com vistas a que produza sua inteligência do objeto ou do conteúdo de que o educador fala.

Sob o ponto de vista do autor, compreende-se que o educador deve
Alternativas
Q438258 Pedagogia
As instituições devem criar oportunidades para que o adolescente ultrapasse a esfera espontânea de apreensão da realidade para chegar à esfera crítica, assumindo conscientemente seu papel de sujeito. Esse processo de conscientização desenvolve-se no ato de ação–reflexão–ação. Nesse sentido, as ações devem propiciar a participação crítica do adolescente na
Alternativas
Q438257 Pedagogia
Há alguns elementos a serem observados no atendimento socioeducativo, tais como a compreensão, a exigência, a diretividade e a disciplina.

Assinale a alternativa que apresenta os dois conceitos corretos correspondentes à disciplina e à diretividade.
Alternativas
Q438256 Pedagogia
As medidas socioeducativas possuem, em sua concepção básica, dois aspectos. Um de natureza sancionatória, que responsabiliza judicialmente os adolescentes, e outro de natureza sociopedagógica, cuja execução está condicionada à garantia de direitos e ao desenvolvimento de ações educativas que visam
Alternativas
Respostas
541: D
542: A
543: C
544: A
545: C
546: D
547: B
548: A
549: B
550: C
551: A
552: D
553: A
554: E
555: D
556: C
557: E
558: A
559: E
560: B