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Quem é um bom neto será um bom filho. Porque a criança aprenderá a ouvir aquele que veio antes, a se importar com as lembranças familiares, a respeitar o ritmo da idade e da calma. Terá paciência para caminhar mais devagar e suportar ouvir várias vezes a mesma história. Perderá o egoísmo da pressa. Verá que as pessoas envelhecem e precisam de cuidados maiores. Nada mais generoso do que assistir à televisão com os avós e ser afastar um pouco do celular. Neto que passa uma noite com os avós conhece o que é saudade e tem medo da morte. Manterá em si um pouco do jeito de enfermeiro e de cuidador por toda a vida.
(Fabrício Carpinejar. Cuide de seus pais antes que seja tarde. 5ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 2018. Adaptado)
No trecho “Terá paciência para caminhar mais devagar...”, a palavra “devagar” tem sentido contrário ao de
Depois duma vida de misérias e privações Unha-deFome conseguiu amontoar um tesouro, que enterrou longe de casa, num lugar ermo, colocando uma grande pedra em cima. Mas tal era o seu amor pelo dinheiro, que volta e meia rondava a pedra, e namorava como o jacaré namora os seus próprios ovos ocultos na areia. Isto atraiu a atenção dum vizinho, que o espionou e, por fim, roubou-lhe o tesouro.
Quando Unha-de-Fome deu pelo saque, rolou por terra desesperado, arrepelando os cabelos.
– Meu tesouro! Minha alma! Roubaram minha alma! Um viajante que passava foi atraído pelos berros.
– Que é isso, homem?
– Meu tesouro! Roubaram meu tesouro!
– Mas morando lá longe você o guardava aqui, então? Que tolice! Se o conservasse em casa não seria mais cômodo para gastar dele quando fosse preciso?
– Gastar do meu tesouro!? Então você supõe que eu teria a coragem de gastar uma moedinha só, das menores que fosse?
– Pois se era assim, o tesouro não tinha para você a menor utilidade, e tanto faz que esteja com quem o roubou como enterrado aqui. Vamos! Ponha no buraco vazio uma pedra, que dá no mesmo. Que utilidade tem o dinheiro para quem só o guarda e não gasta?
Disponível em https://www.refletirpararefletir.com.br/fabulas-com-moral. Acesso em 19/04/2019.
Em “Ponha no buraco vazio uma pedra, que dá no mesmo”, o verbo em destaque está conjugado em que pessoa e modo verbal?
O título do texto da matéria apresenta duas orações, no entanto não há um elemento coesivo ou conjunção fazendo a ligação delas, são separadas pela vírgula. Nesse caso, a conjunção que ligaria as orações do título, substituindo a vírgula, sem alterar o valor semântico dele, seria:
Certo indivíduo, conhecido como vivedor, aboletou-se no caminho de sua vida, no solar de um homem bonacheirão e abastado, que lhe abrira as portas para um descanso ligeiro.
Nos primeiro dias, o dono suportou galhardamente o hóspede, oferecendo-lhe a melhor cama, o melhor vinho, os melhores charutos. Passada, porém, a primeira quinzena, começou a pensar um meio, que não fosse grosseiro, de livrar-se do importuno, e achou-o.
Tinham os dois acabado de almoçar e repousavam, lendo jornais e fumando “havanas”, à sombra das árvores. De repente, o hospedeiro recosta-se pesadamente na cadeira, cerra os olhos, deixa cair a folha e o charuto, simulando um sono profundo. E, como em sonho, principia a falar:
– Vejam só: que __________! Esse cavalheiro vem, aloja-se em minha casa, come, bebe, fuma, diverte-se, e nada de entender que sua presença já me está sendo desagradável. Será possível que ele não compreenda isso?
E, soltando um suspiro, pulou da cadeira, esfregando os olhos:
– Que diabo! É eu dormir depois do almoço, vêm-me logo os pesadelos. E que sonho ______ tive eu! Parece até que falei alto, não?
E o outro, que de cenho cerrado prestava atenção a tudo:
– É _________: você esteve por ai falando; e eu, como vi que se tratava de cousas de sonho, procurei não ouvir para não ser indiscreto. As palavras dos homens só têm valor, mesmo, quando eles as proferem acordados.
E o hóspede continuou na casa por mais três anos e quatro meses, isto é, até a transferência da propriedade, comendo do melhor prato, dormindo na melhor cama, bebendo do melhor vinho, fumando os melhores charutos.
CAMPOS, Humberto de. In: OLIVEIRA, Cleófano de. Flor do Lácio. 6. ed. São Paulo, Saraiva, 1961. p. 215.
Assinale a alternativa em que a palavra é acentuada pela mesma razão que “transferência”:
O ônibus sai do ponto quase vazio. Eu vou na frente, no primeiro banco. Mamãe do meu lado, papai dirigindo. Passa casa, passa céu. Vejo tudo pela janela. Entra um ventinho bom. Eu estou de roupa nova. E botei uma sandália legal que mamãe comprou ontem.
Dia de domingo, a gente pode passear de ônibus com o papai. Nos outros dias, ele diz que fica cheio demais. A barra é pesada. Já faz tempo que vou neste passeio. Os caminhos às vezes são diferentes, depende da linha. A que eu gosto mais é esta, que vai pra praia.
