Questões de Concurso
Comentadas para médico em medicina nuclear
Foram encontradas 11 questões
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Carlos, 25 anos de idade, é trabalhador rural e teve 18% de sua superfície corporal queimada, após tentar conter queimada na lavoura onde trabalha. Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa que indica o atendimento correto a essa situação clínica.
A realização de procedimentos cirúrgicos determina agressão ao organismo, com aumento do consumo de energia que será utilizada na cicatrização e na mobilização da resposta imunológica do indivíduo ao trauma e ao estresse cirúrgico. Considerando o exposto, assinale a alternativa correta acerca do paciente operado.
A vacinação é uma medida de grande impacto na redução da morbimortalidade das populações humanas, nas diferentes faixas etárias. No que se refere às imunizações em seres humanos, assinale a alternativa correta.
Analise a associação entre os tipos de demência e o padrão metabólico apresentado no PET/CT cerebral com 18F-FDG.
I. Demência frontotemporal.
II. Demência de Alzheimer.
III. Demência de corpúsculos de Lewy.
A. Hipometabolismo glicolítico no lobo occipital (córtex primário visual).
B. Hipometabolismo glicolítico com predomínio nos lobos frontal e temporal anterior.
C. Hipometabolismo glicolítico nas regiões temporoparietais bilaterais e no giro do cíngulo posterior.
Assinale a alternativa que apresenta a correlação correta.
São radiofármacos utilizados para avaliação da perfusão miocárdica, exceto:
Texto I
Escrever
Joaquim Ferreira dos Santos
A estudante perguntou como era essa coisa de escrever. Eu fiz o gênero fofo. Moleza, disse.
Primeiro, evite estes coloquialismos de “fofo” e “moleza”, passe longe das gírias ainda não
dicionarizadas e de tudo que soe mais falado do que escrito. Isto aqui não é rádio FM. De vez em
quando, para não acharem que você mora trancado com o Domingos Paschoal Cegalla ou outro
5 gramático de chicote, aplique uma gíria como se fosse um piparote de leve no cangote do texto, mas,
em geral, evite. Fuja dessas rimas bobinhas, desses motes sonoros. O leitor pode se achar diante de
um rapper frustrado e dar cambalhotas. Mas, atenção, se soar muito escrito, reescreva.
Quando quiser aplicar um “mas”, tome fôlego, ligue para o 0800 do Instituto Fernando Pessoa,
peça autorização ao bispo de plantão e, por favor, volte atrás. É um cacoete facilitador.
10 Dele deve ter vindo a expressão “cheio de mas-mas”, ou seja, uma pessoa cheia de “não é bem
assim”, uma chata que usa o truque de afirmar e depois, como se fosse estilo, obtemperar.
Não tergiverse, não diga palavras complicadas, não escreva nas entrelinhas. Seja acima de tudo
afirmativo, reto no assunto. [...]
[...]
Sempre cabe uma linha a menos no texto, é o efeito Rexona aplicado na axila gramatical. Evite
15 metáforas complicadas, passe por cima de expressões como “em geral”, como está no primeiro
parágrafo, pois elas têm a mesma função do paralelepípedo dos parênteses, dos travessões. Chute
para fora da página tudo mais que faça as pessoas tropeçarem na leitura ou darem aquela ré em
busca do verdadeiro sentido da frase que passou.
Deixe tudo em pratos limpos, sem tamanho lugar-comum. Ouça a voz do flanelinha semântico
20 gritando a chave para o bom texto. “Deixa solto”.
É mais ou menos por aí, eu disse para a menina que me perguntou como é essa coisa de
escrever.
Para sinalizar o trânsito das ideias, use apenas o ponto e vírgula, nunca juntos. Faça com que o
primeiro chegue logo, e a outra apareça o mínimo possível. Vista Hemingway, só frases curtas. Ouça
25 João Cabral, nada de perfumar a rosa com adjetivos.
Mergulhe Rubem Braga, palavras, de preferência de até três sílabas. “Pormenorizada”, vista de
cima, é um palavrão absurdo. Dispense, sem pormenores.
O texto deve correr sem obstáculos, interjeições, dois pontos, reticências e sinais que só
confundem os passageiros que quer chegar ao ponto final. Cuidado com o “que quer” da frase
30 anterior, pois da plateia um gaiato pode ecoar um “quequerequé” e estará coberto de razão. A
propósito, eu disse para a menina, perca a razão quando lhe aparecer um clichê desses pela frente.
Você já se livrou do “mas”, agora vai cuidar do “que” e em breve ficará livre da tentação de
sofisticar o texto com uma expressão estrangeira. É out. Escreva em português. Aproveite e diga ao
diagramador para colocar o título da matéria na horizontal e não de cabeça para baixo, como está na
35 moda, como se estivesse em um jornal japonês.
Pode-se escrever baixinho, como faz o Verissimo, que ouviu muito Mario Reis para chegar àquela
perfeição de texto de câmara. Outra opção é desabafar pelos cinco mil alto-falantes o que vai na pena
da alma, como faz o Xico Sá, que aprendeu a escrever com o Waldick Soriano. Escreva com a
sonoridade que lhe aprouver, nunca com cacófatos assim ou verbos que façam o leitor perguntar para
40 o vizinho do lado que maluquice é essa de “aprouver”. Fuja da voz passiva, da forma negativa, do
gerundismo e principalmente da voz dos outros. Se falo fino, se falo grosso, ninguém tem nada com
isso. [...]
