Questões de Concurso
Para smed de belo horizonte - mg
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Analise a estruturação do seguinte texto:
Múltiplas são as razões de recomendar prudência aos motoristas: recomendando prudência, defendemos o homem contra ele mesmo. Quantas vidas humanas, de fato, são estúpida e lamentavelmente perdidas cada dia nas estradas? As estradas matam mais que o câncer, e tanto quanto as doenças cardiovasculares.
Recomendando prudência, defendemos o bem comum. Os acidentes nas estradas custam caro à sociedade. Pagamentos de hospitalização e de próteses, indenizações de todos os tipos, absorvem um percentual importante dos fundos do seguro social. Ora, isso é parte do bem-comum já que é composto pela contribuição de todos os trabalhadores.
Recomendando prudência, protegemos o atrativo das viagens, feito pelo olhar de descobertas. Ora, como ver quando passamos como um bólido? E como lembrarmos do que vimos após o traumatismo de um acidente ou do desconforto de uma batida?
Tudo isso junto, concluímos que devemos ser prudentes. Como dizia o velho adágio, “a prudência é a mãe da segurança”.
Sobre o conteúdo e a estruturação do texto acima, assinale a afirmativa correta.
leia o fragmento a seguir, retirado do romance O Quinze, de Rachel de Queiroz, que tinha como pano de fundo a seca que assolou o Nordeste em 1915.
Encostado ao mourão da porteira de paus corridos, o vaqueiro das Aroeiras aboiava dolorosamente, vendo o gado sair, um a um, do curral.
A junta de bois mansos passou devagarinho.
O velho touro da fazenda saiu, arrogante. Garrotes magros, de grandes barrigas, empurravam as vacas de cria, atropelando-se. Até que a derradeira rês, a Flor do Pasto, fechando a marcha, também transpôs a porteira e passou junto de Chico Bento que lhe afagou com a mão a velha anca rosilha, num gesto de carinho e despedida.
Da janela da cozinha, as mulheres assistiam à cena. Choravam silenciosamente, enxugando os olhos vermelhos na beira dos casacos ou no rebordo das mangas.
Saída a última rês, Chico Bento bateu os paus na porteira e foi caminhando devagar, atrás do lento caminhar do gado, que marchava à toa, parando às vezes, e pondo no pasto os olhos tristes, como numa agudeza de desesperança.
Sobre a estruturação desse pequeno texto, assinale a afirmativa correta.
Não existe uma pesquisa sobre formas e maneiras de combater o roubo e a corrupção no Brasil, provavelmente por ser inútil.
Esse parágrafo é estruturado da seguinte forma:
Observe com atenção a estruturação do texto a seguir.
Câncer de pulmão e o fumo.
Desde o início dos anos 30, o câncer de pulmão ocupa um lugar cada dia mais importante entre as causas de mortes. Assim, estudos aprofundados mostraram, de forma incontestável, as relações entre esse tipo de câncer e o hábito de fumar.
Se é verdade, por um lado, que certas pessoas, não tendo jamais fumado, podem ser atingidas por esse mal, não é menos verdade que entre os fumantes inveterados a proporção de doentes é vinte vezes mais alta.
O câncer de pulmão é constatado mais frequentemente entre os habitantes das grandes cidades que entre os das zonas rurais. Mesmo nessas zonas, o aumento das taxas de mortes ocorre entre os fumantes, sabendo-se que estes são mais numerosos nas cidades que no campo.
Finalmente, as pesquisas relativas ao câncer de pulmão entre fumantes levaram ao estudo de outras causas de mortes. Percebeu-se, então, que entre elas, duas se destacavam: a bronquite e a trombose coronariana.
A conclusão é que, de fato, o homem que fuma 20 cigarros por dia, ou mais, vê sua esperança de vida diminuir de cinco anos. Se ele fuma 40 cigarros ou mais, a diferença pode atingir oito anos.
Sobre os componentes semânticos ou estruturais desse pequeno texto, assinale a afirmativa correta.
