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Para prefeitura de betim - mg
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01/08/2014 02h00
Os recentes avanços, como a universalização do ensino fundamental nos anos 90, a definição, em 2010, da escolaridade de nove anos como obrigatória e a meta de universalização do ensino médio para 2016, reafirmam o direito à educação pública e o dever do Estado de provê-la, mas não garantem o direito de aprendizagem a todas as crianças e adolescentes.
São múltiplos os fatores que determinam as condições de ensino e de aprendizagem. É importante considerarmos, no entanto, que a ausência de uma base curricular tende a agravar esse quadro, ao criar um espaço de indefinições, equívocos e interpretações pessoais que restringem a aprendizagem dos alunos.
Países com bom desempenho em avaliações internacionais possuem um documento nacional especificando o que deve ser ensinado, com variações no grau de detalhamento desses conteúdos, conforme estudo comparativo realizado pela pesquisadora Paula Louzano, que analisou políticas curriculares de diversos sistemas de ensino.
No Brasil, a ausência dessas especificações favorece que as avaliações externas pautem o que deve ser ensinado, mostrando uma inversão no processo de definição das políticas educacionais. Uma política curricular nacional, que estabeleça de forma objetiva e clara o que cada aluno deve aprender em cada etapa do percurso escolar – independentemente de sua origem territorial, social ou cultural–, expressa um projeto de sociedade sustentado no princípio da igualdade.
Construir uma base nacional curricular comum, no entanto, requer alguns pontos de atenção.
O primeiro deles é que os sistemas educacionais tenham a liberdade de complementar a base curricular comum considerando os contextos locais e articulando o projeto de sociedade às aspirações e especificidades regionais.
A definição de objetivos claros de aprendizagem deve também favorecer o controle social das políticas educacionais e o acompanhamento da aprendizagem pelos sistemas educacionais e pelas famílias.
Outro pressuposto é a articulação da base curricular nacional com políticas de formação de professores, inicial e continuada. A indicação clara do que é preciso ensinar é condição para um efetivo planejamento docente e acompanhamento da aprendizagem de cada aluno.
Por fim, para que a base nacional curricular comum expresse um projeto de sociedade mais justo, é fundamental que sua construção envolva uma ampla participação social, com dispositivos que garantam consulta, debate, formulação e validação. Sem isso, o Brasil deixará, mais uma vez, escapar a oportunidade de alçar a educação ao patamar de prioridade nacional de fato.
MARIA ALICE SETUBAL, doutora em psicologia da educação pela PUC-SP, é presidente dos conselhos do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) e da Fundação Tide Setubal.
“O projeto político‐pedagógico tem a ver com a organização do trabalho pedagógico em dois níveis: como organização da escola como um todo e como organização da sala de aula, incluindo sua relação com o contexto social imediato, procurando preservar a visão de totalidade.”
(Veiga, I. A. Projeto Político‐Pedagógico da Escola: uma construção coletiva. 7. ed. Campinas, SP: Papirus, 1998, p. 14).
“As dimensões institucionais, políticas e pedagógicas constituem o projeto político-pedagógico que articula as atividades culturais e sociais ao trabalho pedagógico, apontando uma direção explícita e um compromisso coletivo para o alcance dos propósitos e das intencionalidades da escola.”
(Veiga, I. A. Projeto Político‐Pedagógico da Escola: uma construção coletiva. 7. ed. Campinas, SP: Papirus, 1998, p. 14).
Tendo como base os trechos acima, assinale a alternativa que explicita a dimensão pedagógica do projeto
político‐pedagógico.
Associe cada uma das correntes pedagógicas a uma das características listadas a seguir.
1. Escola Tradicional
2. Escola Tecnicista
3. Teorias Construtivistas
4. Teorias Progressistas
( ) Os processos de ensino baseiam‐se na transmissão e no treinamento, visando à formação de mão‐de‐obra qualificada.
( ) Nos processos de ensino, valoriza-se a transmissão de conceitos e enfatiza-se a memória.
( ) Parte(m) de uma análise crítica das realidades sociais e sustenta(m) implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação.
( ) A aprendizagem acontece a partir da interação do sujeito com o objeto de conhecimento.
Assinale a alternativa que indica a sequência CORRETA.
Sobre a atuação do Bibliotecônomo como mediador de leitura, analise as afirmações
I. Diferentemente dos professores, o Bibliotecônomo não tem a incumbência de cumprir conteúdos curriculares, grade curricular.
II. A participação do Bibliotecônomo na formação do leitor deve incluir a cobrança de leitura para aquisição de conteúdos ou normas gramaticais.
III. O Bibliotecônomo deve ser leitor e dar testemunho disso aos alunos; não só disponibilizar leitura aos seus usuários, mas também propor-lhes leituras.
IV. Bibliotecônomo pode trabalhar junto com o Professor e deve buscar mais informações e objetivos, porém, cada qual terá responsabilidades e atividades específicas, empenhando-se no que sua formação e experiência o permitem fazer para promover o gosto pela leitura na escola.
É CORRETO o que se afirma em