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Q3044764 Pedagogia

"[...] Inicialmente, o significado de políticas públicas estava voltado quase que exclusivamente como ações governamentais, ou seja, ações executadas por um ente estatal a partir de demandas captadas, negociadas, transformadas e oferecidas à sociedade. Com o passar do tempo, segundo Teixeira (2012), o significado de políticas públicas passou a ser concebido como um conjunto de diretrizes, princípios norteadores de ação do poder público; regras e procedimentos para as relações entre poder público e sociedade, mediações entre atores da sociedade e do estado. Estas políticas são explicitadas através de documentos escritos e que visam o bem comum de determinado interesse público, como por exemplo, o bem-estar das crianças e adolescentes; trabalhadores; idosos, aplicação de verba pública em infraestrutura, dentre outros."


Tendo o fragmento do artigo acima como referência inicial e considerando a relevância do tema por ele tratado, julgue o item seguinte. 


Fonte: NASCIMENTO, E. A. S.; OLIVEIRA, G. V.; CRUVINEK, S. P.; SILVA, J. M. POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS: EDUCAÇÃO BÁSICA E DE QUALIDADE. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.07. Julho de 2023, pág. 21.

Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) foi concebido como uma política pública permanente, que garante recursos financeiros contínuos e suficientes para o desenvolvimento da educação básica no Brasil, independentemente de revisões periódicas ou ajustes nas suas regras de distribuição. 
Alternativas
Q3044763 Pedagogia

"[...] Inicialmente, o significado de políticas públicas estava voltado quase que exclusivamente como ações governamentais, ou seja, ações executadas por um ente estatal a partir de demandas captadas, negociadas, transformadas e oferecidas à sociedade. Com o passar do tempo, segundo Teixeira (2012), o significado de políticas públicas passou a ser concebido como um conjunto de diretrizes, princípios norteadores de ação do poder público; regras e procedimentos para as relações entre poder público e sociedade, mediações entre atores da sociedade e do estado. Estas políticas são explicitadas através de documentos escritos e que visam o bem comum de determinado interesse público, como por exemplo, o bem-estar das crianças e adolescentes; trabalhadores; idosos, aplicação de verba pública em infraestrutura, dentre outros."


Tendo o fragmento do artigo acima como referência inicial e considerando a relevância do tema por ele tratado, julgue o item seguinte. 


Fonte: NASCIMENTO, E. A. S.; OLIVEIRA, G. V.; CRUVINEK, S. P.; SILVA, J. M. POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS: EDUCAÇÃO BÁSICA E DE QUALIDADE. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.07. Julho de 2023, pág. 21.

As políticas públicas para a Educação Básica no Brasil, ao adotarem o princípio da gestão democrática nas escolas, garantem que todas as decisões pedagógicas e administrativas sejam tomadas exclusivamente por meio de consultas à comunidade escolar, assegurando a participação direta de todos os atores envolvidos.
Alternativas
Q3044762 Pedagogia

"[...] Inicialmente, o significado de políticas públicas estava voltado quase que exclusivamente como ações governamentais, ou seja, ações executadas por um ente estatal a partir de demandas captadas, negociadas, transformadas e oferecidas à sociedade. Com o passar do tempo, segundo Teixeira (2012), o significado de políticas públicas passou a ser concebido como um conjunto de diretrizes, princípios norteadores de ação do poder público; regras e procedimentos para as relações entre poder público e sociedade, mediações entre atores da sociedade e do estado. Estas políticas são explicitadas através de documentos escritos e que visam o bem comum de determinado interesse público, como por exemplo, o bem-estar das crianças e adolescentes; trabalhadores; idosos, aplicação de verba pública em infraestrutura, dentre outros."


Tendo o fragmento do artigo acima como referência inicial e considerando a relevância do tema por ele tratado, julgue o item seguinte. 


Fonte: NASCIMENTO, E. A. S.; OLIVEIRA, G. V.; CRUVINEK, S. P.; SILVA, J. M. POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS: EDUCAÇÃO BÁSICA E DE QUALIDADE. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.07. Julho de 2023, pág. 21.

As políticas públicas para a Educação Básica no Brasil priorizam a Educação Infantil, considerando que o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social dos estudantes nas demais etapas tem impacto limitado na aprendizagem geral. 
Alternativas
Q3044760 Pedagogia

Julgue o próximo item, acerca da interdisciplinaridade e transdisciplinaridade do conhecimento.


Em um contexto pedagógico, a prática da interdisciplinaridade busca organizar projetos temáticos que integram conteúdos de diferentes disciplinas, para além da necessidade de promover uma reflexão sobre as conexões entre esses conhecimentos.

Alternativas
Q3044749 Conhecimentos Gerais

Imagem associada para resolução da questão



A imagem do jornal exibe alguns dos mecanismos, garantidos pela Constituição de 1988, que se constituem em

Alternativas
Q3044735 Matemática
Em um terreno triangular, será construído um galpão quadrado, de acordo com a representação a seguir.
Sabe-se que o lado do terreno onde ficará uma das paredes laterais desse galpão mede 20 metros, e que a altura relativa a esse lado é igual a 12 metros.

Imagem associada para resolução da questão


A área ocupada por esse galpão será de:
Alternativas
Q3044732 Português
TEXTO I


Um “aperto no peito” e a adrenalina do carnaval contida na escola Vai-Vai, a mais antiga de São Paulo

A mais antiga escola de samba de São Paulo
celebraria neste ano a volta ao grupo especial.
Agremiação perdeu 30 integrantes para a Covid-19
e viu comunidade ter de se virar para sobreviver

Na manhã da sexta-feira de Carnaval, só se ouvia, lá longe, um martelo batendo num ferro em algum dos barracões da Liga das Escolas de Samba de São Paulo, na zona norte da cidade. Um ano antes, o lugar estaria tomado de pessoas correndo de um lado para o outro, em uma cacofonia de sons que marcariam os últimos ajustes antes das noites de desfile. A pandemia de Covid-19 privou o Brasil de sua festa mais tradicional e mudou a vida de quem faz Carnaval o ano todo, não só em fevereiro. No caso do Grêmio Recreativo Cultural Vai-Vai, o aperto no peito é maior: a escola de samba mais antiga de São Paulo voltaria ao grupo especial em 2021, depois de levar o título no ano passado com um enredo em homenagem aos seus 90 anos de história.

“É o primeiro ano em que estou sem fazer nada no Carnaval. Aqui dentro está apertado.” Fernando Penteado, de 74 anos, diretor cultural do Vai-Vai, faz um gesto com a mão fechada sobre o peito. Neto de Frederico Penteado, um dos cinco fundadores da escola (que nasceu em 1930), Fernando começou a desfilar aos cinco anos com as cores preto e branco do bairro do Bixiga e hoje é uma espécie de entidade da escola.

No chão de um dos barracões do Vai-Vai, fantasias e adereços de anos anteriores formavam uma pequena montanha. Em uma parede, dezenas de rolos de fita de muitas cores e brilhos estavam organizadas em estante. Pedaços de tecido e moldes de gesso repousavam sobre duas grandes mesas de trabalho colocadas em cantos opostos do local fechado, onde apenas cinco pessoas trabalhavam nas alegorias. “Hoje era para ter mais de 100 pessoas aqui”, lamenta Fernando. À angústia da comunidade, soma-se a crise econômica provocada pelo coronavírus, que fez com que muitos membros da escola perdessem sua principal fonte de renda.