Leia a descrição a seguir.
De um dos cabeços da Serra dos Órgãos desliza um fio de água que se dirige para o norte, e engrossado com os mananciais que recebe no seu curso de dez léguas, torna-se rio caudal. É o Paquequer: saltando de cascata em cascata, enroscando-se como uma serpente, vai depois se espreguiçar na várzea e embeber no Paraíba, que rola majestosamente em seu vasto leito.
Dir-se-ia que, vassalo e tributário desse rei das águas, o pequeno rio, altivo e sobranceiro contra os rochedos, curva-se humildemente aos pés do suserano. Perde então a beleza selvática; suas ondas são calmas e serenas como as de um lago, e não se revoltam contra os barcos e as canoas que resvalam sobre elas: escravo submisso, sofre o látego do senhor.
Não é neste lugar que ele deve ser visto; sim três ou quatro léguas acima de sua foz, onde é livre ainda, como o filho indômito desta pátria da liberdade.
Aí, o Paquequer lança-se rápido sobre o seu leito, e atravessa as florestas como o tapir, espumando, deixando o pelo esparso pelas pontas do rochedo, e enchendo a solidão com o estampido de sua carreira. De repente, falta-lhe o espaço, foge-lhe a terra; o soberbo rio recua um momento para concentrar as suas forças, e precipita-se de um só arremesso, como o tigre sobre a presa.
ALENCAR, José de. O Guarani. São Paulo. L&PM Editores. 2002.
A presença de um texto descritivo como esse se justifica pela
“Se eu não estivesse chegado há tempo e trancado a porta, o incêndio tinha se alastrado,” declarou o bombeiro.
Reescrevendo essa frase, de modo a corrigir as impropriedades gramaticais que nela ocorrem, a forma correta é:
A opção em que o sentido se modifica conforme o adjetivo afete palavras diferentes é
As frases a seguir trazem certas construções típicas do português falado, consideradas incorretas pelas gramáticas normativas da língua.
Assinale a opção em que a forma inadequada está corrigida.
Um juiz de São Paulo, diante da atual discussão sobre drogas, lembra que a quantidade de drogas em poder do cidadão não prova coisa alguma: apenas cria para o traficante a necessidade de ter estoques do produto escondidos e só levar consigo pequenas quantidades de cada vez. Muito simples.
Sobre os constituintes desse segmento, assinale a afirmativa correta.
Leia o texto a seguir.
Sou feliz pelos amigos que tenho. Um deles muito sofre pelo meu descuido com o vernáculo. Por alguns anos ele sistematicamente me enviava missivas eruditas com precisas informações sobre as regras da gramática, que eu não respeitava, e sobre a grafia correta dos vocábulos, que eu ignorava. Fi-lo sofrer pelo uso errado que fiz de uma palavra no último “Quarto de Badulaques”. Acontece que eu, acostumado a conversar com a gente das Minas Gerais, falei em “varreção” do verbo “varrer”. De fato, tratava-se de um equívoco que, num vestibular, poderia me valer uma reprovação. Pois o meu amigo, paladino da língua portuguesa, se deu ao trabalho de fazer um xerox da página 827 do dicionário (...). O certo é “varrição”, e não “varreção”. Mas estou com medo de que os mineiros da roça façam troça de mim, porque nunca os ouvi falar de “varrição”. E se eles rirem de mim não vai me adiantar mostrar-lhes o xerox da página do dicionário (...). Porque para eles não é o dicionário que faz a língua. É o povo. E o povo, lá nas montanhas de Minas Gerais, fala “varreção”, quando não “barreção”. O que me deixa triste sobre esse amigo oculto é que nunca tenha dito nada sobre o que eu escrevo, se é bonito ou se é feio. Toma a minha sopa, não diz nada sobre ela, mas reclama sempre que o prato está rachado.
Alves, Rubem. Quarto de badulaques. São Paulo. Ed. Parábola Editorial. 2003.
O texto da carta faz menção a duas variedades linguísticas, que são: