Questões de Concurso
Comentadas para professor - ensino religioso
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“As religiões são confissões de fé ou de crença, mas à escola interessam somente como objeto de conhecimento e se inscrevem na finalidade própria da instituição escolar: aquilo que para muitas Igrejas é objeto de fé, para a escola é objeto de estudo. Isto supõe a distinção entre fé/crença e religião, entre o ato subjetivo de crer e o fato objetivo que o expressa. Essa condição implica a superação da identificação entre religião e Igreja, salientando sua função social e o seu potencial de humanização das culturas. Por isso o Ensino Religioso na escola pública não pode ser concebido, de maneira nenhuma, como uma espécie de licitação para as igrejas – neste caso é melhor não dar nada. A instituição escolar deve reivindicar a título pleno a competência sobre essa matéria.” COSTELLA, Domenico. O fundamento epistemológico do Ensino Religioso. In: JUNQUEIRA, Sergio Azevedo & WAGNER, Raul. (org). O Ensino Religioso no Brasil. (Coleção Educação Religiosa 5). Curitiba: Editora Champagnat, 2011. p. 138.
Esse trecho corrobora o Ensino Religioso como configurado pelo artigo 33 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/96), com a redação que lhe foi dada pela Lei nº 9.475/97.
Essa orientação legal acarreta uma mudança epistemológica de abordagem do Ensino Religioso, que passa a ser tratado na escola pública
“Eu vou botar teu nome na macumba Vou procurar uma feiticeira Fazer uma quizomba prá te derrubar Oi, Iaiá! Você me jogou um feitiço quase que eu morri Só eu sei o que eu sofri Deus me perdoe mas vou me vingar”
Disponível em:<https://cifraclub.com.br/zeca-pagodinho/vou-botar-teu-nome-na-macumba/>. Acesso em: 19 out. 2018.
O trecho da música anterior, interpretada pelo cantor carioca Zeca Pagodinho, utiliza a palavra macumba para fazer menção a um ritual das religiões afro-brasileiras.
No entanto, de acordo com o Candomblé, o sentido original da palavra macumba é:
“Debater, problematizar e posicionar-se frente aos discursos e práticas de intolerância, discriminação e violência de cunho religioso, de modo a assegurar os direitos humanos no constante exercício da cidadania e da cultura de paz.”
Disponível em:<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/06/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf> Acesso em: 20 out. 2018.
A partir da relação da compreensão entre diversidade religiosa e direitos humanos, infere-se que
Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).
I. Para a comunidade judaica, o ciclo anual, mensurado por calendário lunissolar, começa, geralmente, em meados de setembro ou começo de outubro, quando se comemora Rosh Hashanah, a cabeça do ano, conforme a tradição, correspondente à data da criação do mundo, 3760 anos a. C.
II. Para a comunidade judaica, a necessidade de começar bem o novo ano, renovado, purificado e sem ressentimentos, concretiza-se no grande ritual de Yom Kippur, o dia do Perdão, que inclui jejum completo de vinte e quatro horas.
III. A datação do tempo a partir do que se supunha ser a data de nascimento de Cristo foi proposta por Paulo, em suas cartas, e pelos evangelhos de Mateus e João.
Os símbolos são linguagens que expressam sentidos, comunicam e exercem papel relevante para a vida imaginativa e para a constituição das diferentes religiões no mundo. Sobre os símbolos religiosos, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).
I. Kipá: uma espécie de pequeno chapéu que os judeus costumam usar para cobrir a cabeça. Ele é símbolo de submissão à vontade de Deus, e coloca o homem em posição de humilde servidor de sua vontade.
II. Lótus: em diversas tradições religiosas orientais simboliza o princípio da reencarnação. Para o Budismo e o Hinduísmo o botão da flor de Lótus na superfície das águas primordiais simboliza a totalidade de todas as possibilidades ainda não manifestadas antes da criação do mundo é também símbolo do coração do homem.
III. Chave: o simbolismo da chave está no fato de servir tanto para abrir como para fechar. Na Umbanda, significa a abertura dos caminhos para a felicidade. No Budismo simboliza a felicidade, pois é utilizada para abrir o celeiro de arroz no Japão (no sentido espiritual simboliza os tesouros escondidos). Para o catolicismo refere-se ao poder concedido ao apóstolo Pedro de ligar e desligar as pessoas ao reino dos céus.
Com a intenção de preservar a unicidade, as religiões estabelecem critérios para a interpretação e compreensão dos livros sagrados. Em relação a esses critérios, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).
I. O livro sagrado é o centro da tradição religiosa e deve ser respeitado.
II. A mensagem escrita no livro sagrado é preservada ao longo do tempo. Mesmo o texto sendo escrito em um período que não é o atual, sua experiência religiosa revela significado e orientação para o grupo religioso que a segue.
III. A narrativa da escrita é, ao mesmo tempo, sagrada e científica. O homem religioso, quando abre o livro sagrado, encontra uma mensagem de orientação para a sua vida e uma infinidade de teorias para os mais variados problemas científicos e filosóficos.
Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta. São funções dos textos sagrados escritos:
( ) registrar a tradição religiosa como forma de preservar a experiência religiosa fundante. Assim, a religião organiza sua estrutura religiosa, seus ritos, símbolos, mensagens, entre outros.
( ) comunicar a experiência religiosa aos fiéis da religião, a fim de que o “divino” se faça presente para o homem religioso e o grupo encontre orientações e ensinamentos.
( ) atualizar a experiência original no tempo e no espaço, afinal, independente do período, o texto sagrado mantém a mesma estrutura, sendo utilizado para orientar a vida do homem nos cultos e na educação religiosa.
( ) certificar, por meio de seus escritos, as experiências religiosas do grupo em todos os tempos.
Acerca dos tipos weberianos de dominação e a organização religiosa, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).
I. Tipo carismático: descansa na entrega de um líder munido de dons extraordinários de santidade e heroísmo, portador de uma mensagem revelada.
II. Tipo tradicional: legitimado pela crença na santidade das tradições do passado, repassadas por um senhor a elas vinculado como guardião autorizado.
III. Tipo racional: fundamenta-se na objetividade e legalidade das ordenações estatuídas, sendo estas marcadas pela impessoalidade e pelo exercício da profissionalidade competente.