“Muitos dos nossos estão vendendo lanche ou fazendo artesanato para sobreviver. Tinha gente desesperada querendo fazer o desfile porque suas casas são ateliês de Carnaval, elas vivem disso e queriam trabalhar. Mas eu dizia que, se elas trabalhassem, o dinheiro seria só para comprar o caixão”, conta Fernando. Apesar de lamentar o primeiro Carnaval em mais de seis décadas sem pisar no sambódromo, ele não considera seguro ou apropriado fazer festa quando muitas pessoas estão adoecendo ou morrendo de Covid-19. A escola, conta Fernando, perdeu 30 pessoas para a doença, entre diretores, baianas, velha guarda e demais componentes. “De agosto a novembro, morriam dois ou três por mês. É impossível brincar em fevereiro diante de uma situação dessas.”

O diretor cultural também lembra das outras mazelas causadas por essa mudança na rotina da comunidade: “Tem gente que está tomando remédio, entrando em depressão, tristeza mesmo. Este ano vamos só fazer pipoca e sentar no sofá para assistir os desfiles do ano passado na televisão” (a TV Globo vai transmitir uma seleção, os maiores desfiles da história de São Paulo e do Rio, um convite à nostalgia, mas também à festa em casa).

Em uma das grandes mesas do barracão senta Luciana Mazola, de 42 anos, aderecista e decoradora responsável pelas alegorias do Vai-Vai, que só reassumiu seu posto de trabalho nos últimos meses e trabalha com uma equipe pequena para o próximo Carnaval. Ela, que há 28 anos largou o emprego de vendedora de automóveis para viver de Carnaval, teve que deixar a quadra para costurar máscaras em uma ONG e depois fazer telemarketing em uma empresa de internet e, assim, conseguir pagar as contas. “Há 20 anos na escola minha função é organizar e garantir que a criação do carnavalesco vai sair do papel. Quando perdi isso, consegui pagar os boletos, porém foi como se tivessem tirado um órgão do meu corpo. Perdi a adrenalina que tinha na minha rotina”, diz ela.

Luciana trabalha com as mesmas pessoas na sua equipe há, no mínimo, 10 anos. Quando a escola fechou os barracões e a quadra, ela passou os dados de todos para a direção do Vai-Vai, que organizou cestas básicas, kits de higiene e fraldas de criança paras serem entregues a esses trabalhadores. “Quem era aderecista, virou faxineira. Quem era forrador foi trabalhar em hospital, todo mundo tentou se manter”, conta. A solidariedade é um traço natural da escola de samba, onde muitos dos membros convivem mais entre si do que com suas próprias famílias. “Você acaba passando mais tempo aqui do que em casa. A cozinheira vira sua mãe, o diretor de barracão é como seu pai”, acrescenta.

[...]


Disponível em:<https://bityli.com/vvBU3 . Acesso em: 19 fev. 2021 (Adaptação).
Releia este trecho.
“[...] um martelo batendo num ferro em algum dos barracões da Liga das Escolas de Samba de São Paulo
[...]”
Considere as afirmativas a seguir.
I. “Num” é palavra formada pela contração da preposição “em” com o artigo indefinido “um”.
II. “Algum” é pronome indefinido que admite variação de gênero e número.
III. “Liga das Escolas de Samba de São Paulo” é substantivo próprio.

Estão corretas as afirmativas
Alternativas
Q3044731 Português
TEXTO I


Um “aperto no peito” e a adrenalina do carnaval contida na escola Vai-Vai, a mais antiga de São Paulo

A mais antiga escola de samba de São Paulo
celebraria neste ano a volta ao grupo especial.
Agremiação perdeu 30 integrantes para a Covid-19
e viu comunidade ter de se virar para sobreviver

Na manhã da sexta-feira de Carnaval, só se ouvia, lá longe, um martelo batendo num ferro em algum dos barracões da Liga das Escolas de Samba de São Paulo, na zona norte da cidade. Um ano antes, o lugar estaria tomado de pessoas correndo de um lado para o outro, em uma cacofonia de sons que marcariam os últimos ajustes antes das noites de desfile. A pandemia de Covid-19 privou o Brasil de sua festa mais tradicional e mudou a vida de quem faz Carnaval o ano todo, não só em fevereiro. No caso do Grêmio Recreativo Cultural Vai-Vai, o aperto no peito é maior: a escola de samba mais antiga de São Paulo voltaria ao grupo especial em 2021, depois de levar o título no ano passado com um enredo em homenagem aos seus 90 anos de história.

“É o primeiro ano em que estou sem fazer nada no Carnaval. Aqui dentro está apertado.” Fernando Penteado, de 74 anos, diretor cultural do Vai-Vai, faz um gesto com a mão fechada sobre o peito. Neto de Frederico Penteado, um dos cinco fundadores da escola (que nasceu em 1930), Fernando começou a desfilar aos cinco anos com as cores preto e branco do bairro do Bixiga e hoje é uma espécie de entidade da escola.

No chão de um dos barracões do Vai-Vai, fantasias e adereços de anos anteriores formavam uma pequena montanha. Em uma parede, dezenas de rolos de fita de muitas cores e brilhos estavam organizadas em estante. Pedaços de tecido e moldes de gesso repousavam sobre duas grandes mesas de trabalho colocadas em cantos opostos do local fechado, onde apenas cinco pessoas trabalhavam nas alegorias. “Hoje era para ter mais de 100 pessoas aqui”, lamenta Fernando. À angústia da comunidade, soma-se a crise econômica provocada pelo coronavírus, que fez com que muitos membros da escola perdessem sua principal fonte de renda.

“Muitos dos nossos estão vendendo lanche ou fazendo artesanato para sobreviver. Tinha gente desesperada querendo fazer o desfile porque suas casas são ateliês de Carnaval, elas vivem disso e queriam trabalhar. Mas eu dizia que, se elas trabalhassem, o dinheiro seria só para comprar o caixão”, conta Fernando. Apesar de lamentar o primeiro Carnaval em mais de seis décadas sem pisar no sambódromo, ele não considera seguro ou apropriado fazer festa quando muitas pessoas estão adoecendo ou morrendo de Covid-19. A escola, conta Fernando, perdeu 30 pessoas para a doença, entre diretores, baianas, velha guarda e demais componentes. “De agosto a novembro, morriam dois ou três por mês. É impossível brincar em fevereiro diante de uma situação dessas.”

O diretor cultural também lembra das outras mazelas causadas por essa mudança na rotina da comunidade: “Tem gente que está tomando remédio, entrando em depressão, tristeza mesmo. Este ano vamos só fazer pipoca e sentar no sofá para assistir os desfiles do ano passado na televisão” (a TV Globo vai transmitir uma seleção, os maiores desfiles da história de São Paulo e do Rio, um convite à nostalgia, mas também à festa em casa).

Em uma das grandes mesas do barracão senta Luciana Mazola, de 42 anos, aderecista e decoradora responsável pelas alegorias do Vai-Vai, que só reassumiu seu posto de trabalho nos últimos meses e trabalha com uma equipe pequena para o próximo Carnaval. Ela, que há 28 anos largou o emprego de vendedora de automóveis para viver de Carnaval, teve que deixar a quadra para costurar máscaras em uma ONG e depois fazer telemarketing em uma empresa de internet e, assim, conseguir pagar as contas. “Há 20 anos na escola minha função é organizar e garantir que a criação do carnavalesco vai sair do papel. Quando perdi isso, consegui pagar os boletos, porém foi como se tivessem tirado um órgão do meu corpo. Perdi a adrenalina que tinha na minha rotina”, diz ela.

Luciana trabalha com as mesmas pessoas na sua equipe há, no mínimo, 10 anos. Quando a escola fechou os barracões e a quadra, ela passou os dados de todos para a direção do Vai-Vai, que organizou cestas básicas, kits de higiene e fraldas de criança paras serem entregues a esses trabalhadores. “Quem era aderecista, virou faxineira. Quem era forrador foi trabalhar em hospital, todo mundo tentou se manter”, conta. A solidariedade é um traço natural da escola de samba, onde muitos dos membros convivem mais entre si do que com suas próprias famílias. “Você acaba passando mais tempo aqui do que em casa. A cozinheira vira sua mãe, o diretor de barracão é como seu pai”, acrescenta.

