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Piada: As lições de um casamento
No 50º aniversário de casamento e durante o grande jantar de comemoração, foi solícitado a Susana que contasse aos amigos um breve resumo dos benefícios de um casamento tão duradouro como o dela e Henrique, o proprietário do armazém do município.
"Conte-nos Susana, o que você aprendeu com todos esses anos maravilhosos com seu marido?"
Susana respondeu: "Bem, eu aprendi que o casamento é o melhor professor de todos. Ele ensina que lealdade, paciência, tolerância, autocontrole, perdão e muitas outras qualidades que você não precisaria se tivesse permanesido solteira".
Piada: As lições de um casamento
No 50º aniversário de casamento e durante o grande jantar de comemoração, foi solícitado a Susana que contasse aos amigos um breve resumo dos benefícios de um casamento tão duradouro como o dela e Henrique, o proprietário do armazém do município.
"Conte-nos Susana, o que você aprendeu com todos esses anos maravilhosos com seu marido?"
Susana respondeu: "Bem, eu aprendi que o casamento é o melhor professor de todos. Ele ensina que lealdade, paciência, tolerância, autocontrole, perdão e muitas outras qualidades que você não precisaria se tivesse permanesido solteira".
As profissões do meu tempo
Nesta semana fui a um restaurante relativamente sofisticado. Na parede havia um quadro onde estavam escritas a giz, e com letra caprichada, as novidades do cardápio. O cartaz me lembrou a maneira como o cine São Luiz de Poços de Caldas anunciava seus filmes. De manhã, na porta do cinema, aparecia o pintor, sujeito magro, alto e careca, e começava a pintar o nome do filme e do casal de atores principais. A gente ficava à distância, babando com o capricho com que bordava as letras: E-l-i-z-a-b-e-t-h T-a-y-lo-r. As tabuletas, de ferro pesado, ficavam encostadas nos postes das principais esquinas da cidade.
Era uma das muitas profissões que foram tragadas pelo tempo, como tantas outras da minha infância. Ainda é possível achar o vendedor de pamonhas por aí. Nenhum, por certo, que se equiparasse ao Tião Pamonheiro e sua voz de congo. “Olha a pamonha, mio verde”, era seu bordão.
Tinha o seu Marcondes, calista, que todo mês vinha cortar os calos dos pés de meu pai. Na rua Rio de Janeiro, quase esquina com a Assis (a principal da cidade), tinha um sapateiro, desses de fazer meia-sola e tudo. Só lá para meados dos anos 60 passou a vender sapatos industrializados.
Havia outras profissões que ainda resistem bravamente aos novos tempos, como os tintureiros. O nosso subia o morro de bicicleta, pegando as roupas nas casas. Era o Lazinho, emérito guitarrista. E de bicicleta andava também o seu Alexandre Xandó, nosso livreiro, que visitava as casas apresentando os últimos lançamentos de São Paulo. Gozado como a bicicleta era utilizada em Poços, ainda mais levando em conta ser cidade montanhosa. (...)
A profissão de parteira era requisitadíssima. Minha parteira foi dona Júlia. A de minhas irmãs, dona Esther. Poços já tinha uma boa Santa Casa, mas parte das famílias queria ter os filhos em casa. Foi o caso da dona Tereza, mulher teimosa que nem algumas netas dela que eu conheço. De saúde frágil, recebera o conselho do dr. Rowilson de que não deveria se aventurar a ter filhos: arriscava-se a morrer ou ela ou a criança. Dona Tereza não só decidiu ter como fez questão de que fosse em casa. Nasci às sete da noite com mais de 20 pessoas na sala rezando. Os dois sobrevivemos galhardamente, dona Tereza a mais quatro partos.
A profissão de alfaiate era outra extremamente valorizada. (...)
Na minha infância, o alfaiate mais solicitado era o seu Alexandre Pagin, nosso vizinho. Só para meados dos anos 60 apareceram a Ducal e a roupa industrializada. O único problema do seu Pagin - dizia minha mãe - é que sempre fazia calças para mim com uma perna mais curta. E sempre comigo. Só na adolescência minha mãe descobriu que, na verdade, a minha perna esquerda é que era mais curta do que a direita.
O lambe-lambe, o fotógrafo que andava com aquelas máquinas antigas que tinham uma caixa para ele colocar a cabeça e mirar a vítima, era e ainda é uma instituição municipal. O nosso era o pai do Humberto Beleza, meu colega de tiro-de-guerra.
E havia charreteiros aos montes, alguns, como o seu Laier, que conseguiram formar quatro filhos na faculdade, só com o seu trabalho. Ou o Felipão, esse mais antigo, dos idos dos anos 30, que tinha uma charrete especial para pegar as mocinhas e levar até o cassino. (...)
Nem falo nada dos jagunços, povo brabo especializado em cobrar dívida de jogos, porque quando atingi a idade da compreensão eles já tinham aposentado suas garruchas e se tornado senhores pacatos. E muitos filhos deles nem sabem desse passado romântico dos pais.
(Luís Nassif - Jornal Folha de São Paulo,)
“Tinha o seu Marcondes, calista, que todo mês vinha cortar os calos dos pés de meu pai.”
O substantivo destacado no trecho acima transcrito pode ser classificado como:
As profissões do meu tempo
Nesta semana fui a um restaurante relativamente sofisticado. Na parede havia um quadro onde estavam escritas a giz, e com letra caprichada, as novidades do cardápio. O cartaz me lembrou a maneira como o cine São Luiz de Poços de Caldas anunciava seus filmes. De manhã, na porta do cinema, aparecia o pintor, sujeito magro, alto e careca, e começava a pintar o nome do filme e do casal de atores principais. A gente ficava à distância, babando com o capricho com que bordava as letras: E-l-i-z-a-b-e-t-h T-a-y-lo-r. As tabuletas, de ferro pesado, ficavam encostadas nos postes das principais esquinas da cidade.
Era uma das muitas profissões que foram tragadas pelo tempo, como tantas outras da minha infância. Ainda é possível achar o vendedor de pamonhas por aí. Nenhum, por certo, que se equiparasse ao Tião Pamonheiro e sua voz de congo. “Olha a pamonha, mio verde”, era seu bordão.
Tinha o seu Marcondes, calista, que todo mês vinha cortar os calos dos pés de meu pai. Na rua Rio de Janeiro, quase esquina com a Assis (a principal da cidade), tinha um sapateiro, desses de fazer meia-sola e tudo. Só lá para meados dos anos 60 passou a vender sapatos industrializados.
Havia outras profissões que ainda resistem bravamente aos novos tempos, como os tintureiros. O nosso subia o morro de bicicleta, pegando as roupas nas casas. Era o Lazinho, emérito guitarrista. E de bicicleta andava também o seu Alexandre Xandó, nosso livreiro, que visitava as casas apresentando os últimos lançamentos de São Paulo. Gozado como a bicicleta era utilizada em Poços, ainda mais levando em conta ser cidade montanhosa. (...)
A profissão de parteira era requisitadíssima. Minha parteira foi dona Júlia. A de minhas irmãs, dona Esther. Poços já tinha uma boa Santa Casa, mas parte das famílias queria ter os filhos em casa. Foi o caso da dona Tereza, mulher teimosa que nem algumas netas dela que eu conheço. De saúde frágil, recebera o conselho do dr. Rowilson de que não deveria se aventurar a ter filhos: arriscava-se a morrer ou ela ou a criança. Dona Tereza não só decidiu ter como fez questão de que fosse em casa. Nasci às sete da noite com mais de 20 pessoas na sala rezando. Os dois sobrevivemos galhardamente, dona Tereza a mais quatro partos.
A profissão de alfaiate era outra extremamente valorizada. (...)
Na minha infância, o alfaiate mais solicitado era o seu Alexandre Pagin, nosso vizinho. Só para meados dos anos 60 apareceram a Ducal e a roupa industrializada. O único problema do seu Pagin - dizia minha mãe - é que sempre fazia calças para mim com uma perna mais curta. E sempre comigo. Só na adolescência minha mãe descobriu que, na verdade, a minha perna esquerda é que era mais curta do que a direita.
O lambe-lambe, o fotógrafo que andava com aquelas máquinas antigas que tinham uma caixa para ele colocar a cabeça e mirar a vítima, era e ainda é uma instituição municipal. O nosso era o pai do Humberto Beleza, meu colega de tiro-de-guerra.
E havia charreteiros aos montes, alguns, como o seu Laier, que conseguiram formar quatro filhos na faculdade, só com o seu trabalho. Ou o Felipão, esse mais antigo, dos idos dos anos 30, que tinha uma charrete especial para pegar as mocinhas e levar até o cassino. (...)
Nem falo nada dos jagunços, povo brabo especializado em cobrar dívida de jogos, porque quando atingi a idade da compreensão eles já tinham aposentado suas garruchas e se tornado senhores pacatos. E muitos filhos deles nem sabem desse passado romântico dos pais.
(Luís Nassif - Jornal Folha de São Paulo,)
As profissões do meu tempo
Nesta semana fui a um restaurante relativamente sofisticado. Na parede havia um quadro onde estavam escritas a giz, e com letra caprichada, as novidades do cardápio. O cartaz me lembrou a maneira como o cine São Luiz de Poços de Caldas anunciava seus filmes. De manhã, na porta do cinema, aparecia o pintor, sujeito magro, alto e careca, e começava a pintar o nome do filme e do casal de atores principais. A gente ficava à distância, babando com o capricho com que bordava as letras: E-l-i-z-a-b-e-t-h T-a-y-lo-r. As tabuletas, de ferro pesado, ficavam encostadas nos postes das principais esquinas da cidade.
Era uma das muitas profissões que foram tragadas pelo tempo, como tantas outras da minha infância. Ainda é possível achar o vendedor de pamonhas por aí. Nenhum, por certo, que se equiparasse ao Tião Pamonheiro e sua voz de congo. “Olha a pamonha, mio verde”, era seu bordão.
Tinha o seu Marcondes, calista, que todo mês vinha cortar os calos dos pés de meu pai. Na rua Rio de Janeiro, quase esquina com a Assis (a principal da cidade), tinha um sapateiro, desses de fazer meia-sola e tudo. Só lá para meados dos anos 60 passou a vender sapatos industrializados.
Havia outras profissões que ainda resistem bravamente aos novos tempos, como os tintureiros. O nosso subia o morro de bicicleta, pegando as roupas nas casas. Era o Lazinho, emérito guitarrista. E de bicicleta andava também o seu Alexandre Xandó, nosso livreiro, que visitava as casas apresentando os últimos lançamentos de São Paulo. Gozado como a bicicleta era utilizada em Poços, ainda mais levando em conta ser cidade montanhosa. (...)
A profissão de parteira era requisitadíssima. Minha parteira foi dona Júlia. A de minhas irmãs, dona Esther. Poços já tinha uma boa Santa Casa, mas parte das famílias queria ter os filhos em casa. Foi o caso da dona Tereza, mulher teimosa que nem algumas netas dela que eu conheço. De saúde frágil, recebera o conselho do dr. Rowilson de que não deveria se aventurar a ter filhos: arriscava-se a morrer ou ela ou a criança. Dona Tereza não só decidiu ter como fez questão de que fosse em casa. Nasci às sete da noite com mais de 20 pessoas na sala rezando. Os dois sobrevivemos galhardamente, dona Tereza a mais quatro partos.
A profissão de alfaiate era outra extremamente valorizada. (...)
Na minha infância, o alfaiate mais solicitado era o seu Alexandre Pagin, nosso vizinho. Só para meados dos anos 60 apareceram a Ducal e a roupa industrializada. O único problema do seu Pagin - dizia minha mãe - é que sempre fazia calças para mim com uma perna mais curta. E sempre comigo. Só na adolescência minha mãe descobriu que, na verdade, a minha perna esquerda é que era mais curta do que a direita.
O lambe-lambe, o fotógrafo que andava com aquelas máquinas antigas que tinham uma caixa para ele colocar a cabeça e mirar a vítima, era e ainda é uma instituição municipal. O nosso era o pai do Humberto Beleza, meu colega de tiro-de-guerra.
E havia charreteiros aos montes, alguns, como o seu Laier, que conseguiram formar quatro filhos na faculdade, só com o seu trabalho. Ou o Felipão, esse mais antigo, dos idos dos anos 30, que tinha uma charrete especial para pegar as mocinhas e levar até o cassino. (...)
Nem falo nada dos jagunços, povo brabo especializado em cobrar dívida de jogos, porque quando atingi a idade da compreensão eles já tinham aposentado suas garruchas e se tornado senhores pacatos. E muitos filhos deles nem sabem desse passado romântico dos pais.
(Luís Nassif - Jornal Folha de São Paulo,)
Substantivos sobrecomuns são aqueles que indicam pessoas e têm um só gênero, quer se refiram ao homem ou à mulher. Exemplo: a testemunha (homem ou mulher).
A partir da explicação acima, assinale qual das alternativas contém, sublinhado, um substantivo sobrecomum.
Assinale a alternativa que não representa um software.
Parte da história de Jacksonville está à venda
Regina Cole
Apesar da reputação histórica, St. Augostine, Jacksonville, na Flórida, tem mais casas memoráveis do que qualquer outra comunidade do estado. E, agora, uma das mais marcantes residências da cidade do nordeste da Flórida está disponível no mercado imobiliário.