De vez em quando, abra um parágrafo para o leitor respirar. Alguns deles têm a mania de pegar o
bonde no meio do caminho e, com mais parágrafos abertos, mais possibilidades de ele embarcar na
45 viagem que o texto oferece. Escrever é dar carona. Eu disse isso e outro tanto do mesmo para a
menina. Jamais afirmei, jamais expliquei, jamais contei ou usei qualquer outro verbo de carregação da
frase que não fosse o dizer. Evitei também qualquer advérbio em seguida, como “enfaticamente”,
“seriamente”, “bem-humoradamente”. Antes do ponto final, eu disse para a menina que tantas regras,
e outras a serem ditas num próximo encontro, serviam apenas de lençol. Elas forram o texto, deixam
50 limpo e dão conforto. Escrever é desarrumar a cama.
Fonte: adaptado por Augusto Nunes Revista Veja, 31 de julho de 2020. Disponível em: https://veja.abril.com.br/blog/augustonunes/8220-escrever-8221-um-texto-de-joaquim-ferreira-dos-santos/
Com base no Texto I, responda às questões de números 1 a 6. |
Nos fragmentos a seguir, há correspondência entre a conjunção e o seu respectivo valor semântico em:
Em relação ao diagnóstico do hipotireoidismo, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Os médicos não podem confiar exclusivamente no exame físico para confirmar ou descartar hipotiroidismo.
( ) Se o paciente tem achados clínicos e uma probabilidade elevada de hipotireoidismo, são indicados a mensuração de T3, apenas.
( ) Sugere-se a determinação de ATPO para definir a presença de autoimunidade da tireoide no hipotireoidismo primário.
A sequência está correta em
Edgard Matsuki
Depois de oito anos, o número de pessoas com excesso de peso parou de crescer no Brasil. Um levantamento do Ministério da Saúde aponta que 50,8% da população brasileira estava acima do peso em 2013. Em 2012, o número de pessoas com excesso de peso estava em 51%. Os dados foram divulgados pelo Ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante coletiva na manhã desta quarta-feira (30), em Brasília. O levantamento faz parte da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) que ouviu cerca de 23 mil brasileiros maiores de 18 anos que vivem nas 26 capitais do país e no Distrito Federal. As pessoas consideradas com excesso de peso são aquelas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 25. Em relação ao número de obesos (pessoas com IMC acima de 30), o Ministério da Saúde aponta que o índice passou de 17,4% em 2012 para 17,5% em 2013.
Segundo a pesquisa, os homens têm mais excesso de peso do que as mulheres: 54,7% contra 47,4%.
"Para quem pensa em trabalhar no campo da prevenção, a pesquisa é muito útil. A gente tem informações interessantes a partir do Vigitel. Observar que há uma fotografia que mostra a estabilização no número de pessoas com excesso de peso e obesidade é importante para o nosso plano de anão estratégica contra doenças não transmissíveis", afirma o Ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Para Jarbas Barbosa, Secretário de Vigilância em Saúde, a diminuição dos índices aponta uma consciência maior da população brasileira. "Este ano, pela primeira vez, há uma tendência de queda do número de pessoas que estão acima do peso. Excesso de peso e obesidade estão relacionados a doenças crónicas. Reduzir a obesidade é diminuir males como diabetes e alguns tipos de câncer", diz.
Um dos fatores que podem ter colaborado com a queda nos números é a reeducação alimentar. De acordo com o Ministério da Saúde, o número de pessoas que fazem o consumo recomendado de hortaliças e frutas estava em 22,7% em 2012 e passou para 23,6% em 2013.
"Queremos aumentar ainda mais o consumo recomendado de hortaliças e frutas e das atividades físicas", afirma o ministro, acrescentando: "Observar para onde vão as estratégias é fundamental. O que temos em relação aos dados é uma fotografia. Se ela vai se confirmar como tendência, vamos observar nos próximos anos".
Barbosa completa, afirmando que é preciso estimular mais o consumo de frutas e hortaliças, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. "Os números apontam que capitais como Florianópolis e Brasília têm consumo maior do que capitais do Nordeste".
O secretário lembra ainda que entre os Brics (grupo de países emergentes formados por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), apenas Índia e China têm índices de obesidade menores que o Brasil.
Para o Ministério da Saúde, o número de pessoas obesos está proporcionalmente inverso ao nível de escolaridade. Entre as pessoas com menos de oito anos de escolaridade, 58,1% têm excesso de peso. O número cai para 45,5% entre aquelas com mais de 12 anos de escolaridade. Barbosa aponta que esse dado mostra que a informação é um aliado para combater a obesidade: "Nas camadas com mais escolaridade, o excesso de peso diminui. Isso é importante para saber que não é uma coisa natural e pode ser diminuída com educação".
"Obesidade é hoje uma preocupação global, devido à substituição da alimentação tradicional por alimentos processados", acrescenta Barbosa.
"Atualmente, 19,3% dos homens e 27,3% das mulheres comem cinco porções por dia de frutas e hortaliças, quantidade indicada pela OMS (Organização Mundial da Saúde). E a frequência de atividade física em tempo livre aumentou de 30,3% para 33,8% nos últimos cinco anos", afirma o secretário.
Os homens são os mais ativos: 41,2% praticam exercícios no tempo livre, enquanto, em 2009, o índice era de 39,7%. Já entre as mulheres, o aumento da prática de exercícios foi maior, passando de 22,2% para 27,4% no mesmo período.
Texto adaptado. Fonte: http:I/noticias.uoI.com.brlsaudelultimas-noticiaslredacao/2014/04/30/pela-primeira-vez-em-anos-brasiI-estabiliza-taxas-de-sobrepeso-e-obesidade.htm
Em "Depois de oito anos, o número de pessoas com excesso de peso parou de crescer no BrasiI.", a vírgula foi empregada para