[...]


Disponível em:<https://bityli.com/vvBU3 . Acesso em: 19 fev. 2021 (Adaptação).
Releia este trecho.

“Apesar de lamentar o primeiro Carnaval em mais de seis décadas sem pisar no sambódromo [...]”
Leia, a seguir, um trecho retirado da página do professor Sérgio Nogueira, no G1.
“Dúvida de leitor: ‘O elemento de composição dromo, de origem grega, tem o significado de ‘lugar para correr’, como atestam os bons dicionários. Assim existem as palavras autódromo, velódromo, hipódromo... Entretanto, o popular, nos últimos anos, fez a criação infeliz de sambódromo, camelódromo, para designar, respectivamente, o lugar onde as escolas de samba desfilam e o lugar onde se reúnem os camelôs. Esses neologismos, que estão sendo incorporados ao idioma, não poderiam ser de pior qualidade, já que o que se faz num sambódromo e num camelódromo não é nenhuma corrida.’”
Disponível em:https://bityli.com/nM45M . Acesso em: 19 fev. 2021.

Criações de palavras dessa natureza, como no caso de “sambódromo”, que não seguem rigorosamente os processos formais de criação de novas palavras, acontecem, principalmente, porque
Alternativas
Q3044730 Português
TEXTO I


Um “aperto no peito” e a adrenalina do carnaval contida na escola Vai-Vai, a mais antiga de São Paulo

A mais antiga escola de samba de São Paulo
celebraria neste ano a volta ao grupo especial.
Agremiação perdeu 30 integrantes para a Covid-19
e viu comunidade ter de se virar para sobreviver

Na manhã da sexta-feira de Carnaval, só se ouvia, lá longe, um martelo batendo num ferro em algum dos barracões da Liga das Escolas de Samba de São Paulo, na zona norte da cidade. Um ano antes, o lugar estaria tomado de pessoas correndo de um lado para o outro, em uma cacofonia de sons que marcariam os últimos ajustes antes das noites de desfile. A pandemia de Covid-19 privou o Brasil de sua festa mais tradicional e mudou a vida de quem faz Carnaval o ano todo, não só em fevereiro. No caso do Grêmio Recreativo Cultural Vai-Vai, o aperto no peito é maior: a escola de samba mais antiga de São Paulo voltaria ao grupo especial em 2021, depois de levar o título no ano passado com um enredo em homenagem aos seus 90 anos de história.

“É o primeiro ano em que estou sem fazer nada no Carnaval. Aqui dentro está apertado.” Fernando Penteado, de 74 anos, diretor cultural do Vai-Vai, faz um gesto com a mão fechada sobre o peito. Neto de Frederico Penteado, um dos cinco fundadores da escola (que nasceu em 1930), Fernando começou a desfilar aos cinco anos com as cores preto e branco do bairro do Bixiga e hoje é uma espécie de entidade da escola.

No chão de um dos barracões do Vai-Vai, fantasias e adereços de anos anteriores formavam uma pequena montanha. Em uma parede, dezenas de rolos de fita de muitas cores e brilhos estavam organizadas em estante. Pedaços de tecido e moldes de gesso repousavam sobre duas grandes mesas de trabalho colocadas em cantos opostos do local fechado, onde apenas cinco pessoas trabalhavam nas alegorias. “Hoje era para ter mais de 100 pessoas aqui”, lamenta Fernando. À angústia da comunidade, soma-se a crise econômica provocada pelo coronavírus, que fez com que muitos membros da escola perdessem sua principal fonte de renda.