Em 1872, Robert Bruce Van Valkenburgh construiu uma casa “carpenter gothic”, designação de estilo arquitetônico norte-americano que inclui aplicações de detalhes neo-rústicos em estruturas de madeira construídas por carpinteiros, em um penhasco com vista para o rio St. Johns. Van Valkenburgh foi um congressista de Nova York que serviu como oficial da União durante a Guerra Civil e, depois do conflito, tornou-se ministro residente no Japão. Após estabelecer-se na Flórida, foi nomeado juiz associado da Suprema Corte do estado.
A casa era, originalmente, uma residência simples de quatro cômodos, com uma cozinha em uma edificação à parte nos fundos. No início dos anos 1920, uma expansão incorporou a cozinha original e resultou em 312 metros quadrado de área – agora com cinco quartos e três banheiros.
A fachada da casa tem cobertura central de duas águas bastante inclinadas, tábuas de empena extravagantes, suportes de telhado finamente decorados e uma ampla varanda. Um par de portas francesas no segundo andar ecoa o desenho da porta da frente diretamente abaixo. Elas podem ser abertas para uma pequena varanda simultaneamente. A propriedade inclui um celeiro e uma doca. Acredita-se que seja a mais antiga casa sobrevivente em Hazzard’s Bluff.
A localização acima das águas ajudou a casa a enfrentar muitas tempestades – enquanto as demais construções locais são regularmente inundadas durante os furacões, esta casa permanece acima das cheias. O segredo é uma rara porção de terra elevada na região.
De 1956 até o momento, a casa pertenceu à mesma família, que preservou seu caráter histórico. Assim, elementos originais, como as portas trabalhadas, paredes e tetos com painéis de alças e balaústres de alpendres esculpidos foram cuidadosamente mantidos.
Colocada à venda por US$ 799 mil por Janie Coffey, diretora executiva de vendas da Compass Real Estate em Jacksonville e Nordeste da Flórida, a casa é uma joia rara para quem aprecia um pedaço da história com uma excelente localização.
Disponível em https://forbes.uol.com.br/forbeslife/2019/03/parte-da-historia-dejacksonville-esta-a-venda/
Parte da história de Jacksonville está à venda
Regina Cole
Apesar da reputação histórica, St. Augostine, Jacksonville, na Flórida, tem mais casas memoráveis do que qualquer outra comunidade do estado. E, agora, uma das mais marcantes residências da cidade do nordeste da Flórida está disponível no mercado imobiliário.
Em 1872, Robert Bruce Van Valkenburgh construiu uma casa “carpenter gothic”, designação de estilo arquitetônico norte-americano que inclui aplicações de detalhes neo-rústicos em estruturas de madeira construídas por carpinteiros, em um penhasco com vista para o rio St. Johns. Van Valkenburgh foi um congressista de Nova York que serviu como oficial da União durante a Guerra Civil e, depois do conflito, tornou-se ministro residente no Japão. Após estabelecer-se na Flórida, foi nomeado juiz associado da Suprema Corte do estado.
A casa era, originalmente, uma residência simples de quatro cômodos, com uma cozinha em uma edificação à parte nos fundos. No início dos anos 1920, uma expansão incorporou a cozinha original e resultou em 312 metros quadrado de área – agora com cinco quartos e três banheiros.
A fachada da casa tem cobertura central de duas águas bastante inclinadas, tábuas de empena extravagantes, suportes de telhado finamente decorados e uma ampla varanda. Um par de portas francesas no segundo andar ecoa o desenho da porta da frente diretamente abaixo. Elas podem ser abertas para uma pequena varanda simultaneamente. A propriedade inclui um celeiro e uma doca. Acredita-se que seja a mais antiga casa sobrevivente em Hazzard’s Bluff.
A localização acima das águas ajudou a casa a enfrentar muitas tempestades – enquanto as demais construções locais são regularmente inundadas durante os furacões, esta casa permanece acima das cheias. O segredo é uma rara porção de terra elevada na região.
De 1956 até o momento, a casa pertenceu à mesma família, que preservou seu caráter histórico. Assim, elementos originais, como as portas trabalhadas, paredes e tetos com painéis de alças e balaústres de alpendres esculpidos foram cuidadosamente mantidos.
Colocada à venda por US$ 799 mil por Janie Coffey, diretora executiva de vendas da Compass Real Estate em Jacksonville e Nordeste da Flórida, a casa é uma joia rara para quem aprecia um pedaço da história com uma excelente localização.
Disponível em https://forbes.uol.com.br/forbeslife/2019/03/parte-da-historia-dejacksonville-esta-a-venda/