O ônibus sai do ponto num lugar fresco, cheio de árvores, perto do morro. Vai descendo, descendo...
Pega passageiro, pega passageiro. Então eu fico pequenininha. Quando ele está mais vazio, eu levanto do meu lugar numa parada, e vou falar umas coisinhas com o papai. Assim:
--- Tem sorvete lá no final da linha?
Ou assim:
--- Você volta com a gente para casa?
Papai responde rapidinho e mamãe me chama pra sentar. É gostoso!
(LENY WERNEK - Papai Motorista. São Paulo, Melhoramentos, p2-9)
No que se refere o texto é incorreto afirmar:
“Marcos e André ____ chegaram em casa, perceberam que as coisas não iam bem, pois sua irmã caçula escolhera um ____ momento para comunicar à mãe que iria viajar nas férias. ____ André deixou a mãe ____ sossegada quando disse que a irmã viajaria com os primos e a tia.
Logo que aprendeu a ler, o menino começou a fazer descoberta. Um dia estava folheando um livro e se deparou com a palavra “réptil”. Procurou no dicionário e se surpreendeu com o significado: animal que se arrasta. Cobras, por exemplo. Pensava que réptil tinha a ver com rapidez e era justamente o contrário. O pai riu de seu espanto e disse que as tartarugas também eram répteis. Aliás, uma lenda chinesa afirmava que Deus escrevera o segredo da vida no casco de uma tartaruga.
O menino gostou dessa escrita de Deus, que utilizou o casco da tartaruga como se fosse uma folha de papel. O pai lembrou que aprender a ler nos livros era só o começo. Com o tempo, o filho poderia ler no rosto de uma pessoa sua história inteirinha. E bastaria observar os olhos de um amigo para ver se neles brilhava a felicidade. Ou tocar as mãos de um homem do campo para conhecer seus sofrimentos. Mas o menino, curioso, queria mesmo era saber qual o segredo da vida. Por isso, começou a se interessar pela vida das tartarugas. Conheceu a tartaruga-de-couro, cujo casco parecia uma bola de capotão. A tartaruga-oliva, que lembrava o verde das azeitonas, e a tracajá, típica da Amazônia. Descobriu que a tartaruga-de-pente tinha esse nome porque de sua carapaça se faziam pentes, bolsas e aros para óculos. E aprendeu tudo sobre a tartaruga-cabeçuda, sobre a tartaruga-gigante, atração das Ilhas Galápagos, e sobre a Ridley, das praias da Costa Rica.
Quanto mais estudava, mais o menino se convencia de que realmente poderia descobrir a escrita de Deus naquelas criaturas que carregavam a casa nas costas. Elas tinham carapaças misteriosas, com desenhos estranhíssimos, círculos coloridos, aresta longitudinais. Algumas até pareciam pintura.
O menino foi crescendo e se tornou especialista em tartarugas. Sabia distinguir uma adolescente de uma adulta e conhecia como ninguém a desova das espécies marinhas no litoral. Mas também descobriu que, assim como procurava o segreda da vida no casco das tartarugas, outras pessoas buscavam a mesma coisa em lugares diferentes: no pulsar das estrelas, no canto dos pássaros, no silêncio dos olhares, no cheiro dos ventos, nas linhas das mãos, no fim do arco-íris. Tudo ao redor podia ser lido, sorriu ele, lembrando-se das palavras de seu pai. E só o tempo, como um professor que pega na mão do aluno, ensinava essa lição, enquanto as pessoas iam fazendo suas descobertas bem devagarzinho – como as tartarugas. Talvez estivesse aí o segredo.
João A. Carrascoza. O segredo do casco da tartaruga. In: Nova Escola, ano 13, nº 111. São Paulo, Abril, abril/1998.
Das afirmações seguintes:
I. O menino tem como característica psicológico principal a curiosidade, o que o fez lançar-se em uma grande busca pelo conhecimento.
II. O pai é um personagem secundário e irrelevante para o desenvolvimento da narrativa.
III. Ainda que não seja tão explícita, é perceptível na narrativa uma sucessão cronológica dos fatos.
Se até pouco tempo atrás as pessoas costumavam sair das cidades pequenas para viver nas grandes metrópoles, isso vem mudando cada vez mais. Muita gente tem feito o caminho inverso, em busca de maior qualidade de vida. E, segundo uma pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que calcula o índice de satisfação das pessoas com a vida, quem mora no interior é realmente mais feliz!
Em uma escala que vai de 0 a 100, o índice atingiu os 66,9 pontos para quem vive no interior, 64,7 pontos para quem vive nas capitais e 62 pontos para quem reside nas periferias. Além do mais, quem vive no interior tem menos medo de perder seu emprego, segundo essa mesma pesquisa.
Para algumas pessoas, viver no interior e nas cidades menores não é possível, por causa de seus empregos, mas cada vez mais as pessoas vêm mudando de vida, encontrando soluções e indo em busca de uma vida mais simples, mais saudável, barata e feliz!
Disponível em: <http://razoesparaacreditar.com/cidadania/ quem-vive-interior-satisfeito-vida-pesquisa/>. Acesso em: 15 jan. 2017.
Leia, a seguir, o trecho que foi retirado do texto.
“Muita gente tem feito o caminho inverso, em busca de maior qualidade de vida.”
Sobre essa frase, assinale a alternativa CORRETA.