“Muitos dos nossos estão vendendo lanche ou fazendo artesanato para sobreviver. Tinha gente desesperada querendo fazer o desfile porque suas casas são ateliês de Carnaval, elas vivem disso e queriam trabalhar. Mas eu dizia que, se elas trabalhassem, o dinheiro seria só para comprar o caixão”, conta Fernando. Apesar de lamentar o primeiro Carnaval em mais de seis décadas sem pisar no sambódromo, ele não considera seguro ou apropriado fazer festa quando muitas pessoas estão adoecendo ou morrendo de Covid-19. A escola, conta Fernando, perdeu 30 pessoas para a doença, entre diretores, baianas, velha guarda e demais componentes. “De agosto a novembro, morriam dois ou três por mês. É impossível brincar em fevereiro diante de uma situação dessas.”

O diretor cultural também lembra das outras mazelas causadas por essa mudança na rotina da comunidade: “Tem gente que está tomando remédio, entrando em depressão, tristeza mesmo. Este ano vamos só fazer pipoca e sentar no sofá para assistir os desfiles do ano passado na televisão” (a TV Globo vai transmitir uma seleção, os maiores desfiles da história de São Paulo e do Rio, um convite à nostalgia, mas também à festa em casa).

Em uma das grandes mesas do barracão senta Luciana Mazola, de 42 anos, aderecista e decoradora responsável pelas alegorias do Vai-Vai, que só reassumiu seu posto de trabalho nos últimos meses e trabalha com uma equipe pequena para o próximo Carnaval. Ela, que há 28 anos largou o emprego de vendedora de automóveis para viver de Carnaval, teve que deixar a quadra para costurar máscaras em uma ONG e depois fazer telemarketing em uma empresa de internet e, assim, conseguir pagar as contas. “Há 20 anos na escola minha função é organizar e garantir que a criação do carnavalesco vai sair do papel. Quando perdi isso, consegui pagar os boletos, porém foi como se tivessem tirado um órgão do meu corpo. Perdi a adrenalina que tinha na minha rotina”, diz ela.

Luciana trabalha com as mesmas pessoas na sua equipe há, no mínimo, 10 anos. Quando a escola fechou os barracões e a quadra, ela passou os dados de todos para a direção do Vai-Vai, que organizou cestas básicas, kits de higiene e fraldas de criança paras serem entregues a esses trabalhadores. “Quem era aderecista, virou faxineira. Quem era forrador foi trabalhar em hospital, todo mundo tentou se manter”, conta. A solidariedade é um traço natural da escola de samba, onde muitos dos membros convivem mais entre si do que com suas próprias famílias. “Você acaba passando mais tempo aqui do que em casa. A cozinheira vira sua mãe, o diretor de barracão é como seu pai”, acrescenta.

[...]


Disponível em:<https://bityli.com/vvBU3 . Acesso em: 19 fev. 2021 (Adaptação).
Releia este trecho.

“[...] a TV Globo vai transmitir uma seleção, os maiores desfiles da história de São Paulo e do Rio, um convite à nostalgia, mas também à festa em casa [...]”

Nesse contexto, a conjunção destacada possui valor
Alternativas
Q3044724 Português
TEXTO I


Um “aperto no peito” e a adrenalina do carnaval contida na escola Vai-Vai, a mais antiga de São Paulo

A mais antiga escola de samba de São Paulo
celebraria neste ano a volta ao grupo especial.
Agremiação perdeu 30 integrantes para a Covid-19
e viu comunidade ter de se virar para sobreviver

Na manhã da sexta-feira de Carnaval, só se ouvia, lá longe, um martelo batendo num ferro em algum dos barracões da Liga das Escolas de Samba de São Paulo, na zona norte da cidade. Um ano antes, o lugar estaria tomado de pessoas correndo de um lado para o outro, em uma cacofonia de sons que marcariam os últimos ajustes antes das noites de desfile. A pandemia de Covid-19 privou o Brasil de sua festa mais tradicional e mudou a vida de quem faz Carnaval o ano todo, não só em fevereiro. No caso do Grêmio Recreativo Cultural Vai-Vai, o aperto no peito é maior: a escola de samba mais antiga de São Paulo voltaria ao grupo especial em 2021, depois de levar o título no ano passado com um enredo em homenagem aos seus 90 anos de história.

“É o primeiro ano em que estou sem fazer nada no Carnaval. Aqui dentro está apertado.” Fernando Penteado, de 74 anos, diretor cultural do Vai-Vai, faz um gesto com a mão fechada sobre o peito. Neto de Frederico Penteado, um dos cinco fundadores da escola (que nasceu em 1930), Fernando começou a desfilar aos cinco anos com as cores preto e branco do bairro do Bixiga e hoje é uma espécie de entidade da escola.

No chão de um dos barracões do Vai-Vai, fantasias e adereços de anos anteriores formavam uma pequena montanha. Em uma parede, dezenas de rolos de fita de muitas cores e brilhos estavam organizadas em estante. Pedaços de tecido e moldes de gesso repousavam sobre duas grandes mesas de trabalho colocadas em cantos opostos do local fechado, onde apenas cinco pessoas trabalhavam nas alegorias. “Hoje era para ter mais de 100 pessoas aqui”, lamenta Fernando. À angústia da comunidade, soma-se a crise econômica provocada pelo coronavírus, que fez com que muitos membros da escola perdessem sua principal fonte de renda.

“Muitos dos nossos estão vendendo lanche ou fazendo artesanato para sobreviver. Tinha gente desesperada querendo fazer o desfile porque suas casas são ateliês de Carnaval, elas vivem disso e queriam trabalhar. Mas eu dizia que, se elas trabalhassem, o dinheiro seria só para comprar o caixão”, conta Fernando. Apesar de lamentar o primeiro Carnaval em mais de seis décadas sem pisar no sambódromo, ele não considera seguro ou apropriado fazer festa quando muitas pessoas estão adoecendo ou morrendo de Covid-19. A escola, conta Fernando, perdeu 30 pessoas para a doença, entre diretores, baianas, velha guarda e demais componentes. “De agosto a novembro, morriam dois ou três por mês. É impossível brincar em fevereiro diante de uma situação dessas.”

O diretor cultural também lembra das outras mazelas causadas por essa mudança na rotina da comunidade: “Tem gente que está tomando remédio, entrando em depressão, tristeza mesmo. Este ano vamos só fazer pipoca e sentar no sofá para assistir os desfiles do ano passado na televisão” (a TV Globo vai transmitir uma seleção, os maiores desfiles da história de São Paulo e do Rio, um convite à nostalgia, mas também à festa em casa).

Em uma das grandes mesas do barracão senta Luciana Mazola, de 42 anos, aderecista e decoradora responsável pelas alegorias do Vai-Vai, que só reassumiu seu posto de trabalho nos últimos meses e trabalha com uma equipe pequena para o próximo Carnaval. Ela, que há 28 anos largou o emprego de vendedora de automóveis para viver de Carnaval, teve que deixar a quadra para costurar máscaras em uma ONG e depois fazer telemarketing em uma empresa de internet e, assim, conseguir pagar as contas. “Há 20 anos na escola minha função é organizar e garantir que a criação do carnavalesco vai sair do papel. Quando perdi isso, consegui pagar os boletos, porém foi como se tivessem tirado um órgão do meu corpo. Perdi a adrenalina que tinha na minha rotina”, diz ela.

Luciana trabalha com as mesmas pessoas na sua equipe há, no mínimo, 10 anos. Quando a escola fechou os barracões e a quadra, ela passou os dados de todos para a direção do Vai-Vai, que organizou cestas básicas, kits de higiene e fraldas de criança paras serem entregues a esses trabalhadores. “Quem era aderecista, virou faxineira. Quem era forrador foi trabalhar em hospital, todo mundo tentou se manter”, conta. A solidariedade é um traço natural da escola de samba, onde muitos dos membros convivem mais entre si do que com suas próprias famílias. “Você acaba passando mais tempo aqui do que em casa. A cozinheira vira sua mãe, o diretor de barracão é como seu pai”, acrescenta.

[...]


Disponível em:<https://bityli.com/vvBU3 . Acesso em: 19 fev. 2021 (Adaptação).
Releia este trecho.
“Quem era aderecista, virou faxineira.”
A palavra destacada foi formada por
Alternativas
Q3044711 Pedagogia

As diretrizes e bases da educação nacional estão estabelecidas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) instituída por lei federal, estabelece que a educação tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 


Lei n° 9.394/1996. 

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino.
Alternativas
Q3044706 Pedagogia

A Resolução CNE/CEB n° 1 de 28 de maio de 2021, institui as Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos nos aspectos relativos ao seu alinhamento à Política Nacional de Alfabetização (PNA) e à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), além da Educação de Jovens e Adultos a Distância.


Resolução CNE/CEB n°1/2021.

A Língua Inglesa é um componente curricular de oferta obrigatória, desde o 1° segmento dos cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA,) referentes às séries finais do Ensino Fundamental, do 6º ao 9º ano. 
Alternativas
Q3044704 Pedagogia

A Resolução CNE/CEB n° 1 de 28 de maio de 2021, institui as Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos nos aspectos relativos ao seu alinhamento à Política Nacional de Alfabetização (PNA) e à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), além da Educação de Jovens e Adultos a Distância.


Resolução CNE/CEB n°1/2021.

Na Educação de Jovens e Adultos (EJA) Combinada, a carga horária direta deverá ser de, no mínimo, 30% (trinta por cento), com a presença do professor como mediador dos conhecimentos, conteúdos e experiências. Já na arga horária indireta, que deverá ser de no máximo 70% (setenta por cento) da carga horária exigida para a EJA, a execução de atividades pedagógicas complementares, deve ser elaborada pelo professor regente.
Alternativas
Q3044703 Pedagogia

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) é destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais da pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.


Lei n° 13.146/2015.

Nos processos seletivos para ingresso e permanência nos cursos oferecidos pelas instituições de ensino superior e de educação profissional e tecnológica, públicas e privadas, deve haver a disponibilização de recursos de acessibilidade e de tecnologia assistiva adequados, previamente solicitados e escolhidos pelo candidato com deficiência.
Alternativas
Q3044695 Pedagogia

O direito à educação, entendido como um direito inalienável do ser humano, constitui o fundamento maior das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos.


Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos − Resolução CNE-CEB nº 07/2010.

O regimento escolar deve assegurar as condições institucionais adequadas para a execução do Projeto político-pedagógico e a oferta de uma educação inclusiva e com qualidade social, igualmente garantida a ampla participação da comunidade escolar na sua elaboração.
Alternativas
Q3044694 História

Julgue o próximo item, acerca da Primeira República:


A Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro em 1904, foi uma reação popular contra a campanha de vacinação obrigatória implementada pelo governo federal para combater surtos de varíola. A medida, parte de um conjunto de reformas urbanas e sanitárias, gerou grande insatisfação devido à falta de informação e à maneira autoritária com que foi imposta.

Alternativas
Q3044693 História

Julgue o próximo item, acerca da Primeira República:


A República Velha foi marcada por uma descentralização fiscal que transferiu significativa autonomia financeira aos estados, permitindo-lhes controlar a arrecadação de impostos e a destinação de recursos. Essa descentralização reforçou o poder das oligarquias regionais, que dominavam a política local e nacional através do coronelismo.

Alternativas
Q3044692 História

Julgue o próximo item, acerca da Primeira República:


Durante a Primeira República, a chamada "Política dos Governadores" foi um acordo informal entre o governo federal e os estados, que garantia a estabilidade política através da exclusão sistemática dos grupos de oposição, inclusive nos níveis estadual e municipal, o que resultou em frequentes intervenções federais para garantir a ordem pública. 

Alternativas
Respostas
5961: E
5962: E
5963: E
5964: E
5965: A
5966: D
5967: C
5968: A
5969: D
5970: A
5971: B
5972: A
5973: C
5974: E
5975: C
5976: C
5977: C
5978: C
5979: C
5980: E